Lua e Sol escrita por Tina Granger


Capítulo 14
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi! parte final do cap. Ponham suas mentes em estado de descanso... E divirtam-se!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/11999/chapter/14

Gai não conseguia acreditar em seus olhos e ouvidos. Asuka havia saído de uma casa, conversando animadamente com Tomoyo. A jovem o fizera contar que Sanae estava noutra ponta de Konoha. Os ensinamentos que, de maneira informal, recebiam dos jonnins mais velhos, estavam sendo aplicados, para que a menina confundisse os guardas.

Quando Lee e Gai ficaram sabendo onde Sanae estava, ficaram tão brancos, que Tomoyo olhou com receio para Asuka. Eles saíram correndo, sem nenhum aviso.

 - Asuka?

- O que é, senhorita Tomoyo?

- Esse lugar onde a Sanae está...

- É bem alto. É o lugar mais bonito da vila. – ele confirmou as suspeitas dela, sem perceber. Tomoyo sentiu um apertão na garganta. – Vovô Hiashi quase me bateu, semana passada, por... Bem, tinha umas pedras soltas la... E...

- Como chegamos lá? – Tomoyo engoliu em seco, antes de ser quase arrastada por Asuka.

- É por aqui. – Asuka a pegou pela mao. Tomoyo tentava não pensar em pedras soltas... Em um lugar alto. Uma criança.

Quando percebeu, já estavam entrando em uma espécie de túnel, que tinha uma luz no seu final. A morena olhou para trás, agarrando-se com força a uma pedra maior. Asuka nem piscava, enquanto continuava a tagarelar.

- Tem vários túneis aqui. O meu pai conta, que quando o iruka-sensei deixou ele se formar, teve uma vez que ele e a minha mãe impediram um...

Tomoyo desligou-se da voz de Asuka, quando a voz de lee ecoou mais alta.

- Como você pode fazer isso?

- Lee... Esfrie essa cabeça antes de abrir a boca para gritar comigo! – uma voz que Tomoyo não reconheceu. Mas alterada também.

- Ih... Está fedendo la dentro! – Asuka falou, antes de sair correndo, em direção ao som. Tomoyo franziu a testa, antes de seguir o menino. – O padrinho esta mesmo irritado. – Asuka murmurou, percebendo as veias saltadas de Neji.

A vibração que Tomoyo sentia, era ao mesmo tempo de raiva e medo. O medo era emanado por uma pequena figura, que estava atrás de Lee. Tomoyo olhou o túnel como um todo. Ainda que se visse a parte de fora, era um local que aparentemente não ruiria tão facilmente... mas pelo que Gai comentara, sobre os pupilos, se iniciassem uma luta, como aparentavam fazer... Tudo aquilo ruiria, os tolos já teriam saído, carregando as crianças, mas talvez, a raiva que emanava deles...

A discussão estava acirrada, e se ela tentasse falar, provavelmente eles não a escutariam. E talvez isso ate mesmo fosse o estopim para a briga. Não pensou muito. Quando percebeu, Tomoyo já havia ido no meio deles, acertara um tapa em cada um.

- Me matem se quiserem. Mas briguem fora daqui! – os encarou firmemente.

Neji parecia mais aparvalhado que Lee, a mao dela estampada em sua face direita. Quando a encarou, Tomoyo engoliu em seco. Lee tinha na face esquerda os cinco dedos de Tomoyo.

- Caso não tenham percebido, essas paredes estão quase ruindo. E existem DUAS CRIANÇAS aqui dentro.

Neji lhe lançou um olhar, que Tomoyo percebeu que ele vingaria-se.

- A próxima vez que sua filha tentar se matar, eu não vou intervir. – Falou friamente para Lee, antes de se virar e caminhar até Asuka, que engoliu em seco. Pegou o menino no colo, saindo em seguida do campo de visão deles. – não ouse chegar perto dessa criatura novamente, Asuka. – eles ainda escutaram o Hyuuga falando. Tomoyo segurou Lee pelo braço, pronto a ir atrás de Neji.

- Lembre-se de sua filha. – a urgência na voz de Tomoyo o fez parar. Tomoyo aproveitou para continuar. – Ela deve estar apavorada. Precisando de um bom banho. E de um pai calmo.

Lee assentiu, pegou Sanae no colo e saiu. Tomoyo respirou fundo. Um sorriso se formou em seus lábios, ate que se lembrou de onde estava.

X

Gai encontrou Lee saindo pela abertura do túnel, com Sanae nos braços. Não encontrara Neji.

- Ela está bem? – Lee não respondeu, ansioso para sair dali. Gai voltou para o bairro Uchiha. Depois que encontrasse Tomoyo, iria fazer o relatório a Tsunade.

A loira assumira novamente o posto de Hokage, depois que a morte de Naruto havia sido declarada. Percebendo que o bairro estava novamente vazio, Gai sentiu-se desapontado. Obviamente, Tomoyo devia ter levado Asuka até o clã Hyuuga, antes de ir buscar suas coisas.

Foi então até o escritório da Hokage, que escutou o relatório desatenta. Quando liberado, a casa de Lee era seu destino. Sentou-se conversando com o antigo pupilo e sua filha por horas.

Sanae contara que quando percebera, havia alguém nos túneis... Ela correra, por conta que combinara aquilo com Asuka, para distrair quem quer que fosse, para o menino ter mais chances de sair da vila.

As palavras de Neji apenas fizeram sentido, quando ela relatara, que quase caíra no precipício que era a altura da abertura daquele túnel. E Neji conseguira segura-la por um pé.

Gai entendia a reação de Neji. A muito custo, Lee se conteve para não surrar a menina pelo que havia feito. Se algo houvesse acontecido a ela, Gai não sabia qual seria a reação de Lee. Depois que a menina estava na cama, já noite escura, Gai saiu dali.

Estava preocupado com o rumo que a vida de seus pupilos havia tomado. Embora soubesse racionalmente que não era da conta dele, eles eram como filhos para ele. Ficou andando a esmo, imaginando o que iria acontecer dali por diante. Lee devia a vida de Sanae a Neji. E a custo, Gai conseguira que ele fosse agradecer apenas no dia seguinte, quando os ânimos já estivessem mais calmos.

Passou por onde Tomoyo deixara suas coisas. Num movimento involuntário virou a cabeça, arregalando os olhos quando percebeu que as coisas da morena ainda estavam la. Lembrou-se que Sanae dissera que a moça ficara la no túnel, mas ele mais preocupado em acalmar Lee, não prestara tanta atenção.

Era noite de lua cheia. Tomoyo fitara a mesma por algum tempo, antes de voltar para a escuridão, longe da abertura do túnel. Ela caminhara por horas, tentando achar algum caminho que acabasse perto da cidade, mas fora em vão. Os túneis eram verdadeiros labirintos, mas as marcas que fizera nas paredes enquanto caminhava, a guiaram para o local onde Asuka entrara.

Sentou-se, e aos poucos foi relaxando. Por fim, adormeceu, acabando por deitar-se. Sonhava com terras planas e um certo shinobi de colan. Quando escutou seu nome, não acordou de imediato; Gai tocou seu ombro e ela abriu minimamente os olhos, fechando-os antes de passar seus braços pelo pescoço dele, como fazia com seu pai, quando criança, confundindo realidade e sonho.

Gai pegando-a no colo, levou-a ate seu apartamento. Deixou-a sobre a cama. Toomoyo ressonava como uma criança inocente, alheia a vida. Observou-a dormir por alguns minutos, antes de ir tomar banho. Em seguida, arrumou uma cama improvisada. Deitou-se e adormeceu completamente.

Acordou com o grito de Tomoyo, que havia caido da cama. quando percebeu, ja abracava a moça, que tremia bastante.

- achei... Achei que tinha caido da beirada.

- Nao. - GAi sentiu o cheiro do cabelo dela. quando Tomoyo percebeu onde estava corou profundamente, mas nao se afastou. Quando olharam-se, Gai cedeu ao impulso que estava lhe atormentando desde que conhecera Tomoyo. A beijou.

x

Tomoyo trocou de roupa, indo em seguida ao escritorio da Hokage.

Tomoyo estava em pé,no corredor, a cabeça baixa. Esperava sua vez para falar com ela, com paciência. Quando uma moça de cabelos curtos e usando um quimono preto a chamou, ela assentiu.

- Obrigada. – depois da adrenalina do dia anterior, nada melhor para refazer a calma interior. Tinha-a totalmente destruída. Respirou fundo, antes de entrar.

Uma mulher loira, que aparentava ter uns trinta anos estava sentada, atrás de uma mesa. Um homem com uma cicatriz atravessando o nariz, estava ao lado da loira. Ele lhe sorriu gentilmente. Tomoyo retribuiu o sorriso, alguns segundos antes da mulher se colocar de pé.

- Shizune, Iruka saiam daqui imediamente!

- Tsu...

- NÃO ESCUTOU, SHIZUNE? - Tsunade falou com a delicadeza que lhe era peculiar.

Iruka e Shizune saíram, não sem antes lançar um olhar curioso para a jovem morena, que não havia se mexido um único milímetro. Tsunade esperou os dois saírem, antes de dirigir a Tomoyo.

- Faz muito tempo, desde meses antes da raposa de nove caudas atacar, que uma virgem pisou em Konoha. O que o templo quer agora com nossa vila, menina?

- Nada.

- Virgens não podem mentir!

- Não sou mais uma virgem. E não minto, Tsunade-sama.

- Como assim não é mais uma virgem?

- Há quatro anos, minha irmã Saori foi incumbida da missão de matar... – Tomoyo hesitou por um instante, sem desviar os olhos de Tsunade. – De matar o maior servo de Oni, que ainda estaria entre os homens.

- Por que?

- Saori descende de Kiyo Uzu...

= Adiante. – Tomoyo assentiu, perante a impaciência da Hokage.

- Ela possui visões. E dentro essas visões, combinadas com as de Kiyo, deram base para que fosse concluído que Oni enviaria, para que fosse criada entre os homens, aprendesse melhor nossas fraquezas, uma criança. Uma menina.

- Uma filha de Oni... – Tsunade repetiu, fechando os olhos. Então os abriu e fixou em tomoyo. – Se é como diz, então por que esta aqui?

- Confesso, que apesar do amor que tenho em minha irmã, não confio completamente em seus julgamentos. Saori é um tanto precipitada e... – Tomoyo respirou fundo. – poderia confundir as auras e... talvez... matar a pessoa errada.

- Apenas por isso? – Tsunade duvidou. Aquela menina parecia ter grande poder.

- Não. – ela balançou a cabeça. – Eu tive medo...

- Medo?

- Quando foi dito que Saori sairia do templo, percebi que ela não voltaria. E... Saori não é apenas minha irmã. É minha coragem também.

- Fizeram um pacto. – Tsunade concluiu. Muitos anos haviam se passado. Não apenas que a ultima virgem pisara em Konoha. Desde também, que ela própria encontrara a virgem, que apesar das palavras que ela apenas compreendera com o passar das décadas, lhe explicara as regras mais sutis do templo. Quando questionada o porque, ela sorrira misteriosamente, antes de fazer uma longa pausa.

- Seu poder não lhe deixa ser uma virgem, não uma virgem pura... – ela falara, franzindo a testa. – Mas deverá saber tudo sobre nós, para que seja a mãe para aquelas que estão vindo.

- Eu bebo e você delira. – A futura hokage resmungara. A virgem ruiva caíra na gargalhada.

Tsunade voltou ao presente, quando a morena assentira calmamente.

- Sim. Saori, Riko e eu fizemos o pacto de sermos irmãs. De usar nossos dons para nos protegermos. Para afastar nossa solidão. – ela calou-se. Se Tsunade não acreditasse nela, agiria como Saori. Não se importaria.

- Por que deseja ficar em Konoha?

- A principio... Eu gostaria de esperar por SAori. ela jurou ao pai, que viria a Konoha, encontrar com a tia.

- A principio. – Tsunade frisou, antes de continuar. – E agora? Que habilidades você possui para achar que pode pedir espaço nessa vila?

Um intenso rubor tomou conta da face de Tomoyo. Ela não desviou o rosto, respondendo com calma.

- Sou curandeira. Nos últimos anos, estive envolvida trabalhando nas diversas vilas pelas quais passamos, adquiri muita experiência. – Tsunade ergueu uma sobrancelha. Um sorriso divertido tomou conta de seu rosto, quando a virgem começou a gaguejar. – E... Acho... Acho que... que aju-juda nun-nunca é de-demais.

- Qual o verdadeiro motivo?

- Gai Maito.

Tsunade fitou os olhos negros de Tomoyo por um instante. Muito tempo se passará antes que uma virgem chegue novamente em Konoha, Tsunade. Acolha-a em seu coração.

- Apenas as casas do bairro Uchiha estão disponíveis. Você teria coragem para viver entre... – o rubor de Tomoyo comecou a retroceder gradativamente.

- Fantasmas não me assustam, Tsunade-sama. Nem pessoas temperamentais. – Tsunade ficou furiosa.

- Isso é uma indireta? – Tomoyo balançou a cabeça negativamente.

- Jamais insultaria alguém que possui seu conhecimento. – E muito menos seus punhos, a voz de Saori soou claramente nos ouvidos de Tomoyo, que reprimiu qualquer expressão que demonstrasse seu divertimento.

- Abra a porta. E peça a Shizune e Iruka que entrem. – Tsunade encaminhou-se ate a janela. Quando percebeu que Shizune e Iruka entraram, Tsunade começou a falar. - Iruka leve essa mocinha até o bairro Uchiha. Escolha uma casa, Tomoyo – Tsunade tinha os olhos estreitados. – Arrume-a. Coloque sua energia nela. Shizune, amanhã você ira fazer um teste com Tomoyo, para ver se ela é apta a trabalhar como medica.

- Muito obrigada! – Tomoyo relaxou. Antes que percebesse, havia se aproximado de Tsunade e havia lhe abraçado. Quando percebeu, deu um passo para trás, abaixando a cabeça. Fez uma reverencia. – Não lhe desapontarei, Tsunade-sama.

Shizune e Iruka olhavam confusos para a cena a frente deles.

- Tenho certeza que não. – uma calma começou a tomar conta de Tsunade.

- O bairro uchiha? – Iruka repetiu incrédulo. Não havia conseguido conter a língua, perante a surpresa.

- Queria que fosse o seu apartamento, Iruka? – a pergunta rápida de Tsunade fez Iruka enrubescer.

- Tsunade-sama... – Shizune fixou os olhos na menina, que parecia ter aprendido a respirar.

- Iruka, Tomoyo o que estão fazendo aqui ainda? – Tomoyo fez mais uma reverencia, antes de sair. Depois que Iruka a seguiu, Tsunade olhou Shizune. – quero um anbu a seguindo dia e noite. E relatórios diários.

Shizune piscou. Não estava compreendendo nada.

=O que?

- MEXA-SE SHIZUNE! – depois que Shizune saiu, Tsunade virou-se para a janela. a lembrança da despedida de Kiyo lhe vindo a mente.

- É a ultima vez que vejo a vila onde os ossos de minha filha ficarão.

- Está sendo precipitada, Kiyo. Sua filha esta tão viva quanto nós duas. Ela é saudável e...

- Eu vi a vida que meus filhos teriam, uma noite antes de nascerem. Elas eram muito breves. Talvez por isso eu não me preocupei em disciplina-los para... – a ruiva tirou as lagrimas com um safanao. – mas eles terão filhos tão fortes quanto eles... E até mais.

- Eu não acredito nessas baboseiras.

- Quando minha filha se tornar minha neta, talvez você passe a acreditar em tudo o que falei. – falou calmamente, antes de começar a andar. – Até quando desencarnarmos, irmã!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Lua e Sol" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.