Lua e Sol escrita por Tina Granger


Capítulo 22
Capítulo 21




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Kiba apenas parou, quando percebeu Kagome estática.

- Ei, pir...

Ela se virou, pedindo silencio. Kiba revirou os olhos.

- Não está frio. – ela murmurou.

- Claro que não está frio. Estamos no verão!

- Fica quieto. – ela mandou, antes de fechar os olhos, se concentrando. Akamaru e kiba olharam-se. Kagome ergueu as mãos novamente, até que um homem, alto, usando uma capa, entrou no campo de visão deles. Ele era careca, tinha o rosto pintado com estranhos motivos tribais, em branco contrastando com a pele chocolate.

- Rosinha... não quer aparecer para nós brincarmos um pouquinho? – ele riu, quando escutou o silencio como resposta.

Kiba havia desmontado de Akamaru. O cachorro ganiu baixinho, indo para trás do dono. O ninja olhou com mais atenção para ele. O homem possuía brincos no nariz e orelhas.

- Abaixem-se... e não façam barulho.

Kagome sussurou, os olhos ainda fixos na figura a frente deles.

O homem tirou a capa, revelando músculos salientes, muito bem definidos. Usava uma espécie de saia vermelha,estampada com os mesmos motivos pintados na face em dourado. Segurava uma foice na mao, tendo no rosto um ar de deboche imensurável.

- Rosinha... sabe, eu não brinquei muito quando era criança. Agora porque você não para de se esconder como se fosse uma e vem ate aqui? Foi estupidez você ter se arriscado tanto para salvar aquela cabeça de fósforo e a menininha... elas vão morrer assim que tivermos matado suas amiguinhas...

- Eu não gosto de brincar. – a voz feminina saiu seca, ao mesmo tempo que a temperatura comecou a descer. Quase do nada, Kiba desejou ter um casaco para se agasalhar.-  E você está está esquecendo de Mieko.

 Ele gargalhou, virando-se ao mesmo tempo que erguia a foice.

 – Mieko é nossa, sem precisarmos lutar por ela. – então, o homem adoçou a voz. - Entao porque não sai para conversarmos amigavelmente?

- Porque os seus comparsas estão nesse momento, tentando matar minhas amigas.

Neve comecou a cair. Kagome, ainda silenciosa, ergueu-se e cuidando para não fazer barulho,  deu alguns passos para a frente. Da lateral da visão de kiba, apareceu uma jovem de cabelos compridos rosa-choque. Ela usava uma camisa reta tradicional creme, ensangüentada com seu ferimento, que ainda vertia sangue, calcas retas azuis. Tinha pendurada em sua cintura uma arma que Kiba não conseguiu reparar muito bem.

A mulher devia ter a idade de Kiba e apresentava uma palidez impressionante. Ela olhava para os lados, como se estivesse verificando os pontos que pudesse escapar. Aparentemente, sabia muito bem que eles estavam ali, pois quando olhara na sua direção, o olhar de desaprovação era inquestionável. Naquele instante, Kagome mostrou o dedo do meio, provocando-a. apenas um revirar de olhos, foi a resposta.

- Não queria  que eu saísse do meu esconderijo? – ela virou as costas para eles, de propósito. – agora está com medo de encarar?

A voz estava sarcástica. Kiba sentiu uma sensação estranha percorrendo seu corpo. Aquela mulher de cabelos rosas, tinha olhos que ele conhecia bem.

Olhos Hyuuga.

- Medo? – ele gargalhou novamente. – Acha que tenho medo de você e dos serzinhos patéticos que estão lhe acompanhando?

Antes que kiba conseguisse pensar em atacar, por conta daquela ofensa, kagome havia retrocedido, e estava lhe tampando a boca.

- Não se atreva a fazer nenhum comentário! Somos a equipe de reforço, não a principal!

Murmurou, fazendo um carinho na cabeça de akamaru, que parecia muito assustado.

- Serzinhos patéticos? Francamente... – Ela balançou a cabeça. – por Itachi Uchiha eu até que me arriscaria a dizer isso, mas não do Sannin Lendario. Mesmo que ele seja um pouco pervertido...

O homem engoliu o riso, olhando-a com bom humor.

- E o você me diz da Princesa das Neves?

- Que Sayuri Katsuna vai lhe chutar para onde você veio, independente do fato de estar sangrando.

Ela pegou a arma, encaixando-a na mao, enquanto falava calmamente. Quando estava pronta, entrou em posicao de luta. O homem foi atacado por algo que Kiba não conseguiu ver. A mulher de cabelos rosas correu em direção ao homem, o atacando sem piedade nenhuma.

Ele se defendia, brandindo a foice com maestria. Nenhum golpe proporcionado por ela o atingiu. Da mesma forma que nenhum golpe da foice a tocou.

- Vou distrair o monstrengo. – Kagome falou, sussurrando para Kiba. – Tira a Sayuri daqui.

- Você é boa. – ele sorriu, quando ela apertou o ombro com a mao, pois havia começado a sangrar mais. – mas sugiro que desista. Seus golpes são fracos, e mesmo os seus amiguinhos, não conseguem...

Foi interrompido por uma flecha, que cravou-se em seu ombro. Quando olhou, viu Kagome na borda, outra flecha já no arco.

- Cabeça de fósforo é a pu.. que te pariu, coisa feia!  - ela atirou mais uma, que foi habilmente interceptada pela foice.

- Ora, ora... – ele riu. Kagome estreitou os olhos, enquanto se aproximava.  – Entao você decidiu que era pareo para mim... – Ele ergueu a foice, enquanto sorria.

- KAGOME, SUA LOUCA! VÁ EMBORA!

Sayuri gritou, para em seguida apertar o ombro novamente.

- Quem disse que você manda em mim? – mostrou a língua para ela. Em seguida, abandonou o arco no chão, pegando de dentro da bolsa das flechas uma arma parecida com a de Sayuri. Encaixou-a na mao, assumindo a mesma posicao que Sayuri. – Agora quanto a você... Ao contrario de Sayuri eu adoro brincar...

Eles começaram a lutar. Quando Sayuri conseguiu erguer-se, disposta a ajudar KAgome, foi arrebatada nos braços de Kiba, que correu escondendo-se junto com ela.

Escuta aqui, moca, eu não sei o que você tem na cabeça, mas acho melhor dar um jeito nessa sua ferida.

Ela não consegue dar conta dele!

E machucada, você acha que consegue? – ele pousou Sayuri no chão, encostada em uma arvore.  corou ao encara-la. – Não se preocupe tanto, Akamaru ficou lá para dar uma mãozinha para ela.

Akamaru?

Meu parceiro. – ele arregaçou as mangas. – bom, primeiro temos que fazer esse sangue parar de correr. – abriu o seu porta-kunai, pegando um pedaço de pano limpo. Ele ficou mais vermelho, pois Sayuri abriu a camisa, revelando que já estava toda enfaixada, e sangrava não apenas  no ombro. – como você conseguiu esses cortes?

- Daria para amarrar firme, passando pela axila e...

Sayuri se interrompeu, virando a cabeça.

- O que você quer dizer com isso? – ela pareceu receber uma resposta, pois revirou os olhos. – Se eu não confiasse em Kagome, porque acha que eu deixaria Akiko nas mãos dela? Mas a idiota simplesmente não podia ir para a vila chamando ajuda?

Ela bufou, encostando-se novamente na arvore.

- Kami me proteja das Oguro. – fechou os olhos, enquanto Kiba a olhava com uma gota. – Vai ficar ai secando minha beleza, Inuzuka? Ou vai terminar de amarrar esse pano?

- Como sabe meu nome? – Ele pediu, passando a faixa pela axila dela, tentando não encostar no seio dela. Apertou o mais firme que pode, enquanto ela apertava os lábios, para não deixar soltar nenhum gemido.

- CRETINO, VIAD... – uma sucessão de insultos foram gritados por Kagome.

- Kagome perde a cabeça fácil. – Kiba pressionou por cima daquela amarra mais um pano, enquanto Sayuri falava para se distrair da dor. – Sei do teu nome, por conta que me falaram que em Konoha, há um clã, com essas marcas no seu rosto... E que andam com cães. – Sayuri afastou a mao dele, que mantinha o cenho franzido.

- Engraçado... eu não me lembro de você, Hyuuga.

- Não sou de Konoha.  – ela levantou-se, rejeitando a ajuda dele. fechou a camisa, que quase estava pingando o sangue. – E se quiser ter uma conversinha particular com seus ancestrais, é só me chamar novamente de Hyuuga. Sou Sayuri Katsuna.

Ela ignorou-o e comecou a ir em direção onde Kagome lutava com o demônio. Dali a alguns anos, a ruiva teria condições de enfrentar até mesmo a Kyuubi. Mas não estava pronta ainda.

- Pensa que vai aonde, gata? – kiba a segurou pelo braço, ela virou-se uma onda de ódio estava nos olhos dela.

- Ajudar aquela desmiolada, o que pensa?

- De jeito nenhum! Você fica aqui, e eu vou lá!

- Quem você pensa que é para... – Kiba, que já estava fascinado pelo rosto delicado dela a cortou.

- Você está toda arrebentada. Se você for lá, quem vai conversar com os ancestrais vai ser você!

- Eu já faço isso sem estar morta!

Sayuri replicou, tentando puxar o braço.

- Meus amigos foram ajudar suas amigas. Se quiser, pode ficar olhando sem se intrometer!

- Escute aqui, senhor machão, sou muito... – Sayuri parou, encarando o lado de Kiba com o cenho franzido. – De jeito nenhum que eu não vou lutar! Mas... – ela ficou vermelha, de raiva, em seguida virou o rosto. – Inuzuka, você consegue lutar no gelo? – ela questionou, encarando-o diretamente.

Ante o assentimento dele, ela se desvencilhou e comecou a caminhar.

- Eu vou ate a borda da clareira, congelar o Maximo que eu conseguir. Faça o seu melhor, que talvez eu não me meta.

Kiba ficou pasmado com a arrogância da mulher.

- Como é que é?

- Vai ficar ai o dia inteiro? – ela continuou a andar, apoiando-se um pouco nas arvores. Todo o local, era uma floresta. Apenas onde estavam lutando, era uma pequena clareira. Kiba seguiu atrás, resmungando coisas que não seriam educadas de serem ditas em voz alta.

Quando parou pouco antes da borda, Sayuri encostou-se em uma arvore, a abraçando.

- Divirta-se.- Sayuri fechou os olhos. A temperatura, que havia subido com a ausência de Sayuri, voltou a cair drasticamente.

Kiba resistiu a tentação de mostrar a língua para ela, quando o primeiro floco de neve caiu em seu nariz, ele entrou novamente na clareira.

Kagome havia sido ferida, o vestido rasgado na coxa. Naquele momento, Akamaru avançava para cima do homem. Kiba assobiou, pulando por trás do homem, acertando um soco na face direita dele. o homem, que era muito alto, nem se mexeu.

- Ei, carinha... Que tal lutar com um homem e não com mulheres e crianças?

Eu não me importo em lutar com um homem... Contanto que você apresente um disposto a isso. – o temperamento de Kiba inflamou-se completamente.

Kagome quando escutou a resposta do careca, não agüentou e riu na cara de Kiba.

Tio ali pode ser do mal, mas tem umas tiradas boas. – ela parou de rir, ao perceber que a bolha de isolamento havia sido quebrada. Olhou para a luta, agora Kiba e Akamaru contra aquele demônio. – Ei, de Konoha! Quer ajuda ou posso ir brincar de boneca?

Vai brincar! – Akamaru latiu, quando Kiba tirou uma pílula do soldado do bolso.

Kagome virou-se e correu na direção onde havia vindo. Se a bolha de isolamento havia sido quebrada, significava ou que as outras virgens estavam mortas ou que mais demônios estavam entrando ali. Se fosse um demônio em particular, ela não se importaria nem um pouco.  Agora quanto aos outros....

Parou, quando uma mulher alta, entrou em seu campo de visão. Ela carregava Akiko em seus braços, e Mieko estava logo atrás dela.

Ola,  kagome. Estava brincando novamente com a espada da Yukiko, não é?

Tsc. Eu já parei de pegar aquela espada enferrujada a muito tempo, tia Hinako.

Hinako encarou a sobrinha, filha de seu irmão. Muitas vezes, Kagome agia mais como se fosse uma Uzumaki, que qualquer outra coisa. A loira colocou a menina no chão, passando a mao distraída nos cabelos dela. Havia sido chamada para ir ate o templo e no caminho, havia encontrado com sua melhor amiga e mais tarde, com aquelas meninas, Akiko e Mieko. Haviam conseguido penetrar na bolha de isolamento, junto com Gohu.

Kagome, cadê a mestra Sayuri? Ela não vai morrer como a mamãe, não é? – lagrimas começaram a se formar nos olhos da menina. Hinako pegou a menina novamente no colo.

Para nossa infelicidade, acho que não. Como vocês conseguiram entrar?

Gohu. – foi a única explicação de Hinako, que entregou a menina para Kagome. – Fiquem vocês três aqui, apenas saiam quando eu chamar.

Kagome mostrou a língua para a tia, pelas costas. Então sentou-se, a menina na sua perna que estava boa. Observou Mieko, que estava olhando na direção que Hinako tomara.

Lua

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Hinako assobiou. Quando os dois oponentes que se enfrentavam na clareira se viraram para ela, sorriu.

Detesto interromper a brincadeira de vocês, mas acho que já está na hora de você ir embora, Hiro.

O careca olhou para ela, com ar de deboche.

Ora, ora... quem é viva, sempre aparece, não é Hinako Oguro?

Hinako Uzumaki. – ela o corrigiu. – Você já causou problemas demais, não acha?

Pegou os dois leques que estavam pendentes em sua cintura. Usava uma túnica laranja, com os detalhes em verde escuro, calcas retas verde-escuro também. Sapatilhas brancas.

Você pode ir por vontade própria ou da forma mais difícil... que sinceramente eu vou gostar mais.

Ele gargalhou.

Pelo visto, modéstia não é sua melhor qualidade, não é... Hinako Uzumaki?

Na verdade, demônios como você me enojam. Inuzuka, por favor, vá para junto de Kagome. – ela mandou, sem voltar sua atenção para ele. – Agora, Hiro, já que você não sai por bem... – ela ergueu os dois leques ao mesmo tempo.

Akamaru, já para ca! – Kiba gritou, enquanto se movia. Já vira Temari atacando com o seu leque e embora não soubesse a extensão do poder dessa tal Hinako não iria arriscar Akamaru.

Hinako juntou os dois leques, então, fez um grande circulo com a mao direita, repetindo o gesto com o braço esquerdo. Quando os dois leques encostaram-se, ela gritou.

Tornado Celestial! -  um tornado saiu dos dois leques, atingindo o demônio. Embora em circunstancias normais ele sairia voando. Mas não usara aquele golpe para isso. Quando o demônio Hiro comecou a rir, ela sorriu também.

Eu ainda estou aqui, virgem. A idade está lhe afetando, sabia?

Acha isso mesmo? – deixou o braço direito erguido, o outro colocou na cintura. – Olhe-se novamente.

Hum? – Hiro olhou para seu corpo, que comecou a dissolver-se.

Eu usei o dragão alado na mao esquerda, não na direita – mostrou o leque, que tinha um dragão cuspindo fogo estampado nele. –  Sabe que quando ele esta nessa mao, o golpe torna-se espiritual... Não danificando fisicamente o que esta em volta. E você, Hiro, é apenas energia negativa. então... Até quando MAou conseguir reunir tanta energia negativa para lhe criar novamente.

Quando o demônio estava totalmente dissolvido, Hinako gritou por Kagome, enquanto começava a procurar por Sayuri. Em questão de alguns minutos, estava colocando a virgem de cabelos rosas no chão, agora desmaiada.

Comecou a mexer nas roupas dela, preocupada. Sayuri ocupara toda a energia que tinha, para manter o terreno com neve. Hinako crispou os lábios. Se o garoto Inuzuka demorasse, ela temia não conseguir levar a garota teimosa a tempo de parar com os sangramentos e recuperar a energia gasta.

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Eu disse que não teríamos sorte em nos livrar dela. – Kagome resmungou, a perna enfaixada na coxa. O corte não era muito profundo, não precisava ficar em observação. Agora estava junto com Hinako e Kiba na recepção do pequeno hospital, que atendia a vila.

Kagome! – Meiko olhou para Hinako, que mantinha-se seria. Hinako praticamente fizera Kiba carregar Sayuri ate ali, e Meiko ajudara com Kagome. Akiko fora no colo da mais velha, chorando.

Sayuri havia acordado apenas uma vez, e ao escutar o choro de Akiko se irritara, mais em especial quando a menina pedira se ela iria morrer.

A única coisa que vai morrer e já é esse choro, que esta me dando nos nervos! – finalmente percebeu onde estava e tentara sair do colo de Kiba.

Escuta aqui, sua mal-agradecida, eu também não queria te carregar, entendeu?

Então porque esta fazendo?

Ela esta me obrigando. – indicou Hinako, que se voltou para ela com uma expressão não muito amigável.

Eu estava com medo que você estivesse a beira da morte, Sayuri. Você sabe que sua mae se preocupa.

Eu estou muito bem. – tentou se soltar, mas kiba a impediu de sair do colo dele.

Nisso eu concordo. Se ela já esta reclamando, é sinal que o inferno não vai ter a presença dela tao cedo! – kagome falara, enquanto andava apoiada por Mieko.

Daqui a pouco eu não lhe carrego mais! Quer sossegar, Hyuuga?

Kiba ignorara o olhar assassino que ela lhe lancara, antes de continuar andando. Ele surpreendera-se com a vila, onde o estilo tradicional japonês de construir casas, parecia imperar. Embora houvessem passado por alguns locais modernos, como o parquinho infantil, alguns estabelecimentos comerciais, no mais a tradição parecia mandar. Eles encontraram alguns poucos homens, e os sussurros que haviam pronunciado, eram semelhantes as alfinetadas que Kagome dava em Sayuri.

O hospital era no inicio de uma escadaria, do morro mais alto da vila. Percebia-se um templo – também tradicional – que ficava no topo. Quando chegaram, Sayuri e kagome haviam sido levadas para dentro dos corredores, a ruiva voltando cerca de meia hora depois.

Quando kiba falara sobre ir ajudar seus companheiros, Hinako o encarara seriamente.

Hana e Gohu foram atrás deles. Só tenha um pouco de paciência, e já chegam os dois.

E eles haviam iniciado uma conversa trivial, na medida do possível. Akiko agarrara-se em Hinako, que a embalava gentilmente, até a chegada de Kagome, resmungando.

Ninguém protestara sobre o fato de Akamaru entrar no hospital. Tres horas depois, um novo grupo chegava ao hospital. Kiba quase riu, quando uma mulher de cabelos idênticos na cor de Sayuri Katsuna entrou ajudando a carregar Chouji, que estava sendo apoiado nos ombros dela e de Shikamaru.

Garoto, não seja problemático! – ela ordenou e estava usando roupas parecidas com as da filha. – Eu queria ter uma conversinha agora mesmo com a Yoshino, para dizer como realmente educar os filhos!

Tsc, eu nem quero imaginar que tipo de conversa seria.

Com certeza do tipo que criança não pode ouvir. – Hinako levantou-se, indo ao encontro do grupo.  – E as outras? – pediu ansiosa.

Hana balançou a cabeça negativamente, a expressão triste. Seu cabelo curto,

NESSA MER... DE HOSPITAL NÃO TEM NENHUMA CURANDEIRA? – Hana gritou, depois de ajudar a colocar Chouji no sofá. Kiba olhou pra Shikamaru, que suspirou.  Hana saiu dali, acompanhada de Hinako.

Nós já chegamos muito tarde para uma... – ele encarou o antigo colega de time, que havia recebido um golpe no peito. – Quando começamos a lutar, a outra resolveu ajudar... e... – Shikamaru suspirou. – Foi degolada.

Kiba arrepiou-se.

e o chouji?

Durante a luta Chouji havia sido atingido no peito... Desmaiara, pouco antes de Hana KAtsuna chegar, acompanhada de uma enorme pantera, que se jogara em cima do homenzinho que estivera lutando com eles. A pantera, mordendo o homem pequeno, havia feito que ele se destroçasse no ar. Em seguida, eles haviam dado um jeito de colocar Chouji em cima da pantera, que não parecia gostar nenhum pouco do peso.

Pouco antes do limite da cidade, a pantera parou e Hana havia praticamente ordenado que Shikamaru a ajudasse a carregar o amigo até o hospital. Ele não se espantara, quando ela perguntara pelos pais dele.

Quando conseguiram terminar as explicações, Hinako e Hana voltaram, com duas curandeiras e uma maca, onde colocaram Chouji e o levaram.

Hana ao voltar, tinha os olhos negros, bastante vagos. Kiba percebeu de onde Sayuri herdara o formato do rosto. Hana aproximou-se dele, com uma postura inquisitora.

Você ajudou a minha Sayuri, não foi?

Pegou o rosto de Kiba entre as mãos, o beijando nas faces.

Que Kami lhe permita viver uma vida longa e feliz, lhe abençoando com uma mulher que o ame e filhos maravilhosos! - as lagrimas que o terror de saber que sua filha estava em perigo, finalmente caíram, lavando sua alma.

Lua

Lua

Ela é cabeça-dura!

Igualzinha a você. – Hinako falou, sendo fulminada por um olhar de Hana.

Eu não sou cabeça-dura! Sou determinada, muito diferente. Posso defender minhas opiniões até a morte, utilizando de todos os argumentos possíveis, ignorando aqueles que são contra o que penso, mas não sou cabeça dura!

Hinako virou os olhos. Finalmente entendia porque Saori voltara tao cabeça dura. A convivência com Hana fizera isso. E a boca suja também.

Shikamaru e Kiba se encararam, antes do Nara dar de ombros.

Desculpem. – Hinako percebeu o incomodo dos homens. – Nos conhecemos desde que éramos jovens...

Se você esta se chamando de velha, não me inclua nisso. O meu fogo da juventude continua extremamente aceso. E se você quer saber...

Não quero. – Hinako dispensou, antes delas se encararem e começarem a rir. Estavam na cozinha da casa de Hana, que praticamente exigira que eles ficassem lá, como forma de agradecer por Kiba e Akamaru terem ajudado Sayuri. E Shikamaru, por ter tentado ajudar Naoko e Yuki.

Hana havia sido praticamente expulsa do hospital, por conta do seu nervosismo com a filha. Depois que haviam tido a noticia que Chouji iria sobreviver, ela os intimara a ficar em sua casa.

No caminho, haviam sido parados diversas vezes, em geral por garotas, pedindo pela saúde da filha de Hana, embora muitos comentários descontentes por ela estar bem surgissem.

Hana revirara os olhos. Quando finalmente haviam chegado a casa dela, haviam sido recepcionados por um gato negro, que pulou em cima de Kiba. Colocara as duas patas no peito do Inuzuka  e nem mesmo o latido de Akamaru, o havia feito desprender-se. Kiba e o animal haviam se encarado, o humano surpreso pela atitude do felino, que ficara ali ate uma menina, chegar correndo, gritando seu nome. Ao percebe-la, ele pulou no chão e fugira o mais depressa que conseguiu, a menina atrás.

Agora estavam sentados a mesa, saboreando o prato que Hana preparara para o jantar. Embora estivesse ainda preocupada com a filha, sabia que não poderia fazer nada.

Bem, eu disse milhões de vezes a Sayuri para se tornar escritora de livros pornográficos, que ela tinha talento para escrever, mas ela não  me escutou.

Os homens coraram e kiba, que estava tomando um pouco de água, engasgou-se. No meio da refeição haviam começado a falar de filhas e filho, esquecendo-se que estavam com visitantes.

Hana, Sayuri te ama. Ela realmente te ama. – Hinako olhou para a amiga, que deu de ombros.

Sei que o gênio de Sayuri é meio difícil mas... – Hana suspirou. – Não é para tanto.

Quer que eu diga o que imagino que minha filha faria se eu dissesse isso?

Sinceramente? Você ainda não está preparada para ser esganada por ela.

Hinako revirou os olhos.

Francamente, hana, você mudou de idade, mas nunca de personalidade!

Mudar para estragar o que já é perfeito?

Hinako ergueu as mãos.

Me rendo. –  hana juntou as duas mãos, enquanto fingia comemorar.

E com isso, sou vencedora da milionésima terceira discussão!

Espero que não estejam pensando que somos loucas.

Eles devem estar tendo essa certeza, isso sim. – Hana contradisse, Hinako, que virou novamente os olhos.

Somos amigas a tanto tempo, brigamos assim desde que éramos crianças... Alias, essa é a idade mental da Hana, ainda. – Hinako brincou. Hana acenou com a mao, distraida. Virou-se para trás, franzindo a testa.

O que diabos você esta falando, Itachi? - depois de alguns momentos, levantou-se pedindo licensa e foi ate a varanda.

Desculpem. – Hinako tomou a si as explicações. – Hana é médium... o que pode parecer má educação ou loucura, as vezes é que começa a conversar com alguém... do outro mundo.

Sayuri também é médium, não é? – kiba pediu, lembrando-se de quando Sayuri conversara com o nada. Hinako assentiu.

Hana costuma brincar, que tudo que Sayuri tem de ruim, herdou do pai. Dela, só as qualidades.

Hinako sorriu, mas parou quando escutou Hana xingando.

Como assim o que você vai fazer? Você vai atrás do Yusuke, e vai repetir tudo o que me falou! – fez alguns minutos de silencio, antes de começar a se exaltar novamente. – Claro que eu vou falar com Nobue, idiota! Kami, Uchiha, eu também gosto daquela menina, sabia? Acha que  vou simplesmente deixar aquela criatura por as mãos em cima das minhas meninas sem fazer nada?

- O que será que esta acontecendo? – Hinako ficou apreensiva. Hana era geniosa, mas não costumava ser tao exaltada. Quando minutos mais tarde, ela voltou para dentro, os homens perceberam a fúria reprimida de hana, que tremia.sentou-se onde estivera antes, mas não tocou mais em nada.

Tentou conversar normalmente, mas as brincadeiras já não saiam. Logo após o jantar,  Akamaru seguiu com Kiba ate o quarto que iriam ficar, ao lado do de Shikamaru. Hana estava muito tensa, precisava expor a Hinako o motivo da explosão. O que não contavam, é que o ninja das sombras estava muito interessado naquilo, voltando sorrateiramente, para escuta-las.

- Itachi conseguiu observar uma lista de nomes, de virgens, que Maou está procurando. Noeki e Yuko estavam La.

Então... todas as virgens que estão desaparecendo, são por conta...

Exato. Do monstro-arma que Maou pretende criar.

E o que vamos fazer?

Você, eu não sei. Mas eu, depois que falar com Nobue, vou por o pé na estrada.

Pé na estrada?

Hinako, naquela maldita lista... – Hana respirou fundo. – Sayuri, Saori, Riko e Tomoyo estão grifadas. Ele quer as quatro, mais que as outras. A minha preocupação, é que Riko e Tomoyo não tem como saber disso. Itachi não conseguiu ver quem Maou já tinha pegado... ou não.

Essa tomoyo... é a  Uchiha?

 


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