Começamos a falar sobre diversos assuntos diferentes e o tempo passou mais rápido do que o costume. Fui para aula e o número de alunos tinha aumentado principalmente em meninas, não era uma coisa na qual prestava muita atenção, mas os outros professores começaram a brincar comigo, sobre essa questão. Mas foi em uma noite em que resolvi ir para cidade que tudo ficou mais confuso, estava a comprar algumas roupas novas quando vi uma moça com rabo de cavalo ser atropelada ralando apenas o braço, estava cansado demais para correr, mas fui até ela para lhe dar uma ajuda, segurei seu braço e o vi todo ralado.

SS: Me solta – disse ela gritando.

Seus joelhos haviam batido no carro, estavam inchados e ela estava mancando, mesmo assim a segurei de novo e só quando nossos olhos se encontraram deciframos quem era quem...

SS: Grissom?

Ela não teve tempo de falar mais alguma coisa, seus joelhos se enfraqueceram e ela quase caiu, a amparei antes que seu corpo chegasse ao chão. O homem que a atropelou desceu do carro.

##: Moça, você está bem?

GG: Eu tomo conta a partir daqui.

##: Você é o pai dela?

A minha vontade era acertar aquele cara com toda minha força, mas sabia que esse não era o certo a fazer.

GG: Sou um... amigo.

Parei um táxi e pedi para que nos levasse para a universidade, Sara entrou devagar parecia muito vulnerável com aquela situação, o táxi correu o máximo que podia e quando chegamos na universidade, Sara pediu que a levasse para seu quarto, mas não o fiz, a levei correndo para meu quarto. Quando chegamos lá, ela sentou na ponta da cama, enquanto eu me agachei para olhar melhor seus joelhos.

SS: Ai.

Olhei para seus olhos e percebi um corte na sua testa.

GG: Eu vou cuidar de você, deite-se.

Ela me olhou como se tivesse se interrogando, só então entendi que o fato de ela estar no meu quarto e deitada em minha cama, não seria uma boa idéia. Peguei dois sacos de gelo e amarrei nos seus dois joelhos, peguei uma pomada e passei sobre seu braço, depois ergui minha mão para passar em seu rosto, mas assim que encostei a dor fez com que ela se afastasse.

SS: Está doendo.

Sorri.

GG: Vou devagar dessa vez, se doer eu paro.

SS: Ta.

Ela balançou a cabeça e esperou com que meu toque chegasse ao seu rosto, passei a pomada sobre o machucado, assim que terminei minha mão deslizou sobre seu rosto e me levantei sentando ao seu lado.

GG: Você está bem?

SS: Melhor agora.

GG: A dor passou?

SS: Mais ou menos.

Eu queria poder toca-lá de alguma forma, senti-lá como se estivesse ali.

A ajudei a se levantar e ela se apoiou em mim, a levei até seu quarto e quando bati na porta, uma moça de cabelos louro mel, olhos verdes a atendeu.

RN: Sara? O que aconteceu?

SS: Eu fui atropelada e o professor Grissom me ajudou.

A jovem me ajudou a levar Sara para dentro do quarto, a deitei na cama e fiquei a olhando.

GG: Coloque gelo no inchaço.

RN: Senhor Grissom, eu tenho que encontrar meu namorado agora, depois a gente conversa.

Ela se virou para Sara.

RN: Você vai ficar bem sozinha?

SS: Vou.

Acompanhei a jovem sair pela porta com os olhos, e depois me virei para Sara, ela fez sinal para que eu fosse até ao lado, me sentei na ponta da cama.

SS: Obrigado.

Ela sorriu.

GG: Você é linda.

Levantei da cama e me direcionei para a porta, Sara ainda estava confusa.

SS: Grissom!

Me virei para encara - lá e ela parecia estar confusa, mesmo assim repetiu o ato, bateu a mão sobre a cama, como se pedisse para eu ficar ao seu lado, mas eu não podia continuar com aquele assunto, pela primeira vez em toda minha vida, alguém estava conseguindo me deixar sem controle, abri a porta e ela repetiu meu nome.

GG: Eu preciso ir.

SS: Podemos conversar?

Era como se ela soubesse que estava evitando-a para não ter problemas.

SS: Grissom! Por favor, fique.

GG: Até mais, Sara.

Me dirigi para o quarto andando o mais rápido que podia, precisava sentar em algum lugar e respirar, um pouco, fui para meu quarto e tomei alguns copos de água, Mark apareceu com um grande sorriso no rosto, começou a falar sobre várias coisas e aquilo fez com que minha mente voasse longe de Sara, depois de longas horas de conversa, adormeci.