Lua e Sol escrita por Tina Granger


Capítulo 19
Capítulo 18




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CAPITULO 18

- MAS DE JEITO NENHUM!

- POSSO SABER POR QUE NAO? SÃO DOIS NOMES DE GUERREIROS VALOROSOS!

- GUERREIROS VALOROSOS? UM PERVERTIDO E UM CABEÇA DE GALINHA?

- FIQUE SABENDO QUE JIRAYA OU SASUKE SÃO NOMES MUITO BONS!

- Estou começando a achar que eles vão conseguir me deixar surda. – Kiyo comentou, terminando de tomar a xícara de chá.

- Eu já tenho essa certeza. – Hinako fez a piada, antes de rir.

- Que espécie de nome voce acha que ele vai escolher?

- O NOME DO MEU PAI VOCE NEM PENSE EM ESCOLHER, PORQUE IDIOTAS DO SEU CALIBRE DESONRARIAM O NOME RYU!

- COMO SE EU QUISESSE ESCOLHER O NOME DELE!

- PORQUE NÃO É BOM O BASTANTE?

- Eles vão se matar. – Hinako murmurou, engolindo em seco.

- Que horas são?

Hinako foi até a janela, olhando para a posicao do sol.

- Quase meio-dia.

- Quase meio-dia... Aqueles dois cabeças de vento estão discutindo a quase três horas, não é?

- Sim. -  Hinako sorriu.

- Eu preciso estar na vila, as duas horas... – Kiyo passou o olhar distraidamente pela cozinha. A mesa para quatro pessoas, o pequeno armário onde eram guardados os alimentos, a pia com água corrente; o maior espaço, era ocupado pelo fogão.

A cozinha de pequeno porte, tinha as cores de predominância clara. Hinako nos quase vinte anos que era viúva, não havia mudado quase nada na casa, como se quisesse preservar a presença do marido.

Kiyo pousou a xícara branca, no pires.

- Vou fazer aqueles dois calarem a boca. – anunciou, enquanto pegava a bengala. Hinako balançou a cabeça, os cabelos loiros balançando.

- ESCUTEM AQUI SEUS FEDELHOS. EU SOU UMA POBRE SENHORA IDOSA QUE PRECISA DE SILENCIO E PAZ.

- Pobre senhora idosa? – Hinako sentiu os cabelos da nuca se arrepiarem. Kiyo Uzumaki podia precisar de uma bengala para andar. Podia ter cabelos tão brancos quanto as nuvens. Podia ter tantas rugas no rosto, que poderia representar uma personagem má em um filme infantil. Podia ter velas em seu bolo de aniversario suficientes para causar um incêndio. Agora aquelas três palavras juntas, definitivamente não definiriam jamais a personalidade e vivacidade da anciã.

Pelo menos, eram os ossos quebrados dos homens que haviam tentado assaltar a casa onde ela morava podiam jurar. As bengaladas, junto com os golpes que ela dera, sem contar os pobres tímpanos arrebentados, haviam servido para que os três rapazes após o cumprimento da pena, resolvessem entrar em uma peregrinação sagrada, agradecendo pela vida.

Quando Hinako entrou na pequena sala, o casal de loiros se agarrava, tremendo.

- Sentem-se os dois. – Kiyo falou, acomodando-se na única poltrona da sala. Instintivamente, Saori sentou-se no tapete encarnado, já o homem ficou em pé encarando a anciã, com respeito. – Já perderam muito tempo discutindo. Garoto, nenhuma das sugestões lhe agradou?

- Desculpe, senhora Kiyo, eu não...

- Tudo bem. – ela fez um gesto de mao. – Embora Saori tenha razão, eu não consigo imagina-lo atendendo pelo nome de Jiraya, Sasuke ou Ryu.

- Mas não foram apenas esses nomes que esse idiota não aceitou! – Saori protestou.

- Silencio. – Ele ficou surpreso, por ver que Saori alem de obedecer a avó, ainda abaixara a cabeça. Uma rainha não teria sido tão prontamente atendida, ele percebeu.

- Hinako, voce ainda tem alguma sugestão?

- Quando... eu estava grávida de Saori, havíamos pensado um nome para o caso de ser um garoto. – ela respondeu encostada na porta da cozinha. Como sempre, a voz dela saia melodiosa, um fiapo de tristeza parecia torna-la mais bonita. – Asuka.

- Asuka? – o homem ficou tonto. Hinako aproximou-se dele rápida como um raio. Saori, de um salto o pegava pelo braço direito, a mãe pelo esquerdo.

Elas o deitaram com a cabeça apoiada nas almofadas.

- Não vai sair daí enquanto não melhorar! – Hinako falou, levantando-se apenas para perceber que Saori já entrava na cozinha.voltou dali a pouco com um copo de água que alcançou para a mãe.

- Se quiser, eu tranco o nariz dele. – Saori ofereceu, bondosamente. Quando ela virou-se percebeu o olhar da avó, se defendeu. – De que jeito voce acha que ela me fazia tomar os malditos remédios?

- Depois que tomava, voce enfiava o dedo na garganta para vomitar. – Hinako olhou de canto de olho a filha, que deu de ombros.

- Essa é a razão pela qual eu ainda estou viva. Aquelas porcarias iriam me matar!

- Teimosa como Ryu!

- Asuka-chan... Asuka-kun... – o loiro murmurava. As mulheres voltaram sua atenção para ele. Tremendo, ele ecoava aquelas palavras como se fosse um mantra.

- Ei, dobe, voce está bem?

- Asuka Uzumaki. – por fim ele abriu os olhos. E embora o rosto dele estivesse muito pálido, havia nos olhos um brilho que fez as três mulheres se arrepiarem. – É um nome maravilhoso, senhora Hinako, mas não é o meu. – Seus olhos estavam brilhantes, lagrimas pedindo para serem derramadas.

- Voce me assustou, menino. – Kiyo falou. Então, se virou para Saori. A jovem tinha uma expressão que mesclava-se entre curiosidade e irritação. – Alguma sugestão, Saori?

- Hum... Eu já disse. Sasuke.

- E eu já disse que não quero o nome de um cabeça de galinha em mim! – Ele protestou, sentando-se.

- Humf! – Saori bufou, cruzando os braços.

- Senhora Kiyo... – Hinako chamou a sogra, que encarava o homem como se pensasse seriamente.

- Acho que... bom, acho aquele ouriço misturado com preguiça não ia se importar...

- Ouriço misturado com preguica? Senhora Kiyo, não se deve insultar os mortos! – Hinako falou, repreendendo a sogra, que lhe lançou um olhar “não to nem ai!”.

- Ele não ia se importar, eu já disse. Acho até que ia gostar!

- Vou escrever um livro. “Decifrando as conversas entre sogras e noras – Guia prático para descendentes sem rumo.”

A brincadeira de Saori fez todos rirem, com exceção dela.

Não sei onde está a piada!

- Sua avó está falando do cunhado do seu pai.

- Eu não sabia que voce tinha um irmão, Hinako.

- Ela está se referindo ao seu tio Minato, Saori. – Kiyo falou calmamente.

- Ah, sim... O que ele tem?

- Ele era loiro... De olhos azuis... E os dois tem os cabelos parecidos.

- Minato? – comecou a escutar uma espécie de zumbido nos ouvidos. Curvou os lábios em um sorriso triste. Sem saber o porquê, as lagrimas finalmente caíram. – Minato. – ele repetiu, chorando.

- Dobe, voce...

- Eu não sou dobe... Pode me chamar de Minato.– ele se levantou, sem se importar que estava mostrando a elas o seu choro.

- Bem vindo a família... Minato Uzumaki. – Kiyo falou, a voz séria.

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Saori arrancava algumas ervas daninhas do pequeno jardim, quando uma sombra lhe fez virar. Hinako encarou a filha seriamente.

- Voce não possui apenas os dons da família Uzumaki.

- Foram os dons dela que eu exercitei.

- Esteja pronta para hoje a noite executar a dança dos leques. – Hinako virou-se e antes de continuar falou. – Eu lhe ensinei também a ver dentro dos corações. Procure dentro dele o motivo dele da amnésia.

- Eu acho que...

- Não estou lhe pedindo como sua mãe. Estou lhe ordenando.

- Voce não é uma superior! Vovó Kiyo...

- A senhora Kiyo é o equivalente a uma sumo sacerdotisa. Depois dela, sou eu quem dá as ordens, criança.

- Não sou criança, a muito tempo.

- Não se comporte como uma. – Hinako deu alguns passos, antes de virar-se de supetão. – Eu não permiti que voce fosse levada por não lhe amar, Saori. Eu a amo mais que minha vida. Não teria sido capaz de ensiná-la adequadamente.

- Voce me ensinou a dança dos leques, que é muito mais complexa do que qualquer outra coisa que eu aprendi lá.

- Eu não teria conseguido ensinar-lhe o equilíbrio necessário para não diminuir seus dons.

- Eu perdi minha visão. – Saori não conteve a língua.

- E parte da sua vida futura. Eu percebi. – Hinako virou-se antes de começar a andar. – Só espero que o homem de cabelos vermelhos tenha consciência da dádiva que recebeu.

- Como voce sabe que era um homem de cabelos vermelhos?

- Quando uma mulher está grávida de um Uzumaki, ela vê a vida da criança a qual está gerando, participando dela... Mesmo que isso possa ser modificado com circustancias alem do poder materno. E no seu destino, há um homem de cabelos vermelhos.

Saori ficou em silencio, no tempo que Hinako se afastou.

- Na clareira em cima do morro. A meia-noite. – ela sentiu a filha a fitando pelas costas. Não preocupou-se com sua roupa, que estava suja. Lidar com a terra e uma limpeza extrema eram coisas incompatíveis, ela aprendera na época que Ryu adoecera. Com a divida das terras quase vencendo, ela tivera que tomar a frente do serviço pesado, enquanto o marido queimava de febre na cama.

Nos poucos momentos que tivera de lucidez, Ryu tentara levantar-se para fazer ele o serviço, mas fora impedido por Kyo, que tomara a si o cargo de enfermeira do filho e babá da neta, com quase três anos.

Suas mãos haviam engrossado e ela tirara a delicada aliança, que recebera no dia do casamento, mantendo-a em uma corrente no pescoço, perto do coração. No decorrer das estações, a pele clara havia tornado-se morena. Os cabelos loiros, ficado mais claros, mesmo com o uso continuo do enorme chapéu. As camisas mais grossas do marido, as calças igualmente grossas de trabalho na lavoura, haviam se esgarçado durante a passagem dos anos, sendo substituídas por outras, de menor tamanho, mas de mesma qualidade.

Hinako pegou as garrafas com água, antes de subir até a pequena plantação de milho, cultivo da estação. Fisicamente, Hinako continuava a mesma mulher alta, magra, sem grandes curvas. O que havia conquistado Ryu Uzumaki, um homem de estatura maior que a de muitos homens altos, haviam sido seus olhos. Olhos de uma boneca delicada, ele dizia, o sorriso devastador nos lábios masculinos.

Sorriso que a fizera sonhar acordada muitas noites. Que a enfurecera quando era zombeteiro. Que parava quando ela perdia a razão, acertando-lhe alguma coisa, em algum ponto realmente dolorido. Hinako recordava-se de cada gemido de dor que fizera Ryu passar e embora tivesse plena consciência que ele merecera cada golpe recebido, continuava a sofrer imensamente com a ausência do seu esposo.

Encontrou Minato discutindo com Estrela da Manhã, a vaca malhada que lhe dera uma chifrada na coxa, quando ele tentara lhe passar uma corda entre os chifres.

- Escute aqui, sua vaca teimosa. Voce vai puxar esse arado e depois vai...

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- Minato. – ele se virou, encarando saori. Era quase inacreditável que aquela menina, era mesmo filha de Hinako. Ela não havia saído mãe, pois enquanto Hinako era alto, Saori de estatura mediana, tinha curvas nos lugares certos, que um homem mais afoito não hesitaria para convidar a ir a cama... Recebendo provavelmente um belo soco da loira de genio esquentado.

- O que é, Saori-chan? – sorriu para ela, que tinha o semblante sério.

- Feche os olhos. Só os abra quando eu mandar.

- Por que?

- DÁ PARA OBEDECER E CALAR A BOCA? – ela perdeu a paciência.

- Estressada... – Ele fechou os olhos, abrindo-os minimamente quando achou que ela não perceberia. Saori estava com os olhos fechados, as mãos juntas, como se em oração. Movia os lábios rapidamente, sem emitir nenhum som. Depois de um longo momento naquela posicao, separou as mãos, continuando a rezar em silencio. Então colocou as mãos  sobre seus ombros.

- Não esqueça o caminho que irá percorrer mais tarde. – sem abrir os olhos, ela se virou e então saiu caminhando. – pode abrir os olhos.

- Está indo onde, Saori-chan?

- Dançar para a lua.

Ele franziu a testa, dando de ombros.

- Tenho sorte por não ser um pervertido?

- Vai tomar banho, gelado de preferência, seu ero-desmemoriado.

Ele riu, sentindo-se leve.

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- TÁ ACHANDO QUE VAI ME VENCER? PODE ESQUECER, TERRIVEL JACK!

O grito de Saori fez Minato levantar-se de um pulo. Mal enfiou a calça marrom, foi rapidamente até onde partira o grito, para encontrar Saori ainda gesticulando, o rosto coberto de cinzas, um pedaço de madeira na mao, apontando para... O FOGAO!

- ACHA QUE EU NÃO CONHECO OS SEUS GOLPES SUJOS? EU JÁ ENFRENTEI COISAS MUITO PIORES DO QUE VOCÊ! E MESMO QUE VOCE CONTINUE ME QUEIMANDO OU ME SUJANDO, PODE TER CERTEZA, QUE EU VENCEREI!

- Saori... voce está gritando com um fogão. – uma enorme gota estava na cabeça do loiro.

P É, eu sei. – ela jogou a madeira em cima do fogão a lenha, antes de suspirar. Olhou para as mãos, que tinham diversas marcas de queimaduras. – eu não estou conseguindo acender essa porcaria, estou doida de vontade de comer panquecas – já fiz até a massa – tomar uma bela xícara de chá e...

Ela ficou em silencio, os olhos azuis arregalados, quando ele tomou a frente e se ajoelhou. Pegou a caixa de fósforos que estava no chão, e as palhas secas do milho. Minato olhou para dentro da boca do fogão, observando como Saori tinha arrumado a lenha.

Testou a temperatura da chapa, percebendo que ela estava quente – provavelmente do tempo que Saori devia estar tentando acende-la. Deixou as coisas no chão.

- Usou ovos frescos para fazer panquecas? – Ele pediu enquanto levantava-se e ia ate a pia, molhando um pano, voltou para o fogão e largou o pano em cima dos anéis da chapa. O chiado fez ela acordar.

- Não seria burra de pegar os da galinha choca.

Minato assentiu. Em seguida, tirou o pano e molhou-o novamente, antes de tirar os anéis. A madeira estava quase pegando fogo. Ele arrumou um pouco de palha entre a madeira, antes de ajeitar os anéis no seu lugar, e ajoelhou-se acendendo um fósforo, colocando fogo em uma palha e colocou-a dentro do fogão, dentro da boca do fogão. Ficou alimentando o fogo por algum tempo, até que finalmente a madeira colocada anteriormente, queimasse.

- Prontinho. – Minato levantou-se, batendo as mãos, satisfeito. – o fogão é todo seu!

- TRAIDOR! – Saori encarava o fogão.  Minato saiu da cozinha rindo. Escutou um grito de dor de Saori, provavelmente ela chutara o fogão. Quando voltou, cerca de meia hora mais tarde, uma pilha de panquecas estava sobre a mesa. Saori lavava a louca, resmungando.

- Já comeu, Saori? – ele vestira a mesma túnica laranja, de quando chegara.

- Depois de confirmar que os homens sempre se protegem, perdi a fome.

Ele riu. Saori percebendo algo estranho, virou-se para ele.

- Voce está diferente.

- Quero conversar com voce.

- Antes, durante ou depois que tomar café?

- Pode ser durante? Essas panquecas estão com uma cara... her... ótima. – ele mentiu, percebendo a panqueca que terminava a pilha. Grossa e queimada.

- Me dá um minuto. – terminou de lavar o ultimo prato, antes de se sentar a mesa com uma toalha com uma enorme estampa floral azulada. – o que aconteceu?

- O que voce fez ontem a noite?

- O normal. – ela passou a mao distraidamente, pelo ombro. Minato acompanhou o movimento com os olhos, finalmente percebendo uma linha fina e vermelha no pescoço da jovem, que se estendia ate abaixo da gola da blusa.

- O que é isso no seu pescoço?

- Veias, músculos e ossos. – ela rebateu na mesma hora. – E cordas vocais muito bem...

- Estou me referindo ao seu machucado! – ele levantou-se preocupado e quando tentava abrir a blusa roxa que ela vestia, levou um soco no olho direito.

- TIRA AS MAOS DE MIM SEU TARADO! – Saori gritou levantand0-se. Exibia um olhar furioso. – ESTA TUDO BEM, ENTENDEU? TUDO BEM!

- O que voce fez comigo?

Saori virou o rosto, os olhos fechados.

- Nada. Alias, essa foi a primeira e ultima vez que eu fiz... Nada. – Saori percebeu que iria se denunciar, então tentou sair da cozinha, Minato a segurando pelo braço.

- Voce fez alguma coisa, Saori-chan. Eu apenas quero entender.

- Voce não entenderia mesmo que eu explicasse! Apenas Hinako pode... Coloca isso nas coisas que voce esqueceu, por favor.

- Depois que voce fez aquele troço estranho, eu fui dormir. Eu sonh...

- Troço estra... VOCE ABRIU OS OLHOS!

- QUER CALAR A BOCA? – Minato pegou-a pelos dois braços e a sacudiu. Pela primeira vez, Saori assentiu, ficando em silencio. Então continuou. – Eu fui dormir. Eu sonhei com voce e...

- Entao não era sonho era pesadelo. – Saori não resistiu falar. Minato a sacudiu novamente.

- Eu sonhei com voce. Voce estava grávida, estava segurando o braço de um homem loiro, tentando impedir que ele fosse a algum lugar. Vocês escutaram um barulho, como se fosse um rugido, que fez que voce se agarrar mais forte nele... Chorava desesperada, implorou para ele ficar. Ele então te beijou e disse que te amava... Entao, voce botou a mao na barriga, ele te amparou... Daí voce disse que ele tinha prometido que ia estar junto quando o bebe nascesse...

Saori o olhou, os olhos arregalados de espanto. Deixou-o falando, sua mente divagando. Quando percebeu, ele continuava a falar, as palavras brotando como uma nascente cristalina.

- Eu estava segurando um punhal, estava machucado, quando reparei, duas flechas passaram quase me pegando, se cravando no peito dos homens com os quais eu estava lutando. Saori... Eles viraram pó! – frisou, apertando mais os braços dela. - Quando eu me virei, vi apenas um vulto que estava saindo em direção oposta. Eu tentei ir atrás desse vulto, quando mais três homens simplesmente brotaram do chão.

- Kami-sama... – os olhos de Saori encheram-se de lágrimas. Ele havia sonhado não apenas com o momento de quando perdera a memória, mas também com todos os momentos realmente importantes para ele.

- Daí apareceu uma mulher ruiva, que usava roupas parecidas com as suas. Ela fez gestos com as mãos, fazendo um dos homens desaparecer. Em seguida, ela se virou para mim, gritando NÃO!... Senti uma dor muito forte na minha cabeça... E quando eu estava caindo, ela tremia de raiva... E disse que eles não iam ter o servo de volta... E fez os mesmos movimentos, eu não consegui entender mais nada... quando acordei, ela tinha sumido... E eu já estava aqui, perto da vila.

- Kami-sama... – Saori repetiu. – As minhas flechas foram para salvar voce!

- Voce salvou a minha vida, naquele momento. E depois a ruiva. Agora me explica como isso é possível, eu ter sonhado com isso?

- Conseguiu escutar o seu nome? O nome verdadeiro?

Ele negou. Saori encostou a testa no peito dele. A magia não havia funcionado completamente. O demônio dentro dele impedira que seu

- Ainda confia em mim? – Saori pediu, a cabeça baixa.

- Eu não sei porque.... – Minato largou-a. deu um passo para trás, quando terminou a sentença. – mas confio.


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