O Torneio Bruxo-olimpiano escrita por Akanees


Capítulo 17
16. Encontro Minha Interessante Árvore Genealógica


Notas iniciais do capítulo

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 Quando voltei das aulas fui treinar com os semideuses. Cheguei atrasada, eles já estavam todos fatiando bonecos de pano, construindo armas, fazendo armas,cantando para o luar e fazendo poesias(muito ruins por sinal), treinando arco e flecha entre outras coisas.

 – Aí, atrasada de novo, Alex?

Eu me virei e sorri.

– Muito trabalho, Stoll’s.

Os gêmeos sorriram. Eles eram idênticos, Travis um pouco mais alto que Connor, mais tirando isso... Suas feições élficas estavam em uma expressão sorridente porém maldosa, como se fossem me roubar algo quando eu menos esperasse,ou abaixasse a guarda,o que,claro, iam mesmo. Ou talvez só estivessem planejando a próxima pegadinha pra me pregar.

– Sem tempo pra família?

– Deuses não tem DNA,lembram-se?

– Essa não é a questão. Você parece nervosa, quer ver umas pegadinhas?

– Ãnh, não se incomodem comigo.

– Bem,se quiser, é só virar a cabeça para a esquerda dentro de cinco segundos.

 Tudo bem, com essa eu virei.

 Os filhos de Atena estavam trabalhando em uma mesa cheia de papéis de rascunho, alguma ferramentas simples.

 Eles abriram uma caixa, que imagino que deveria ter mais alguns lápis, mas não foram isso que eles encontraram.

 O grito dos filhos de Atena fora sensacional.

 Eu tampei minha boca que antes tinha ido ao chão, para eles não me verem rindo.

 Havia aranhas de verdade dentro na caixa, não aranhas qualquer, elas estavam vivas, de todos os tamanhos,haviam pequenas que eram só um pontinho daqui,mas também gigantescas, de quase meio metro.

 Os filhos de Atena foram ao delírio.

Eles corriam pra lá e pra cá,tentando se livrar das aranhas que vinham diretamente a eles.

 De repente eu reconheci a voz de Annabeth e posso dizer que ela não estava nada feliz.

– Culpa...Deles...– Ela rosnou e vários filhos de Atena ensandecidos se viraram para Connor e Travis,que sabiamente estavam correndo enquanto gritavam algo, alguma coisa sobre “Sebo nas Canelas” ou coisa parecida.

Eu, que tinha tomado uma boa distância dos irmãos, fui tomada apenas como uma inocente passante que havia visto a cena e fora pega de surpresa chorando de tanto rir, assim como a maioria do acampamento.

 Eu parei e me sentei curtindo as gostosas risadas,que eram minhas e de todo acampamento. Era bom, relaxante, assim como o Pégaso.

  Bem,como disse Victor Hugo, a gargalhada é o sol que varre o inverno do rosto humano.

 Havia tão poucos motivos para sorrir. Era bom fazer isso.

 A vida é uma montanha russa e tanto, não é? Quer dizer, hoje eu estava quase chorando por ser expulsa da Grifinória, em seguida com alegria em montar um pégaso e cortar os céus, depois raiva de Peggy, agora estou sorrindo d novo da pegadinha do Stoll’s, tudo isso em um dia parecia ser demais pra qualquer um.

 Falando em demais pra qualquer um, tomei uma decisão.

 Era de noite, e eu estava sozinha em meu quarto. Vesti uma calça jeans, e uma blusa de gola preta.

 Que estanho. Desde que eu começara a namorar com Nico, havia muito mais roupas pretas em meu guarda-roupa.

 Coloquei a capa de invisibilidade.

 Peguei a varinha e murmurei:

– Lumus– A varinha acendeu.

 Andei sorrateamente pelo navio.

 Saí e corri para o castelo, olhando para trás  em cada minuto.

 Eu precisava de uma explicação. De que tinha certeza que havia um livro que tinha que conter essa informação.

 Mas um livro assim não estaria numa biblioteca normal, mas que tinha toda certeza que estaria em outra biblioteca.

 Eu dei uma olhada no Mapa do Maroto.

  Esgueirei-me pelos corredores até encontrar a porta certa.

 – Alorromora!– Ordenei com a varinha na tranca.

 Uma leve faísca azul-esverdeada saiu da ponta e a porta se destrancou.

 Eu a abri.

 A sala da vó Aggy parecia ter ainda mais livros a noite.

– Accio livro certo! – Ordenei aos sussurros.

 Nada veio.

 Havia uma folha em cima de sua mesa. Cheguei mas perto e observei.

 Era estranha.

Eram na verdade duas folhas, árvores genealógicas,acho.

 Uma estava em hieróglifos,como os do antigo Egito.

 Eu olhei para lá.

 Havia um hieróglifo, que, não sei, pareceu que quando passei os olhos por ele houve um formigamento no fundo de meu estômago.

Tirei os olhos de lá.

 A outra estava escrita normalmente,com rostos sorridentes se mexendo.

 Não sei se fica complicado eu explicar isto aqui,mas é tudo que eu posso fazer. Fica mais fácil se você tiver uma folha de papel e um lápis para desenhar.

  Marcado em vermelho estavam certa parte da página.

 Havia três mulheres que eu sabia ser irmãs.

 Samantha, Charlotte(minha avó de verdade), e Aghata.

 Aghata se casou uma vez, mas não teve filhos.

 Charlotte teve duas filhas. Renée e Miranda.

Miranda teve a mim e Renée teve Bella.

 Emmy... Amós e Julius.

 Mas, peraí, eu não sabia disso!

Continuei olhando.

 Amós não teve filhos,pelo que entendi.

 Julius... Carter e Sadie.

 Minha cabeça girava.

 Eu não tinha forças pra continuar a procurar o que eu queria.

 Bom, tentei pensar, ok.

 Eu tenho mais parentes. Possivelmente ligados ao Egito. Parentes que nem minha mãe nem minha avó queriam que eu soubesse que eu tinha. Por quê?

 Era perigoso pra mim ficar perto deles?

Ou...

 Era perigoso pra eles ficarem perto de mim?

 Eu não sabia.

 Solte isso. Você não devia ver isto. Não agora. Ouvi misteriosamente a voz de Atena na minha cabeça.

 Você sabe o que é isso. Conte-me. Pedi.

 Não,criança. Não é hora ainda.

Por favor.

– Não acha é tarde para uma visita?

 Ouvi uma voz conhecida atrás de mim.

 Virei me vagarosamente para encontrar uma Vó Aggy de pijamas cor-de rosa, rolinhos de cabelo e uma cara de poucos amigos.

– O que é isso,vovó?– Peruntei em estado de choque.

Ela veio andando como um furacão e tomou de minha mãos as páginas de pergaminho.

– Você não devia ter visto isto.

– Por que não me contaram? O que isso significa?

 Ela me olhou com severidade. Seu olhar era superior, de jeito que mesmo com seus rolinhos de cabelos e pijamas cor-de-rosa, ela mostrava certa majestade impressionante.

 – Não. Você não deveria ver isto, este não é o momento. Em breve,minha querida. Em breve.

 Eu a encarei. Eu estva com raiva e ela sabia disso, mas tudo que eu pude mostrar foi perplexidade.

– Explique.

– Ah, minha querida,– Ela disse se sentando no sofá ao lado da poltrona em que eu me encontrava.– Vai chegar o dia, e temo que ele não esteja tão longe, que uma missão lhe será incumbida.

– Que missão?

– Receio que não seja a hora. Mas, receio que não seja por minha breve menção da Casa da Vida não seja o motivo por você estar aqui.

 – a-ha! Então isso tem algo a ver com a Casa da Vida!

Minha avó revirou os olhos teatralmente que, para sua majestade, a fazia parecer demais com uma adolescente.

– Não mude de assunto. Sei o que você quer.

 Ela esticou a mão e um livro flutuou até sua mão.

– Aqui está ele. Agora, devo falar novamente, você tem que falar a verdade. Você é uma...

– Tenho que ir,vovó.– Eu me levantei subitamente.

 Ela revirou os olhos de novo.

– Vá, anjo. Se apresse para se esconder, mas não conseguirá impedir que o que você teme aconteça mais rápido do que você imagina.

E foi com essas palavras ecoando em minha mente que voltei quase que hipnotizada para o navio.


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Notas finais do capítulo

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