Como Começou? escrita por Voliveira


Capítulo 4
Capítulo 4




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Pela manhã, tomei café no quarto, depois disso comprei algumas coisas e montei uma cena de crime para ser algo divertido para os alunos, coloquei catchup em cima de um boneco, e espalhei pegadas pelo local e fiz a antiga técnica de achar digitais com limão e alguns ingredientes, que revelavam digitais em objetos e depois de tudo feito, os alunos chegaram.

GG: Quero que vocês se dividam em grupo.

Esperei com que todos formassem grupos sem nenhuma dificuldade, mas logo notei que Sara estava sozinha e com o rosto ainda cortado.

GG: Sara, eu faço dupla com você, mas não vou lhe dar nenhuma dica.

Alguns alunos riram após descobrir o caso, o sangue era bem falsificado, catchup nunca foi muito bom para fazer sangue, mas estava quebrando o galho, e Sara, ela ganhou um prêmio no final havia descoberto muito bem o caso. Quando você não consegue entender o porquê do que está sentindo, que tal entender como aquilo tudo começou?

No final de tudo ela me procurou.

SS: Grissom, olha precisamos... Falar sobre... - as palavras não saíam.

Os corpos de ambos estremeceram, mas ele não tinha força para fazer nada, olhou para os lados e a abraçou, como se nunca mais fosse a ver.

And You'll be in my heart

E você estará em meu coração

Now and Forever Long This Day On

Agora e para sempre

Noutro dia, ela me convidou para sair na parte da tarde, já que por causa de coisas pessoais o diretor, havia cancelado a aula. O lugar era agradável, tinha uma paisagem linda e era legal.

GG: O que vai comer?

SS: Depende do que você vai pedir.

GG: Ok, vou tomar um café.

SS: Eu fiz algo errado?

Ela havia notado que eu estava mais sério que o normal, todos os dias ali tinham sido muito bons, mas estar ali com ela, estava sendo perturbador.

GG: Não. Podemos ir a algum lugar, um pouco distante.

SS: Acho que sim.

Levantamos dali, antes que o garçom nos servisse, quando notei que estávamos bem longe, tentei respirar mais calmamente.

SS: Grissom, eu...

GG: Não importa o que seja... – falei meio hesitante, se aproximando um pouco mais dela. 

Nossos lábios estavam cada vez mais próximos um do outro, conseguia sentir o quanto meu coração estava acelerado, podia sentir que se continuasse com aquilo poderia me machucar.

SS: Isso é meio louco...

GG: É loucura.

Nossos lábios finalmente se tocaram. O Beijo foi calmo e delicado. Eu estava mantendo uma de suas mãos no rosto dela, enquanto a outra segurava uma das mãos de Sara, ela estava ofegante, nervosa e seus lábios estava tremendo, no mesmo momento me arrependi.

Voltei meus lábios ao dela, sabia que mesmo que estivesse arrependido não conseguiria voltar atrás, estava sentindo a necessidade de senti-lá, mas eu não iria adiante com aquilo, seria apenas um beijo, nada mais. Quando finalmente me afastei, mantive sua mão na minha.

GG: Você está bem? – perguntei.

Seus lábios continuaram trêmulos.

SS: Não era como eu imaginava.

Apertei um pouco sua mão, como se pedisse uma explicação para o que ela acabara de falar.

SS: Nunca beijei com essa sensação, eu... Gosto mesmo de você.

Voltei minha mão ao seu rosto e a beijei novamente, estava aflito com aquilo, ela ainda estava confrontando meus lábios, estava tentando resistir aquilo, mas não conseguia, eu estava preso a ela, assim como ela estava presa a mim.

SS: É melhor a gente ir embora.

Sua mão ainda estava trêmula.

GG: Tente se acalmar, ok?

Ela balançou a cabeça e depois de um tempo a deixei em frente ao seu quarto e fui para o meu quarto, eu precisava adormecer para esquecer tudo aquilo, não podia correr com as coisas.

Tomei o café da manhã no refeitório e não a encontrei por ali, depois fui para a biblioteca e li sobre alguns insetos, quando voltei para almoçar, ela estava sentada lá, distante de todos, com seu rabo de cavalo, estava rodando o liquido dentro do copo com o dedo, enquanto sua cabeça estava apoiada na outra mão, ela parecia pensativa, andei em sua direção e a chamei:

GG: Sara! Sara!

Ela olhou para mim e saiu dali, a velocidade que parecia correr estava me deixando tonto, mas eu não a deixaria ir muito longe, entrei em um corredor que levava para o pátio mais rápido e antes que ela conseguisse fugir, segurei seu braço.

GG: Me escuta, precisamos conversar.

SS: Isso não está certo, Grissom.

GG: Podemos sair daqui? Não vai acontecer nada, eu prometo.

Ela afirmou com a cabeça, enquanto nos afastamos de todos os olhos curiosos, andamos durante algum tempo em um total silêncio.

SS: O que você quer?


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