The Secret Life Of Rachel Berry escrita por LivDunham


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Demorei um poukinho mas ta ai.
Enjoy :D



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Capítulo 3

Final de semana. Dia de acordar as 12h00min, sair com os amigos, assistir um filme tomando uma cerveja... Não para Rachel. Ela estava acostumada a acordar cedo todos os dias, normalmente ela teria um pequeno torneio de paintball com o pessoal do escritório ou ela iria assistir a um filme. Como estava em Lima, ela não tinha muitas opções, resolveu manter a boa forma correndo.

A morena vestiu um short preto curto, uma camiseta vermelha e calçou um tênis branco e pegou seus óculos de sol. Ela pegou uma maça na cozinha, prendeu o Ipod e o celular na braçadeira de corrida e saiu para queimar calorias.

Enquanto corria, não parava de pensar em Quinn. Ela e a loira estavam cada vez mais próximas, se sentavam todos os dias no mesmo banco do primeiro encontro. As conversas eram sobre coisas como bandas, musicas, filmes e etc. Mas de uma coisa a morena tinha certeza: Algo aconteceu no ano passado com Quinn. Ela já havia tentado conversar com outras cheerleaders e todas a trataram do mesmo jeito: slushie. Apenas Quinn era diferente.

Enquanto corria pela rua da escola, ela viu quem estava procurando desde que chegou à cidade: Alto, pele bronzeada, forte e rico. Marco Santiago. Ele conversava com um outro homem perto dos muros da escola. A agente se esgueirou por um pequeno beco de frente para o portão da escola, tirou seu celular e agradeceu a fabrica por seu telefone ter uma câmera muito boa. Ela felizmente conseguiu capturar os rostos do outro lado da rua e depois voltou para casa correndo como se nada tivesse acontecido.

Quando chegou em casa, a diva enviou as fotos para seu chefe e esperou para saber o nome e contato do outro homem. Talvez ela conseguisse algo dele.

XXX

Eram 05h30min e Rachel já havia recebido o telefonema de seu chefe. O homem com Santiago era Sandy Ryerson, ele trabalhava no McKinley até ser afastado por ser acusado de pedófila e assedio sexual com um aluno. Agora ele era um pequeno traficante do esquema de Santiago.

Dias quentes e noites frias. Assim estava o clima em Lima. Rachel preparou sua roupa para o encontro com Sandy. Ela havia o telefonado de tarde em um telefone publico e marcado um encontro atrás dos muros do colégio. Ela iria usar um sobretudo cinza, um vestido lilás com um scarpin preto e um cachecol. Para não ser reconhecida posteriormente ela fez questão de passar bastante maquiagem fazendo-a ficar branca.

A diva saiu de casa ás 06h50min e já que o ponto de encontro não era muito longe ela resolveu ir a pé. Chegando no local ela encontrou Sandy, que vestia uma calça e suéter cor azul bebê e uma blusa salmão.

__Você deve ser Sandy Ryerson. –Disse a morena.

__E Você Nicole. –Disse ele. A morena passou um nome falso, é claro. __O que você quer?

__Eu e meu namorado estamos fazendo uma festinha e resolvemos animar as coisas por lá.

__Quanto?

__5 kg. Vamos ter muitos convidados.

__Oh, eu não trabalho com tanto assim! –Disse o homem.

__E você conhece alguém que trabalha? –Perguntou.

__Sim, mas eu terei que checar com ele.

__Ótimo. Eu entrarei em contato. –Ela caminhou pacientemente até um canto e tirou os quilos de maquiagem que estava usando refazendo-a. A diva virou o sobretudo ao avesso expondo o lado preto com detalhes brancos. E caminhou calmamente em direção a uma pequena praça não muito longe de casa. Ela precisava sair, ela estava começando a enjoar de sua casa.

Enquanto caminhava procurando um banco para se sentar, ela avistou Quinn Fabray sentada em um banco. Ela se aproximou timidamente da loira que tinha vestígios de lagrimas pelo rosto.

__Quinn? –Perguntou. A outra levantou a cabeça ao som da voz familiar e deu-lhe um sorriso triste.

__Eu posso...? –A morena apontou para o banco.

__Claro. –Disse.

__Algum problema?

__Sam e eu acabamos de terminar. –Respondeu.

__Sinto muito. –Murmurou a diva sinceramente.

__Não sinta. Ele é um idiota.

__Bem feito! –Disse a diva arrancando um sorriso da outra.

__E o que você faz aqui? –Perguntou Quinn depois de alguns segundos.

__Precisava caminhar um pouco. –Murmurou Rachel suspirando. Ela olhou para a loira a perguntou:

__Está sem casaco?Você é suicida?

__Eu estou bem. –Apenas para contradizer Quinn, uma corrente de ar frio passou pelas duas fazendo a loira estremecer. Rachel a puxou pelo braço e ela aconchegou sua cabeça no ombro da garota mais baixa.

__O que você acha de tomarmos um chocolate quente? –Ofereceu.

__Só se você pagar. –Brincou a loira. As duas se levantaram e Quinn agarrou ainda mais forte o braço de Rachel tentando se aquecer um pouco. O contato fez as duas estremecerem e trouxe uma sensação como se elas se completassem.

__Vamos ao The Planet Café, não é muito longe e podemos ir a pé. Tudo bem pra você? –Perguntou Rachel. Ela havia passado uma vez no café e achou um lugar legal, reservado e parecia aconchegante.

__Tudo. Ouvi dizerem que eles têm umas cabines privadas bem confortáveis... –Disse Quinn inocentemente, mas Rachel não percebeu a inocência em sua voz. A morena olhou confusa para a loira se perguntando se ela estava insinuando algo entre as duas. Quinn rapidamente percebeu o que a diva pensou e arregalou os olhos.

__Não!Me-me desculpe, não foi isso que eu... Quis dizer. –Enquanto ela tentava se desculpar corava em um tom de vermelho brilhante. A diva suspirou divertida e riu do constrangimento da outra.

__Eu sei, eu só... esqueça isso, ok?!

__Ok.

Chegando no café, as duas se sentaram e pediram dois copos de chocolate quente. A garçonete que tinha uma cara entediada anotou seus pedidos e foi buscar a bebida.

__Você tem razão, é confortável esse lugar. Quinn, você mora aqui desde...?

__Sempre. Eu nasci nesse lugar. Minha família é toda daqui. É um pouco chato, você não pode fazer nada porque todo mundo conhece seus pais e menos de um segundo depois eles sabem o que você fez. É uma droga! –Eu ri.

__Eu tenho que me acostumar com isso, a falta de privacidade. Eu morava em Boston, então eu estava um pouco mais livre. –Boston vírgula, era New York...

__Então como era lá?Você tinha namorado, era legal...? –Vendo a hesitação da diva ela incentivou. __Ah, qual é?!Eu nunca morei em outra cidade, Lima tem sido minha vida desde... sempre!

__Ok. Err, em Boston eu era... eu. Você sabe, eu nunca fui popular ou tive muitos amigos. Eles eram um pouco... intolerantes. Não era muito diferente daqui. Mas sem os slushies. –Acrescentou.

__Oh.

__Yeah! Ao contrário de você, que sempre foi popular. –Disse Rachel. A garçonete finalmente chegou com as bebidas.

__Eu nem sempre fui popular. –Suspirou.

__Posso te fazer uma pergunta? –Hesitou Rachel. A loira assentiu bebendo sua bebida. __O que aconteceu ano passado?

__Você não sabe?Estou surpresa que não perguntou aos outros...

__Eles não são fontes tão confiáveis como você.

__Ok. É uma longa história mas eu vou resumir. Ano passado eu namorava Finn, mas Puck me embriagou e eu dormi com ele. Algumas semanas depois eu soube que estava grávida, mas eu não tinha coragem de dizer a Finn que o filho era de Puck, então eu menti. Um tempo depois Finn descobriu e terminamos. Depois das Regionais com o Glee Club, eu dei a luz e uma mulher adotou minha filha. – A diva não sabia o que dizer.

__Eu sei, é um pouco chocante. –Completou Quinn.

__Não, err,eu não sei o que dizer.

__Só de você não jogar uma pedra eu fico agradecida.

__O que? Eu nunca faria isso. Eu - deve ter sido difícil para você.

__E foi. Os alunos, apelidos, slushies... todos eles me recriminavam e minha única saída foi o Glee Club. Foram os únicos que me apoiaram. –Quinn parecia ainda sofrer um pouco relembrando os fatos. A diva pegou a mão dela que pairava na mesa e a apertou amigavelmente.

__Eu faço idéia do que você sofreu. Cidade pequena ,mente pequena. –Tomou um gole do chocolate quente.

__Éh. Você tem sorte por ter morado em uma cidade grande.

__Em parte. Eu era um pouco sozinha. As crianças não eram muito minhas fãs. –Falou a agente se lembrando de sua infância e adolescência. Depois que seus pais morreram, ela passou por bastante coisa.

__Sério? Bom, parece não mudou muita coisa por aqui. –Disse a loira. “Se você tivesse lá você saberia que mudou...” pensou a morena, mas permaneceu calada dando apenas um aceno. Ela não precisava contar a Quinn toda sua história. Aliás, ela não sabia porque ela estava contando isso pra ela. Mas de algum modo a diva percebeu que estava um pouco sozinha. Havia quase um mês que ela não conversava com ninguém, não seus amigos de New York e ela sentia muita falta deles.

As duas garotas entraram em um silêncio confortável enquanto apreciavam suas bebidas. O pequeno café estava quase vazio, apenas alguns clientes perto da entrada e algumas garçonetes encostadas no balcão.

O celular da morena vibrou em seu bolso. Mensagem. Ela o abriu curiosa e leu.

“Td bem? Qdo vc estiver livre me ligue.Saudades, Crazy B. –Sophie”

A agente deu um pequeno sorriso. Ela olhou o Crazy B. Seria uma referência a seu sobrenome Bartowsky. Elas tinham essas manias.

Quinn olhou curiosa a garota a sua frente. Ela levantou uma sobrancelha enquanto a outra guardava o celular de volta no bolso do casaco.

__Era uma amiga... de Boston.

__Hum...

__Vamos, nós podemos caminhar um pouco...

__Ok. –Sorriu Quinn. A morena pagou a conta - com um pouco de relutância da parte de Quinn - e elas seguiram para a rua. Ainda estava bastante frio e a reação imediata de Quinn foi agarrar o braço de Rachel. A sensação boa voltou e ambas puderam sentir e aprecia-la. Rachel teve uma idéia.

__Toma. –Disse ela tirando seu cachecol e entregando para a loira. Era óbvio que ela estava sentindo frio e talvez isso ajudasse um pouco. __Antes que você congele no meu braço e eu tenha que arruinar meu casaco. –Brincou.

__Obrigado. –Ela o enrolou no pescoço aspirando o doce perfume da outra. A Cheerio se sentiu completamente envolvida pelo perfume de Rachel. Ela fechou os olhos aproveitando a sensação que tomou conta de seu ser. Enquanto se envolvia mais e mais no aroma adocicado que era emanado do tecido em seu pescoço, Quinn não viu que a calçada acabou e teria que atravessar a rua, tropeçando em seus próprios pés. A morena soltou um risinho divertido sem ter conhecimento total da situação.

__Você é uma Cheerleader, pensei que tinha mais equilíbrio. –Realmente, se Quinn não estivesse agarrada no braço de Rachel ela teria levado um bom tombo.

__Eu tenho, só estava... Pensando. –Respondeu um pouco desconcertada.

__Omg! Você não consegue pensar e andar ao mesmo tempo? Qual é seu problema? Dois pés esquerdos? –Riu Rachel da outra. Ela realmente apreciava deixar Quinn desconcertada. Dessa vez ela fazia isso mais do que imaginava.

__O que? Por um acaso você está tirando sarro de mim, toco? –Devolveu.

__Quinn Fabray, pelo bem de sua vida eu vou fingir que não escutei o que você acabou de dizer.

__Por quê? O que vai fazer porteira de maquete? –Zombou se afastando da morena.

__Corra, Fabray. Se você ama sua vida, corra! –Quinn levantou uma sobrancelha desafiadoramente para a garota mais baixa que começou a correr atrás dela. A loira rapidamente se virou e fugiu. As duas corriam pela noite como duas crianças. Seus cabelos voavam descontroladamente e os sorrisos nunca deixaram suas faces. Ambas se divertiam como nunca. Rachel encontrava um pouco de dificuldade por correr de salto, mas a experiência falou mais alto. Quinn ficou impressionada vendo que Rachel corria muito bem. Ela dava seu melhor não querendo deixar a morena vencer.

Quando viraram a esquina já se cansando da corrida, Quinn parou na frente de uma casa bem grande e que tinha um belo jardim e gramado a frente e tomou um ar se apoiando nos joelhos – sua casa. A morena não conseguiu se conter e como um jogador de futebol ou um policial correndo atrás de um bandido – compare com qual quiser – ela atingiu a loira em cheio colocando seus braços ao redor dela e a jogando no gramado. Foi um tombo e tanto. As duas caíram no chão arfando do tombo e do cansaço da corrida. Quinn gemeu quando suas costas se chocaram com o chão frio.

As duas se encaram durante alguns segundos – Rachel por cima de Quinn – elas trocaram um olhar sentindo a respiração uma da outra no rosto. Perto demais.

Rachel rolou para o lado rindo. A loira também não se segurou e acompanhou a outra rindo como duas hienas.

__Aw, acho que você quebrou minas costelas. Se você entrasse para o time de futebol, seria eficiente... –Comentou Quinn pondo a mão na região dolorida.

__Me desculpe, acho que me empolguei... –Disse ainda rindo. Ela se apoiou em um cotovelo como a outra e alertou: __Essa é sua casa, porque se não for os visinhos podem nos chamar a polícia e eu sou muito nova para ir pra prisão.

__Relaxe. Eu moro aqui e não vão chamar a policia porque minha mãe não está em casa. Respire. –Disse voltando a se deitar na grama fria. Suspirou.

__Eu... Eu deveria ir, está ficando tarde. __Disse a morena depois de recobrar o fôlego. Ela se levantou e ajeitou a roupa amassada.

__Espere um pouco, eu te levo de carro. __ Ofereceu Quinn se levantando.

__O que? Não precisa, eu vou caminhando...

__Não! Você me trouxe até aqui, eu te levo. __Falou firmemente a cheerio. A morena levantou as mãos se rendendo e esperou Quinn pegar seu carro.

Elas foram o caminho todo comentando sobre as dores da queda e corrida e ouvindo rádio. Era inegável que ambas estavam tendo uma noite super divertida, e mesmo após o término com Sam e o dia um pouco frustrante de Rachel, elas tiveram uma boa noite.

__É aqui. –Rachel disse apontando para sua casa.

__Bom... está entregue!

__Obrigado Quinn, por tudo. –Disse sinceramente.

__Eu não posso dizer o mesmo. Acho que quebrei alguns ossos quando fui atacada. –Brincou. __Foi uma boa noite.

__Ok, Te vejo segunda? –Disse Rachel saindo do carro.

__Com certeza. Adeus.

E mais uma vez elas sentiram falta uma da outra. E isso era algo que elas não poderiam negar.


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Notas finais do capítulo

Reviews são o combustível!!!
Feliz Ano Novo adiantado ^^
:D



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