Living In The Sky With Diamonds escrita por Cat_Girl


Capítulo 9
Capítulo 9-Barney com anorexia


Notas iniciais do capítulo

As coisas estão ficando cada vez mais tensas...



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  Os últimos dias de verão passaram lentamente e tentei aproveitar eles ao máximo. Conheci muitos lugares pelos quais só havia visto na TV.

  A relação do meu pai e sua noiva ia muito bem. Abandonei a ideia de que ela era uma vaca. Ela realmente era uma pessoa muito agradável, xingar ela foi pura birra minha. Já a relação com o filho ela ia de mal à pior. Não que eu me importasse em progredir a relação. Eu queria mais era que ele se ferrasse. Parecia que ele havia adotado como hobby o ato de me irritar. Tentei me concentrar todas às vezes. Respirei fundo, contei até dez, massageei as têmporas. Tudo isso o fazia rir ainda mais. O pior de tudo é que nossos pais não percebiam o que se passava. Agüentei firme. Até certo dia.

  Pedi desesperadamente para meu pai que me deixasse decorar meu quarto, afinal, eu já havia feito isso antes com o meu antigo. Comprei tintas preta, lilás e roxa. Pintei as paredes do quarto de lilás e fiz desenhos em forma de notas musicais com a tinta preta. Ficou minha cara! Acabei não usando a tinta roxa. Decidi, por fim, guardá-la no porão.

  Segui em direção às escadas e ouvi vozes no andar de baixo. Provavelmente eram os companheiros de banda do Will. Eles estavam sempre por aqui, por isso já havia me acostumado com sua presença. Na verdade, eles eram até legais, oposto do líder deles. Infelizmente, o tal Pete, do segundo dia, nunca mais apareceu por aqui.

  Cheguei ao andar de baixo e eles estavam sentados no sofá, vendo algum jogo de basquete. Exceto o Beckett.

  Continuei a andar olhando a TV. Tropecei em algo e fui caindo para frente. Inevitavelmente, a lata de tinta voou de minhas mãos. Caí de cara no chão e tudo que ouvia eram risadas. Levantei rapidamente, envergonhada. Olhei para trás e vi que tropecei numa latinha de refrigerante. Virei o olhar para o lado e vi os meninos caindo na risada, mas não olhavam para mim. Estranhei. Olhei para frente e vi um Beckett coberto de tinta roxa desde a camisa até o cabelo.

 - Ih, cara! Tá parecendo uma berinjela!-disse um. Provavelmente Mike.

  - BERINJELA É O CARALHO!- disse outro. - PORRA, VÉIO!TU TÁ PARECENDO O BARNEY COM ANOREXIA! HAHAHAHAHA.

  Comecei a rir histericamente do último comentário. Beckett me encarava com uma expressão de puro ódio.

 - Des...- gargalhada - cul...pa! HAHAHAHAHA.

  Ele me pegou pelo braço e saiu me puxando para fora da casa. Ao sair, me largou e perdi todo o apoio, bati com as costas numa parede e gemi de dor. O filho da mãe me deixou sem saída, apoiando os braços na parede. Encarou-me com ódio.

 - Quem você pensa que é, hein, garota? Fazer isso, e, pior, na frente dos meus amigos?

 - Olha, sinto muito! Dessa vez foi sem querer!- falei séria.

 - Como assim “dessa vez”? Você já aprontou outra para mim além de me jogar na piscina e me bater?

  Dei um sorriso sarcástico.

 - Então foi você?

 - Eu o quê?

 - Que jogou aquela porra na minha cabeça!

  Fiquei calada. Olhei para os lados e comecei a assoviar, numa expressão de falsa inocência.

 - Maldita!- rosnou.

 - Que é? Vai me bater? - falei em tom de desafio.

  Tudo o que fez foi me encarar. Sentia sua respiração bem próxima do meu rosto e não sentia repulsa - que seria uma reação racional de minha parte. Ficamos um bom tempo assim.

 - Ei,crianças! Vocês por aqui!- Xavier surgiu de algum lugar, nos fazendo pular de susto.

  Nos viramos e Xavier arregalou os olhos ao ver o estado de William.

 - Ok, brinquem à vontade, mas não façam bagunça, ouviram? - e se retirou.

  Entrei na casa e fui seguida. Subi a escada e ouvi os gritos do resto da banda.

 -Aê Bill! Hayley Williams vai ficar com inveja do seu cabelo roxo!

  Essa foi minha vingança totalmente inesperada, deixou-me totalmente satisfeita. Beckett ficou quase uma semana com o cabelo assim. E isso, com certeza, foi parar na mídia.

  Dias depois eu resolvi conversar com minhas amigas pelo webcam.

 - Diana, como foi que o super-ultra-hiper-mega-lindo cabelo de William Beckett ficou roxo? - Boo Boo falou o nome dele com admiração.

  Contei a história.

 - Aff, Diana! Por que ce fez isso? Tá parecendo até que você ta com rancor porque no futuro ele vai me querer e não você!

 - Quê? Nossa,eu quero é distância desse garoto! Ei, sabe a diferença entre ele e uma lata de merda? A lata! - ri da piada.

  Ela parou de falar comigo depois dessa.

  Beckett teria que viajar mais cedo que o previsto e, claro, Mallorie insistiu em levá-lo ao aeroporto. Ele falou que não podia ir com ela, mas sim com a banda e blá, blá, blá. Porém, ela poderia ir num carro separado e falar com ele quando chegassem lá. Frescura. Como sempre, arrastou meu pai consigo. Eu estava pouco me lixando para ida do cortinado, mas fui obrigada a ir. Meu lindo papi prometeu confiscar meu notebook e minha amada guitarra. Não tive escolha.

  No dia da viagem, seguimos de carro para um dos vários aeroportos de LA: Bob Hope. Havia um pequeno grupo de fãs que esperavam ver a banda, provavelmente. Havia uma com um cartaz “I Love you, William”. Pobre garota. Chegamos e os rapazes já estavam lá, sentados de qualquer jeito. Todos conversavam alegremente, exceto eu. Além de não estar com vontade de socializar com ninguém, estava nervosa, pois faltavam três dias para o ano letivo começar. Já estava matriculada na Barrington High, escola que William freqüentava. Nem me perguntaram se eu queria ir para lá. Se William gostou, então todos devem gostar. Que estúpido.

  O vôo que levaria a banda para São Francisco foi anunciado e começaram as despedidas. Despedi-me de maior parte da banda - Adam, Andrew e os dois Mikes - com um aperto de mão. Eu realmente ficara amiga deles, pessoas ótimas. Por último, fiquei na frente do Beckett e lhe encarei séria, resmungando algo como um “bye”.

 - BYE? -William 1 falou alto - BYE? Vocês vão ser irmãos daqui para frente, sejam mais carinhosos. - ele colocou as mãos no ombro de cada um - Já ouviram falar em abraço? Não? Eu ensino.

  E me jogou em cima do Beckett.  Bati com o rosto em seu peito.

 - Agora faz assim. - colocou meus braços ao redor da cintura do otário e os braços dele em torno do meu pescoço.

  Que estava acontecendo? Meu pai só pode ter enlouquecido de vez. Jogar-me assim em cima do meu pior inimigo?

  Senti o perfume que ele usava, algo como sândalo. Não queria admitir, mas era muito bom. Inspirei um pouco mais o perfume que vinha dele e fechei os olhos. Os abri subitamente. Não, não podia fazer isso, eu o odeio. Não está certo.

  Ao mesmo tempo, senti uma respiração próxima do meu cabelo e uma mão se entrelaçando nele. As pontas dos dedos começaram a acariciar minha cabeça. Fechei os olhos outra vez. Uma sensação gostosa e errada me preencheu e rapidamente sumiu. Ele havia parado o cafuné subitamente, como se o mesmo pensamento que tive anteriormente o tivesse alcançado.

 - Isso, crianças! Como vocês aprendem rápido! Mas ainda falta uma coisa.

  Pegou a cabeça do Beckett e colocou do lado da minha, como se ele fosse me contar um segredo.

 - Agora você diz alguma coisa que vai concluir essa despedida e o momento fraternal de vocês. Vou até dar privacidade. – se afastou.

  O movimento que meu pai fez foi tão forte que estalou algum osso de Will, fazendo-me dar uma risada zombeteira.

 - Ahh, você tá animadinha, não é?- falou no meu ouvido. Fiquei arrepiada, uma reação involuntária. Com certeza, era repulsa por tê-lo tão perto.

 - Claro, você vai embora. Vou até fazer uma festa para comemorar.

  Deu uma risada rouca no meu ouvido. Mais arrepios.

 - Duvido, acho que você tá gostando disso. – falou e senti meu rosto ficar quente. Sorte que o rubor em peles morenas não é tão evidente.

 - Eu não! Não fui eu que fiquei fazendo cafuné no meu cabelo, foi?

  Afastou-se e olhou meu rosto. Ele estava totalmente vermelho e sem graça. Olhou fixamente minhas bochechas. Droga! Se ele prestasse bastante atenção poderia ver elas rosadas, bem de leve. Nos soltamos.

 - Isso aí crianças, assim que se faz!- meu pai parabenizou.

  Eles foram passando pelo portão de embarque em fila. Quando Beckett, que era o último, estava prestes a passar, olhou para trás e fez acenos, provavelmente para sua mãe e para meu pai. Quando seu olhar encontrou o meu, ele ruborizou outra vez e se foi. Não consegui identificar o que senti nesse momento. Talvez fosse alegria e alívio por vê-lo indo embora. Talvez...


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Notas finais do capítulo

Gente,lembrei agora que eu não tinha posto o nome do capítulo 7!kkk
Vou colocar ainda hoje,hehe.Essa minha cabeça¬¬'
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