Living In The Sky With Diamonds escrita por Cat_Girl


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Gente, mil desculpas por postar depois de meses! Aconteceu tanta coisa nesse período que fiquei sem tempo, e confesso que às vezes batia aquela preguiça.......
Mas eu tô aqui de volta, e vou tentar postar sem demorar tanto apesar de quase nunca ter tempo pra postar. Bom, e hoje eu estou tão feliz, tão feliz, que resolvi postar algo.Mas acho que esse capítulo está meio sem graça... =/
Enfim, espero que gostem e boa leitura! ^^



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  Segunda-feira de manhã. Desci do ônibus com as meninas conversando comigo. Entramos na escola e notei que todos nos olhavam. Parecia que o primeiro dia estava se repetindo. Uns olhavam com fascinação, outros olhares, não soube identificar.

  Continuamos a andar, tentando ignorar aquilo.

 -Por que será que tá todo mundo assim?- Jamile falou baixo.

 -É verdade, - protestei. - estão todos nos olhando.

 -Não, Diana, estão todos olhando VOCÊ!- Agnes interferiu.

 -Mas... Por quê?

 -Ai, bobinha, - deu um peteleco na minha testa. – você não lembra o que aconteceu sexta passada? O William veio aqui e todo mundo viu ele falando com você. Ele mesmo acabou com o que você estava tentando esconder.

 -Ai, droga, eu nem lembrava disso!- bati na minha testa.

 -É, você parecia bem distraída no dia, Dee Dee... – Mile riu.

 -Como é?- parei de andar.

 -Você parecia, sei lá, mais viva.

 -É, você meio que se animou. –Agnes riu.

 -NADA DISSO! O que vocês viram foi pânico! Pânico por ter que aturar por mais tempo aquele ser das trevas.

-Ok, se você está dizendo...- disseram juntas.

  Continuamos a caminhar, até uma menina nos abordou:

 -Dianaaaaa, - pronunciou “Daiana”. - eu tenho uma pergunta!- eu também tinha uma pergunta: quem era ela?

 -Ok... –concordei cautelosa.

 -É verdade que tem alguma coisa rolando entre você e William Beckett?

 -Como?-eu acho que não tinha escutado muito bem.

 -Ah, você sabe! Todo mundo viu na sexta passada! Eu vi também. William Beckett, aquele que estudou aqui e ficou famoso, te abraçando! Como vocês se conheceram? Mas que sonho, hein!

  Fui pega totalmente desprevenida. Então, era por isso que todos nos olhavam curiosos. Não acreditei que pudessem pensar algo assim, não fazia nenhum sentido! Não sabia o que responder, porém, tive sorte, Mile e Agnes foram mais rápidas:

 -Garota, o que você tem a ver com isso?- Jay falou com rispidez.

 -É, Kate, todo mundo sabe que você é a pessoa menos confiável desse colégio, depois de Dafne, lógico. – Agnes ajudou.

 -Ok, gente, não precisam ser tão grosseiras assim. Olha, - me virei para tal Kate. - Foi tudo um mal entendido, ok? Você não deveria acreditar em tudo o que dizem.

 -Você é o que dele, então?

 -Desculpe, mas eu realmente acho que isso não é da sua conta. – falei, com o máximo cuidado para não soar rude.

  Puxei as meninas para longe dali, revoltada. Como as pessoas dessa merda de colégio podiam pensar isso? É ridículo!

  Tentei esquecer minha irritação na minha amada aula de cálculo, no entanto, parecia que nem as fórmulas matemáticas estavam conseguindo me acalmar. Eu estava muito incomodada.

  As aulas passaram e logo a hora do almoço chegou. Mile estava inquieta com algo, mas não nos falou nada. Fiquei intrigada com aquilo.

 -Você vai encontrar com a gente depois da sua aula?- perguntei.

 -Não, tenho umas coisas para fazer, sabe como é.

  Mais uma vez achei que ela estava mentindo.

  As aulas daquele dia terminaram. Tinha sido um dia cansativo e entediante. Não me deixei levar pelo cansaço, tinha coisas a fazer ainda. Acabei encontrando Jay no percurso até os ônibus de volta para casa.

  Mile estava muito estranha. Primeiro, estava inquieta, nervosa e se tremendo pelos cantos, como se fosse sentenciada à morte. Depois, como num passe de mágica, ela estava feliz, quase saltitando.

 -Jay, o que tá acontecendo?

 -Hoje eu falei com o Fred!

 -Mas você não faz isso todo o dia?

 -É que hoje, eu falei que a Dafne vem e faz umas brincadeirinhas de mau gosto comigo.

 -Por que você o envolveu nisso?

 -Porque eu tinha que achar uma forma de saber do próprio Fred se essa história de reatar com a lombriga era verdade.

 -E?

 -Pura mentira. Ela ia espalhar para todo colégio, mas parece que o aparecimento repentino de William Beckett bombou mais que a mentirinha dela.

 -Hmm, você contou dos insultos, contou também por que ela faz isso?

 -Lógico que não! Eu fingi que não entendia porque ela faz isso, dei a entender que ela é meio pirada. –riu.

  Cheguei em casa e o Beckett estava sentado no sofá, escrevendo algo.

 -Já chegou?- perguntou.

 -Não, ainda tô lá!- falei com sarcasmo.

 -Você é um amor de pessoa, sabia?

 -Claro que sou!- mostrei o dedo médio.

  Fiz o dever de casa e terminei cedo. Desci as escadas e o cabelo de cortina ainda estava lá, com um caderno de anotações.

 -Que cê tá fazendo?

 -Trabalhando. –falou com a voz tediosa que lhe era peculiar.

 -Os garotos não deviam estar ajudando você?

 -Ok, não estou trabalhando,TRABALHANDO, só tentando escrever alguma coisa. Algo que sirva para o novo álbum.

 -Hmm. – falei, indo em direção a cozinha.

 -Você pode me ajudar?- falou com dificuldade. Devia estar engolindo o orgulho.

 -Pedindo ajuda para uma amadora?- falei com deboche.

 -É.

 -Qual o tema do seu álbum?- sentei-me no sofá.

-Juventude.

 -Juventude?

 -É, todos nós passamos por isso. Deveria ser fácil escrever sobre isso. –falou, chateado. –Nós ainda não temos tudo, faltam algumas músicas.

 -Hmm,é, juventude. Isso é algo que devemos aproveitar, não acha?- meio que filosofei. - São tempos tão rápidos que, se você piscar os olhos, pode acabar perdendo tanta coisa que podia ter valido a pena. - falei, olhando para o nada. - E percebe isso apenas quando já é tarde demais.

 -Você me deu uma idéia. Tempos rápidos, não é?- anotou algo no caderninho. – Só que eu preciso de mais e não consigo pensar em nada. É estranho, minha imaginação não está fluindo. – falou, fazendo uma careta que, por uma fração de segundo, achei fofinha.

 -Tente primeiro perceber o que você está sentindo, ou sente em relação ao assunto. Depois tenta tirar algo daí.

 -Pode ser.

 -Ok, como você está se sentindo?- me apoiei no sofá e o olhei.

    Ele não respondeu de imediato. Ficou me olhando de maneira estranha por um bom tempo. Por uns minutos, me perdi naqueles olhos meio esverdeados, pareciam tão profundos. Pisquei como se estivesse acordando de um dos meus devaneios.

 -Bem,confuso.

 -O quê?- aquela altura, eu já havia até me esquecido do que tinha perguntado.

 -Estou me sentindo confuso.

 -Ah, sim. Com o quê?

 -É melhor não falarmos sobre isso, não é?- fechou o caderninho. – Vou encerrar por hoje.

 -Quê? Mas já?- ele acabou me confundindo também. –Por quê?

 -Er... Cansado. - respondeu meio alterado.

  Subiu as escadas correndo. Depois eu era a bipolar aqui...

  O tempo passou rapidamente; já estávamos em novembro. Ao invés de estar estudando para as provas bimestrais, eu estava conversando com Márjorie- a Máh- pelo webcam.

 -A Bruna tá aí? Ela ainda não quer falar comigo?

 -Não, ela ainda quer te ignorar. –Márjorie deu de ombros. Revirei os olhos.

 -Por que ela tá fazendo isso? Eu não fiz nada e ela continua agindo assim. –falei ressentida.

 -Você comparou o ídolo dela com uma lata de merda. –eu quis rir nesse momento. –Para ela isso foi grave. E você pegou pesado aquele dia; já bastava ter pintado o cabelo do menino de roxo!

  Ri quando recordei a cena.

 -Ok, talvez eu tenha exagerado, mas ela já podia ter me perdoado.

 -Talvez. –falou pensativa. – O que você falaria para ela?

 -Eu pediria desculpas por ter ofendido ela de alguma maneira; diria que não queria estragar nossa amizade de anos por uma coisa tão boba e que eu sinto muita falta dela. –falei triste. –Ah, e que esse Beckett não é tão ruim assim, porque ele está parando de encher o saco. -sorri. - Mas ele ainda é um mala.

 -OK, EU TE PERDOOU AMIGAAA!- Bruna saiu de algum lugar e me assustou.

 -Meu Senhor, de ONDE cê surgiu?

 -Eu tava aqui o tempo todo, ué! Escutei tudinho.

 -Márjorie, você estava me induzindo a fazer esse pedido de desculpas?

 -Sim!- respondeu sorridente.

 -Vocês são malignas. - comentei.

 -Ai, amiga, eu já tinha te perdoado há um tempão, só queria te fazer sofrer mais um pouquinho. -riu.

  Revirei os olhos. Ela finalmente havia voltado ao normal comigo.

  Comecei a rir junto com elas e fizemos isso por um bom tempo. Estava tão distraída que não notei alguém entrando no meu quarto.

 -Tá ocupada?- virei e dei de cara com Beckett deitado na minha cama, totalmente relaxado.

 -Tô sim!- briguei. -E sai daí que eu acabei de arrumar!

  Levantou-se e aproximou-se do notebook; olhou para as meninas e acenou, dizendo um “Hey” animado. Vi Bruna arregalar os olhos e acenar de volta sorridente.

  -Vai demorar muito?- perguntou.

 -Não, por quê?

 -Tô entediado... Preciso de alguém para atormentar e, como só tem você em casa...

  Revirei os olhos e me voltei para as meninas na intenção de me despedir. Senti algo atingir minha cabeça, macio e fofo. Ele havia me jogado um travesseiro. Desliguei o notebook e acertei o mesmo travesseiro nele.

 -Ai, boa pontaria!

 -Eu sei, e da próxima vez não vai ser um travesseiro que eu vou acertar, pode ter certeza. –falei em tom ameaçador.

 -Ok...-disse com medo.- O que a gente faz agora?

 -Como assim? EU tenho que estudar! E você tem que trabalhar! Você tem um single para fazer, lembra?

 -Ah... Mas eu passei o dia todo trabalhando!- protestou.

 -Conseguiu alguma letra?

 -Não. - admitiu envergonhado. - Mas temos algumas melodias. Quer ouvir?

 -Não. - disse ríspida e vi a expressão de alegria dele se desfazer, me dando um aperto no coração. - Quer dizer, agora não. Preciso estudar. Acho melhor você buscar inspiração lá fora, vai lá, vai!- o empurrei para fora do quarto.

  As provas finalmente acabaram e eu não tinha certeza se tinha me saído muito bem nelas. Minhas preocupações acabaram por ora.  Eu só tinha que lidar com outra coisa: o baile de outono.

  As meninas estavam eufóricas, porém, eu não compartilhava o mesmo entusiasmo. E o pior disso tudo era que a única que havia arranjado par era Agnes. Mile estava tomando coragem para convidar Fred antes que Dafne o fizesse. Ela não estava preocupada com a concorrência, pois sabia que ele não queria ver a ex nem pintada de ouro.

  Eu estava ajudando Beckett a escrever alguma coisa para seu álbum, quando meu celular tocou. Olhei o visor e vi o numero de Mile.

 -Alô?

 -Dee Dee, eu preciso te contar!

 -Fala.- Beckett me olhava curioso.

 -O Fred me convidou!- ela gritava. -AAAAAh!

 -Sério? Nossa, isso é ótimo!

 -É, eu sei!- falou presunçosa. –Agora só falta você, não é, amiga!

-Eu sei. Só que eu não posso sair e perguntar para qualquer menino se ele quer ir ao baile comigo! E, além do mais, eu não estou dando a mínima para isso!

-E aquele garoto da aula de artes? Dizem que ele vai te convidar...

 -Eu não sei... Escuta, eu preciso ir.- fechei o telefone antes que ela falasse qualquer coisa.

 -Quem era?- o curioso ao meu lado perguntou.

 -Uma amiga.

 -Baile?

 -É, daqui a duas semanas.

 -Você vai?- perguntou meio possessivo. Não compreendi.

 -Não sei, acho que não.

 -Você vai perder o baile? É uma experiência única, você está no último ano, não vai haver outra chance!

 -Não sei, - já estava me cansando de falar isso. - isso não importa. –dei um fim no assunto.

  Terminamos algumas canções, mas nenhuma que pudesse ser o single.

  Mallorie nos chamou para jantar. Eu não estava muito bem-humorada devido à conversa ao telefone. Sabia também que Jay era persistente e continuaria a apertar essa tecla.

 -Dee Dee,- o apelido carinhoso de Jamile havia contagiado Mallorie.- sua amiga ligou para o telefone de casa agora pouco; falando sobre um baile, vestidos e sobre você arranjar um par o mais rápido possível.

  Bufei. Ela realmente não esqueceu isso.

 -Você ainda não arranjou um par, querida? O papai pode...

 -Amor, não!- Mallorie exclamou. – não a constranja desse jeito! Nenhum pai faz isso hoje em dia!- ela olhou para mim e eu disse “Thank you” sem fazer som nenhum.

 -Agradeço a preocupação de vocês, mas posso resolver isso sozinha!

  “Eu acho...” completei em pensamento.


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Notas finais do capítulo

Gente, agora que eu lembrei, não mandei esse capítulo pra minha beta! =x
Desculpe se aparecerem erros, me avisem se achar algum. ^^