Living In The Sky With Diamonds escrita por Cat_Girl


Capítulo 12
Capítulo 12-Momento constrangedor


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, voltei!
Desculpem a demora mesmo, tava cheia de dever de casa(e ainda tô,kk)
Espero que gostem ^^



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Os dias foram passando rapidamente e cada vez mais eu ia me adaptando. Contei para minhas novas amigas o que me levou a vir morar nos EUA e o resto da história. Bom, foi com o “resto” que elas ficaram fascinadas. Digo o resto o fato de morar com alguém famoso. Sorte que elas encararam perfeitamente bem esse meu segredinho.

  Minha rotina se baseava agora em estudar muito. Quase sempre eu ficava atolada de deveres de casa. Eu precisava me divertir.

  Meu contato com as Diamond Girls era de duas vezes por semana. Se eu conseguisse falar com elas três vezes na mesma semana, era como se fosse um milagre. A escola tinha me deixado sem vida social.

  Pouco mais de dois meses haviam se passado e nada de William. Mallorie estava começando a ficar ansiosa com a chegada do filho. E não só isso. Preocupada também, pois ele não mandava notícias fazia algum tempo.

  Eu estava no colégio, seguindo em direção ao ônibus que iria me levar de volta para casa. Mile e Agnes conversavam alegremente comigo, quando ouvimos uma voz familiar:

 - Olha quem está aí! - falou Dafne. - É o trio bizarro! A estranha, a tiete de banda emo e a baixinha, ou devo dizer, a ladra fail de namorados?

 - O que você quer agora, hein? - perguntei em tom cansado. – Pode deixar o escândalo para amanhã? O ônibus já vai sair.

  Ela havia parado de nos importunar por um tempo. O máximo que chegava a fazer eram comentários maldosos sobre nós, nos quais ninguém acreditava. Porém, ela resolveu se meter com a gente hoje.

 - Como vão vocês? Eu estou ótima,sabiam? Agora que Fred e eu estamos prestes a reatar.

  Senti Mile arfar de pavor.

 - E por que você acha que queremos saber isso? - Agnes falou.

 - Ah, por nada. É só para que fiquem sabendo e peçam para a amiguinha de vocês não perder mais tempo.

  Mile estava prestes a avançar na garota, quando algo aconteceu. Dafne fez uma cara de pura surpresa, depois ficou estática. Ela não nos olhava. Era algo que havia atrás de nós.

 - Hey, Diana! - uma voz estranhamente familiar soou, chamando-me e meu coração palpitou de maneira esquisita.

  Virei para trás e vi. Era ele. William estava encostado em seu carro, uma BMW preta. Acenou para mim. Resisti ao impulso de sorrir - estranhei muito isso. A Diana que eu conheço reviraria os olhos ou mostraria o dedo do meio.

  Ele veio em nossa direção. Um montinho de curiosos já havia se formado. O baka chegou perto de mim e fez uma tentativa de cafuné, desarrumando propositalmente todo meu cabelo.

 - Porra, para com isso!

 - Ai, ai, você não mudou nadinha.

 - E você também não, continua o mesmo idiota. - tentei arrumar meu cabelo. - Vem aqui só para me fazer vergonha!

  Olhou-me com uma expressão divertida e me abraçou.

 - QUE CÊ TÁ FAZENDO? - falei, tentando me soltar.

 - Matando a saudade do seu humor instável e de sua bipolaridade.

  O olhei confusa. Ele ainda me segurava. Depois se aproximou do meu ouvido:

 - Tô sacaneando! Você não achava que eu ia sentir sua falta, não é, sua chata pentelha? - não sei por que aquilo me desapontou.

 - Ah, e estava tudo melhor sem você aqui, mas uma hora a festa tem que acabar, não é mesmo? E se você não me largar agora eu vou te chutar em um lugar bem desagradável!

  Ele me soltou com uma expressão bem divertida.

 - O que veio fazer aqui?

 - Vim te levar para casa, dã!

  Olhei Mile e Agnes.

 -Vocês querem vir conosco?

 - Naaah, a gente vai a pé mesmo, é pertinho. –Agnes falou.

 - Não é... – Mile foi interrompida pela outra, que tapou sua boca e a puxou para longe dali.

 - Errr, oi. – Dafne chegou do nada. - Eu sou muito fã da sua banda, sabia?

 - Hmmm,que ótimo! - ele falou animado.

  Ela ficou olhando abestalhada para nós.

 - Pois é, Dafne, eu tenho que ir para casa. Talvez você possa continuar com seus escândalos segunda-feira. - falei, me virando e ele me acompanhou um pouco assustado.

 - Espera, eu queria pedir um autógrafo. Tem problema?

  Lancei um olhar mortal na direção daquela vadia. Ela era fã dele?

 - Não tem não. - ele falou.

  Ela pegou uma caneta em sua mochila e lhe entregou.  Virou de costas para que escrevesse em sua blusa. Revirei os olhos.

 - Não é melhor escrever isso num papel? - ele sugeriu.

 - Ah,é! - pegou um caderno na mochila.

  Suspirei pesadamente e cobri o rosto com as mãos.

  Ele assinou algo no caderno dela e lhe entregou a caneta. Ela continuava nos olhando abestalhada, contudo, se afastou de nós lentamente.

 - É melhor nós irmos, – falou, mas não olhei sua expressão porque ainda continuava com as mãos no rosto. - antes que fãs descontroladas apareçam.

  Pegou meu pulso e me puxou.

 - Hey,eu sei andar só, tá me ouvindo?

  Ele pareceu consciente do que estava fazendo e imediatamente me soltou, ruborizando e escondendo o rosto.

  Seguimos para o carro e entramos. Sentei no banco do carona enquanto ele ligava o carro. Encostei minha testa no vidro e observei as movimentadas ruas de LA.

 - Por que você veio me buscar?

 - Porque nossos pais foram trabalhar e não tinham como vir.

 - Eu podia voltar com o ônibus da escola. - falei o que era óbvio.

  Ele ponderou por um instante.

 - Naah,eu não ia desperdiçar uma chance de te perturbar.

  Revirei os olhos.

 - Por que você tá com essa cara?- perguntou.

 - É a única que eu tenho.

 - Eu sei, mas está mais... Esquisita que de costume.

  Nós havíamos parado num sinal, aproveitei a chance e lhe dei um tapa na nuca.

 - Sério, Diana. - ele não estava mais brincando.

 - Eu só estou cansada. - suspirei. - A escola está um inferno.

 - É aquela garota do autógrafo que está te incomodando?

  - Quê? Ah, sim, Dafne. Não, aquela lombriga é o menor dos meus problemas, mas confesso que se ela parasse de incomodar minhas amigas e eu, minha vida seria muito melhor. - sorri.

 - Hmm.

  Chegamos em casa e descemos do carro. Entramos e ele perguntou:

 - Que horas nossos pais chegam?

 - Daqui a umas três horas. - olhei meu relógio. - Por quê?

 - Hã? - pareceu acordar de um devaneio. - Por nada.

 - Então tá. - falei me afastando.

  Subi para meu quarto, pois tinha muito dever de casa pendente. Sentia-me muito estranha. Um dos motivos pelos quais eu me refugiei no quarto foi para tentar entender o que se passava. Eu me sentia... Feliz. E isso era bom, em meio a tsunami de estresse que me atacava.

  Ainda tentava entender porque estava assim, porém, balancei a cabeça numa tentativa de esquecer isso e voltei a atenção para meu dever de cálculo.

 - Hey.

  Beckett entrou no quarto.

 - A Mallorie não te ensinou a bater antes de entrar?

  Ignorou meu comentário.

 - Tá ocupada?

 - Fazendo meu dever, e o que isso te importa?

 - Entediado.

 - Nossa, parabéns! Para passar o tédio você vem aqui me perturbar, não é?

 - É essa a intenção. - piscou.

  Jogou-se na minha cama e tentei empurrá-lo com os pés, mas ele era mais forte e segurou.

 - ME SOLTAAA!

 - Se você prometer não chutar minha cara...

 - Ok. - bufei.

  E ficou lá. Eu tentava estudar e ele sempre ficava perguntando coisas sobre mim. Podia tê-lo mandado embora, contudo, não consegui. De alguma forma, eu acabei gostando daquele interrogatório e não queria admitir para mim.

 - Por que você estuda deitada? Minha mãe dizia que assim tudo que você aprende vai pro pé.

 - Isso não faz sentido. - dei uma risada. - Então deve ser por isso que você é tão babaca!

  Fechei meu livro e o guardei na mochila.

 - Já acabou?

  -Já,agora pode sair da minha cama? - retruquei.

 - Não, aqui é muito confortável!

 - Você não tem mais o que fazer não? Sai daí! - o empurrei com força, na tentativa de fazê-lo cair. Infelizmente, ele me puxou e acabou rolando por cima de mim.

  Nesse momento eu senti o tempo parar. O silêncio tomou conta. Pela primeira vez reparei em seus olhos: eram de um castanho meio esverdeado. Nunca tinha notado como eram bonitos. Eu sentia que meu ritmo cardíaco tinha se alterado e estava bem consciente do nariz dele encostando-se ao meu, entretanto, alguma parte de mim, talvez o anjinho que fica pendurado no nosso ombro, me fez soltar:

 - Você é pesado,sabia?

  Ele arregalou levemente os olhos, sorriu com todos os dentes à mostra e saiu de cima de mim, caindo ao meu lado.

  Soltei o ar – não tinha percebido que havia parado de respirar - e fechei os olhos, mordendo os lábios.

  O que tinha acabado de acontecer?

  As vozes dos adultos ecoaram no andar de baixo. Levantei-me apressada, como se fosse pega fazendo algo errado.

 - Sai daqui! - empurrei Beckett quarto afora, temendo que nossos pais subissem as escadas.


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Notas finais do capítulo

Hohohohoho, coisas começando a esquentar!*parei*
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