A Usurpadora escrita por Lorena Lima


Capítulo 3
Capítulo 3 - A Proposta


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capitulo, lindas.
Espero que gostem. ;D
Boa leitura.



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Cap 03

A Proposta

Isabella PDV

Matilde mandou-me procurar os brincos de uma senhora, cliente super estimada do restaurante. Ela estava histérica por perder os brincos que havia ganhado do marido. Voltei pelo corredor, refazendo os passos da madame, olhei por todos os lugares, mas já estava começando a achar que os brincos não haviam caído dentro do restaurante.

O único lugar que faltava era o toilatte. Entrei ao espaço, tentando ser discreta ao notar a presença de uma moça, continuei a procurar os brincos, deveriam ser muito caros para que a senhora entrasse em desespero, ou talvez, tivesse um valor sentimental maior que o material. Por isso estava fazendo de tudo para encontrá-los.

Mas distrai-me ao ouvir uma voz conhecida e forte chamar-me.

- Garota! – Por não haver mais ninguém ali, a moça só poderia estar falando comigo. Olhei rapidamente em sua direção, mas meus olhos não queriam acreditar no que estava a minha frente.

Pisquei atônica. Eu não tinha certeza, meu cérebro poderia estar pregando-me uma peça, parecia que eu estava olhando-me no espelho. Eu encarava os mesmo olhos, minha boca se abriu sem breve aviso. A moça elegante trajava um longo vestido vermelho, seus cabelos castanho avermelhados, caindo em cachos leves por seus ombros. E seus sapatos altos a davam um poder visível.

Continuei confusa. Como aquela moça rica e bem vestida poderia se parecer tanto comigo?!

Encarei-a novamente, voltei a realidade quando reparei em seu sorriso.

- Sim, senhora? – Encarei seus sapatos, mandando para longe meus pensamentos insensatos, esperei que ela pedisse algo.

- Olhe para mim, mocinha. – Aproximou-se, não tive coragem de obedecê-la e continuei a encarar o chão. Assim que ela ficou a minha frente, presenciei em espanto suas mãos segurarem meu rosto, o erguendo para cima. – É impressionante!

Espantada, eu não mexia nem um músculo. Só continuei olhando-a, e me assustava em pensar no quanto éramos parecidas.

- Você só pode ser uma sócia. Não é possível que seja tão igual a mim! Chegar ate a ser espantoso! - Afastei-me dela.

- Não sei do que esta falando, senhora.

- A sabe sim, e isso só pode ser coisa do destino. Você chegou para resolver o meu problema. – Ela riu, andando em volta de mim.

Meu Deus, o que será que aquela mulher estava querendo?

- É incrível. Você tem o mesmo cabelo, a mesma pele, a mesma boca, tudo, exatamente tudo –Engoli em seco ao perceber a verdade nas palavras daquela mulher desconhecida.

- Qualquer um poderia confundir você comigo, menina. Isso não é maravilhoso? – Ela caminhou ate a bolsa em cima do balcão, pegando um cigarro, acedendo-o enquanto encarava-me.

Não falei nada, tinha medo de acabar metendo-me em problemas. A moça continuava a sorrir, mas isso não me trazia segurança, tinha alguma coisa em se sorriso que de alguma maneira deixava-me ainda mais angustiada.

- Já sei, vamos fazer um teste. Você vai ver como podem confundir nós duas.

– Teste? Que teste, senhora? Desculpem-me, mas eu tenho que voltar para os meus afazeres...

- Nem se incomode, tenho certeza que Jack não se incomodará se você atender a uma convidada especial. Então, vem cá, quero que você vista a minha roupa. Eu preciso comprovar uma coisa.

O que eu faço? Não posso ser despedida por não atender a uma cliente. Mas o que ela quer comigo, meu Deus?

Sem entender nada, atendi ao pedido da mulher, troquei meu uniforme por seu vestido fino, ela ficou com um roupão que havia na ala do trocador, libertou meus cabelos, deixando-os soltos em minhas costas.

- Perfeito. Agora saia, quero ver o que os outros vão achar de você. – Empurrou-me delicadamente para fora, sai desnorteada, tentando manter o equilíbrio nos saltos altos da moça. Mas o que estava havendo? O que eu faço?

Assim que rompi pelo corredor, esbarrei em uma  mulher, Matilde. Que olhou-me envergonhada.

- Mil desculpas, senhora. Não a havia visto.  –Segurava as mãos, nervosamente. – Estou atrás de uma funcionária, sabe se ainda tem alguém dentro do toilette?

Não me reconheceu. Como era possível?

Segurei minhas mãos para trás, ao ver que elas tremiam sem parar. Quando percebi que minha voz havia ficado presa em um bolo em minha garganta, apenas balancei a cabeça negativamente. Matilde não poderia ir ate lá, encontraria a senhora e quando percebe-se toda a situação eu poderia dar adeus ao meu emprego.

- Tudo bem, obrigada senhora. E desculpe-me mais uma vez. – Assenti, e respirei aliviada ao ver ela voltando para o salão do restaurante.

Quase corri de volta ao toilette. A moça, minha sócia, estava encostada ao balcão, rindo alegre, ainda com seu cigarro na mão.

- Viu só? Ela confundiu você comigo. – meu coração estava querendo escapar por minha boca, balancei a cabeça levemente, tentando voltar ao normal.

Voltei ao trocador, pegando meu uniforme pendurado e tirando com muito cuidado o vestido daquela senhora. Voltei para perto dela, entregando seu vestido, a moça voltou a ficar séria, encarou-me como se quisesse ou pudesse ver minha alma.

- Como se chama, menina? – Perguntou-me, enquanto ia para o trocador, substituindo seu roupão pelo vestido fino.

- Me chamo Isabella, senhora. – Ela sorriu, pegando sua bolsa novamente.

- Isabella?  - Riu. – Bom, minha querida, Isabella. Eu tenho uma proposta para lhe fazer. Adorei sua encenação lá fora com aquela mulher, saiu-se perfeitamente, e merece ate uma recompensa. – Abriu a bolsa, pegando várias notas altas. Dei alguns passos para trás, o que ela pretendia?

Seu olhar se encontrou com o meu mais uma vez.

- Não. Acho melhor você receber depois que aceitar a minha proposta.  – Guardou o dinheiro.

- Mas que proposta é essa, senhora? - Perguntei, querendo sair dali o mais rápido possível.

- É simples. Eu quero que você substitua-me em minha casa. Como você mesma já comprovou, qualquer um confundiria nós duas.  – Levantei minhas sobrancelhas, surpresa.

- Não estou entendendo, senhora.

- Isabella, eu estou querendo tirar umas férias de minha família. Acabo de encontrar um amigo que me fez um convite irrecusável, o problema é, não posso viajar sem que meu marido desconfie, então, quero que você vá para minha casa e se passe por mim. Ficarei fora durante um ano, e nesse tempo, será você que estará ocupando o meu lugar.

Meu cérebro não estava raciocinando direito. Ela queria mesmo que eu fingisse. Mas o que ela estava propondo-me?

- Senhora, você esta dizendo que quer que eu fique no seu lugar, perante seu marido e o resto de sua família, porque pretendi se divertir com um amante? – Na hora, não importei-me com indiscrição de minhas palavras.

- Isso mesmo. É claro que você receberá uma quantia inimaginável durante esse tempo, lhe pagarei muito bem. Suponho que esteja precisando de dinheiro, não é?! Se não, não estaria trabalhando como uma simples empregada aqui.

- É verdade. Mas é claro que eu não posso aceitar, senhora. E apesar de precisar muito do dinheiro, minha honra e meu caráter vêm em primeiro, fazer algo desse tipo seria desonesto.

Ela gargalhou alto, tirou e estendeu para mim um pequeno cartão.

- Não recuse antes de pensar, queridinha. Aqui esta meu cartão, vou dar um tempo para você decidir, ligue-me assim que tiver tomado sua decisão. .. Há e me chamo Anabella. Anabella Cullen.

Sorriu, já indo em direção a saída.

- Estarei esperando a sua ligação, Isabella. – Deu um aceno para trás, virando-me as costas e deixando-me sozinha.

Soltei o ar que estava preso em meu peito. Aquela senhora só poderia estar louca, pedir para que eu tomasse o seu lugar! Mordi os lábios, nervosa. Coloquei seu cartão em meu bolso, e nem pensei em muita coisa quando percebi Matilde adentrando ao toilette, bufando.

- Aonde você estava, garota?! – Estava soltando fumaça pelas narinas, encolhi-me pronta para ouvir uma bronca. – Depois vamos conversar direito. Agora vá ate a recepção lateral, tem um telefonema para você, uma tal de Dolores, e eu só autorizei a ligação porque ela disse que era um assunto urgente, alguma coisa com o seu irmãozinho.

Brian?! Ah não, não pode ter acontecido outra vez.

Nem deixei que Matilde terminasse de falar, sai em disparado pelo salão do restaurante, chegando em um átimo a recepção. Peguei o telefone.

Por favor, meu Deus. Que não esteja acontecendo de novo...

Continua...



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Notas finais do capítulo

Oi de novo!:D
Como estão, flores? O que estão achando?
O que será que aconteceu com o o nosso (lindo) Brian? E a proposta da Anabella? o.0
Nossa, vocês não sabem como fiquei feliz com os reviews do capitulo passado. Muito obrigada a todas! *.*
Por isso,postei esse aqui bem rapidinho para vocês.
E para responder a algumas duvidas, sim, flores, a fic vai ser inspirada na novela "A Usurpadora" (eu amo! kkk) mas eu só vou pegar o enredo principal, fora isso e mais alguns fatos, a fic não vai ser inteiramente parecida, ok?
Querem mais? É só comentarem, amores. ;D
Ate a proxima. ;*
Muitos beijos...b29;