Como Começou? escrita por Voliveira
Pela manhã, tomei café no quarto, depois disso comprei algumas coisas e montei uma cena de crime para ser algo divertido para os alunos, coloquei catchup em cima de um boneco, e espalhei pegadas pelo local e fiz a antiga técnica de achar digitais com limão e alguns ingredientes, que revelavam digitais em objetos e depois de tudo feito, os alunos chegaram.
GG: Quero que vocês se dividam em grupo.
Esperei com que todos formassem grupos sem nenhuma dificuldade, mas logo notei que Sara estava sozinha e com o rosto ainda cortado.
GG: Sara, eu faço dupla com você, mas não vou lhe dar nenhuma dica.
Alguns alunos riram após descobrir o caso, o sangue era bem falsificado, catchup nunca foi muito bom para fazer sangue, mas estava quebrando o galho, e Sara, ela ganhou um prêmio no final havia descoberto muito bem o caso. Quando você não consegue entender o porquê do que está sentindo, que tal entender como aquilo tudo começou?
No final de tudo ela me procurou.
SS: Grissom, olha precisamos... Falar sobre... - as palavras não saíam.
Os corpos de ambos estremeceram, mas ele não tinha força para fazer nada, olhou para os lados e a abraçou, como se nunca mais fosse a ver.
And You'll be in my heart
E você estará em meu coração
Now and Forever Long This Day On
Agora e para sempre
Noutro dia, ela me convidou para sair na parte da tarde, já que por causa de coisas pessoais o diretor, havia cancelado a aula. O lugar era agradável, tinha uma paisagem linda e era legal.
GG: O que vai comer?
SS: Depende do que você vai pedir.
GG: Ok, vou tomar um café.
SS: Eu fiz algo errado?
Ela havia notado que eu estava mais sério que o normal, todos os dias ali tinham sido muito bons, mas estar ali com ela, estava sendo perturbador.
GG: Não. Podemos ir a algum lugar, um pouco distante.
SS: Acho que sim.
Levantamos dali, antes que o garçom nos servisse, quando notei que estávamos bem longe, tentei respirar mais calmamente.
SS: Grissom, eu...
GG: Não importa o que seja... – falei meio hesitante, se aproximando um pouco mais dela.
Nossos lábios estavam cada vez mais próximos um do outro, conseguia sentir o quanto meu coração estava acelerado, podia sentir que se continuasse com aquilo poderia me machucar.
SS: Isso é meio louco...
GG: É loucura.
Nossos lábios finalmente se tocaram. O Beijo foi calmo e delicado. Eu estava mantendo uma de suas mãos no rosto dela, enquanto a outra segurava uma das mãos de Sara, ela estava ofegante, nervosa e seus lábios estava tremendo, no mesmo momento me arrependi.
Voltei meus lábios ao dela, sabia que mesmo que estivesse arrependido não conseguiria voltar atrás, estava sentindo a necessidade de senti-lá, mas eu não iria adiante com aquilo, seria apenas um beijo, nada mais. Quando finalmente me afastei, mantive sua mão na minha.
GG: Você está bem? – perguntei.
Seus lábios continuaram trêmulos.
SS: Não era como eu imaginava.
Apertei um pouco sua mão, como se pedisse uma explicação para o que ela acabara de falar.
SS: Nunca beijei com essa sensação, eu... Gosto mesmo de você.
Voltei minha mão ao seu rosto e a beijei novamente, estava aflito com aquilo, ela ainda estava confrontando meus lábios, estava tentando resistir aquilo, mas não conseguia, eu estava preso a ela, assim como ela estava presa a mim.
SS: É melhor a gente ir embora.
Sua mão ainda estava trêmula.
GG: Tente se acalmar, ok?
Ela balançou a cabeça e depois de um tempo a deixei em frente ao seu quarto e fui para o meu quarto, eu precisava adormecer para esquecer tudo aquilo, não podia correr com as coisas.
Tomei o café da manhã no refeitório e não a encontrei por ali, depois fui para a biblioteca e li sobre alguns insetos, quando voltei para almoçar, ela estava sentada lá, distante de todos, com seu rabo de cavalo, estava rodando o liquido dentro do copo com o dedo, enquanto sua cabeça estava apoiada na outra mão, ela parecia pensativa, andei em sua direção e a chamei:
GG: Sara! Sara!
Ela olhou para mim e saiu dali, a velocidade que parecia correr estava me deixando tonto, mas eu não a deixaria ir muito longe, entrei em um corredor que levava para o pátio mais rápido e antes que ela conseguisse fugir, segurei seu braço.
GG: Me escuta, precisamos conversar.
SS: Isso não está certo, Grissom.
GG: Podemos sair daqui? Não vai acontecer nada, eu prometo.
Ela afirmou com a cabeça, enquanto nos afastamos de todos os olhos curiosos, andamos durante algum tempo em um total silêncio.
SS: O que você quer?
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