Aquela perseguição já durava mais de três dias e a garota estava no limite das suas forças. Seus perseguidores eram incansáveis, eles começaram a caçada no País da Terra, contudo ela tinha se distanciado tanto que provavelmente não estava mais em sua terra natal, provavelmente se encontrava agora num país vizinho pequeno ou quem sabe em alguma nação mais vasta?

 Ela não tinha tem para ficar pensando onde era a sua localização. O que importava agora era que se encontrava numa floresta bastante densa, algo que poderia encontrar algum bom local para se esconder. Quem sabe uma caverna? Mas a sua missão agora era ficar na o máximo possível se camuflando através das árvores já que um dos seus inimigos aparentemente poderia voar.

 Após alguns minutos revezando entre saltar entre as árvores e correndo ela finalmente encontra um bom esconderijo. Uma caverna bem escondida através de algumas moitas, o local perfeito para se esconder.  A garota não perde tempo e vai se esconder ali.

  A caverna não era exatamente o lugar mais aconchegante para se viver. Ela era escura na maior parte, tinham algumas estalaquitites, mas apesar de tudo, tinha uma pequena goteira que não parava de fornecer uma fonte pequena, contudo, constante de água. Abaixo da goteira já tinha se formado uma poça de aproximadamente 30 centímetros.

 Ao se aproximar da poça, a garota olha o sue próprio reflexo após esse longo período de perseguição. Sua pela morena já tinha um aspecto meio pálido, o seu cabelo que tinha uma cor exótica verde tinha alguns galhos presos nele e também um pouco de terra. Depois disso ela percebeu que tinham mais gostas caindo na poça, foi que percebeu, não eram gotas do buraco, mas sim lágrimas que escorriam do seu rosto. Depois de longos dias lutando para sobreviver, essa é a primeira vez que se permitiu demonstrar medo. Uma sensação de desespero começa a tomar conta de seu corpo.

- Por que... P-Por que isso tem que acontecer comigo. – ela sussurra pra sim mesma enquanto começa a soluçar.

 O choro durou mais alguns minutos e depois ela se encostou na parede da caverna e começou a dormir. Um lixo que ela não pudera ter durante os últimos três dias. Estranhamente ela começou a sonhar, no sonho se lembrava de sua vila natal, como as pessoas a desprezavam e a tratavam com ódio, a chamavam de monstro... Até mesmo a sua família, ela fora renegada pelos seus próprios pais. Um dia ela então resolveu fugir e para além das montanhas rochosas que haviam perto de sua vila.

 O sol se esvaíra da floresta e tudo fica escuro. E nesse momento a garota acorda. Embora agora ela estivesse descansada e sem sede ainda tinha fome, contudo, o seu medo de sair da caverna e acabar numa emboscada novamente. Mas no final a vontade de comer algo foi maior – afinal pegar algumas frutas e raízes não deve ser algo muito demorado?- ela pensou.

Após marcar bem o caminho por onde tinha que voltar para o seu esconderijo, a morena começou a procurar nos arbustos por algum tipo de fruta comestível.

 Ela acha algumas amoras e conseguiu achar algumas folhas e raízes que ela sabia que eram comestíveis. Esse era uma vantagem que ela tinha por viver sozinha, por forças maiores teve que começar a aprender sobre essas coisas para sobreviver.

 A fome era tanta que a morena pôs se a comer por ali mesmo. Tudo estava tranquilo, a única coisa que se podia ouvir eram alguns insetos e morcegos e nada de diferente. Enquanto ela comia, uma espécie de rato albino aparece e começa a se aproximar dela.

 “Ele só deve estar com fome” – ela pensou estendendo alguma das amoras para o pequeno roedor que foi se aproximando lentamente para perto.

“Cuidado! É uma armadilha!” – uma voz gritou na sua menta fazendo a sua cabeça latejar.

- Te peguei! “Katsu”! – uma voz berra vinda das árvores.

 Ao perceber o que iria acontecer ela tenta correr, mas antes que pudesse escapar, o roedor explode e arremessa o corpo da morena por três metros e ela atinge o tronco de uma árvore. Ela esta semiconsciente, mas consegue ver os seus agressores. Dois homens vestidos com uma manta preta com nuvens vermelhas e usava chapéus de palha, o primeiro deles era loiro e tinha uma franja gigante, o segundo era corcunda e baixinho.

- Deidara... Você que matar a Jinchuriki? – o corcunda o repreende. A voz dele era rouca e baixa, o tipo de voz que deixa a pessoa assustada só de ouvi-la.

- Não implique com a minha arte Sasori-senpai. – o tal de Deidara fala. – Mas veja parece que a pirralha ainda ta acordada.

  Por traz do corcunda começa a surgir o que parece ser uma espécie de cauda metálica. Ela começa a se estender até a garota e envolver o corpo dela, em seguida começa a pressioná-la começando a forçar o pulmão dela gerando uma sensação de sufoco.

- S-SOCORRO! – Ela consegue berrar usando todas as suas forças que lhe restavam. Após isso ela começa a perder todos os seus sentidos dessa vez desmaia.

- Hunf... Depois reclama da minha arte... – Deidara resmunga. – Senpai hipócrita.

 Sasori parece ignorar o comentário de seu aliado. Ele levanta a garota com a cauda e começa seguir caminho para fora da floresta.

- Vamos embora Deidara... Temos que entregar essa garota o mais rápido possível. Mas o corcunda larga a morena no chão ao perceber que algo estava vindo à sua direção. Uma chuva de kunais que foram defendidas com a cauda metálica.

 Vultos começam a aparecer pelas árvores cercam os dois inimigos.

- Ótimo... Agora temos os babacas de Konoha na nossa cola. – Deidara fala. – Essa pirralha correu tanto que nós acabamos chegando ao País do Fogo.

 Os ninjas eram ANBUS de Konoha e tirando o fato deles estarem usando máscaras de animais diferente, o resto de suas vestes eram idênticas.

- Escutem bem, nós não temos nenhum problema com seja lá quem vocês sejam, contudo, essa garota esta gritando por socorro e seja lá quem ela for, vocês não tem direito de capturá-la nas terras do País do Fogo. – o homem que parecia ser o capitão da equipe ANBU os avisa. Ele usava uma máscara canina.

 Deidara começa a gargalhar e abre as suas mãos que antes estavam fechadas revelando haver bocas nas palmas delas.

- Idiotas! – Preparem-se pra ver o porquê da minha da arte ser um estouro!

- Não seja muito afoito, se nós fizermos muito alarde, provavelmente chegarão mais deles aqui. – Sasori o adverte.

Dos membros da ANBU, um deles parecia estar mais irritado com a situação como se aquela covardia feita com a garota lhe desse uma sensação de “dèjá vu” estranha. Ele usava um tipo de máscara atípica para um ANBU, uma máscara de raposa.

- Vocês vão pagar por terem machucado essa garota seus malditos. – ele rosna para os homens misteriosos.

- Não perca a calma! – a única garota dos ANBUs o adverte.

 Deidara ri para o ANBU enraivecido

- Gostei de você moleque, vai ser o primeiro que eu irei matar! – ele fala fazendo as bocas em suas mãos cuspirem vários pássaros albinos que pareciam ser feitos por uma espécie de argila. – Irei te mostrar o poder da minha arte!

- Cuidado! – o capitão do grupo o adverte.

 Os pássaros começam a perseguir o ANBU de máscara de raposa. O garoto era bem rápido, contudo os animais de argila eram muitos e o cercaram. No que pareceu uma medida desesperada ele arremessa uma kunai contra Deidara, contudo ela acerta os pés do ninja agressor.

- E você ainda e diz ser um dos ninjas especiais de Konoha?! Que vila patética! – Deidara debocha da atitude do ANBU. – Desapareça lixo! “Kat...”

Antes que ele pudesse terminar a frase, de algum modo o ninja com a máscara de raposa se teletransporta para onde a kunais estava e acerta um gancho no queixo do loiro fazendo-o levantar alguns centímetros do chão e cair de costas nele.

- M-Mas o que diabos foi isso... – Deidara fala espantado com o ataque.

- Essa técnica... Não há duvidas! – até mesmo Sasori fica espantado com o que vê.  – Essa foi a técnica do Deus Relâmpago do Yondaime Hokage...

 (Continua)