O Torneio Bruxo-olimpiano escrita por Akanees


Capítulo 13
12. Minha Tia-Avó Descobre O Meu Maior Segredo


Notas iniciais do capítulo

Novo Post! Novo personagem! Nova pista!



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Eu estava cansada de tudo isso. Cansada.

Uma vez me perguntaram como eu me sentia, fazendo parte desses diferentes mundos. Essa é minha resposta: Cansada.

Não é que não seja legal,nada disso. Se disséssemos a uma criança, hey,você quer ter poderes legais, controlar o oceano? ela diria sim. Mas é muito mais que isso. Isso tem um preço. Um preço muito alto a pagar.

Eu não queria isso. Quer dizer, as pessoas se acostumam com ser bruxo, é divertido. É fácil. Mais não é assim quando se tem uma profecia sobre você. Mas quando se é semideus, você, tipo, nunca está seguro. Um monstro sempre pode aparecer e tentar te deixar como aperitivo pro almoço de domingo. Com profecia então? Aí é que a coisa fica feia.

Eu já tinha mosntros ao meu encalço e agora também uma espécie de comensal da morte? Cara, eu preciso de férias.

Eu pensava sobre isso enquanto apreciava o doce aroma da pele de Nico enquanto víamos o pôr-do-sol além do lago.

O sol parecia muito mais longe do que deveria estar e apesar dele estar lá estava frio, mais isso não fazia ele ficar menos bonito.

Depois de eu me acalmar e lançar alguns golpes quase fatais em Percy, nós sentamos ali para tentar esquecer disso um pouco.

O aroma era delicioso. Não havia palavras para ele. Era doce e ao mesmo tempo amargo, mais doce do que amargo e ainda assim leve, e apesar de ser o melhor aroma que eu já senti, sabia que nem todos concordariam comigo, até o odiariam, mas para mim era relaxante e calmo.

Era o cheiro da Morte.

O fato de ele me acalmar talvez devesse ser fato preocupante para mim, mas quer saber? Eu tinha problemas maiores.

Estranhamente, o cabelo de Nico cheira a macieiras. Pensei se era o shampoo ou coisa parecida,mais de novo, eu tinha problemas maiores. Pra dizer a verdade o cheiro de seu cabelo era tão bom quanto o de sua pele.

Respirei fundo, com calma,agora que uma paz estranha me inundava. Era o mesmo que Nico havia dito, eu não podia fazer nada. O melhor que eu poderia fazer agora era aproveitar essa paz rara e não pensar na pilha de dever de casa que me esperava assim que eu subisse. Ri mentalmente com esse pensamento.

Então, um prisioneiro de perpétua foge de Azkaban para tentar te tirar da jogada (ou algo pior) e você está preocupada com o dever de casa? Tá bom.

Sem perceber, eu dormi.

 

P.O.V. Nico di Ângelo

Senti alguém se sentar ao nosso lado. 

E aí,cara? Disse Percy;

Oi. Dei um meio sorriso. Selena tirava um gostoso cochilo com a cabeça apoiada em meu pescoço. Ela dormiu.

Percebi. Acho que foi muito para ela absorver.

Eu sei. Eu...

O quê?

Sabe, ás vezes... Ás vezes quando eu olho nos olhos dela... Ás vezes eu penso que não é isso.

O que quer dizer?

Ás vezes, ela parece está longe,sabe? Perdida num fluxo de pensamentos de coisas que eu não imagino. Coisas que seria melhor ninguém saber. Algo que ela quer esconder. Algo que ela precisa esconder.

Percy fitou o horizonte. Seu rosto preocupado parecia muito com o de Selena,com as sobrancelhas franzidas e juntas.

Sorri em humor negro.

Você já percebeu,não é?

Percy olhou pra mim. 

Olha,Nico, o que quer que seja, não podemos forçá-la a dizer. Ela tem que fazer isso. Nos contar quando estiver pronta.

Mas Percy, isso pode ser perigoso. Isso é perigoso. Tenho certeza. Não podemos sentar e esperar.

Percy me olhou com aqueles olhos, que pareciam antigos, por terem passado por tantas coisas.

Sei que isso ai parecer estranho vindo de mim, mas você precisa aprender a ter paciência. Certas coisas tem hora certa pra acontecer. Vamos esperar que essa hora chegue.

P.O.V. Selena Alexandra Joy.

Dever de casa! Eu dei um salto. Já era de noite.

Esse é um pesadelo que eu consigo entender. Observou Percy, que eu não havia reparado estar perto de nós.

Tchau,Nico, tchau Percy,tenho que ir. Eu disse e me pus a correr.

Passei na biblioteca e voltei para a sala comunal atolada de livros além de minha cabeça.

Alguém veio em meu socorrro e pegou metade dos livros.

Peggy veio me ajudar.

Nossa,Selena, pra que tudo isso?

Eu cochilei e esqueci do trabalho de casa. Não fala nada. Adicionei.

Peggy mordeu a língua num esforço óbvio.

Eu fui estudar.

 

 

 

Voltei a meia-noite e meia para meu dormitório e em vez de ir dormir sentei-me na janela com minha pesnseira.

Tirei minha memória e a coloquei na penseira,mas não entrei. Um rosto se mexeu na poção.

Um rosto com aqueles olhos que a gente nunca consegue decidir se é verde ou azul, emoldurado por grossos castanhos escuros, iguais os meus exceto talvez pela cor. Seu rosto jovial estava aberto em um lindo sorriso.

Ela inspirava vida.

– Queria que você estivesse aqui.– Eu murmurei.

– Ainda sem dormir?– Perguntou uma voz ao meu lado. Me irei e encontrei uma Peggy de cabelo preso com seu robe cor de rosa e suas pantufas. Seus braços estavam cruzados e seu rosto tinha uma mistura de severidade e preocupação.

Sorri de modo incerto.

– É. Sabe como é...

– ...Refletindo.– Peggy disse e balançou a cabeça ao se sentar ao meu lado.

Ela olhou a imagem.

– Se perguntando o que ela iria achar de suas decisões. Se ela acharia corretas ou não.

– Ás vezes me pergunto como você me conhece melhor do que eu mesma.

Ela deu de ombros.

– Sou sua amiga. Mas quanto a isso, eu sei por que ás vezes eu sinto a mesma coisa. Aí eu lembro que ela não se importa.

– Ela te ama,Peggy.– Eu sussurrei.

– Tenho sérias duvidas quanto a isso.

– Só não se esqueça: Eu me importo. Sempre lembre-se que eu sempre vou estar aqui pra te ajudar,está bem?

Ela sorriu.

– Obrigada. Obrigada por você estar sempre ao meu lado,amiga.

– De nada. É o que bons amigos fazem.

Ela sorriu de novo.

 

 

 

 

Acordei. Era hoje. Hoje se decidiram quem eram os heróis.

Troquei de roupa e fui escovar os dentes para começar o dia. Terminara o dever da semana toda a noite.

Fui tomar o café. Graças a Deus só havia uma nota sobre o torneio. De repente chegaram as corujas.

Minha coruja veio direto para mim. Junto com muitas outras. A maioria eram insultos e que preferi ignorar, alguns tão terríveis que eu não poderia nunca contá-los.

Abri a carta e li:

" Selena,

Pedimos desculpas por ontem. Eu juro que tentei impedir aquela vaca de escrever essas coisas. Mas não consegui. Mas não se preocupe. Você já deve ter reparado, tirando algumas coisas, ela coloca a maioria dos insultos para o ministério e você como uma pobre coitada que colocaram os fardos nos ombros e, tá,tá, eu sei, também como uma experiência genética, mas mesmo assim,anjinho..."

Lunna se sentou ao meu lado e perguntou:

– Então, tudo bem? Chegou as cartas que você temia?

Sem tirar os olhos da carta apontei a pilha a sua frente.

Pelo canto do olho, vi ela pegando uma e começando a arregalar os olhos.

" Agüenta firme,tá? Vai ficar tudo bem.

Estava pensando...

Por que você não passa as férias da Páscoa com Bella? Isso sempre fez tão bem a você...

Você não passa as férias com ela desde que ela veio de Forks para passar o verão em Jacksonvile.

Que tal?

Beijos,

Gina."

– É isso? É isso que ela tem a me dizer? Tipo, desculpe por não impedir de te caluniarem em rede nacional, e,ah, a propósito, você está convidada a não vir passar as férias em casa?– Fiquei numa mistura de perplexidade e raiva.– Vai ficar tudo bem? Sabe o que eu queria? Queria que parassem de me dizer isso!

Joguei o pergaminho do chão e deixei o salão p. da vida.

A última aula era a de Poções, que haviam dois professores, Prof. Slughorn e Prof.ª Monroe.

E é claro que eu tinha que ficar com o pior. Ou neste caso, a pior. Ouvi falar que Slughorn era ruim,com seus favoritismo e coisa e tal, mas pior que a Prof.ª Lavigne Monroe era impossível.

Eu a odiava, junto com todos os grifinórios, mas era parecia ter um rancor especial por mim. Eu disse rancor? Quis dizer que ela também me odeia. Quase mais do que eu a odeio e esse já é um grande feito.

Cheguei na aula e joguei a mochila ao meu lado. Peguei meus livros e já comecei o capitulo.

A sala estava vazia. A sala aos poucos ia enchendo. Senti Michelle se sentar ao meu lado.

A professora chegou, com seus cabelos loiros esvoaçando atrás dela. O seu manto negro ia junto. Seus olhos azuis acinzentados focaram em mim.

– Parece que há alguém que quer parecer mais inteligente que o resto da turma.– Ela disse.– Estou certa,Srta Joy?

– Não sei, Prof.ª Monroe.– Fiquei de olhos fechados ao falar isso.

– Mas parece que sim... Que tal uns cinco pontos a menos para grifinória?

– Você quer me retirar pontos por gostar das aulas,Prof.ª Monroe?

– Retirar pontos por ser uma sabe-tudo irritante.– Ela respondeu de modo desagradável.

Abri os olhos e foquei-a.

– Então pode retirar pontos também de sua casa,Prof.ª. Você é mais sabe-tudo e irritante que eu.– Respondi.

Eu sei. Essa pode ter sido uma das coisas mais idiotas que eu já fiz, mas ponha-se no meu lugar. Caluniada, com sono, perseguida e irritada e essa professora ainda me perturba por ler o livro escolar?

– Detenção, Joy. Um mês. E está expulsa de minha aulas por hoje.

Peguei minha mochila.

– Isso não será nenhum sacrifício.– Eu disse e me virei para ela numa reverencia debochada.– Posso me retirar,milady?

– Até. O. Final. Do. Ano.– Agora foi ela que fechou os olhos.

P.O.V. Michelle Abgail Amie Mansen

Eu não repetiria o que Selena fez. Quer dizer, desafiar a Prof.ª Monroe?

Jamais.

Mas havia algo de errado com ela quando ela falou isso. Bom,não com ela, mas nos olhos dela.

Quando ela falou isso havia um brilho vermelho neles. Algo não estava normal quando ela disse aquilo.

Não sei dizer o que houve, ela parecia mais poderosa, não como ela, mas quando a professora falou até o final do ano, ela fez um som que parecia de um rato sendo pisoteado que não parecia nem um pouco poderoso. Era ela, sem ser ela, entende?

Não? Eu também.

Ela pegou sua mochila e saiu da sala.

P.O.V. Selena Alexandra Joy.

Eu fui para o único lugar que me faria me sentir melhor aquela hora. A sala da minha tia-avó, a Prof.ª Agatha, ou como eu a chamava fora das salas, vó Aggy.

Bati na porta.

Por sorte, ela estava presente.

Ela abriu a porta.

Ela sorriu mas pareceu preocupada ao ver meu rosto.

– Oi, Vó Aggy.

Olá,Selena. Entre,anjo.

Eu entrei na sala. A sala era uma estranha mistura de um apartamento/casa da avó e uma biblioteca.

O cômodo era perfeitamente redondo e parecia o de uma torre, o que,claro,era mesmo.

De um lado havia uma pequena cozinha sem paredes de divisão, havia um sofazinho, cor-de-rosa claro com renda branca por cima e uma mesinha de vidro e uma poltrona no mesmo estilo.

As paredes, eram todas cheias de livros, e havia uma escada que levava aos livros mais altos, quase a dez metros do chão.

Sente-se,querida. Eu já volto.

E ela foi para a cozinha.

Huuum... Como posso descrever vó Aggy?

Ela era uma senhora energética, meio gordinha, com um ar bondoso. Tinha sempre os cabelos dourados, com mechas brancas, presos num coque. Usava sempre vestes floridas.

Isso mesmo. Vestes floridas. A marca de um bruxo que é sempre as vestes escuras,no estilo dark, e ela conseguiu encontrar um local que fabricam vestes floridas. Tudo bem...

Ela deveria ter uns setenta ou oitenta anos, motivo por eu não ter ficado na sua guarda, mas tinha um certo ar jovial, um sorriso vivo,alegre. Seus olhos eram idênticos aos da minha mãe.

Coloquei minha mochila ao meu lado e me afundei na poltrona.

Vó Aggy voltou com duas xícaras a mão.

Sahlab?

Ãnh, saúde.

Ela riu.

Não, criança. Sahlab é uma bebida egipicia. Um de meus sobrinhos era um egiptólo, trabalhava para a Casa da Vida, e ele aprendeu a fazer e me mostrou, em pouco tempo dizia que eu o fazia melhor do que os próprios egípcios. Ela riu. Ela apontou para uma foto de um homem negro, bonito até, adulto numa foto em cima da lareira, que era o único espaço apertado entre tantos livros. Ele morreu faz pouco tempo.

Ãnh, meus pêsames. O que é a Casa da Vida?

Agora,não. Outro dia,criança, outro dia. Ela disse.

Ãnh, tá bom. Peguei a xícara. O que é, exatamente?

Há chocolate quente. Isso é algo como baunilha quente.

Eu tomei um gole. Era bom, com um toque de coco e canela. Me senti aquecida e mais calma. Me senti em casa.

Era por isso que eu costumava vir aqui quando estava chateada. Era um local em família. Um local que eu podia esperar que minha mãe passasse pela porta sorrindo a qualquer momento de braços dados com meu pai.

Era um desejo bobo, eu sei. Quer dizer, quando minha mãe estava viva ela tinha casado de novo. Mas uma boa lida em seu diário mostrava que ela considerava seu novo marido mais um amigo do que qualquer outra coisa. James era seu melhor amigo. Ele havia tido a idéia de um casamento só de aparências. Ele havia me assumido como sua filha, farsa descoberta só agora. E meu pai era um deus. Quer dizer, ele não ia chutar Anfitrite para ficar com minha mãe.

Balancei a cabeça,como se isso pudesse arrancar esses pensamentos de mim.

Minha mãe estava morta. Pronto. Fim da história.

O que lhe preocupa,criança?

Tirei o jornal da mochila.

Vó Aggy o examinou.

No final ela olhou para mim sem surpresa aparente no rosto.

– Sempre soube que isso aconteceria. Não há nada aqui que me surpreenda. Nem um pouco.

Como é?! Meu queixo caiu com essa mas balancei a cabeça de novo e segui. Não é só isso. Eu sonhei...

Com Stephen Jensen, eu sei. Ah, e também está de detenção.

Minhas sobrancelhas se uniram.

Como você... Balancei a cabeça pela terceira vez. Como eu ainda fico surpresa?

A questão é: Anjo, você não pode ficar tão nervosa por coisas pequenas como essa.

Pequenas?

Faz anos que eu sei o que aconteceria com você. Você não pode se deixar levar com coisas como essa. Você tem que estar focada em ficar mais poderosa,meu anjo. Você tem tudo para isso. Um dia os poderes que você esconde terão de se revelar.

A xícara que estava em minha mão caiu, espalhando sahlab pelo carpete cinzento.

Eu estava paralisada, mas consegui me virar para ela.

A-A Senhora sabe sobre os poderes?

Sei de tudo que você tenta esconder,meu anjo. Sei o que você é de verdade.

Por favor, não conte. Eu pedi suplicante. E-Eu não quero isso.

Porém,uma hora vão descobrir. Você é poderosa,anjo. Você deveria estar honrada.

Ela puxou meu braço e tirou o tecido que os cobria.

A tatuagem em tribal brilhava em roxo.

Isso é uma marca de honra. Orgulhe-se, criança.

Puxei o braço.

É meio difícil. Murmurei de cabeça baixa. Como posso,vó Aggy? Eu não posso ser isso.

Entretanto é o que você é. Como semideusa,como bruxa. Como dona de uma forte herança mágica. É isso que você é, e não pode fazer nada para evitar ser.

Tem razão. Eu disse ainda de cabeça baixa.

E lembre-se: Ela ergueu minha cabeça com delicadeza. Orgulhe-se.

Assenti.

Agora vamos. Ela apontou a varinha para o chão e ele se limpou e a xícara se remontou com o sahlab de volta dentro dela. Só sabia que eu é que não ia tomar dali. Ela colocou as xícaras de volta para a cozinha. A cerimônia de abertura já vai começar.

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Notas finais do capítulo

E aí, o que vcs acham? Mereço reviews? Hein? E recomendações? Hein? Hein?Kisses & Kisses, Mary.P.S.- Acho que estou cometendo uso abusivo desses quadrinhos...



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