Eu acordei cedo e me espreguicei. Coloquei minhas vestes de bruxa e desci para tomar o café. Eu comi calmamente torradas com geléia e enquanto examinava meu horário. O primeiro tempo era de Trato das criaturas Mágicas.

Aos poucos minhas companheiras de quarto foram chegando e pegando seus horários.

– Ah, essa não, tenho Poções com Sonserina!

– Você sempre tem, Peggy.

– Eu sei!

Eu tive que rir de sua cara angustiada.

– Vamos, fofis, você só vai ter que agüentar eles por esse tempinho.

– Pra você é fácil dizer! Você estuda os cursos mais avançados de cada matéria e vai se livrar logo,logo!– Ela exclamou indignada. Eu ri.

– Você conhece minhas condições,Peggy. Eu não tenho a necessidade de ficar aqui. Mas eu tenho esse direito e essa vontade. Hogwarts é meu lar... O mais perto que eu cheguei disso foi...– Senti que estava voando,longe. Balancei a cabeça.– Isso não é importante. O fato é que eu vou ficar aqui até completar a maioridade.

Peggy me olhou com seu olhar preocupado.

Eu sorri.

– Estou bem,Peggy. Só... Refletindo.

– Tem certeza?

– Tenho –eu sorri– Obrigada por se preocupar comigo. Desde o começo.

– Obrigada a você também. Obrigada por sempre estar do meu lado, mesmo quando eu estava errada. Esse é um dos motivos por eu querer estar certa sempre.

Eu sorri.

Depois disso segui para a aula em direção a cabana de Hagrid. Todos os alunos já estavam chegando.

– Bom dia,Hagrid.– Eu disse.

– Bom dia, Srta. Joy.

Aos poucos os alunos que faltavam foram chegando.

– Hoje vamos aprender sobre vampiros. Queiram pegar seus exemplares de Animais Fantásticos e onde Habitam,com prefácio de Alvo Dumbledore,sim? – Hadrid pediu.–Bom, a primeira coisa que precisamos saber é que existem diferentes raças de vampiros. Alguém pode me dizer uma,por favor?

Poucas mãos se levantaram e eu fui uma.

– Sim,Srta Joy?

– As Empousai. Meu irmão enfrentou umas disfarçadas de líder de torcida não tem muito tempo.

Alguns riram. Alguns arregalaram os olhos.

– Ah, sim. Soube dos últimos acontecimentos. Seu irmão é Perseus Jackson, estou certo?

– Sim,senhor.

– O herói do Olimpo. As noticias correm– Ele disse. E se virou para continuar.– Muito bem. Empousai são as servas da Deusa Hécate. São brancas como a neve, tem olhos vermelhos, uma perna de bronze celestial e uma perna de burro. Assim como os monstros da mitologia grega elas são mortas com bronze celestial ou ouro imperial.

Alguns riram.

– Vocês não achariam nada engraçado ver ao vivo.

Concordei com a cabeça.

– Agora, quem pode me dizer outra raça?

Ele perguntou. Susan Stuart respondeu.

– Há os vampiros Ghoul.

– Sim, esses são os vampiros-animais. Eles parecem ogros dentuços e podem ser usados como bicho de estimação dos bruxos. Alguém conhece mais algum?

Minha mão,trêmula, levantou-se devagar.

– Sim,Srta Joy.

– Os... Os frios. A última espécime.

– Sim,– Hagrid concordou receoso.– Os Frios. Contra todos eles podemos lutar, mais essa última espécime seria preciso um poder inumano para controlá-lo. Eles se alimentam de sangue humano. Tem a pele branca, dura e gelada, tem força sobrenatural e rapidez idem, tem agilidade e graça e uma beleza inumana. O único jeito de matá-los é cortando-os em pedaços e queimando-os depois.– Todos ficaram em silêncio.– Muito bem. Quero que copiem este exercício, por favor.

Terminamos a aula e eu segui para Herbologia.

Fui a primeira a chagar na estufa.

– Bom dia, Prof. Neville.

Ele sorriu ao me ver. Ele me olhou por um segundo,como se reparasse que eu estava diferente mais nada falou.

– Bom dia, Selena. Como vão Harry e Gina?

– Vão bem. Eles pediram pra dizer que eles mandaram um abraço.

Ele sorriu de novo.

– Obrigado. Não vejo eles faz um tempinho.

– É verdade. Como vai a Sra. Ana?

– Vai muito bem. Desde que comprou o Caldeirão Furado ela tem andado muito feliz.

– Que bom.– Eu sorri.

Michael chegou a aula. Apesar de ser da mina idade ele avançara rápido em Herbologia e eu sabia que era o aluno preferido de Neville uma vez que a anos atrás se parecera muito com ele.

– Oi, Michael.

– Bom Dia, Michael.

– Bom dia, Sr. Longbottom. Selena.

Eu sorri.

E assim passaram os dias. Eu ia a aula de feitiços e poções que ia com Michele. Na verdade era assim que eu conhecera ela. Apesar de ser anos mais velha que eu, era uma sextanista, eu sempre ficava com ela, pois era a gênio mirim da sala. Minha aula preferida era defesa Contra as Artes da Trevas que eu sempre tirava a nota máxima.

Eu almoçava com Peggy rápido e ajudava-a com suas matérias, o que eu fazia também com Lunna, como se eu desse aulas particulares as duas. Era legal fazer isso, por que eu ajudava nos trabalhos e o rendimento das duas melhorasse mesmo que as briguinhas entre as duas acontecessem constantemente. Algumas eram engraçadas até.

A pior delas, foi a que eu fui a biblioteca pegar um livro que esqueci(usando os atalhos e o mapa maroto que tio Harry me emprestou). E quando voltara larguei meus livros no chão ao encontrar as duas se puxando pelo cabelo. Não, sério, as duas estavam rolando pelo chão se puxando pelo cabelo.

Fiquei a imaginar a necessidade disso, uma vez que as duas eram bruxas. E quando gritei para saber o que estava acontecendo as duas se largaram e começaram a rir. Vai entender.

E ainda havia os treinos de Quadribol. Eu ficara simplesmente radiante quando terminavam os treinos. Eu era uma ótima apanhadora, e tio Harry costumava dizer que tão boa quanto ele. Eu amava jogar quadribol e fora decidido que não haveria campeonato das casas esse ano mais todos os alunos se juntaram para fazer um abaixo-assinado para que o campeonato de Quadribol continuasse.

Eu estava sempre ocupada demais para pensar no acampamento, mas eu não deixava de pensar no que Annabeth faria e a voz de Atena na minha cabeça me ajudava com isso. Eu acho que até agora não falei muito de Atena. A deusa da sabedoria aceitara ser minha patrona no verão passado e sempre me ajudava com as coisas. Ela não aparecia na aula e me dizia a resposta certa, mas quando eu treinava com Lunna ela me mostrava pontos fracos na defesa dela. Acho que ela queria que eu prestasse atenção na matéria para que quando eu ganhasse notas altas, o mérito seria todo meu, não dela. Mas nas batalhas, tudo que fazíamos era guardado na memória por que esgrimar era igual a andar de bicicleta, a gente nunca esquece. Até porque o treino de um meio-sangue é essencial, por que se a gente se esquecer ou errar por um segundo, a gente não tira nota baixa, a gente morre.

Enfim, mas apesar de estar sempre tão ocupada, eu não deixava de me perguntar o que Nico estaria fazendo a essa hora e o alivio sobreveio sobre mim quando foi a manhã do dia vinte e oito de outubro.

Eu acordei,mas meus olhos continuavam fechados. Ainda com os olhos fechados eu sorri.

Era hoje, finalmente era hoje. Era hoje que eu veria meu irmão, minhas amigas e o mais importante: Nico.

Eu levantei e troquei de roupa.

Eu fui ás aulas ansiosa e mal prestei atenção no que os professores falavam, e quando bateu a sineta da escola, eu admito que quando chegou a última aula, que duraria metade do tempo eu a faltei para ir tomar um banho.

Coloquei um uniforme passado de Hogwarts, customizado, que eu dera um jeitinho nas mangas para virarem mangas japonesas e pra dizer a verdade tinha ficado tão bem-feito que um dia a prof. Agatha o olhara e dissera:

– Adorei seu uniforme. Não sabia que Hogwarts estava fazendo um novo modelo.

Eu rira silenciosamente depois disso.

Coloquei a gravata feminina com as cores vermelho e dourado da Grifinória e ajeitei o emblema da Grifinória. Penteei e ajeitei cuidadosamente meu cabelo.

Coloqui um batom rosinha imperceptível sem nem me olhar no espelho e ouvi a sineta tocar. Eu peguei minha mochila e a deixei na Torre da Grifinória. Peggy e Lunna que sabiam de meu plano, olharam para mim assim que cheguei.

– E então?– Perguntei sem fôlego.

– Você está linda,Selena.– Disse Peggy enquanto Lunna me pegou pelo braço enquanto dizia:

– Calma, Selena. Respira.

Colocamos nossas capas pretas e descemos ao saguão de entrada. Os Diretores das Casas nos aguardavam e nos arrumaram em filas.

Eu fiquei imaginando de que eles iriam. Foi quando uma idéia maluca veio a minha cabeça.

– Não... Não pode ser– Eu murmurei. Justo nessa hora uma mastro de navio surgia do meio da água.

Eu sorri involuntariamente.

– O “Os Filhos de Poseidon” está de volta.

Um navio emergia da água do lago. Da frente do navio eu podia ver meu irmão no mastro. Acho que ele também me viu por que acenou parta mim sorrindo.

Eu acenei de volta.

Eu olhei para a pessoa do lado dele. Uma figura pálida de casaco de couro e jeans pretos. Apesar de conseguir ver isso, eles ainda pareciam pouco maiores que formiguinhas.

Não sei como mas de repente a Profª. Minerva McGonagall estava ao meu lado. Ela olhou para mim, sorriu e disse:

– Por que não vai até lá. Sei que eles estão te esperando.

Eu aumentei meu sorriso puxei Lunna e saí da fila. Eu corri para ponta do lago, que tornei sólida e usei a água para me impulsionar até o navio.

E eu estava em frente a meu irmão. Ele me apontou sua espada e nós fizemos uma breve luta de espadas. Nossa saudação oficial.

Eu parei e sorri.

– Senti sua falta,mano.

– Senti sua falta também.

Eu o abracei.

Eu o soltei e virei para o menino ao seu lado. Esse me encarava desde que eu cheguei aqui. Ele sorriu.

– Nico.– Meu sorriso aumentou.

Ele me puxou pra longe de Percy e me beijou.

Ah,como senti falta daquele beijo!

E eu não ligava que todos os bruxos a minha costas arfaram, nem que todos virão isso. Só ligava que estava com Nico de novo e ele não ia se separar de mim tão cedo.

– Hey, é minha irmã, lembra?! Querem ser mais discretos?!– Percy disse, indignado.

Nico me soltou, sorriu, e disse a Percy:

– Desculpe, mas vale tudo no amor e na guerra,não é mesmo?

Percy sorriu.

– E pelo que parece você entende dos dois. Vamos, estão todos esperando lá dentro.

E nós corremos para dentro.

P.D.V. Peggy Jones

  Eu vi Selena correndo com Lunna pela água(??????) em direção ao navio. Ela pegou impulso na água e de repente estava no navio.  Assim que chegou o garoto soltou o mastro e começou a lutar com ela. Ela tinha a espada de Godric Grifindor e ele uma espada de bronze. Eles começaram a lutar. Eu fiquei muito preocupada com ela, por essa recepção. Mas quando eu estava pronta pra correr,  ouvi a voz da Prof.ª Minerva McGonagall.

– Ah,não, não precisa se preocupar, Srta Jones. Confie em mim.

Eu parei e olhei de novo. Eles soltarm suas armas e se abraçaram e eu soube que estava tudo bem. Selena disse algo sorrindo para ele e ele respondeu com igual sorriso. Ela se virou para o outro garoto, esse a puxou para o lado e... E ela... Ele...Não creio. Ela agarrou ele.

Sério, até o verão passado Selena era BV e aqui estava ela(ou melhor, lá estava ela) se atracando com o garoto. Eu admito que eu ri.

– Não creio.– Eu disse rindo. Nossos amigos também riram.

O garoto que ela tinha abraçado antes falou alguma coisa parecendo indignado. Supus que esse era o irmão de Selena, Percy.

O garoto soltou Selena e disse algo que fez Percy e Selena rirem. Todos foram para dentro.

Depois de uns poucos minutos o navio atracou.

  A porta principal se abriu.

Um centauro saiu dela.

O centauro estava vestido com um terno de tweed e tinha ás costas uma aljava de flechas. Ele tinha cabelo castanho e uma barba bem feita.

Sua metade inferior era um garanhão branco.

Ele sorriu.

– Prof.ª Minerva, como vai?

A diretora passou a frente e apertou a mão do centauro.

– Mestre Quíron, muito bem e o senhor?

– Não a necessidade de me chamar de mestre, minha cara senhora.

Eles soltaram as mãos ainda sorrindo. O centauro pegou seu arco e apontou para cima, a saudação oficial do acampamento, Lunna dissera.

Então ele pegou uma concha e a assoprou, fazendo um som gozado.

Eles se afastaram e da porta do navio e de lá saiu uma menina com uma bandeira azul celeste, com uma águia e um raio. Dava pra ver a parte de trás, que tinha um fundo azul arroxeado bem escuro, em que havia um cervo e uma lua prateada.

A menina usava uma capa prateada, mais dava pra ver o que estava usando por baixo, uma blusa laranja que dizia acampamento meio-sangue com um centauro desenhado na mesma posição que Quíron estava a segundos atrás, um casacão preto cheio de botons e um jeans surrados. Ela tinha o cabelos pretos que apontavam para todos os lados e olhos azuis elétricos.

Atrás dela havia uma bandeira verde-mar com um cavalo e um tridente desenhados. Quem a segurava era Selena e o tal Percy, que tinha jeans azuis e uma camiseta igual a da menina de cabelos pretos. Seus olhos verdes eram  iguais aos de Selena e o cabelo preto também.

Atrás dela vinha o garoto que ela tinha beijado, que tinha uma blusa igual e um casaco de couro, jeans pretos que caiam muito bem nele e tênis de marca, carregando uma bandeira negra com uma caveira e um elmo que mesmo no desenho parecia irradiar terror e medo.

E assim forão passando todos os meio-sangues, uma hora vi dois gêmeos com aparência de travessos, e outra hora uma menina bonita de cabelos loiros e olhos cinzentos bronzeada que carregava uma bandeira cinza com uma oliveira e uma coruja desenhada, outra com o cabelo marrom preso em uma bandana vermelha, e Lunna com uma bandeira roxa, todos com a camisa laranja, até que todos os meio-sangues saíram do navio.

Eles formaram uma fileira perfeita e guardaram as bandeiras.