Living In The Sky With Diamonds escrita por Cat_Girl


Capítulo 17
Capítulo 17- Like it? I did ... For you ...


Notas iniciais do capítulo

Gente,CAPÍTULO DE ROMANCEEE! E não é só porque hoje é dia dos namorados,auhauhsuahas, eu nem tinha planejado nem nada, foi mera coincidência,kkkk, sério! o.O Vai ter songfic, as traduções estão em negrito. Não consegui deixar as traduções do lado da música original, a formatação do nyah não permitiu que isto acontecesse, me perdoem. =/ Bom gente, espero que gostem! Boa leitura.



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  Faltava apenas um dia para o baile. Acho que a animação e ansiedade das meninas me contagiaram. Estávamos sentadas no chão da sala fazendo as unhas, e o resto da família estava jogada nos sofás.

  Meu celular toca e levanto desastrada; andando nos calcanhares até o outro lado da sala, para que os dedinhos dos pés não se encostassem e a o esmalte lindo não borrasse.

  -Você está andando que nem pato. - Will comentou e todos riram.

  O encarei de olhos cerrados e continuei meu caminho. Abri o celular.

 -Diana?

 -Oi... James?- William se ajeitou no sofá e me olhou sério.

-É sim, eu preciso falar algo sério com você.

-Manda.

 -Hmm, como eu vou dizer isso? Bom... eu não vou poder te acompanhar amanhã.

 -Quê?- assustei todo mundo com meu tom agudo.

-Problemas familiares. Não estou em clima para festas. Espero que entenda. Me sinto horrível de fazer isso, você não merece.

 -Ah.- tentei dizer algo melhor.- Tudo bem, não se preocupe. Espero que tudo se resolva para você e sua família.

-Jamie, você já dispensou aquela menina?- uma voz extremamente irritante soou ao fundo.

 -O que foi isso?

-Não liga, foi só a minha irmã idiota, a... Judy? Ah! Eu peço desculpas novamente por fazer você não ir ao baile.

-Não esquenta- falei calma, porém, eu estava esquentando por dentro. - Se for algo tão sério assim, não importa.

  Desliguei e todos me olhavam curiosos.

 -Que cara é essa de quem comeu e não gostou, amiguinha?- Mile falou.

  Contei a conversa para todos. Pelo canto do olho, vi Beckett dar um sorrisinho de satisfação.

 -Mas que idiota!- meu pai falou. - Vou infernizar a vida desse garoto por te fazer sofrer, filhinha.

 -Ele não me fez sofrer, pai, PARA COM ISSO!

 -E agora?- Agnes questionou. - Você vai para o baile?

 -Não- respondi com convicção. –E vou cancelar minha programação de amanhã.

  -NÃO, minha filha! Você acha que eu paguei barato por este seu dia de princesa, que pode cancelar assim? Não. Acha que custou um dólar e oitenta e sete centavos? Não.

  Olhei para ele de olhos cerrados, assim como todo mundo na sala. O jeito que ele falou me lembrou alguém...

 -Diana, você ainda pode ir para o baile. –Mallorie falou calma como sempre.

 -Verdade, não tem problema em ir só- dei de ombros.

 -Na verdade, eu estava falando em ir acompanhada.

  Tombei a cabeça para o lado, sem entender nada.

 -Como assim?

 -O Bill poderia te acompanhar! Não vejo problema nenhum, já que ele vai fazer um mini show por lá mesmo.

  William automaticamente se levantou.

  -Hã, acho melhor não. –falei nervosa.

 -Ou ele, ou seu pai. Escolha. - ela falou.

 -Hey, qual o problema em acompanhar minha menininha?- papis protestou.

 -Nenhum ,amor!- ela disse rindo.

  Concordei, reclamando um pouco. Meu pai ou o Will, rs. Cadê o Gabe nessas horas? William, por sua vez, não falou nada. Não protestou, não gritou, nadinha. Ele estava muito estranho esses dias.

   Não dormi tão bem quanto gostaria. Acordei cedo, a agenda daquele dia estava cheia. Ir ao salão com as meninas fazia parte.

  Estava quase na hora do baile. As meninas haviam me maquiado antes de irem para suas casas. Eu estava colocando o vestido, com ajuda de Mallorie.

 -Você está linda!- bateu palmas e me virou para o espelho. Nem parecia eu. Quer dizer, parecia eu, só que muito melhorada. Uma das poucas vezes que me achei bonita.

 -Desça rápido, meu filhinho te espera. – falou saindo do quarto, enquanto eu colocava os brincos.

  Desci as escadas com o máximo de cautela. Para quem só anda de All Star, salto alto é um desafio.

  Os adultos estavam ao pé da escada, me esperando. Que cena de filme americano. Meu pai tinha uma câmera na mão e o flash dela estava quase me cegando. Ainda descia a escada quando William voltou da cozinha. Ele estava... excepcionalmente bonito. É, quando eu fico nervosa, minha nerdice aumenta. Até para falar que ele estava muito gato eu usei uma palavra super complicada e grande. Ele trajava um smoking e seu cabelo estava arrumado. Olhou para cima, onde eu estava, e ficou estático. Os olhos se arregalaram levemente, sua boca se abriu um pouquinho e depois formaram uma sugestão de sorriso.  Ok, ele estava estranho esses dias, mas hoje estava mil vezes pior.

 -Hey, vocês dois, pose para foto. – meu pai falou.

  William colocou braço ao redor de meus ombros e pousou a mão no ombro direito. Senti-me estranha com o toque quente da mão dele. Era bom...

  Percebi também que fui injusta ao falar que o Beckett estava estranho quando eu também me encontrava assim. Desde dia do aeroporto, para ser mais precisa. Confesso que passei esse tempo todo tentando compreender o que sentia e já havia descartado muitas possibilidades. Ou, tentado ignorar certos sentimentos, até descobrir se eles eram reais ou não.

  Despedimo-nos de nossos pais e saímos. O silêncio no carro me incomodava, e tentei achar algo para falar.

 -Hum, que horas vocês vão tocar?

 -Assim que todo mundo da banda chegar.

 -Hmmm.

  O assunto acabou aí.

  Chegamos e conseguimos uma vaga no estacionamento. O baile seria realizado no ginásio da escola. 

  Procurei por Jay e Agnes, mas não as encontrei de imediato. Uma multidão havia se formado e olhava para nós. Eu tinha esquecido que Beckett é famoso, principalmente por aqui. E também do boato de que ele e eu tínhamos alguma coisa. Claro que o trazer como acompanhante reforçaria ainda mais esta ideia. Vi Dafne olhar com admiração para ele e logo após seu olhar se transformar em nojo quando olhou para mim. Ela procurou por alguém, pelo seu par, supus. Fiquei irada ao ver que seu acompanhante era nada mais, nada menos que James, o que me convidou.

  Peguei o braço de William e o puxei dali.

 -Que foi?- perguntou assustado.

 -Vamos andar, desse lado não tem pessoas agradáveis.

  Ele estranhou, porém, concordou.

  Achamos a mesa em que minhas amigas estavam sentadas.

 -Dee Deeee, você está linda!- Mile gritou.

  Agradeci do jeito mais amável que pude, no entanto, elas perceberam meu mau humor.

 -Você viu, não viu?- Agnes fez uma careta.

 -Vi...

 -O quê?- o par dela perguntou. Chamava-se Jimmy, eu acho.

  Contamos tudo e Mile comentou:

 -Ela deve ter subornado o James, aquela vadiiia!- olhou para o lado. – Desculpa Fred.

 -Desculpas por falar a verdade?- ele respondeu e todos riram.

  A conversa seguiu descontraída e vez ou outra as meninas e eu íamos dançar alguma música animada. Jay de vez em quando aparecia com um copo de plástico na mão. Perguntei o que tinha e ela respondeu que era ponche, sem álcool, segundo ela.

  Os membros do TAI chegaram aos poucos, até todos estarem presentes. O mini show estava começando e uma multidão formou-se na frente do palco. Notei que a maioria era formada por garotas histéricas. Aquilo me incomodou muito.

  A maior parte da banda já estava no palco, William chegou por último e se aproximou do microfone. Os gritos aumentaram e eu bufei.

 -Calma, Diana- Agnes falou.- ele é todinho seu, não precisa ficar com ciúmes. –ela riu.

 -Haha, muito engraçada você, hein! –falei enquanto lançava um olhar aterrorizante em sua direção. – Cadê a Jay para me salvar?-murmurei.

  Fred e ela tinham sumido, não queria nem saber o que eles deviam estar fazendo.

  O show já estava quase no final, eles haviam tocado muitas músicas, mas só reconheci Classifields, Checkmarks, Black Mamba e Slown Down- que foi quando mais houveram gritos, por causa da dancinha ridícula que ele fez. Só sabia o nome das músicas porque Boo Boo sempre as cantarolava perto de mim.

  William pediu a atenção da platéia.

 -Pessoal, para encerrar vamos tocar a mais nova música do The Academy Is... Foi muito difícil escrevê-la, e isso a torna muito especial. Principalmente porque foi inspirada em uma pessoa, alguém que eu jamais imaginei que pudesse ser uma tremenda inspiração!- fez uma expressão engraçada e a platéia riu. – Senhoras e senhores- falou formalmente. – eu vos apresento “About a Girl”...

  Então essa era a canção que ele escreveu sozinho. E dedicou a alguém. Hump.


“One song about a girl

I can't breathe when I'm around her

I'll wait here everyday

In case she'll scratch the surface

She'll never notice

Uma música sobre uma garota

Eu não posso respirar quando estou perto dela

Eu vou esperar aqui todos os dias

No caso de ela arranhar a superfície

Ela nunca vai notar

  Pela primeira vez em todo o show seu olhar encontrou a mesa onde eu estava. Parecia tentar dizer algo. Prestei atenção na letra da música.


I'm not in Love

This is not my heart

I'm not gonna waste these words

About a girl

Eu não estou apaixonado

Este não é meu coração

Eu não vou desperdiçar essas palavras

Sobre uma garota

  Seu olhar não desviou de mim nenhuma vez, deixando-me constrangida e com medo de entender algo errado.


Last night I knew what to say

But you weren't there to hear it

These lines so well rehearsed

Tongue tied and overloaded

You never notice

Noite passada eu sabia o que dizer

Mas você não estava lá para ouvir

Estas linhas são tão ensaiadas

Sem fala e sobrecarregado

Você nunca nota



I'm not in love

This is not my heart

I'm not gonna waste these words

About a girl

Eu não estou apaixonado

Este não é meu coração

Eu não vou desperdiçar essas palavras

Sobre uma garota



I'm not in love

This is not your song

I'm not gonna waste these words

About a girl

Eu não estou apaixonado

Esta não é sua música

Eu não vou desperdiçar essas palavras

Sobre uma garota


To be loved, to be loved

What more could you ask for

To be loved, to be loved

Everyone wants

To be loved, to be loved

What more could you ask for

To be loved, to be loved

Everyone...

Ser amado, ser amado

O que mais você poderia querer?

Ser amado, ser amado

Todo mundo deseja

Ser amado, ser amado

O que mais você poderia querer?

Ser amado, ser amado

Todo mundo...

    O que eu estava sentindo? Alegria, não sei o porquê, nervosismo e, principalmente, confusão. Pisquei os olhos, pasma, mas não desviei o olhar nenhuma vez. De alguma forma, ele estava me prendendo, me hipnotizando.

  A música parecia estar terminando. Vejo uma mão balançar na frente do meu rosto, acordando-me do transe. Gostaria de ver minha expressão.

 -Acorda, Diana!- Jay balançava a mão perto demais do meu rosto, o que me deu medo por um milésimo de segundo. –Acooorda, miniiiiiina!- acertou meu rosto.

 -PQP!- falei em português, passando a mão no rosto.

 -QUÊ PÊ-QUÊ-PÊ O QUÊ! Fala logo pota que parióóóó!

 -Jay, calma aí!- Agnes falou querendo rir. – E vocês podem traduzir, por favor?

 -Ela está bêbada?- perguntei.

 -Aham. Parece que aquele ponche estava batizado.

 -UHUUU!Eu amo essa música!

 -Não está tocando música nenhuma, Jay!- eu disse desconfiada. Será que ela usou drogas também?

  Não adiantou nada avisar, saiu puxando Fred consigo, que também parecia estar meio doidão. Começaram a dançar, sem música nenhuma tocando. As pessoas ao redor olhavam e cochichavam, provavelmente abafando os risos também.

  Não consegui rir porque ainda estava nervosa pelo que tinha acontecido há poucos minutos. Olhei para o palco e ele já não estava mais lá.

  Saí em direção a mesa de bebidas, evitando o ponche maligno de Jay e tomando apenas um refrigerante.

 - Gostou do show?- uma voz conhecida soou atrás de mim.

 - Ai, santa da bicicletinha!- coloquei a mão no peito. – Er,o show? É, foi legal... Olha, vou salvar aqueles dois- apontei Mile e Fred.- da vergonha. Não tem nem música. – eu precisava sair dali.

  No exato momento em que eu me preparava para sair dali, o DJ filho de uma mulher necessitada que vende o corpo a preços baixos (lê-se: filho da puta) coloca uma música.

 - Pronto, problema resolvido, agora deixa aqueles dois serem felizes!- Will riu.

  Eu tentei sair para pegar outro refrigerante, mas ele segurou meu pulso suavemente e lentamente me puxou para pista.

 - Dançar?- fiz uma careta.

  Ele deu de ombros. Começou uma música lenta e desaceleramos os movimentos.

  Minhas mãos foram para seus ombros e as suas foram para minhas costas. Uma valsa no ritmo da música e desastrada iniciou-se.

  O silêncio realmente era perturbador, minhas mãos suavam, eu estava sentindo cócegas na barriga e meu coração batia acelerado. Os batimentos eram tão fortes que martelavam nos meus ouvidos e estava torcendo para que só eu pudesse escutá-los. Chegava a ser ridículo.

 - Por que você falou para aproveitar o baile e mais umas coisas clichês?- soltei.

 - Porque eu não pude aproveitar o meu. Eu era um nerd excluído, quer dizer, quase, eu tinha alguns amigos da banda e outros eu conheci depois. Mas, resumindo, meu baile foi uma porcaria, no final da noite os valentões que eram da minha turma me bateram e foi isso.

 - Difícil de acreditar. Deve ser por isso que você é tão problemático. - tentei descontrair.

 - Eu sei. – deu uma risada amarga. – E aí, você gostou da música? Fiz ... Para você.– mudou de assunto repentinamente.

 - Si-sim. –gaguejei.

  Alguém esbarrou em mim, fazendo-me ir para frente, ou seja, para mais perto dele. Ele me segurou com firmeza e eu pedi desculpas. Cometi o erro - ou não- de olhá-lo nos olhos e não consegui mais desviar. As pessoas e coisas ao meu redor embaçaram-se, até desaparecerem completamente de minhas vistas. Devia existir uma explicação racional para isso, mas achá-la agora não era meu objetivo. Involuntariamente, fiquei na ponta dos pés e ele se curvou um pouquinho, até que nossos narizes se encostassem e, logo em seguida, nossos lábios.

  Se o que estávamos fazendo era errado, isso não importava naquele momento, mas sim entrelaçar mais meus dedos em seu cabelo e puxá-lo mais para mim. Senti ele me envolver ainda mais, até meus pés saírem do chão.

  Os sentimentos que tentei ignorar vieram à tona com toda a força e plenitude e naquele momento eu pude saber: eles eram reais.

  Interrompemos o beijo para tomar fôlego. Estávamos nos olhando, ofegantes.

 - Eu te odeio. - falei e ele riu; um som gracioso.

 - Eu te odeio mais. - rebateu.

 - Duvido.

 - Ah, é?- voltamos a ocupar nossas bocas.

  Ficamos mais um tempo na pista. Eu estava com a cabeça encostada em seu ombro e seu rosto enterrado em meus cabelos. Senti-me segura e mais leve.

  Voltamos para nossa mesa. Agnes me olhava com uma expressão de “Eu já sabia!”, mas não comentou nada do que viu. Apenas apontou numa direção: Dafne bufando de raiva. Não entendi. Depois ela me mostrou outra direção: Mile e Fred “se entendendo”, como William e eu havíamos feito há pouco.

 - Diana, você não acha que até bêbados eles são um casal fofinho? – ela olhou para eles suspirando apaixonadamente.

  Prestei atenção no que faziam: dançavam desengonçados, pareciam tontos, por causa da bebida e faziam movimentos engraçados. Fred pisou no pé de Jay.

 - Ai, félio da pouta! Ce pisou no meu pé! – falou enrolando a língua.

 - Não me chama disso, morzinho.– olhou para o chão. – Morzinho, cadê seu pé?

  Estavam tão loucos que não perceberam que o pé dela não aparecia porque o vestido que usava era longo.

 - Vishee, ele sumiu.

  Ela olhou para o chão também e fez uma expressão hilária.

 - Onde tá meu pé? Fit, uere ari iu?- começou a gritar. – Ari iu bisi? Ou mai godi!

  Saíram correndo em busca do pé de Jamile.

 - Hein, Dee Dee? Você não acha eles fofinhos?- Agnes parecia estar falando sério.

 - É... Você acha que eles vão lembrar disso amanhã?

 - Provavelmente não.

  Olhei em volta, em busca de professores ou algum responsável. Não havia nenhum por perto. Com certeza, Mile e Fred seriam suspensos se fossem vistos embriagados.

 - Nós temos que tirar eles de lá, rápido. Will, pode nos ajudar?

 - Ok, isso vai ser divertido.

  Eles pararam de perseguir o pé de Mile e estavam dançando novamente, só que dessa vez muito próximos. Não sei dizer o que foi aquilo. A dança da cobra, talvez?

 - Hey, o que foi isso? – ela parou subitamente e se afastou.

 - Sorry, baby, foi o Joe que te cutucou.

 - Quem é Joe?

 - É o meu...- William o puxou antes que completasse a frase.

  Agnes e eu seguramos Jamile. Os pais de Jay não poderiam vê-la naquele estado, então Agnes a levou para sua casa, já que seus pais estavam viajando. Achamos alguns amigos de Fred que se encarregaram de levá-lo para casa.

  Voltávamos para casa em silêncio. Eu queria saber o que ele pensava neste momento. Fiquei observando-o dirigir enquanto respondia as perguntas que rondavam minha cabeça fazia tempo. Finalmente descobri meus sentimentos. Talvez “descobrir” não seja a palavra certa. Admitir, eu acho.

  É isso, finalmente admiti para mim que estava gostando dele. Ao mesmo tempo em que era estranho, também era incrível. Eu nunca havia gostado de alguém antes e o que senti naquele momento era novo para mim, e simplesmente mágico.

  Até quando isso vai durar? Não pude deixar de pensar, porém, tratei de esquecer isso. Tudo o que eu deveria fazer era apenas viver o momento, que parecia perfeito.

  O carro passou pelo portão da casa e entrou na garagem. Saí do carro e Will fez o mesmo. Deu a volta no carro numa velocidade anormal e chegou até mim, prendendo-me entre o carro e ele.

 - Aonde você pensa que vai? – deu um sorriso que eu já não tinha mais vergonha de achar bonito.

 - Dormir? – soou mais como uma pergunta. Não que eu quisesse fazê-lo.

 - Não. – encostou-me no carro e colou seus lábios nos meus.

 - Nosao pzakis nõs vyi nuz vgr? – tentei falar, mas eu estava ocupada mesmo.

 - Quê? – ele parou por um instante.

 - Nossos pais podem nos ver.

 - Eles não vão sair de onde estão para vir para a garagem, não acha?

  O encarei séria.

 - Ok, vamos entrar. – suspirou. – Já te disse que eu adoro quando você faz essa cara?

  Minhas sobrancelhas se ergueram involuntariamente.

 - Como assim?

 - Nada não. – desencostou- se de mim e segurou minha mão.

  Caminhamos lentamente e na ponta dos pés, com medo de sermos flagrados.  Com sucesso, conseguimos chegar no corredor dos quartos sem fazer barulho algum.

 - Boa noite. – ele disse enquanto afagava meu rosto com as duas mãos, fazendo-me fechar os olhos, como se isso ajudasse a sentir mais seu toque sobre a minha pele.

  - Boa noite. – falei ainda de olhos fechados e logo em seguida senti os lábios dele nos meus bem de leve.

    Ele se afastou e eu o acompanhei com o olhar, até o momento em que chegou na frente da porta do seu quarto, que era ao lado do meu.

  Lançou um último olhar em minha direção e abriu um sorriso absurdamente lindo, que fez meu coração palpitar mais ainda. Tinha quase certeza de que no meu rosto havia um sorriso abobalhado.

  Entrei no meu quarto e assim que fechei a porta, me encostei-me nela suspirando apaixonadamente e ainda sorrindo que nem uma retardada. Andei até a cama e praticamente saltei em cima dela.

  Fiquei olhando o teto e pensando, nunca poderia imaginar que alguém tão irritante como William pudesse ser tão carinhoso também.

  Passado um tempo, levantei e fui tomar um banho antes de ir dormir. Debaixo do chuveiro, o sorriso besta ainda se mostrava, e eu desconfiava que fosse continuar assim por um bom tempo. Só me restava a certeza de que no dia seguinte, eu iria acordar com as bochechas doendo.


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Notas finais do capítulo

E aí?Gostaram?AAAAHH, pirada aqui,aushauhsa!Reviews? Hã, hã? *muito açúcar me deixa assim*
EI, VOCÊS GOSTARAM DA CAPA NOVA?kkkkk
Olha, considerem que a Diana tem olhos pretos, e não verdes como na capa,kkkk.