Sincronicidade escrita por WinnieCooper


Capítulo 13
Sincronicidade


Notas iniciais do capítulo

N/A: O Fim, espero que gostem ^^



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Sincronicidade

Já havia se passado meses desde que Scorpius tinha dispensado Rose, ela agora estava sentada numa mesa na sala comunal tentando terminar seu discurso de formanda, afinal no dia seguinte ia colar grau.

- Sabe quanto tempo já passou desde que o Scorpius te dispensou Rose? – Lily perguntava nervosa – Muito tempo, precisa esquecer esse cara! Amanhã é sua formatura e o que você faz? Fica pensando nesse cara!

- Sabe quando você pensa no Hugo o dia inteiro? – Lily ficou vermelha – É a mesma coisa.

Hugo que estava do lado comentou:

- Pensando muito em mim Lily?

- Ha Ha Ha Ha Ha Ha Ha – ela riu sarcástica – Pensando em como todos suas tentativas frustradas de tentar fazer calar minha boca falam.

- Eu tento te ajudar e é assim que agradece? – ele fingiu estar chateado.

- Sabe o que é o melhor Hugo? - ela questionou levantando da cadeira que estava sentada – Não importa quantas apostas eu perca para você eu sempre irei te infernizar, como agora! Ahhhhhhhhhhhhhhhh!

Ela a começou a gritar no pé do ouvido do garoto, ele respirou fundo e sorriu parecia que tinha tido uma idéia:

- Sabe Lily, ainda tem um jeito de te fazer calar a boca – comentou com um sorriso torto nos lábios.

- Desiste Hugo Ahhhhhhhhhhhhhhhhhh! – ela voltou a gritar.

- Nunca – ele exclamou segurando os braços de Lily a trazendo junto de si, seus rostos estavam tão próximos que ele podia contar cada sarda que a prima tinha em seu nariz.

Sem pestanejar ele grudou seus lábios nos lábios dela a fazendo ficar calada no mesmo instante. Lily arregalou os olhos espantada, por um milésimo de segundo pensou em se separar dele, mas desistiu assim que sentiu a mão de Hugo percorrer suas costas a trazendo mais junto dele, ela passou seus braços em volta do pescoço do garoto aprofundando o beijo.

- Da próxima vez que quiser calar a boca me chame – ele sussurrou ainda abraçado a ela.

- Ahhhhhhhhhhhhhhh – ela gritou – Voltei a gritar, cale minha boca?

Mas desta vez ele não a puxou para o beijo, Lily se lançou o beijando fazendo Hugo se desequilibrar e cair no sofá.

- Até que enfim – Rose comentou dando risadas vendo os dois se beijando no sofá.

Ela sorriu e saiu da sala comunal, ia tentar arejar a cabeça.

Foi quando se deparou com Scorpius parado no corredor a encarando assim que saiu pelo buraco do retrato.

- Eu tenho que ir para ali – ela apontou para o lado direito desesperada com o coração aos pulos e começou a correr.

- Rose espera! – ele gritou correndo atrás dela.

Rose descia as milhares de escadas aos pulos.

- Não, você tem que ir – ela contestou.

- Espera! – ele voltava a gritar.

Rose corria cada vez mais rápido tentando se ver livre dele.

- Eu só quero... – ele voltou a falar tentando a alcançar – Onde está indo?

- Não é da sua conta.

- Nós parecemos idiotas!

- Eu não ligo!

Ela correu pelo térreo e saiu pela porta principal indo direto aos jardins.

- Para de correr!

- Para de me seguir!

Ela continuava a correr atraindo a atenção de vários alunos.

- Rose pare! – ele suplicou.

- Por quê?

- Eu quero falar com você!

Ela parou de chofre respirando forte e Scorpius fez o mesmo se postando em sua frente.

- Onde aprendeu a correr assim? – ele perguntou sem fôlego.

- Sabe, atualmente eu tenho pensado muito nesse momento. Qual a desculpa esfarrapada que você irá dar? Eu fui atrás de você disse que te amava e você apenas ignorou, eu imaginei tantos cenários diferentes do que aquela livraria, mas lá para mim estava perfeito, pois era a nossa cara. Eu imaginava que a partir do momento que dissesse que te amava você ia fazer juras de amor eterno e me beijaria – ela falava rápido demais – Eu sei que é ridículo, mas isso não aconteceu. Eu fiquei inventando desculpas a mim mesma dizendo que provavelmente estava acontecendo algum problema com você, para não responder as milhares de cartas que te mandei, mas eu me toquei, sabe? E eu parei de imaginar cenários e situações com você. Até que o cenário e a situação apareceram: Agora! E eu estou realmente curiosa para saber o que irá acontecer. Diga!

- Quer sair daqui? – ele olhou ao redor reparando nos alunos que os observavam.

- Não, você quer conversar então fale!

Ele respirou fundo e abriu sua mochila tirando um livro com poucas páginas de dentro, esticou seu braço esperando que Rose o pegasse e disse:

- Eu te amo...

Rose segurou o objeto tremendo com a boca entreaberta e viu Scorpius começar a andar se distanciando dela.

Ela olhou a capa da história e leu:

“Sincronicidade

Scorpius Hyperion Malfoy”

Ela virou seu olhar pasmo para o ponto que antes Scorpius estava, mas não o encontrou, ele havia sumido.

Rose virou o livro e leu o resumo atrás:

“Ele só queria provar para o mundo que suas regras e seu padrão de conduta não condiziam com ele. Ela só queria viver sua vida sem correr riscos. Ele a fez correr riscos. Ela o fez enxergar que a vida é mais do que quebrar as regras”

Ela não acreditava no que estava lendo. Scorpius havia escrito um livro e o publicou?

Ela abriu a primeira página e viu a letra arrastada do garoto:

“Os livros eram nosso sincronismo, escrevi um...

Desculpe por roubar nossa história...

Dodger”

Rose não acreditava no que lia, ele havia escrito uma historia! A historia deles em um livro?

Ela passou uma página a frente e leu a dedicatória:

“Para Rose, a única que fez meu mundo parar”

Rose sentou-se na grama e começou a ler a narração de Scorpius, viu que a história contava de fato o que havia acontecido com ela e ele, mas era do ponto de vista do sonserino. Ela descobriu que ele a observava desde o primeiro ano e notou que ela amava livros assim como ele. Rose desvendou o mistério do porque Scorpius ter chorado aquele dia da aula particular. Ele havia recebido uma carta de sua mãe falando que tinha queimado todos os livros e artefatos trouxas que encontrou em seu quarto. Só quando leu o final é que Rose enxergou o que Scorpius realmente havia feito por ela.

Ele havia mentido a McGonagall para evitar que Rose levasse uma detenção ou expulsão por terem saído do castelo, ele não havia dito que amava também pela razão de temer que a garota sofresse as consequências do que seu pai poderia fazer se descobrisse seu amor por um Malfoy. É claro que ele havia trocado os nomes, os sobrenomes, mas a história era a mesma. Mas Rose odiou o final, e como odiou. Ele havia escrito que Rose tinha tocado sua vida e se tornou uma repórter prestigiada, ele por sua vez continuou a viver sua vida sem limites, mas nunca se esqueceu dela. A última frase do livro era a seguinte:

“...O amor eterno é o amor impossível. Os amores possíveis começam a morrer no dia em que se concretizam...

Nosso amor sempre será eterno”

Rose negava com a cabeça indignada, entrou correndo no corujal e rabiscou poucas palavras em um pergaminho:

“Odeio o amor eterno...

Amanhã é minha formatura, por favor venha? É meu último pedido...

Rose”

xx

- Para dar continuidade a cerimônia de formatura – diretora McGonagall falava em frente ao pedestal para os familiares dos formandos do sétimo ano – tenho um enorme prazer em anunciar nossa oradora. Essa jovem está aqui desde seu primeiro ano, é filha de um Weasley e uma Granger que lutaram na grande guerra, ela é humilde, trabalha duro, competitiva quando precisa ser e incomparável nos seus resultados escolares. Senhoras e senhores Rose Weasley.

McGonagall sorriu olhando para Rose enquanto aplaudia como todos do salão.

- Sem choro, certo? – disse Hermione para Gina sentada ao seu lado.

- Sem choro – a ruiva confirmou.

- Vamos ficar calmas, assim não perdemos nada – Hermione continuou.

- Lágrimas atrapalham a visão – Gina continuou.

- Aí agente perde as coisas – a morena concluiu.

- Então não vamos chorar.

- Sem choro.

- Psiu! Querem ficar quietas – Rony reclamou ao lado – Rose irá falar, e vocês duas já estão mesmo chorando.

Rose estava nervosa suava mais do que devia dentro de sua beca, estava parada de frente ao pedestal principal do grande salão de Hogwarts. As quatro grandes mesas haviam sumido e várias cadeiras foram colocadas no lugar para os familiares dos formandos sentarem e assistirem. Ela olhava para frente e viu que sua família ocupava boa parte das cadeiras do salão. Procurou por alguns segundos o dono de uma cabeleira loira, mas não o encontrou. Fechou os olhos e suspirou com a varinha apontada para sua garganta, estava na hora de seu discurso, só torcia para que Scorpius estivesse ali e pudesse ouvi-la.

- Diretora McGonagall, professores, companheiros estudantes, familiares e amigos, bem-vindos – Rose começou seu discurso lendo um papel no pedestal – Nunca pensamos que esse dia chegaria, rezamos para que chegasse logo, riscamos os dias no calendário, contamos as horas, minutos e segundos e agora que chegou, me arrependo disso porque significa que terei de deixar amigos que me inspiraram e professores que foram meus mentores, tantas pessoas que afeiçoaram minha vida e de meus companheiros estudantes de forma impenetrável e para sempre – ela suspirou e virou seu olhar para frente e o viu no fundo do salão encostado em uma pilastra – Eu vivo em dois mundos. Um, é o mundo dos livros. Eu já fui judia morando na época do holocausto, cassei dinossauros ao lado do Professor Challenger, fui um detetive tentando desvendar autores e seus crimes ao lado de Hercule Poirot, passei por diversos planetas ao lado do pequeno príncipe, cometi absurdos e quebrei as regras literalmente enquanto lia “Sincronicidade”. É um mundo que vale a pena, mas o segundo é muito mais superior – ela fez uma pausa e o olhou, ele ainda permanecia parado a observando – O segundo é habitado por personagens um pouco menos excêntricos, mas muito mais reais, feitos de carne e osso, cheios de amor, que são minhas principais inspirações para tudo. Meus avós paternos, meus avós maternos, meus tios e tias por parte de pai, meus primos e meu irmão, são gentis honrados, sempre pessoas generosas, às vezes certinhos demais, às vezes brincalhões demais, eles são meus pilares, sem os quais eu não poderia ficar em pé, e sim, preciso de muitos pilares – Rose olhou a família Weasley com sua gerações misturadas e notou que todos, sem exceção estavam chorando – Minha grande inspiração, no entanto, vem de meus pais, Ronald e Hermione Weasley. Meus pais nunca me deixaram pensar que eu não poderia fazer o que quisesse fazer ou ser o que quisesse ser. Apesar de meu pai me proíbir de namorar antes dos trinta anos e minha mãe o repreender por isso.

- Você me faz passar vergonha até no discurso da Rose – sussurrou Hermione a Ronald com a voz chorosa.

- Psiu – ordenou ele olhando para a filha e passando o braço pelo ombro da mulher a abraçando.

- Encheram nossa casa com amor, diversão, música e livros, ambos perseverantes em me mostrar modelos exemplares desde Jane Austen, escritora que minha mãe sempre admirou, até Mr Bean, um personagem de um programa de humor que meu pai sempre assistiu. Como eles me orientaram nesses dezoito anos? Nem mesmo eu sei, mas quero que saibam que a pessoa que eu mais queria ser era a mistura dos dois.

- Sem chorar certo? – Perguntou Rony para sua mulher com lágrimas escorrendo de seu rosto.

- Sem se debulhar em lágrimas – respondeu ela soluçando de tanto chorar.

- Obrigada pai e mãe, – ela voltou a dizer sorrindo olhando para ambos – vocês são minha orientação para tudo – Rose engoliu em seco estava na hora das últimas palavras – Quero agradecer a você Dodger – ela olhou para Scorpius – Você me guiou nestes últimos meses para lugares que eu jamais imaginaria existir, me fez cometer loucuras e achar razão para coisas absurdas mesmo eu nunca querendo encontrar, me fez perceber que a vida é além de leitura e uma existência perfeitinha, me fez ver que a adrenalina e aventura fazem bem ao coração – ela dizia o encarando o tempo inteiro e Scorpius começou a caminhar devagar em direção ao palco – Me fez acreditar que amores impossíveis são eternos e de fato são – ela discursava com a voz chorosa – Mas eu posso te confessar uma coisa? – Rose questionou e prosseguiu assim que viu a cabeça de Scorpius balançar positivamente – Quero que nosso amor se concretize e pare de ser eterno – ela enxugou as lágrimas e olhou para frente respirando fundo – Obrigada.

Todos começaram a aplaudir enquanto Rose descia do palco e ia de encontro a Scorpius que a esperava no pé da escada.

- Quem que é esse Dodger? Não é aquele Peter babaca que a Rose namorava, não é?

- Eu não sei, Ronald – respondeu Hermione erguendo a cabeça tentando ver o que Rose estava fazendo.

- Mostrou que é uma digna grifinória hoje – Scorpius comentou sorrindo passando os braços pelo ombro dela.

- Não acredito que escreveu um livro – ela disse ainda chorando – Mas eu odeie o final sabe? Podemos escrever outro?

Ele concordou com a cabeça e a beijou. Estavam escrevendo um final mais apropriado à historia de ambos, e quem ligava se o amor deles deixava de ser eterno?

- Eu não acredito que aquele moleque está beijando minha filha! – gritou Ronald tentando desviar da mulher que o impedia de ir separar os dois.

- Ronald! Maldições imperdoáveis te mandam a Azkaban se acalme!

- Roniquinho – gritou George chegando perto do irmão – Parabéns! Vai ser parente do Draco.

- Parente do Draco – disse Rony se dando conta do fato antes de cair no chão desmaiado.

- Rony! – gritou Hermione se abaixando acudindo o marido.

- Hugo – sussurrou Lily ao lado do primo vendo a reação de vários tios seus – Acho melhor não contarmos ainda que estamos namorando.

- Concordo plenamente – Hugo disse observando o pai.

Rose sorriu com os lábios de Scorpius ainda grudados nos seus e disse:

- Faz idéia do que está acontecendo agora? Você, um Malfoy, está beijando eu, uma Weasley, na frente de todos os Weasley’s, os Grangers’s, os Potter’s, e as outras famílias agregadas.

Ele suspirou sorrindo e respondeu:

- O que posso fazer? Amo “viver sem limites”.

No fim a história deles só estava mesmo começando.


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Notas finais do capítulo

N/B: Fic baseada em GG, um seriado que nunca assisti, mas vou falar uma coisa, esse último capítulo ficou PERFEITO!!!!
Em todos os sentidos, eu quase chorei, eu ri um bocado com Hermione chorando e Rony fazendo "Psiu", mas depois a abraça e ele mesmo acaba chorando...
Lindo, lindo e lindo...
Ou quando o George diz "Roniquinho, parabéns, você será parente de Draco!" hahaha, ri demais!!!
E a frase do Scorpius então? "Amo viver sem limites"
E ai meu Deus, o livro, que coisa mais LINDA.
E Hugo e Lily então? Decidindo não falarem sobre o namoro por um tempo pelo modo que a família estava reagindo...
E... Ah, bem, vou me calar, a fic ficou simplesmente perfeita, perfeita e perfeita.
Te adoramos Dodger!
E uma coisa eu digo, eu amei, amei e amei ser a beta dessa história! Muito obrigada Winnie por me dar uma honra tão grande! Muito obrigada a todos que leram, pois "Sincronicidade" vale por todo o carinho que vocês deram lendo a história dessa grande escritora, beijos a todos e a você Winnie, que merece todos os elogios possíveis.

N/A: ahhhhhhhhhhhhh minha beta me matou...Então leitores lindos a minha maior tristeza de Gilmore Girls (mentira é ela não ter ido a Harvard) é a Rory não ter ficado com o Jess no seriado (sou total literati)... O discurso da Rose boa parte foi tirado do discurso de formatura da Rory em GG, e confesso que chorei a primeira vez que assisti porque a relação de mãe e filha da Lorelai e da Rory é a melhor de todas (eu sou difícil de chorar acreditem).
A o nome da fic foi desvendado no último capítulo, sim o Scorpius escreveu um livro, e olha que ele não tinha grandes ambições... No seriado o Jess escreve um livro por causa da Rory com o titulo “The Subsect”
Enfim eu só queria agradecer vocês por terem acompanhado essa minha primeira Long (que não foi tão longa assim) de Rose e Scorpius, mas preciso dizer que ela provavelmente será a última, pela minha falta de tempo (ser adulta é uma merda acreditem)... Nunca vou dizer que não vou voltar a escrever, mas por enquanto é totalmente inviável...
Enfim deixem um comentário dizendo do que acharam da fic?

Beijinhos e obrigada por acompanharem.