Enemies do Not Kiss escrita por Yuuki_Cereja, Milky_Potter


Capítulo 3
If Solving




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Alguns alunos sorriram, animados. Outros, por sua vez, só concordaram sem muita vontade. Hermione Granger estava em um canto da Estufa com Harry e Rony, e ela achou até divertido o que iriam fazer, pois estava realmente ansiosa para ver Ronald errar.

                                                                                                                                 

Harry, porém, só estava um pouco ansioso, não tinha absoluta certeza se poderia praticar este feitiço com tão boa precisão, sua concentração não andava muito ligada aos estudos desde que reatara o namoro com Gina, mas poderia fazer um esforço.

- Muito bem, muito bem, peguem as varinhas e se posicionem diante da sua planta, por favor. - Lhes dizia a professora. Todos os alunos repetiram o ato que ela vos falava. - Agora, se concentrem. Olhem bem para a sua planta, e não fiquem muito perto senão elas arrancam o seu braço. Diga a ela o que querem que ela diga e repita Falidus Carnivorus!

Agora eles sorriam, totalmente animados, todos, a Granger endireitou o corpo e disse à sua planta.

- Diga: Hermione Granger é a melhor. Falidus Carnivorus! - E o pequeno ramo verde abriu o que parecia ser uma boca e repetiu o que a castanha havia lhe dito utilizando o mesmo tom de voz que ela própria utilizara.

Hermione sorriu vitoriosa. Tinha conseguido mais uma vez, como sempre. Harry tentou a primeira vez, não conseguiu. Tentou a segunda, e viu a planta dizer algo. Não foi tão bom, mas já era uma começo. Rony teve muitas dificuldades, não conseguia de jeito nenhum fazer a planta falar.

A amiga, por sua vez, se ofereceu para ajudá-lo posicionando-se ao seu lado.

- Já lhe disse isso uma vez Rony, gira e sacode. Não é tão difícil. - Ela riu dele, que estava mau-humorado.

- Odeio Herbologia! De que adianta saber algo a mais, algo a menos sobre plantas? Planta carnívora idiota! - Sussurrava ele para que só Hermione ouvisse.

- Tente outra vez.

- Certo. Falius Carnivorus! - E a planta começou a dizer algo sobre o Weasley ser o cara mais bonito de Hogwarts. Mais adiante, algo chamou sua atenção.

Draco Malfoy parecia estar tendo problemas também. Pronunciava o feitiço mas nada acontecia, muito embora estivesse pronunciando corretamente. Aquilo instigou Hermione, até por que ele havia aceitado ser o namorado dela e talvez já estivesse na hora de começar a fingir.

Lentamente, sem que os outros percebessem, ela foi se aproximando do louro. O que não passou despercebido por Harry e Ron, que se limitaram a observar os próximos atos da amiga.

- Precisa de ajuda? - Perguntou Hermione já surgindo atrás de Draco. Ele levou um breve susto pois pensou que ninguém estava prestando atenção nele; todos estavam muito ocupados com suas próprias plantas falantes.

- Acha que consegue? - Ela o olhou como se tivesse dito ''Óbvio'' - Ah é, esqueci com quem estou falando. - E ele lhe deu a chance de prosseguir.

- Muito bem, você só tem de se concentrar. Está concentrado? - Ele assentiu. - Agora me dê sua mão direita, - Ela passou para o lado direito dele e pegou sua mão que já segurava a varinha e apontou para a erva. - Agora repita o feitiço. - Ele fez o que ela pedia mas nada aconteceu.

- Mas... O que?

- Não estava concentrado Draco. Precisa se concentrar. - O jeito que ela disse lhe lembrou a própria professora Sprout.

- Acho que isso fica meio difícil quando você está segurando a minha mão. - Ele sussurrou e apenas Hermione ouviu. Ela percebeu o que estava fazendo e ficou constrangida, soltando a mão dele e corando.

- Certo. - Ele agora fazia como ela havia lhe ensinado e terminou por acertar nas últimas tentativas. - Viu como não é difícil?

- É, mas... Já percebeu que estão olhando pra nós, Granger? - Só agora ela se dera conta de que ela falar perfeitamente bem com Malfoy e ele tratá-la como uma igual era algo que todos esperavam que nunca fossem viver para ver.

A aula tinha acabado de terminar e todos os estudantes já se dirigiam para fora da estufa, para voltar ao castelo. Mas sem retirar os olhos dos dois. 

- Ignore-os. Me siga, quero falar com você. - Ela saiu, sem muita esperança de que o Malfoy iria mesmo segui-la, mas surpreendeu-se ao ver que ele continuava bem atrás dela.

- O que você quer? Já estamos atrasados, seja rápida. - Disse-lhe ele forçando-a a parar e se encostar em uma das paredes do corredor do castelo.

- Você já decidiu o que vai querer? Porque eu preciso saber antes o que é para poder começar a fingir que gosto de você. - Disse Hermione, não contendo o desprezo na voz.

- Err... Aulasparticulares.

- O que? - Ela não entendeu, mas sabia que aquilo deveria causar muita vergonha para ele.

- Eu disse aulas particulares. Bah! Você me perguntou naquele dia o por que de tantos livros sobre Poções e Herbologia. Bem, esta é a resposta. Mesmo no ano passado, eu não era um aluno excepcional. E agora... Eu preciso mesmo de ajuda.

Ela olhou em seus olhos e viu a sinceridade. Ele não estava mentindo, fora que, eles não podiam começar a namorar do nada. Então, se começasse a dar aulas particulares para ele, em uma semana talvez ela já pudesse anunciar o namoro deles. Mas, primeiro eles teriam de ser visto juntos, se abraçando e tudo o mais, para ficar mais verdadeiro.

- Certo. Mas antes... Precisa ficar totalmente convincente. Por isso, é melhor você parar de me chamar de sangue-ruim, porque você não é melhor do que eu, e muito menos de Granger. Me chamo Hermione, fique você sabendo. 

 Ela tinha um ar irritado, e ele se divertia, fazendo o máximo esforço para não sorrir.

- Fechado. E já que você quer assim, pode me chamar somente de Draco, mas sem muitas intimidades ouviu? E eu já até decidi como eu vou terminar com você. - Ele sorriu de uma forma debochada que só ele conseguia fazer.

- Espere ai, você que vai terminar comigo? Isso não é justo. -  Ela cruzou os braços e sua raiva era tanta que ela cravou as unhas compridas no próprio braço, sentindo a dor latejante, mas mesmo assim não parou.

- A vida não é justa, Hermione. - Disse Draco, ele pronunciou o nome dela pausadamente como um sussurro, e os olhos azuis, a imensidão azul como lápis-lazúli, encontrou os olhos castanhos de Hermione.

Os castanhos estavam semi-serrados, mas ao fitar por algum tempo os perfeitos azuis dos olhos dele como o mar, ela se perdeu. Perdeu-se e encontrou-se novamente, com ele. Hermione nunca tinha reparado tão de perto nos olhos dele, e pela primeira vez que o fazia, esqueceu-se de todo o resto.

- E também - A voz dele entrando pelos ouvidos a fez acordar novamente para a realidade. - se for eu a terminar com você, talvez ele venha consolá-la e vocês possam voltar a ser um casal. - Ele sorriu fracamente e ela assentiu. Até que ele não era de todo um inútil.

- Voltem para as salas de aula seus moleques imundos! – Os gritos irritantes de Filch enchia o corredor. - Chega de…! – Ele continuaria a insultar todos os alunos que ainda estivessem presentes no corredor, o que incluía somente a Hermione e Draco, mas a diretora McGonagall o silenciou.

- Muito bem, o que ainda fazem no corredor, Srta. Granger e Sr. Malfoy? Já deveriam estar na sala de aula, vão. Sr. Filch pode voltar a seus afazeres. - Com isso, ela se retirou. Filch ainda os olhava com ódio, que se eles se aproximassem, poderia estrangulá-los com as próprias mãos.

Sem dizer mais uma palavra se quer, o louro e a castanha seguiram para a sala de aula já preparando uma bela desculpa pelo seu atraso.

O dia passara rapidamente, e Hermione e Draco não ousaram conversar novamente durante o intervalo das aulas. É claro que, ela começara a evitar também Ronald e Harry, para evitar perguntas posteriores.

Mas era completamente inevitável, praticamente toda Hogwarts já sabia que estava acontecendo alguma coisa entre os dois. Não que suspeitassem de um possível envolvimento, preferiam nem considerar a hipótese, mas não queriam uma grifinória e um sonserino juntos, nem como amigos.

Um preconceito ridículo, segundo Hermione, mas agora que já notavam a aproximação repentina deles, não tinha mais como voltar atrás.

- E então Hermione, mal termionou com o Rony e já está de olho no Malfoy? Isso é traição sabia? - Simas estava sentado de frente para ela no Salão Comunal para o jantar. As cicatrizes no rosto dele lhe lembravam de como havia sido difícil vencer a guerra contra Voldemort. Um episódio de sua vida que agora ela preferia esquecer.

- Nós não estamos mais juntos, então não estou traindo ninguém. - Ela disse em alto e bom som para que o Weasley do lado de Simas ouvisse.

- Não quis dizer contra o Rony, quis dizer contra toda a Grifinória. Ele já tentou nos matar! Estava do lado dele. - E Hermione sentiu um calafrio percorrer-lhe o corpo. Ela sabia muito bem que Draco havia lutado ao lado de Voldemort e esse era um fato inegável.

- Não é que eu o esteja defendendo, mas ele mudou. - Ela disse baixinho, e Gina que estava a seu lado completou.

- E mesmo que ela estivesse com ele, que mal há nisso? Ela é de maior, ele também, e se eles quiserem ficar juntos ninguém poderá interferir. - Disse a ruiva.

- Até você Gina? - Perguntou Rony, que se manifestava pela primeira vez desde o início da conversa. - Hermione, não estou querendo mandar na sua vida, mas você sabe muito bem tudo o que nós passamos por causa dele, principalmente você. - A última parte saiu em sussurros.

Ela viu passar novamente flashs em sua cabeça dos momentos agonizantes que passara na mansão dos Malfoy, de como foi horrivelmente torturada sem chance de defesa. Ela se encolheu.

- Mesmo assim Rony, - Começou o amigo, Harry, que tinha a expressão séria. - Eu concordo com a Gina, eles já são de maior e você não tem o direito de interferir. E além disso, ele não estão namorando nem nada, ela só quis ser gentil. Deixem de ser paranóicos, sabem como as pessoas gostam de falar. – E com esse último comentário, ele saiu, acompanhado por Gina.

- Obrigada Harry. - Hermione conseguiu proferir. – Harry olhou para trás e sorriu para a amiga.

- M-Mas... - Ronald tentava dizer mas a Granger já havia se retirado, deixando-o sozinho.

- Você está perdendo ela cara. – Disse Simas ao ruivo, que apenas virou-se em sua direção e lhe lançou um olhar mau-humorado.

- Ah, vai cuidar da sua vida! – Conseguiu proferir.

Hermione continuava dando passos lentos e arrastados em direção ao dormitório feminino. Queria, não, ela tinha que suportar as lágrimas. Mas uma cena a deixou muito mais perplexa do que a que se passou instantes atrás.

Harry e Gina se beijando na sala da Grifinória. ''Eles são rápidos'' pensou. E o que viu ali, só aumentou a sua vontade de chorar. Harry a beijava tão apaixonadamente, era lindo. Gina também não ficava para trás, ela envolvia suas mãos em volta da nuca dele e o correspondia com a mesma empolgação que ele.

Naquele instante, lembrou-se de como era quando Ron a beijava. Não sabia se era da mesma forma apaixonada de Harry, ou se ele apenas a beijava, sem muitos detalhes. Então, sem fazer o menor ruído ela continuou seu caminho em direção ao quarto, os dois nem perceberam a chegada dela mesmo.

Chegou ao quarto e fechou a porta atrás de si. Então sentou-se em sua cama perfeitamente arrumada, com um cobertor invisível, e deixou as primeiras lágrimas cortarem seu rosto.

Toc Toc. Ouviu as batidas na janela de vidro. Virou-se enxugando as lágrimas e viu uma coruja completamente negra dando bicadas no vidro.

Nela tinha um pequeno pedaço de pergaminho endereçado a ela. Hermione destrancou a janela e deixou que a coruja entrasse, que voou por cima dela despejando o bilhete em suas mãos, para depois sair pelo mesmo local em que havia entrado.

Tirou a fina fita verde que a enrolava e abriu o pergaminho.

                Granger Hermione,

        Não consegui falar com você pessoalmente. Parece que a ligeira idéia de estarmos juntos faz a escola ficar maluca! Mas acho que você já sabe.

 Bem, faremos o que combinamos amanhã a tarde as 15h, na biblioteca. Não se atrase.

                                                                                                     D.M

E ela sabia bem quem era D.M. E parecia também que ele já estava bem conformado com a idéia de ser seu namorado. Bem, talvez a necessidade de aprendizado fosse tanta que o levasse a concordar com essa idéia maluca de causar ciúmes em Ronald.

Bem, em uma coisa ele tinha razão. A escola estava louca, todos da Grifinória pareciam ter raiva de Hermione por ela agora ser ’’amiga’’ de Draco. Isto é, por enquanto, imagina quando ela dizer a todos que estão namorando? Vão matá-la no banheiro feminino.

O que eu estou fazendo? Será que as coisas podem ficar pior? , pensou ela, caindo de bruços na cama e se deixando mergulhar em trevas.

Continua... 

                                      


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Notas finais do capítulo

Ufa! Quase que sse capítulo não sai. Não me culpem, culpem a meus pais que me OBRIGARAM a passar uma semana inteira em um interior esquecido pelo resto do mundo. Sem computador, telefone - q lá não funciona - e TV! - Lá até tem, mas não é com Sky.

É duro. Mas enfim, o capítulo foi postado e esse ser grande O/ Iria ser maior, mas se eu fizesse os capítulos muito grandes a fic iria acabar em cinco capítulos. Bem, espero que tenham gostado.

Críticas/Elogios/NovasLeitorasSeApresentando pelas reviews !

Beijinn ♥