O Torneio Bruxo-olimpiano escrita por Akanees


Capítulo 16
15. Faço Tempestade Num Clima Ruim


Notas iniciais do capítulo

Novo Cap! Fresquinho! Autora pulando de alegria porque percebeu que recebeu nova recomendação! Por falar nisso, obrigada a:
Luisa-Luisa
gi cute
Jojo_Almeida
Por fazer a vida de uma autora mais happy!



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P.O.V. Nico Di Ângelo

Bem, a expressão de Selena...
 Bom, como a própria Selena disse, ela sempre sabia que atitude tomar quanto ao que estivesse acontecendo, mas aquela expressão...
 Eu só vira aquela expressão em Selena uma vez. Naquela noite em que um tridente verde brilhou sobre a cabeça dela. E mesmo essa só vira poucos segundos, antes dela apagar e eu ter de segura-la.
  Desnorteada.
  Era isso. Mas por quê?
 Ela não dissera que já se acostumara em se sentir excluída ás vezes? Então por quê?
  Tentei imaginar com o que a rejeição da Grifinória significava para ela.
  Uma pensamento me ocorreu:
  Bianca.
 Era com isso que se comparava?
 Não podia ser. Então me lembrei de que quando ela saiu da água ela esfregava os olhos,antes de sorrir para mim.
 Ah,meus deuses!
 Por que ela insistia em parecer forte?
 Em manter aquela fachada dura,resistente,enquanto sofria?
 Por que ela se segurava enquanto estava com os outros, que a amavam e queriam ajudar, para chorar sozinha?
 Mas então pensei em como era ela no começo. Antes de tudo.
 Uma menina abandonada pelo pai, cuja mãe partira, como eu, mas sem uma irmã mais velha pra se firmar.
 Claro que ela tivera Harry. Mas isso fora depois. Depois de ser uma fugitiva,abandonada,perseguida.
 Então entendi. Na cabeça de Selena, ela queria se privar de mais decepção.
 Mais com sua família? Seu irmão? Seus amigos? A mim?
 Tomei uma decisão.


P.O.V. Selena A. Joy

Eu me sentia confusa,magoada, traída. Me sentia simplesmente desnorteada.
 Tente imaginar que as pessoas que sempre estiveram com você, que te defenderam, seus irmãos mais velhos, te chutassem. Te excluíssem. Dissessem que não querem mais ser incomodados por você, te chamassem de mentirosa e passassem a te odiar.
 É assim que eu me sinto agora.
 Mas o que mais me magoa é achar que talvez eles estejam certos.
 Quer dizer,não sobre o torneio, mas por achar que talvez eu os tenha abandonado.
  Talvez, e eu me espancaria se for verdade.
 Mas Peggy?
 O sentimento de traição que eu tinha dentro de mim não era direcionado para os grifinórios, mas para Peggy.
 Eu cuidei dela.
 Ela podia se fazer de forte,de menina má,de rebelde, o quanto quisesse, mas quando chegara aqui ela era absolutamente igual a mim, mesmo que completamente diferente.
 Eu podia estar abandonada por meu pai,sem minha mãe, mas com Peggy era diferente.
 Ela tinha uma mãe, mas que a absolutamente ignorava. Ela queria que Peggy fosse algo que ela não é, e mesmo que assim fosse,fazia parecer que não era nada de mais.
 Quando Peggy chegou aqui, ela era tão abandonada quanto eu. Mas eu cuidei dela. Tratei-a bem e dei sermão nos que não gostavam da Beauxbaton, da garota com sotaque francês.
 Eu fui sua amiga quando ela não tinha ninguém.
 Mas agora, ela me virara as costas.
 Bom,era pra isso que melhores amigas deveriam servir,certo? Pra te apoiar quando ninguém o faz?
  Ela sempre me defendera, também. Mas,agora, que eu precisava ser defendida, ela me chutara como todos os outros.
 Por quê?
É tudo que eu precisava saber.
 Por quê?
 Eu peguei meu material escolar e segui para a aula de Trato das Criaturas Mágicas.
   Segui para a aula de Hagrid. Fui a primeira a chegar.
 – Bom dia,Hagrid.
– Bom dia, Selena. Fiquei sabendo das novidades.
– Um-Hum.– Foi tudo que pude dizer. Eu sabia que tinha leves olheiras ao redor de meus olhos, e eles estavam um pouco vermelhos, pois não tinha conseguido dormir. Ficar com Nico era como um band-aid por pouco tempo. A gente cobre o machucado, mas se tirar ele volta a doer.
  Ele levantou meu rosto com a mãozorra.
– Não fique assim. Eles não foram justos com você.
– Como você ficou sabendo?– Perguntei, enquanto ele voltava a atenção para umas notas em uns papéis em sua mão.
– Percy me contou, mas ele disse que você preferia ficar no navio mesmo.
 Acenei com a cabeça.
 Os alunos foram as poucos chegando.
– Bem, a aula de hoje vai ser mais adiante, nos estábulos.– Hagrid disse quando todos chegaram.
 Ele nos levou até os estábulos e parou na área dos pégasus.
– Bom,agora quem se candidata a tentar montar em um?– Ele perguntou. Ninguém falou nada.– Selena?
– ãnh, Hagrid, acho que não é,exatamente...
– Ora,vamos! Pode entrar!
– Mas, Hagrid...
– Sem desculpas! Entre!
– Tudo bem.– Murmurei.
 Eu entrei. Todos os cavalos se curvaram diante mim.
Salve,Milady!
 Revirei os olhos.
 Hagrid, que estava explicando até parou.
– Tá bom, quem de você eu vou montar? E Não me chamem de milady!
Os cavalos começaram um tumulto até que eu gritei:
– PAREM!
 Eles ficaram que nem estátuas.
– Tá bom. Agora, BlackJack!
 Os alunos me olharam como se eu fosse louca mas não me importei.
 Os cavalos deram espaço em uma fila reta para um pégasus preto puro passar por eles.
 Aí,Milady. Escolheu o cavalo certo! Mas tem certeza que o chefe não vai ficar chateado se você me seqüestrar?
Fiz carinho em sua crina.
– Não me chame de Milady. E eu não vou te seqüestrar, e eu dou uns chutes se Percy reclamar de algo. Com a maldição de Aquiles, eu no máximo vou sair de pé quebrado. E Percy já não falou para você não chamar ele de chefe?
 Você é igualzinha a ele,Milady.
– Espero que isso seja um elogio.– Eu sorri e tirei ele do estábulo.
 Montei em Blackjack e voei.
 Foi uma sensação ótima. Quase a mesma sensação que tenho sobre uma vassoura.
 Acho que, afinal de contas, eu gosto mesmo é de voar. O que é completamente contraditório, uma vez que sou filha de Poseidon, mas uma voz na minha cabeça que dizia que eu não seria tão receptiva em um avião.
 Eu o conduzi para o lago e deixei que suas patas se encostassem na água, lançando alguns arco-íris no dia ensolarado.
  Sem perceber eu estava rindo.
  Rindo, de verdade. Sem motivo algum.
 Só por que era boa a sensação do vento frio em  meu cabelo, o sol brilhante, o meu pé encostando na água que Blackjack lançava...
 Quando eu pisei em terra firme eu ainda sorria.
 Havia uma turma de bruxos,que incluía meu professor, de boca aberta.
– Como... Você... Fez... Isso?– Alguém perguntou.
Eu sorri mais ainda.
– Foi isso que eu tentei dizer.– Disse.– Eu sou filha de Poseidon, o criador dos cavalos. Eles ainda respeitam seus descendentes.
 Blackjack relinchou.
– Eu sei que Percy também salvou sua vida, Blackjack. Mas não se esqueça a quantidade de vezes que ele a botou em perigo desde então.
 Ele deu um relincho manso, concordando.
 Tem razão,madame.
– Mas eu não salvei sua vida, então quer parar de me chamar de madame?
 Ele relinchou.
– Desisto.– Eu disse.
 Hagrid mandou todos tentarem montar, mesmo que todos ainda estivessem com suas bocas ao chão, o que talvez fosse pouco higiênico, uma vez que estávamos num estábulo.

Você é um bom pégaso Blackjack. Obrigada.

 Eu andei pelos jardins do castelo. Era o tempo livre da turma dos quartanistas e eu precisava falar com alguém.
 Apoiada debaixo de uma árvore, uma garota de cabelos dourados, que brilhavam ao sol, presos desajeitadamente num rabo de cavalo, lia um pergaminho.
 Me dirigi a ela.
 Dei um pigarro.
Ela se virou.
– Achei que você viria falar comigo.
– Por quê? É tudo que eu quero saber: Por quê?
 Ela se levantou. Seu rosto era inexpressivo, seu tom, frio.
– Eu não te devo nada. Você pode ter sido uma boa amiga,mais eu também fui.
– Se acha que isso é ser uma boa amiga, você precisa seriamente ajuda.
– Eu já fui. Não sou mais. Eu cansei, Selena. Por que você fez isso?
– Céus, fiz o quê?
– O que você acha? Eu sou conhecida pelo nome de minha mãe, Selena. Quando olham para mim, eles pensam: olha a filha da Guga Jones passando. Eu quero fazer meu próprio nome e você sabia disso. Por que você trapaceou?
 Agora havia mais gente olhando para nós.
– Pela milésima vez, eu fiz tudo normal! Não fiz nada a mais para o meu nome saltar daquela porcaria de cálice!
– Ah,você fez,sim. Mas não importa. O que estamos discutindo aqui não é isso. O que estamos discutindo aqui é que eu cansei de sua amiga. Eu não te devo nada. Tudo aquilo que eu vi você fazer por mim eu já compensei.
 Eu olhei para ela e respondi, perdendo a paciência quase gritando.
– Eu não quero que você me compense pelo você me viu fazer por você,Peggy Sonny Marie Jones. Quero que me compense por tudo que você não viu eu fazer por você. Quero que você me devolva as noites que eu não dormi preocupada por que você gritava o nome de sua mãe a noite.  Quero que me compense pelo sermão que passei a todo e qualquer membro desta escola que reprovava a francesinha da Beauxbatons que entrou em Hogwarts com doze anos. Quero que me faça esquecer todos os segredos que eu descobri sobre você e nunca contei para ninguém,nem mesmo a você! Quero que me devolva isto, se você puder, então aí você poderá dizer com orgulho: Não. Te. Devo. NADA!– Eu disse nervosa. Estranhamente, o sol, que antes brilhava, agora estava encoberto por nuvens de tempestade que se remexiam com ferocidade.
 Agora havia um verdadeiro pequeno tumulto a nossa volta.
– Bom, então é isso? É assim que isso vai acabar? O que vai fazer agora? Me mandar uma tempestade para que um raio caia em minha cabeça? É isso?  Que criativo... Faça isso! Acabe com isso de uma vez!
Eu fechei os olhos e senti como se de certo modo a tempestade se voltasse para dentro de mim.
– Desculpe. É isso que você quer então? Tudo bem. Não vou obrigá-la a nada. Se é assim que você quer, então Adeus, Peggy Jones.
 Eu me virei e sai dali.


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Notas finais do capítulo

Ainda pulando de alegria Quem quiser contribuir para a felicidade da autora é só deixar um review,ok? Pleaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaase!!!!!!!!!*olhar de cachorrinho que caiu da mudança ainda por cima na chuva*Espero que tenham gostado!A Million of Kisses,Mary



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