Lua e Sol escrita por Tina Granger
Capitulo 16
- Ei, cara de pastel! – Saori gritou, recebendo um “cabeça de vento” como resposta. Andou até o estábulo, onde encontrou Hinako ajoelhada, enquanto o homem loiro estava ao seu lado . eles estavam observando uma terneira recém-nascida, que dava seus primeiros passos.
- O nascimento de um novo ser é maravilhoso. – Hinako comentou. Tinha os olhos brilhantes e embora as roupas estivessem sujas de sangue, ela mostrava-se contente.
- Acho que mais maravilhoso é ver o crescimento. – Saori falou, como quem não quer nada. Hinako apenas suspirou, erguendo-se.
O homem estava em silencio. Sorriu quando percebeu uma maneira de faze-las distrair.
- Já imaginou um nome para o terneiro, senhora Hinako?
- Cara de pastel, alguém já te ensinou a diferença entre meninos e meninas? – Saori falou, rindo.
- Hum? – ele ficou confuso.
- É uma fêmea, querido. – Hinako passou a mao direita sobre o cabelo, sujando-o sem perceber. – Eu fiz o cruzamento de duas raças leiteiras...
Continuou dando a explicação. Depois de alguns minutos, Saori percebeu que ele não tinha entendido nada.
- Basicamente, dobe, essa terneirinha vai ter tetas tão grandes que podem chegar até no chão!
- Isso já é exagero, Saori. – Hinalo riu. – Mas agora o que importa, é que essa coisa linda precisa de um nome.
- Desastrada? – Saori riu quando a terneira caiu.
- Não. – Hinako lembrou-se de quando Saori acabara dando o nome de Endiabrado. O terneiro havia conseguido escapar da cerca, e a pequena menina escutara um comentário do pai. Passara a chamar o animal daquela maneira. Ryu quase arrancara os cabelos, quando percebera que o terneiro só atendia por “Endiabrado”, em especial se Saori batesse palmas.
- Lindinha sem chance. – Saori torceu o nariz. – Saco de Ossos?
- Saori! – Hinako repreendeu-a brandamente. A jovem deu de ombros.
- Tsunade. – quando terminou de falar, ele se surpreendeu com a olhada que recebeu das duas.
- De onde voce tirou esse nome?
- Hum... bom, ela vai ter tetas grandes, né?
- Sim. – Hinako assentiu. – e daí?
- Bom... Não sei por que me veio esse nome. – ele deu de ombros.
- Eu não sei porque, mas acho que voce vai ter que ser bom de corrida, quando a dona do nome, souber da “homenagem”. – uma voz fez os três se voltarem para a entrada.
- Vovó Kiyo! – Saori sorriu e correu abraçar a avó. O loiro sorriu, antes de fazer uma reverencia. Kiyo chegou perto dele, com os olhos estreitados.
- Eu juro que já vi o seu sorriso antes, menino. Mas não consigo lembrar onde!
- Vai ver foi em algum... – Saori começou a falar, antes que o loiro tampasse a boca dela.
- Considere que voce vai falar da sua avó, cabeça de vento!
- Considerando que vou falar de voce, vai ver que foi que ela te conheceu antes de voce fugir do hospício, dobe cara de pastel!
O casal jovem começou a discutir. Kiyo e Hinako olharam-se e saíram do estábulo, sem que eles tivessem percebido.
- Eles discutem assim mesmo?
- Só não fazem em duas ocasiões no dia. Quando comem e estão dormindo. – Hinako suspirou. – Francamente, tive barulho nessas três semanas para os vinte anos que Saori passou fora! O mais engraçado, senhora kiyo – encarou a sogra – é que se procurar por um você encontra o outro.
Kiyo riu.
- Ryu e Kushina eram parecidos. – elas se encaminharam para a casa. – Mas o motivo que me trouxe aqui foi outro.
- Tem a ver com o fato da força demoníaca que Saori...? – Hinako falou aos sussuros.
- Bem... Um pouco. – Kiyo sentou-se.
- Prefere esperar... por ele? – Hinako indicou a parte de fora da casa, na direção do estábulo.
- Sim.
- Então vou preparar um chá.
- Hinako. Teste Saori. – Hinako não entendeu.
- Testar minha filha?
- Veja o quanto se lembra do que voce a ensinou. E por favor, faça o mesmo que você fez durante esses anos todos. Ignore que ela possui nas veias seu sangue.
- Eu pretendia fazer isso daqui duas semanas. – Hinako falou calmamente.
- Na lua cheia. Perfeito. – Kiyo fechou os olhos, mergulhando em suas memórias. Quando Hinako voltou, com o cha e roupas limpas, o casal jovem estava diante da anciã, discutindo ainda.
- Bem, então o nome da terneirinha vai mesmo ser Tsunade?
- Eu tentei colocar outro, mas o dobe cara de pastel...
- Cabeca de vento despeitada!
Um soco fez o loiro pender a cabeça.
- Despeitada é a sua...
- SAORI! – Hinako chamou a atenção dela com força.
- Vó! – Saori concluiu, encarando Hinako.
- Se ela não for como a Tsunade que conheci, as avós desse jovem devem ser mesmo despeitadas. – Kiyo falou enviando um olhar de curiosidade ao loiro, que tinha ficado roxo de apreensão e raiva de Saori.
Saori mostrou a língua para ele.
- A sua amiga de Konoha, né?
- Konoha? – ele pareceu ficar alerta.
- Sim. – uma sombra passou nos olhos de Kiyo. – o lugar onde minha filha está enterrada.
- Mas a senhora não veio aqui só para nos ver brigar.
- Não. Estive pensando... – Lancou um olhar ao loiro. – Já que estavam discutindo sobre o assunto de batizar a terneira, bem que podiam pensar em um nome para voce. Afinal, querido, moço, não são nomes apropriados para que todos o conheçam em Wasuresareta Tani... e no mundo.
- Eu já estava pensando nisso. – ele admitiu. – por mais amado e protegido que eu me sinta aqui, não posso ser um peso para sempre para a senhora Hinako.
- Ate parece que voce me incomoda! – Hinako protestou.
- Nome e sobrenome. – Ele lembrou, antes de receber mais um soco de Saori.
- O que tem de errado com Uzumaki? – ela falou irritada.
- Como assim?
- Voce não está pensando em nos ofender escolhendo outro sobrenome, não é?
- Senhora Kiyo, eu...
- Ao escolher minha porta, voce escolheu nosso coração. – Hinako falou, Kiyo assentindo.
- Aff, é isso que elas disseram! – Saori encolheu os ombros.
- Eu... – ele ruborizou, antes de assentir. – está certo. Então sou um Uzumaki. Agora, qual o nome que vocês me sugerem? – ele sorriu.
- Espera aí! Sem briga? Sem protesto? – Saori colocou as mãos na cabeça. – Estou diante de um milagre digno de ser colocado nas lendas e...
- S-A-O-R-I!
- Já entendi, vovó Kiyo, já entendi!
As mulheres mais velhas riram, antes de começarem a dar suas sugestões.
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