Lua e Sol escrita por Tina Granger


Capítulo 29
29 ou 30


Notas iniciais do capítulo

bom, Bia, acho que tu me venceu pelo cansaço... mas eu ainda quero uma barra de chocolate! pode ser akele chocolate de confeiteiro, que eles vendem em kilo...
ao povo que vai ler, desculpem a demora... aproveitem esse presente de natal ligeiramente antecipado!



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A hokage entrou na sua sala, parando quando percebeu uma mulher sentada em sua mesa, lendo um pergaminho.

– Quem é você e como se atreve... - o resto da pergunta parou, quando a mulher olhou para o rosto da hokage.

Os cabelos rosa choque estavam muito diferentes da ultima vez que os vira. Hana, na época, exibia uma cabeleira até a cintura...

como vai Tsunade? Tudo bem?

Shizune lhe deixou entrar na minha sala sem permissão?

Precisava de permissão para entrar na sua sala? - a falsa estupidez fez com que Tsunade apertasse os dentes com raiva.

– Hana, o que você quer? Além de me deixar irritada? Você veio para buscar alguma criança de Konoha?

– Ao contrário, Tsunade. - Hana saiu de cima da mesa de Tsunade, aproximando-se da hokage a expressão muito séria. - Vim entregar uma menina. E devo dizer que dentro todas as meninas que já tive o prazer de ter nas minhas mãos, Tomoyo é uma das mais fortes que já conheci... Talvez seja por conta da mãe dela. - Hana deu de ombros. - Afinal, a mae de Tomoyo...

– também e uma virgem? Por que isso não me surpreende? - sem paciencia, Tsunade passou por hana, indo atras da sua mesa.

– Alem vir lhe pedir para aceitar Tomoyo, Jiraya veio junto comigo, para que eu lhe dissesse duas coisas.

– Jiraya? - Tsunade olhou em volta. - ele está aqui?

– Ele partiu ao amanhecer. Segundo ele, já tinha cumprido a missão que havia se encarregado. E me pediu para dizer Tsunade, que você não teve culpa por ter caido em um genjutsu daquele filho da puta, que te deixou grávida. Que a criança que você concebeu e deu a luz, tinha nas veias as duas linhagens sanguineas mais poderosas de Konoha. Que embora todos pensem, que você fugia dos devedores, você estava era procurando a sua filha que foi roubada.

– Como...COMO ELE SE ATREVEU A FICAR ESPALHANDO ESSA HISTORIA?

– Eu conheci a sua filha. - Hana falou, ignorando a explosão de Tsunade, que acabou por sentar-se, enquanto olhava boquiaberta para Hana. - A menina era extremamente inteligente, Tsunade. Se ela tivesse uma personalidade diferente...

Hana fechou os olhos.

– Se Tomoyo Uchiha tivesse uma personalidade diferente, ser a governante de nossa vila seria coisa pequena para a capacidade dela. Ela...

– Tomoyo Uchiha? Você não quer dizer...

– Quero dizer o que eu disse. Tomoyo Uchiha. Filha sua e de Madara.

Tsunade ficou em silencio, absorvendo o choque. A pouco mais de vinte anos, ela acordara nua, depois de sonhar com Dan. No sonho, Dan e ela... A hokage ainda corava com as coisas que haviam feito nele.

Porém, cerca de um mês e meio mais tarde, ela sentia-se tão fraca, não podia ver certos alimentos... Tsunade fechou os olhos, relembrando o choque que havia sido, ao descobrir-se grávida. Por estar longe de Konoha, não preocupara-se um instante com as maledicências que seriam ditas...

Quando estivera com a pequena menina no quarto de hospital, Tsunade percebera um detalhe peculiar na criança. Uma mancha em forma de meia lua, estava ao redor do pequeno umbigo. Tsunade passara o dedo na pequena mancha, até decidir dar o nome de Serena para a pequena, que aparentemente não herdara a impaciência da mãe.

A loira fora surpreendida, com a visita inesperada de Jiraya, que lhe pedira em casamento... não pela primeira vez. Porem, a negativa da futura hokage, fora suavizada com o pedido desta, para que Jiraya fosse padrinho de Serena.

Jiraya hesitara, visto que a ultima criança que apadrinhara, Naruto, filho de Minato e Kushina, crescia em um orfanato, desprezado por todos. Tsunade baixou a cabeça, relembrando. No terceiro dia, no dia que ela sairia do hospital com o seu pequeno bebê, o berço amanhecera vazio.

– E durante todos os ultimos vinte e poucos anos, ela não tivera uma única pista da sua filha. Até agora.

– Você disse... - os lábios de Tsunade tremeram. - que Tomoyo era. Como você pode ter certeza que essa garota é minha filha?

– Tomoyo Uchiha tinha uma meia lua ao redor do umbigo. Dois espíritos a acompanhavam, quando a conheci e me contaram a historia, que mais tarde, quando Jiraya desencarnou, me confirmou, visto que aquele pervertido veio atras de tomoyo, a espiando em todos os momentos possíveis. - Hana riu. - você não imagina como foi engraçado ele correndo da Sayuri, ela expulsando-o do banheiro feminino pois alem de Tomoyo...

– Como ela morreu? - Tsunade questionou, levantando-se, as mãos apoiadas na mesa. Precisa- va saber daquilo.

– Tomoyo enlouqueceu em uma missão, Tsunade. Matou sete companheiras e feriu gravemente varias outras. Se eu estivesse no momento... Teria feito o possível para salva-la. Mas ela...

Hana apertou os labios, quando Tsunade ficou de costas.

– Por que quer eu fique com a menina Sato aqui?

– A menina Sato já sofreu muito, Tsunade. Ela precisa de uma mae, como você precisa de uma filha.

– EU PRECISO DA MINHA FILHA! EU ACEITEI ESSE CARGO PARA ACHAR A MINHA SERENA!

– Você nunca precisou de Tomoyo Uchiha, não do jeito que ela era. - Hana negou, mesmo sentindo o coração sangrar. - Você precisa do coração de Tomoyo Sato, assim como ela precisa do seu carinho... não quero lhe dar esperanças, mas... Existe em Tomoyo Sato...

– Saia. - a ordem saiu em voz baixa. Inconfundivel. E no instante seguinte, os gritos da hokage eram escutados até mesmo no corredor. - SAIA! SAIA DA MINHA SALA! SAIA DE KONOHA! SAIA!

– Não procure mais por uma Serena que nunca existiu, Tsunade. Esse é o recado de Jiraya. Ela se chama Tomoyo. - Hana completou, se encaminhando para a porta.

A hokage caiu sentada, seu coração se dilacerando. A ultima vez que sentira aquela dor, fora quando lhe informaram que o moleque que havia adotado em seu coração como filho, estava morto.

Tsunade ficou ali, lagrimas caindo enquanto ao seu lado, a presença invisivel de Dan, seu ex noivo, lhe acariciava os cabelos, enquanto murmurava palavras de consolo.

Hana saiu do prédio hokage, com o coração apertado. Aquela a pior noticia a ser dada a uma mãe, mas Tsunade precisava saber. Estava respirando fundo para se acalmar, quando percebeu que Tomoyo, mesmo sendo seguida, vinha diretamente para ela.

– Mestra Hana. - Tomoyo a abraçou fortemente. - Eu teria vindo com a senhora. - falou após soltar a mestra.

– Eu falei com Tsunade, a pior coisa que se fala a uma mae, Tomoyo. Que Tomoyo Uchiha está morta, desde a missão que ela...

– Contou a ela sobre mim? - Tomoyo pediu, enquanto mordia o labio inferior.

–Que você foi a responsável pela morte da filha dela? Não, minha querida...

Hana passou a mão nos cabelos de tomoyo.

– Isso é uma coisa que você vai ter que contar a ela. Quando for a hora, você vai contar a ela que foi você quem matou...

– Ela já não gosta de mim, vai me odiar.

– Vai. - Hana falou serenamente. - Vai te odiar e se você não tiver entrado um pouquinho no coração dela, ela vai até mesmo tentar te matar.

Tomoyo encarou os olhos da mestra, por alguns segundos, antes de assentir.

– Faz parte da minha missão, não é?

– Sim. E não se esqueça o que as mulheres Uchiha disseram. Para você pegar as coisas que lhe servirem, para usar... Principalmente as roupas com o simbolo do clã.

– Mestra. - o protesto de Tomoyo saiu fraco.

– Você deve restabelecer a honra que o clã perdeu, por causa de Madara. E uma vez que Tomoyo Uchiha está morta...

Hana ergueu as sobrancelhas, fazendo que o olhar de Tomoyo endurecesse.

– Se Tomoyo estivesse viva, eu não estaria.


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