Lua e Sol escrita por Tina Granger


Capítulo 16
Capítulo 15




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Capitulo 15

-  E por fim, ela voltou para o bairro Uchiha, trabalhando na casa. – A voz feminina atrás da mascara de ANBU terminou o relatório.

Tsunade suspirou, encostando-se na cadeira.

- Certo. – fechou os olhos por um momento. – Hyuuga, acha que estou sendo paranóica com essa garota, Tomoyo?

- A senhora deve ter seus motivos para fazer isso, Tsunade-sama.

- Hum... Como está Asuka? Tem se comportado melhor? Mudou muito?

- Ele já não esta tentando fugir. Fica treinando com o avô e quando não estou em serviço, comigo. Afirma agora que irá ser um ninja melhor que o pai, pois precisa ir salvá-lo.

- E com relação a Sanae? Sabe de alguma coisa?

- Treina com ela, também.

- Simples curandeiras não conseguem milagres tão grandes. – Tsunade murmurou. Avaliou com o olhar a figura a sua frente. – Muito bem. Arranje um substituto para seu posto de observação. Sua missão está sendo modificada, Hyuuga.

- Em que sentido, Tsunade-sama?

- Asuka deseja a companhia de Tomoyo?

- Não vou envolver Asuka no que quer que você esteja pensando, Tsunade-sama. Ele é apenas uma criança!

- E eu não vou expor o filho de Naruto a uma situação que ele não possa superar! Proporcione que seu sobrinho possa ficar perto de Tomoyo. Fique amiga dela. E descubra a verdadeira força de Tomoyo Sato.

A figura curvou-se e saiu. Tsunade virou-se para shizune, que mantinha uma expressão desaprovadora no rosto.

- Já faz quase dois meses que a garota esta aqui, Tsunade-sama e você ainda não me explicou o motivo da vigilância cerrada.

- Shizune... – Tsunade fez uma longa pausa. - Você nunca teve esperanças que foram mortas na sua frente. Nunca acalentou um sonho, nunca teve esse sonho em mãos, nunca lhe roubaram esse sonho. Quando vejo essa garota... Eu sinto uma coisa estranha. E Tomoyo é muito mais forte do que aparenta. Essa garota me lembra... – Tsunade balançou a cabeça. – Me lembra de uma coisa que... – Suspirou. – Eu não sei explicar.

- Tsunade-sama?

- Quero ver a verdadeira força de Tomoyo. Quero saber... – Fechou os olhos. – Porque os olhos dela me são tão familiares!

X

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Saori ergueu-se do rio, envolvendo uma toalha no corpo. Não tinha uma sensação relaxante daquela maneira a muito tempo. Ela não conseguiria matar aquele homem, de riscas nas bochechas. Não enquanto o demônio que estava dentro dele não se manifestasse.

Sentou-se em uma pedra, o pensamento no problema que lentamente estava começando a se mostrar. Ela já encontrara o servo. Agora, era esperar que a criança, a menina de cabelos negros e olhos azuis aparecesse. Se naquele momento o servo se manifestasse a favor de Oni, ela não hesitaria.

Folhas sendo amassadas foi o barulho que a tirou do devaneio. Ficou na mesma posição, quando uma voz masculina manifestou-se.

- Ei, Saori? Saori, é melhor se cobrir, por que eu estou indo te procurar.

- Deixa de ser pervertido, seu dobe! – ela retrucou. – Eu não vou me cobrir por sua causa!

- Isso significa que já esta vestida?

- Estou mais nua do que quando vim ao mundo! – não conseguiu evitar de soltar uma risadinha, pois as folhas pararam de serem amassadas.

- Sua mãe pediu para lhe avisar que o jantar está quase pronto. Que você devia se apressar. Eu vou voltar para a ca...

- Pode me esperar? Quero conversar com você. – ela esperou a resposta dele, com calma.

- Claro.

Ela trocou-se rapidamente. Quando chegou perto dele, sorriu.

- Obrigada. – Ele estava sentado, o olhar perdido. Assentiu. Encarou-a com curiosidade.

- Bem, por qual motivo você queria falar comigo?

- Por que eu não iria querer falar com você?

Ele deu de ombros.

- Hinako me disse que você levou uma chifrada na perna. – Saori começou a falar, em um assunto neutro.

- Sim. Foi Estrela da Manhã. Senhora Hinako disse que é filho de Endiabrado.

- Era o orgulho do meu pai. – Saori riu. – Fui eu quem escolhi o nome, Endiabrado. Eu me lembro...

- Como pode ser isso, Saori? Pelo que tanto a senhora Hinako, como a senhora Kiyo falaram, você saiu daqui quando era bem criança. Como você pode se lembrar?

Ela o encarou intensamente.

- Onde fui morar... Melhor dizendo, onde me levaram, havia uma espécie de...Hum...Clima, que fazia que nossas lembranças se acentuassem, para que não esquecêssemos de onde, por que e quem éramos. Para que soubéssemos o quanto maravilhosa era aquela nova vida. – ironizou. Treinos diários de artes marciais, aulas sobre como controlar seus poderes – como se houvesse como controlar visões – Além de sessões de meditação, que para ela equivaliam a pior tortura já imaginada por alguém. Não falar, não se mexer, não pensar por horas.

- Você gostava de lá? – o loiro questionou, uma expressão.

- Tirando minhas irmãs, eu não tive nada que me fizesse gostar de lá. – Saori olhou para as próprias mãos, as cicatrizes indo de um lado a outro, nas duas palmas.

- Por que você não gosta da senhora Hinako? – ele pediu, impulsivamente.

- Como eu disse, no local minhas lembranças se acentuaram. Quando...Quando as duas vieram me buscar, Hinako praticamente me empurrou para elas. E depois... Para ela não importava se eu estava viva ou morta.

- Como você pode dizer isso? – ele a fitou chocado.

- Eu as escutei, junto com... A mulher responsável pelo lugar. As mulheres que me levaram, comentando, que haviam encontrado minha mãe. Que ela havia se recusado a saber se eu estava bem.

Um arrepio passou pela espinha dele.

- Hoje você está aqui.

- Mas não por causa dela. – ela replicou calmamente. Passaram-se vários minutos, antes que Saori retomasse a palavra. – Vovó Kiyo me disse que você está aqui a umas duas semanas.

- Sim. Eu... Consegui achar sua vila, mesmo ferido. A senhora Kiyo comentou que foi uma sorte, o que eu também acho.

Mas o que ela não comentou com você, é que existe uma barreira que impede seres das trevas se aproximarem, Saori pensou, fitando-o. E que nenhuma de nós tem idéia de como você ultrapassou essa barreira, mesmo que possua um coração de ouro.

- Não se importa de usar as roupas de um homem que já morreu? - As roupas de seu pai estavam um pouco largas nele.

Ele ficou serio por um momento.

- Eu me importaria... Se ele tivesse sido um mau homem. Mas como disse a senhora Hinako...

- Apenas homens de coração bom podem usar essas roupas. – Os dois falaram juntos, cada letra ao mesmo tempo. A sintonia das palavras fez que os dois rissem.

- Obrigado. – Ele falou de repente.

- Pelo que? Eu não fiz nada.

- Bom... – ele ficou corado. – Você não esta me tratando como se eu fosse um bebê indefeso, que...

- Hum... É desse jeito que elas estão te tratando? Bom, tenho uma péssima noticia, cara de pastel. Eu detesto bebês. – fixou o olhar nele. – E quando você recuperar a memória...

Saori parou de falar, quando escutou um sino tocando.

- É a senhora Hinako.

- Se ela acha que vai me comprar com lámem com porco, está muito enganada!

- Se você não quer, posso comer a sua parte.

- Vai sonhando que um dia você chega a ser gente. – mostrou a língua para ele, antes de sair correndo.


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