Lua e Sol escrita por Tina Granger


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Naruto não me pertence...



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Naruto não me pertence. Estou nesse mundo para me divertir...

Capitulo 07

Naruto ergueu os olhos para o céu, olhando para os fogos de artifício. Nenhuma sombra de sorriso se via em seu rosto. Continuou a embalar o filho, que aumentava o choro a cada fogo que explodia.

- Ei, moleque, que é isso? Não precisa chorar por causa desses fogos... Eles estão mostrando que o seu pai agora é o Hokage... – Começou a caminhar, um suspiro de impaciência saindo de seus lábios. Tentou cantar uma música para ver se o distraía, mas sinceramente, o som era péssimo até para os seus ouvidos.

Ele estava quase sentindo vontade de se jogar no chão e imitar o bebê quando escutou uma batida na porta. Abriu-a, encarando um Neji com uma sobrancelha erguida.

- Desiste do posto?

- Vai se... – Naruto não estava com paciência para brincadeiras.

- É dessa maneira que pretende educar meu afilhado?

- Não enche meu saco. – Naruto apertou mais um pouco o filho, quando um novo foguete explodiu. Naruto deixou Neji na porta, encaminhando-se para o quarto.

Neji entrou na sala, sentando-se. Olhava para a janela, quando Naruto reapareceu.

- Cuida um pouco do teu afilhado. Eu já volto. – Naruto colocou Asuka no colo de Neji. Havia colocado uma camiseta e o calçado. Quando voltou, quinze minutos depois, os fogos de artifício haviam cessado. Neji segurava atrapalhadamente Asuka, que parecia perceber isso... e aproveitar para chorar mais.

Quando Naruto o pegou novamente, Asuka reconhecendo o cheiro do pai, aos poucos começou a se acalmar. Meia hora mais tarde ainda soluçava, mas fracamente.

- O que você fez?

- Nada de mais. Kage Bunshins... E mandei todos procurarem quem estavam soltando os fogos e dar um aviso.

- Que aviso?

- Se não parassem, que eu ia enfiar os fogos... Lá mesmo. – acrescentou, quando Neji arregalou os olhos.

- Naruto...

- E acho que amanhã vou baixar uma lei: que fogos de artifício, só até...

- Naruto. – Neji o interrompeu.

- Desculpe. Para você ter vindo até aqui, deve ter um motivo muito importante.

- Havia comentários durante a sua posse, sobre uma possível ruptura na aliança com Suna e... – Neji preferia ser outra pessoa a falar, mas era melhor que Naruto soubesse o quanto antes – sobre um futuro casamento seu.

- Como é que é? – Naruto preferia não ter entendido as últimas palavras.

- Isso que você ouviu.

- Hinata nem esfriou direito no caixão e querem...

- Como Hokage, você se tornou um excelente partido.

- Como Hokage eu tenho a missão de proteger a vila. Se eu falhar, eu estarei morto. E eu não vou falhar, Neji. Sabe o que me dá a certeza disso? Eu não vou permitir que meu filho seja criado como eu fui.

- Se você falhar, ele tem padrinhos que irão cuidar dele.

- O que realmente você quer me falar com essa conversa?

- Hanabi me pediu para vir conversar com você.

- O que a vespa... Espera aí! – Levantou-se de um salto. – A vespa não pode estar querendo...

- Não é nada disso – Neji falou. Embora sentisse vontade de falar muitas verdades para Naruto, ia apenas dizer o motivo que o levava ali. – Hanabi me pediu para lembrá-lo que, caso necessite sair da vila, Asuka pode ficar no clã, sob nossos cuidados. Dela e meus.

- E Hiashi?

- Hiashi-sama estava presente quando estávamos conversando. E não manifestou nenhum protesto, Naruto.

Naruto encarou o filho, que parecia fitá-lo indignado, alguns resmungos ainda ecoando pelo apartamento. As únicas coisas que herdara fisicamente de Hinata foram os olhos perolados e os cabelos negros. Cabelos, aliás, que eram tão espetados quanto os seus.

- A proposta, aliás, Hanabi queria vir fazer ela mesma. Mas depois do que escutamos na cerimônia, não acho que teria sido conveniente para ela aparecer aqui.

- Bom, jeito com Asuka ela tem... – Naruto fechou os olhos. Ele sabia o quanto era doloroso crescer sem saber o que era uma família. E por mais que ele não gostasse de Hiashi, Hanabi e Neji eram a família de Hinata. Ele não morreria por permitir que Asuka convivesse com eles. – Eu irei fazer isso com uma condição. – Naruto se encostou na cadeira, Asuka havia começado a protestar, querendo ir para o chão. Depois que Naruto o largou no chão, o pequeno começou a se arrastar até uma caixa que tinha os seus brinquedos favoritos. – Nada de Byakugan. Asuka vai ser um ninja sem utilizar a sua linhagem. E Neji, aquilo que eu disse no Torneio Chunnin, está valendo. Eu vou acabar com essa divisão estúpida do clã.

Neji concordou com a cabeça.

- Me desculpe por ter demorado tanto para ter consigo o título de Hokage.

- Se está se referindo a Tenten, ela fez a escolha dela. – Sem sorrir, Naruto concordou com a cabeça.

X

X

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Naruto sentia o coração apertando, mas ele precisava fazer isso. Caminhava em direção ao clã Hyuuga com o filho no braço direito e no esquerdo, uma sacola com as roupas do pequeno. Asuka iria completar o primeiro ano de vida dali a um mês. Embora fosse agitado, ele preferia se arrastar pelo chão a tentar caminhar. Naruto ficava embasbacado cada vez que via o filho “conversar” naquela fala de bebê.

Asuka olhava tudo ao redor como se fosse a primeira vez. Naruto sabia que Hanabi, quando “seqüestrava” o sobrinho, levava-o para o clã. Embora sempre, no mais tardar ao anoitecer, ela o levava de volta. Naruto sentia, pelo escândalo que Asuka fazia quando a tia o largava, que ali havia um laço forte entre eles.

Entrou no clã, cumprimentando dois homens com a cabeça. Hanabi havia ordenado passagem livre para ele. Naruto foi até o escritório que sabia ela estar ocupando.

Encontrou um homem, mais ou menos da sua altura, vestindo um quimono preto. Cumprimentando-o, percebeu um tom irônico em sua voz. Embora se sentisse tentado, Naruto decidiu deixar para lá. A segurança de Asuka primeiro. Abriu a porta sem bater e por uma fração de segundo não teve a cabeça arrebentada por um vaso atirado por Hanabi.

- Suma daqui, seu verme!

- Isso é para mim ou para o outro cara? – Naruto pediu ainda meio abaixado. Asuka começou a rir, provavelmente imaginando que era uma brincadeira do pai.

- Naruto! – Hanabi ficou vermelha. – Se eu soubesse que era você tinha mirado melhor! – Hanabi bufou. Quando percebeu o sobrinho, franziu as sobrancelhas. – Aconteceu alguma coisa?

- Bem... – Naruto parou quando o filho começou a bater palmas e estendendo as os bracinhos para a tia, falou:

- NABI!

Os dois adultos ficaram estáticos, virando sua atenção para o pequeno, que começou a se remexer.

- O quê? – Hanabi sussurou. Era impressão sua ou...

- Nabi! – Asuka empurrou o pai e estendeu os braços novamente para ela.

- Acho que ele quer ir com você. – Naruto passou o filho para o colo da cunhada. A primeira coisa que ele fez foi agarrar a mecha do cabelo da tia, que caia no rosto dela. – Caraca, a primeira palavra do meu filho é o teu nome? E cadê papai?

- Sinceramente, Naruto, você não tem chance contra o charme feminino Hyuuga. – Hanabi riu, sentando-se. A discussão contra Kento simplesmente sumiu da cabeça da líder. – Por que você trouxe Asuka e roupas para ele?

- Bem... – Naruto largou a sacola no chão enquanto fechava a porta. - Resumindo, vou ter que sair de Konoha por uns dias. – Hanabi beijou a testa do sobrinho antes de erguer a cabeça.

- E você quer que eu cuide de Asuka?

- Bom, já que ele prefere a Nabi que o pai... – Fingiu-se magoado. – Acho que não seria má idéia.

- Tudo bem. – Hanabi deu de ombros, um falso ar despreocupado no seu rosto. Se o Hokage ia sair da vila, era porque a situação estava ficando crítica. – Nesse tempo, pode deixar que vamos ensiná-lo a correr maratonas.

Naruto fez uma cara aborrecida, que se desfez no instante em que se ajoelhou para ficar na altura do filho.

- Eu vou voltar, moleque, está bem? Enquanto isso, trate de obedecer sua tia, sobreviver a comida dela e nada de ir espiar as garotas na terma, entendeu? – Pegou o filho novamente, apertando-o com força. Asuka reclamou e praticamente pulou de volta no colo da tia. Naruto limpou as lágrimas do rosto, sem se importar que Hanabi as visse. – Eu... vou indo, porque o pessoal até já está me esperando. Até a volta, vespa! – Virou-se e saiu, antes que Hanabi o batesse.

Mas a única coisa que ela conseguiu fazer foi chorar.


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