Living In The Sky With Diamonds escrita por Cat_Girl


Capítulo 7
Capítulo 7-Show imaginário.


Notas iniciais do capítulo

Oie!Desculpem a demora!Espero que gostem!^^



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Voltei para meu quarto e imediatamente fui para o banheiro. Olhei-me no espelho de corpo inteiro e vi meu pijama completamente molhado (ainda não o havia tirado). Suspirei enquanto me despia.

  Será possível odiar tanto assim uma pessoa em tão pouco tempo? Pelas minhas experiências pessoais, eu diria que sim. Tentei pensar positivo, já que eu só teria que agüentar ele por mais três semanas, pois em breve começariam as aulas e o cabelo de cortina entraria em turnê. Ele ficaria dois meses fora, em turnê pelo estado da Califórnia. Tempo necessário para me adaptar e viver em paz.

  Eu já havia tirado a blusa do pijama e voltei ao quarto para pegar uma toalha. Feito isso, me enrolei nela. Ouvi passos pesados vindos do corredor. Beckett, igualmente molhado, passou na frente da minha porta em direção ao seu quarto, em passos furiosos. Parecia uma marcha desengonçada, fazendo-me rir da sua cara. Voltei ao banheiro e tomei um banho quente, o que foi suficiente para me acalmar. Saí debaixo do chuveiro e fui me trocar.

  Ainda precisava de algo para me ocupar. É claro que a ideia de ir fazer um social com o “maninho” estava fora de cogitação. Continuar a explorar a casa também, já que havia o risco de esbarrar com ele e acabar me irritando outra vez.

  Resolvi, por fim, ligar novamente meu notebook, meu salvador em horas de ócio como essa. Não estava com vontade de conversar com ninguém, então apenas chequei minha caixa de e-mails. Não havia nada de novo, exceto um, que havia sido mandado há pouco tempo. Era de Bruna. Eu já temia o que estava por vir.

 

Querida amiga... Aff, odeio formalidades e sei que você também não gosta. Então...

E aí vaca, tudo bem?

  Bom, eu só queria dizer que está tudo estranho sem você por aqui. Sério. E outra coisa: nossa, como você tem sorte, hein! Eu ainda não acredito que William Beckett é filho da Mallorie. Que sorte mesmo. Como é que você não está gostando? Esqueceu de tomar seu remedinho? Por acaso te deram drogas no avião? Tudo bem, esquece isso. Eu preciso de um favor seu. Me manda uma foto dele? E nem adianta me dizer para procurar no Google porque você sabe que já fiz isso.

  Você não entende... Eu preciso de algo espontâneo. Você pode até tirar uma foto dele limpando o jardim. Ou tocando violão distraído. Não, não. Normal demais. Já sei! Você pode tirar uma foto dele sem camisa! É, você sabe que eu não tenho uma assim. Se você conseguir tirar uma foto dele tomando banho eu também aceitaria de bom grado. Hehehe, já imaginou isso? Hahaha, eu já. Bom, esquece isso também.

  Amiga, por favor, faz isso por mim! Por favor! Eu preciso! Já que eu não posso morar com ele, como você, pelo menos posso ter uma foto do dia-a-dia dele, não é?

 Espero que você faça isso por mim. Por todos nossos anos de amizade. Por tudo que passamos juntas. Por favor!

Te amo, sua louca!

Beijinhos da futura senhora Beckett!

 

  Terminei de ler o e-mail sem saber o que pensar. Bruna conseguia ser tão sonhadora quanto eu. Mesmo com a chantagem emocional dela eu não podia fazer isso. É ridículo. Não vou pedir para tirar foto de alguém que eu odeio, principalmente tomando banho. É pervertido demais. Eu precisava falar com as outras meninas para saber o que estavam dando para ela beber.

  Estava prestes a responder o e-mail quando ouvi vozes. Fui ver de quem eram. Andei lentamente pelo corredor, como uma fugitiva. A primeira era fácil reconhecer, Beckett. Resmungava algo para alguém, e essa pessoa ria do que ele lhe falava.

 - Você ri? - o Beckett falava - Ela me chamou de boiola, me jogou na piscina e me BATEU! - falou a última parte alto. Então, falavam sobre mim...

  A pessoa continuava a rir.

  - Você? Boiola? Eu tenho minhas dúvidas. – falou com voz grave - Agora, bater em você? Você merece! Comecei a gostar dessa garota mesmo sem conhecer ela. - e desatou a rir.

 - Poxa, Pete. Você está de que lado?

 - Do dela! - e começou a gargalhar histericamente, o que fez o outro bufar alto.

  Depois disso só houve silêncio. Achei estranho e tentei me aproximar mais. Foi quando ouvi passos e as vozes deles se aproximando. Droga! Se eles me vissem iam perceber que eu estava espionando. Precisava me esconder o mais rápido possível. Entrei na primeira porta que vi e não me importei o que tinha dentro. Realmente me senti como uma fugitiva. Lembrei do que o chapado do Beckett havia dito e arfei.  Pete. Mas será que é o Pete que eu estava pensando? Pete Wentz? Baixista do Fall Out Boy? Eu estava prestes a ter um ataque. “Mas é lógico”, pensei, “se ele é famoso também, é normal que receba visita de seus amigos famosos”. Porém, eu não estava preparada para isso. Se amigos famosos dele o visitam, é possível que um dia eu consiga ver o Gabe. Só de pensar nisso meu coração palpitou mais forte. Mas a felicidade repentina acabou. William provavelmente me odeia e sabe da minha admiração pela banda, então jamais traria algum integrante para cá. Suspirei.

  Parei de pensar no assunto e prestei mais atenção no local que me encontrava. Não parecia ser um local apropriado parar ser quarto de alguém. Nem tinha cama. Havia vários instrumentos no lugar. Bateria, baixo, guitarras. Tinha um piano também, ao fundo. Fiquei encantada. Comecei a andar, observando tudo a minha volta. Talvez a banda do otário usasse esse local para ensaiar. Continuei a olhar tudo, ate que notei algo no canto do quarto.

  Aproximei-me e vi que era um violão. Um velho violão, que contrastava com todos os instrumentos do quarto, pois eram novos e bonitos. Verifiquei se estava afinado, e, para minha surpresa, estava. Comecei a tocá-lo. Pensei em tudo o que me aconteceu nesses tempos. E também em minha felicidade. Eu gostaria de ter o poder de saber como tudo terminaria. Inevitavelmente, comecei a tocar My Happy Ending, da Avril Lavigne.

  Sentei-me em um banco enquanto tocava e cantava.

Oh oh, oh oh

So much for my happy ending

Oh oh, oh oh

So much for my happy ending

Oh oh, oh oh, oh oh...

Let's talk this over

It's not like we're dead

Was it something I did?

Was it something you said?

Don't leave me hangin'

In a city so dead

Held up so high

On such a breakable thread

  Cantei o refrão e uma alegria me preencheu. Não era completa, pois não estava com minhas companheiras de banda ao meu lado, mas ainda existia. Uma sensação que eu só sentia quando tocava.

You were all the things I thought I knew

And I thought we could be

You were everything, everything that I wanted

We were meant to be, supposed to be

But we lost it

All of our memories so close to me

Just fade away

All this time you were pretending

So much for my happy ending

Oh oh, oh oh, oh oh...

So much for my happy ending

Oh oh, oh oh, oh oh...

Oh oh, oh oh, oh oh...

   A felicidade era tão grande a essa altura que eu me levantei do banco e comecei a andar pelo quarto, imaginando uma multidão me assistindo. Eu precisava mostrar minha arte através da minha voz, necessitava expressar meus sentimentos através daquelas notas. Eu jogava os cabelos como forma de demonstrar o prazer, a felicidade e a sensação de liberdade que sentia quando tocava. Ninguém poderia me deter.

It's nice to know that you were there

Thanks for acting like you care

And making me feel like I was the only one

It's nice to know we had it all

Thanks for watching as I fall

And letting me know we were done

He was everything, everything that I wanted

We were meant to be, supposed to be

But we lost it

All of our memories so close to me

Just fade away

All this time you were pretending

So much for my happy ending

You were everything, everything that I wanted

We were meant to be, supposed to be

But we lost it

All of our memories so close to me

Just fade away

All this time you were pretending

So much for my happy ending

Oh oh, oh oh, oh oh...

So much for my happy ending

Oh oh, oh oh, oh oh...

So much for my happy ending

Oh oh, oh oh, oh oh...

  Subi numa caixa de som sem me importar se quebraria ou não. A canção estava quase no final, então saltei de lá enquanto tocava. Quando meus pés tocaram o chão, girei e terminei a canção. Toquei a última nota e levantei o braço lentamente, como fazem os astros de rock.

  Nunca me senti tão viva!

 Deixei o violão no lugar e me virei para sair do quarto. Congelei. Parece que alguém assistiu meu showzinho.




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Notas finais do capítulo

Oh,quem será?hihihi,até outro capítulo!Deixem seus reviews,eu preciso saber o que estão achando^^kisses



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