Lua e Sol escrita por Tina Granger


Capítulo 32
32? - vcs Decidem




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/11999/chapter/32

Hanabi estava inquieta. Empurrou a cadeira para trás, bufando. Olhou para o teto, antes de fechar os olhos com força. Havia pego alguns documentos na mão, para rele-los... quantas vezes? Ela não fazia ideia.  Levantou-se, indo até a janela, observando o pátio interno. Cerca de dez crianças, todas Hyuugas, corriam, brincando de pegador. Asuka era um dos menores, mas um dos poucos que se deixavam pegar.

Ela sorriu brevemente, tirando a mecha do rosto. O jeito de Naruto, aquele “fogo” que não se acabava... Sempre parecia aumentar ao invés de diminuir. Mas a preocupação de Hinata pelo bem-estar das pessoas a quem amava, a doçura estava ali, em especial direcionado a Sanae Lee. Sempre que o sobrinho escapava da proteção Hyuuga, bastava procurar a menininha... Que ele estava lá segurando a mão da pequena.

A inquietação voltou, com força maior. Ela deu as costas para a janela, enquanto se decidia a sair, caminhar um pouco pela vila. Talvez isso extravasasse suas energias... Em especial se ela encontrasse com aquele projeto mau parido de gente, que atendia pelo nome de Konohomaru Sarutobi. O mulherengo, não havia vez que a encontrava, nunca escapava sem no mínimo lhe pedir para ir comer um lámem ou tomar saquê ou dançar ou... Fazer qualquer outra coisa que ele julgasse que ela podia querer, para no fim, cair na cama com ele.

Talvez se encontrasse com o idiota e lhe desse os tabefes de costume, ela se sentisse menos... menos... Ela não sabia definir. Apenas queria sair dali e respirar.

Precisava fazer isso. Bufou, enquanto caminhava a distância até a porta. Como se invocado por um mau gênio, assim que ela abriu a porta do escritório, deu de cara com Neji. O primo a olhou, como se tivesse um gambá morto dentro da sala.

— Está saindo? – ele perguntou, com uma nota de desaprovação na voz. Bem, ela tinha uma pilha de documentos em cima da mesa, que mesmo de fora, ele podia ver a bagunça que estava.

— Estou. – Ergueu levemente a sobrancelha, esperando que ele saísse da frente.

— Vou acompanha-la. – Neji a comunicou, segundos antes dela bufar.

— Neji, no seu único dia de folga, você deveria fazer uma coisa que não costuma fazer.

— E que coisa seria essa?

— Brincar com o seu afilhado. Aposto que Asuka vai amar isso.

— Por que está querendo sair sozinha?

— Por que você tem que ser um chato ciumento controlador?

— Hanabi... – Neji falou em tom de aviso.

— Hanabi-sama. E se estou querendo sair sozinha... Será que não pode passar pela sua cabeça que eu tenha coisas para fazer?

— Coisas para fazer ou ir atrás de um certo Sarutobi para bater nele?

— Hum... – Hanabi fez uma expressão pensativa. – Voltamos a minha adolescência? Acredite, todas as vezes que bati nele, foi porque ele praticamente implorou por isso.

— E como você é uma pessoa muito generosa, resolveu atender aos desejos dele. – neji ironizou.

— Droga, Neji, eu não preciso de ninguém para cuidar de mim. A única coisa que eu preciso é que você cuide de Asuka. Assim, eu não vou ficar preocupada com alguém... – Hanabi umedeceu os lábios. – Eu preciso sair um pouco. Se encontrar com o Sarutobi e ele me provocar, vou ter o maior prazer do mundo em surra-lo. Mais alguma coisa, papai? – pediu ironicamente.

Neji suspirou, antes de falar o mais baixo que pode, para que apenas ela ouvisse.

— É isso ou você está indo atrás da Sato para descobrir alguma coisa?

— Para falar a verdade... Já estou de saco cheio com ela. Me refiro a Tsunade-sama. E acho muito estranha a paixonite de Sato pelo seu sensei. Parece o tipo de coisa que uma espiã faria.

— Ela parece te considerar uma amiga. Escutei alguns... homens de Konoha se referindo de maneira não muito elogiosa a você... E ela passou um belo sermão neles.

— Eu não sei o q essa garota quer. Mas preciso que Asuka seja vigiado intensamente, neji. Ele não pode nem ir ao banheiro sem alguém para ter certeza que ele vai sair de lá bem.

— Você não me contou o que descobriu para ter essa atitude. – Ele a encarou firmemente.

— Eu nem acredito muito no que escutei Tsunade-sama falando, mas... Precaução e canja de galinha não fazem mal a ninguém. – Hanabi deu de ombros.

— Vai continuar a seguir as ordens de Tsunade-sama? – Neji pediu curioso. O normal, seria que ela já tivesse pedindo a dispensa do serviço ninja a muito tempo, visto que o trabalho de líder do clã era muito puxado, porém Hanabi parecia longe de querer a dispensa.

— E só arrebentar Hyuugas? Qual a graça disso? – Hanabi ergueu uma sobrancelha, antes de começar a rir. – Ah, fala sério Neji. Se eu ficasse somente aqui, não acha que eu já teria me tornado uma nova Itachi Uchiha? Não me lembro ter paciência para imbecilidade. – concluiu de modo inocente.

— Hanabi-sama, eu não creio...

— Padrinho! – Asuka gritou, enquanto corria até  eles, batendo na pernas de Neji. – Eles não conseguiram me pegar!

— Que maravilha Asuka-sama. O que você acha de eu brincar com você?

Os olhos de Asuka arregalaram-se ao extremo.

— É sério? – ele abriu o sorriso, enorme como os de Naruto. – Vem, então você vai ser o dragão! – Asuka o puxou para a roda de brincadeiras.

Hanabi tratou de escapulir, como uma adolescente. Ao caminhar no trajeto até a vila, respirou fundo várias vezes, sentindo o ar fresco da manhã. O sol estava quente, mas a sombra podia-se usar tranquilamente um casaco.

Ela caminhava sem prestar real atenção em nada, quando uma saudação alegre, dizendo seu nome, tirou sua mente do devaneio que estava. Hanabi virou-se, para ver a sua versão particular de pervertido estupido, também chamado por Konomaru Sarutobi.

— Hanabi-chan! A quanto tempo!

Hanabi suspirou, enquanto virava-se.

— Sarutobi. – Falou de maneira fria, cruzando os braços.

— Eu deixo você me chamar de Konohomaru. – ele aproximou-se, piscando de maneira maliciosa. – Alias, eu deixo, você me chamar do que quiser.

— É mesmo... – Hanabi fez uma expressão de suspense, até completar a frase. – panaca?

— Hanabi-chan, Hanabi-chan... – Konohomaru balançou a cabeça, como se não acreditasse. – Como eu posso te convencer que os meus sentimentos por você são mais que verdadeiros?

— Talvez você pense isso sobre uma tigela de lámem, como o estrupício do Naruto. Agora sobre uma mulher... – Hanabi encarou-o de cima a baixo, antes de acenar negativamente com a cabeça. – Você vai ter que crescer e muito!

— Se você quiser – Konohomaru aproximou-se sem medo de levar um soco. – eu posso mostrar o quanto cresço... quando estivermos sozinhos.

Hanabi  não conseguiu deixar de rolar os olhos.

— Você vem com essa cantada furada desde que eu criei peitos. E a resposta continua sendo não.

Kononomaru riu, se afastando dois passos.

— E que peitos você criou... Pena que você nunca me deixou ver eles sem roupa...

— Depois você não sabe por que eu bato tanto em você. – Hanabi virou o rosto, olhando ao redor. Parecia que todos estavam apostando quanto tempo levaria para o Sarutobi levar umas boas pancadas.

— Hanabi-chan? – Konohomaru olhou ao redor, como se estivesse pensando no melhor modo de pedir o que queria.

— Para você é Hanabi-sama.

— O meu tipo de mulher... Mandona, que sabe o que quer e que não hesita em ir atrás...

— Para você ainda estar me enchendo o saco, é porque quer alguma coisa. Desembucha.

— Eu pedi para o Neji, mas além dele não me dizer o que eu queria, ainda me enfiou o braço... E isso  ainda depois que eu prometi que não ia lhe incomodar com essa questão.

Konohomaru parecia ausente.

— O que é, idiota? – por instante, Hanabi ficou curiosa.

— Como é que eu faço para encontrar aquela Hyuuga, com os cabelos cor de rosa?

— Não existe nenhuma Hyuuga com cabelos cor de rosa. – Hanabi franziu a testa.

— Existe sim. Eu estava...

— Sarutobi, você devia parar de seguir o exemplo da hokage. Não devem ser nem nove horas ainda e você já está bêbado! – Hanabi deu meia volta, para sair de perto dele, quando Konohomaru rapidamente postou-se na frente dela.

— Hanabi é sério! – Konohomaru pegou num dos braços da Hyuuga, que apenas o olhou, antes que ele a soltasse. – A um tempo atrás... – Ele riu sem graça.  Coçou a orelha, antes de continuar. – Udon, eu e mais alguns... a gente foi em umas termas. Eu perdi uma aposta estúpida, sobre o fato de que precisaria pegar alguma toalha, roupa da parte feminina. Eu fiz o jutsu sexy do Naruto...

— Por que isso não me surpreende? – Ela descruzou os braços, colocando-os na cintura.

— E lá estava uma Hyuuga, com algumas moças. – ele continuou a falar, ignorando o fato de Hanabi o estava fitando com os olhos estreitados. – Bom... Ela tinha uma comissão de frente não tao grande, eu confesso. Eu estava sorrindo, escolhendo o que iria pegar, quando,  a Hyuuga gritando me mandou parar.

— Certo. E você não está bêbado antes das nove da manhã. – Hanabi falou mansamente, como se estivesse tentando manter a calma.

— Tinha umas cinco ou seis garotas... Quando a Hyuuga disse que eu era homem, elas ficaram brabas. – Kononohomaru apertou o ombro esquerdo. – Tinha uma loira louca, que estava com uma frigideira, dentro das termas... Caramba, ela me bateu tantas vezes, que eu achei que tinha ficado com o ombro quebrado.

— Bem feito. – Hanabi começou a rir, imaginando a cena.

Konohomaru a olhou, como se estivesse zangado.

— O pior nem foi a louca, o pior mesmo foi a ruivinha, que pulou no meu pescoço e só não me matou porque...

Konohomaru pulou para trás, segundos antes de Shikamaru Nara passar correndo no espaço entre ele e Hanabi. O casal seguiu com o olhar espantado o moreno, que acabou por trombar em Tomoyo Sato, que soltou um palavrão, que fez o Sarutobi assobiar.

— Que boquinha bonitinha e suja... Não sei se ainda...

— NARA! – o grito de Tsunade fez todos ao redor estremecerem. Hanabi e Konohomaru recuaram, deixando a hokage passar pelo meio deles. Shikamaru levantava-se, tão pálido quanto um cadáver.

Logo atrás, Tomoyo estava com os olhos arregalados, quando colocou as mãos juntas, fechou os olhos e suspirou. Mexeu os lábios, como se estivesse encomendando a alma de Shikamaru.

A hokage estava a dois passos de Shikamaru quando puxou o braço para trás, com a indicação clara que iria bater nele. Tinha a testa iluminada por riscas roxas. Impulsionou o corpo, jogando toda a força que conseguiu reunir... Hanabi fechou, os olhos, não querendo ver a morte de Shikamaru Nara, por um único soco da hokage. Que não aconteceu. Tsunade jogou toda sua raiva, toda sua  frustração naquele ato.

Para ser parada por uma única mão. De Tomoyo, que a encarava firmemente.

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E dai povo? não seja timidos por favor! eu to precisando saber se a coisa tá brava pro lado do Shika... ou se a Tomoyo vai ser finalmente expulsa de Konoha....

Vamos lá opinem! A Tina quer saber!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lua e Sol" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.