Love And Hatred escrita por Mary Ayumi


Capítulo 19
Mentiras não duram para sempre


Notas iniciais do capítulo

Ok, sei que demorei muito desta vez, mas como eu estava super atarefada no meu curso de mangá e na escola, nem pude postar ^^ Na verdade eu nem ía terminar esse capítulo hoje, mais como recebi uma mensagem super animadora da fan_s resolvi postar ele de uma vez, por isso agradeçam à ela pelo capítulo xD RSRS. Enfim, Boa leitura!



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- Ino, vamos parar para comer alguma coisa. - Gaara mandou em um tom repleto de cansaço vendo a loira andar pelos corredores da loja de roupas infantis com os braços cheios de vestidos, macacões, e sapatinhos. Ino arfou convencida depois de três horas e meia de compras.

- Tá senhor kazekage, vamos... - Respondeu irônica puxando Gaara para fora da loja depois do ruivo pagar as roupinhas que havia comprado. Não eram poucas, mais o Sabaku tinha que confessar que amava Ino e se a deixava feliz comprar roupas para os sobrinhos, tudo bem. Foram comer num restaurante típico de Suna, e o casal ficou numa ala afastada já que por mais que soubesse que Ino gostava de estar em lugares cheios e movimentados, ele não. E isso, era uma coisa impossível de mudar.

Estavam terminando sua refeição quando o celular de Gaara vibrou no bolso da calça. O pegou antes que começasse a tocar estridente.

- Sabaku no Gaara, pois não? - Murmurou sério ao atender.

- Gaara, onegai corra para o hospital no centro de Suna... - Shikamaru dizia afobado do outro lado da linha, e devido a respiração ofegante Gaara tinha certeza que estava correndo.

- Mais o que aconteceu? - O Sabaku respondeu sério levantando-se rapidamente vendo o olhar preocupado de Ino sobre si. Enquanto esperava a resposta pode ouvir gritos de mulher, e Shikamaru dizendo "Calma, tudo vai ficar bem."

- Temari está dando a luz! - O rosto do kage enrijeceu o celular caiu das mãos que não o obedeciam mais, correu puxando Ino até a mercedes conversível que estava no estacionamento do restaurante.

- Corra o mais rápido que puder para o hospital de Suna. - Gaara ordenou ao motorista enquanto entrava no carro sério porém ainda meio em choque com a notícia inesperada. O motorista de uniforme azul marinho assentiu e acelerou o carro.

- O que está acontecendo Gaara? - Ino perguntou preocupada se ajeitando no banco de trás do automóvel para fitar o rosto marmorizado do ruivo.

- Temari vai ter os bebês.

Ino levou as mãos à boca em sina de surpresa, arfou abafado esquentando as mãos com o hálito e piscando rapidamente para lubrificar as pupilas arregaladas. - Kami-Sama, vamos logo! - Os dois desencostaram as costas do banco mostrando toda a impaciencia que sentiam em permanecer alí.

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Ino e Gaara corriam pelos corredores brancos do grande hospital. O ruivo conferiu o relógio de pulso. Tinha certeza que à essa hora Temari já estava indo para a sala de parto. Ino conferia as portas das salas de espera. 312, 315, 320, 328 é, era essa! Entraram na sala 328 deparando-se com Shikamaru e Kankurou se despedindo de Temari que era levada na maca por três enfermeiras devidamente vestidas com os típicos uniformes brancos.

- Tema! - Ino gritou se aproximando da amiga que chorava e soava frio. Depositou um beijo em sua testa e deu um sorriso confiante. - Tudo vai ficar bem... fique calma! - A Sabaku apenas assentiu com um sorriso e foi levada para sala de parto. Shikamaru andava de um lado para o outro com a mão na cabeça enquanto falava consigo mesmo.

- Vamos Shika, pelo menos sente-se um pouco... Ela está bem. - Ino murmurou batendo no lugar vazio ao seu lado no sofá. Já faziam uma hora e meia que Temari foi para sala de parto, e também já faziam uma hora e meia que Shikamaru não se sentara nem por um minuto.

- Desse jeito vai fazer um buraco no chão. - brincou Kankuro. Ele e Gaara também estava apreensivos porém, permaneciam bem mais calmos que Shikamaru.

- Ino, estou preocupado. - Confessou Shikamaru sentando ao lado da Yamanaka e descansando a cabeça em seu ombro. - Estou muito preocupado...

- Eu sei Shika... mas, logo vamos ter dois preguiçosinhos estratejistas com a gente. - Disse rindo despertando um sorriso de canto em Gaara e um riso histérico em Kankuro. Mais meia hora se passou até que uma enfermeira entrasse na sala trazendo notícias.

- Família Sabaku? - Perguntou conferindo o nome na prancheta. Shikamaru se levantou em um pulo.

- Sim, sim. Como está minha esposa? Está bem? - O Nara perguntou ansioso aproximando-se da enfermeira de cabelos perolados que lhe sorriu colocando a prancheta em baixo do braço.

- Venham ver vocês mesmos... - Murmurou e saiu da sala. Gaara, Ino Kankuro e Shikamaru a seguiram e ela abriu a porta de um quarto ao lado do que estavam. O quarto com paredes azuis-clara e teto branco, tinha um grande sofá de couro bege e uma televisão à frente da cama onde Temari estava deitada envolta em uma manta branca.

- Olá Tema... como está? - Ino perguntou afagando os cabelos loiros da cunhada que sorria com os orbes verdes cansados.

- Estou bem Ino-chan... - Susurrou em uma voz quase inaudível. Assim que Shikamaru se aproximou ela abriu um grande sorriso e estendeu os braços para abraçá-lo. - Eu te amo Shika-preguiça...

- Que bom que está bem minha loira problemática... - Shikamaru respondeu dando um beijo em sua tsuma [N/A: Esposa]

- Acho melhor nós deixarmos eles à sós. - Gaara disse saindo da sala puxando Ino e Kankuro. O das marionetes bufou mais obedeceu o irmão, os três seguiram a enfermeira até o berçario onde vários bebês choravam e, bem... faziam coisas de bebês.

- São aquelas fofurinhas alí...  - A enfermeira apontou para dois berços onde um menininho de ralos cabelos loiros e olhos castanhos gritava e fazia manha, e ao lado uma menina de curtos cabelos castanhos dormia profundamente.

- Dois problematiquinhos... - Shikamaru susurrou ao se aproximar de Kankurou, enquanto Ino e Gaara fitava os filhos com os olhos brilhando. - Não são lindos?

- Claro que são...São lindos! - Ino murmurou sorridente abraçando Shikamaru que já tinha lágrimas nos olhos. - E aí Shika, quando a mamãe deles vai ter alta?

- Talvez Temari saia daqui dois dias. - O Nara disse animado se aproximando do vidro que dividia o berçario do corredor movimentado. Os bebês trocaram sorrisos cúmplices com o pai, que não via a hora de ter os 'filhotes' em seus braços.

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Já faziam uma semana que os bebês Nara Sabaku No vieram para casa, todos estavam muito animados com a chegada dos pequenos. Por mais que Gaara quase nunca ficasse sozinho com os dois o tio demonstrava sentimentos por eles.

- Ino, acho que esse pestinha fez alguma coisa na fralda... - Gaara exclamou enojado tirando Eiko do colo e o levantando para mostrar a esposa a expressão marota que o bebê fazia. Odiava quando a irmã fazia isso! Temari havia saído com Shikamaru para comprar mais fraldas para os filhos, deixando Ino e Gaara como babás. "Isso é o cúmulo!" - O ruivo pensou mostrando a língua para Eiko que parecia rir de sua expressão de nojo.

- Gaara, não chame Eiko de pestinha! - A Yamanaka advertiu enquanto dava a 'papinha' de Hana que melava toda a boca. - Ei Hana! Não faça isso! - Exclamou tirando a mão da menina que puxava seu cabelo. - Gaara, cuide disso sozinho, estou muito ocupada!

- Não sei trocar fraldas! - O Sabaku gritou perplexo. - Eiko pode esperar até os pais deles chegarem. - Disse por fim colocando o sobrinho no 'cercadinho' de madeira com vários brinquedos.

- Gaara como você quer ter filhos se não consegue nem cuidar dos próprios sobrinhos! - Ino murmurou limpando a boca de Hana que esfregava os brilhantes olhos verde que herdara de Temari.

- É diferente Ino. - Gaara respondeu voltando à se sentar no sofá de couro branco. Ino suspirou e colocou Hana com Eiko no cercadinho.

- Ok, Gaara. - A loira deu-se por vencida selando os lábios do marido. - Hmm... Kankurou ainda está dormindo? - Olhou o relógio prateado na parede da sala. - Já são onze e meia da manhã!

-  Ele nem dormiu em casa hoje! - Resmungou Gaara massageando as têmporas para se acalmar. - O que irão pensar da família Sabaku no se Kankurou não sai de bares e festas?

- Tudo vai ficar be-. - Ino foi interrompida pelo toque da campainha, prontamente a governanta Kimiko foi até a porta para abrí-la. Sasori mantinha um sorriso cordial para a empregada que observava o ruivo com trajes casuais parado à sua frente.

- Olá, Ino está? - a voz de Sasori saiu rouca e a empregada assentiu sendo simpática.

- Está sim senhor. Só um minuto que vou chamá-la. - Kimiko caminhou até o sofá e chamou Ino que foi até a porta prontamente antes de escutar os resmungos de Gaara de coisas como: "Ele não é confiável." e blá, blá, blá. Sorriu ao ver Sasori escorado no batente de madeira mogno da porta.

- Ohayo Sasori. - a loira deu um abraço no amigo que respirou fundo absorvendo o perfume de rosas. - Faz muito tempo que não o vejo.

- É, andei ocupado ultimamente. - Sorriu torto e lançou um olhar para dentro da casa, ou melhor, para Gaara que mesmo sentado no sofá mantinha sua expressão carrancuda de completo desagrado. - Hmm... gostaria de conversar com você em particular, pode ser?

- Claro. - A Yamanaka deu passagem para o rapaz que a seguiu silencioso até o escritório. Gaara exitou deixar os dois naquele escritório sozinhos com sofás e almofadas confortáveis. Arfou, mais confiava na esposa... argth! que se dane a confiança ele estava morrendo de ciúmes e tinha que admitir que aquele Sasori cabeça de fósforo só piorava seu quadro. Enquanto isso, Ino se acomodou na cadeira do escritório onde Gaara passava a maior parte do seu dia enquanto via Sasori sentar à sua frente numa das duas cadeiras de um clássico veludo preto.

- Ino... você está feliz? - ele não pestanejou nem usou meias palavras, apenas foi direto ao ponto dizendo aquilo que temia ter como resposta um "Sim."

- Sasori, não sei em que assunto quer chegar mais, se for em meu relacionamento com Gaara, a resposta sem dúvida é sim. - Ino se ajeitou na cadeira estreitando os olhos para o autor da pergunta que para ela era sem cabimento nenhum. Ele já sabia disso, amava Gaara e seria para sempre assim.

- Bom... encontrei Kankuro uma noite dessas em um bar e ele estava totalmente bêbado. Enfim, ele me contou algo sobre seu casamento...

- Meu casamento? - Ino franziu o cenho segurando o queixo entre as mãos. - O que Kankuro tem a ver com isso?

- Ino... - O ruivo gemeu o nome da Yamanaka e suspirou antes de jorrar o balde de verdades na loira que o fitava com um semblante curioso e perplexo. - Gaara só se casou com você porque foi obrigado...

- O QUE? OBRIGADO? COMO ASSIM? - Exautou-se levantando da mesa em um pulo como se fosse uma cadeira elétrica lhe atingindo com uma descarga de 200 mil volts. - Gaara, não foi obrigado por ninguém!

- Sinto muito Ino, mais é a verdade. - Sasori segurou o riso que queria lhe escapar pela garganta, porém manteu a pose séria por mais que sua vontade era de gargalhar e agarra-la alí mesmo. - Quando Kankuro estava bêbado me disse que Gaara recebeu uma carta do conselho de ansiãos o obrigando a casar em uma semana porque só assim ele se tornaria Kazekage. Ah, você é uma pessoa tão inteligente; como nunca se contestou sobre porque ele resolveu se casar tão cedo.

Ino suspirou duvidando da história que acabara de ouvir. Sentou-se denovo mantendo a pose casual e despreocupada que nesse momento, não tinha certeza se estava ou não funcionando.

 - Sasori, você disse que Kankuro estava bêbado. Como tem certeza que essa história é verdade? Ele podia estar delirando. - arfou cruzando os braços, por mais que sua vontade fosse de sair correndo dalí e procurar por verdades e não por especulações.

- Não estou aqui para discutir os problemas de Kankuro com a bebida, e não acho que bêbados inventam histórias, só não omitem verdades. - O ruivo concluiu se levantando e caminhando até parar ao lado de Ino que parecia imóvel como uma estátua de mármore. - Ino, amo você o suficiente para não conseguir dormir pensando na mentira que é a sua vida. Era obrigado à dizer a verdade, sabe que odeio ver minha menininha sofrer. - Deu um beijo no rosto de Ino que continou com os olhos fixos em um ponto qualquer da parede oposta. - Espero que agora possa me enxergar; estarei a disposição sempre que prescisar. - e ao dizer isso Sasori saiu do escritório deixando Ino pasma. Uma lágrima escorreu de sua face, salgando a pele alva que irradiava beleza. Respirou fundo e foi em busca de verdades.

Ela o amava, isso era-lhe claro, mais porque então não deixar tudo do jeito que estava? Ela não se incomodaria em ouvir apenas um 'Desculpe' mais tudo não era tão simples assim, as coisas nunca foram e nunca serão simples para eles. Ela teria que encarar a verdade por ela, por Gaara e pelo fruto dos dois.

                                                Mentiras não duram para sempre
                                                      (Lies do not last good)

                                                Momentos bons não são eternos
                                               (Moments good are not perpetual)

                                                  Porém, os ruins também não
                                                  (However, the bad ones also)

                                                 Acredite, isso tudo vai passar.
                                       (Do not believe, this everything go to pass.)


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo foi quase uma "introdução" para o próximo... Espero que tenham gostado. Deixem reviews *-* Beijos e até o próximo >.



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