A Prometida escrita por AnaChristina


Capítulo 1
Notificação


Notas iniciais do capítulo

Twilight não me pertence...
Boa Leitura



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Pov Bella

Era meu aniversário de 17 anos, o dia começou normal, o sol brilhando no céu, podia-se ver o horizonte atrás das colinas de Arezzo, e o clima está bastante agradável, levantei, fiz minha higiene, coloquei o blushê, o espartilho e um vestido amarelo claro, simples.

- Vem cá, eu cuido do seu cabelo. -disse Ângela entrando no quarto.

Ângela era minha melhor amiga e minha dama de companhia também, meu pai, Sir Charles Swan,era um proprietário de terras muito conhecido pela quantidade de bens que ele possuía.

Olhei para meu rosto no espelho, enquanto Ang fazia uma trança simples em meu cabelo castanho escuro.

-Às vezes eu tenho inveja de Jéssica e Lauren.-eu comentei.

-Eu sei disso, só porque elas são loiras, atraem a atenção dos homens da corte e nós que somos morenas, somos deixadas de lado, você sabe o que eu penso sobre o assunto minha amiga.-ela respondeu, concentrada em meus fios rebeldes.

Suspirei, olhando novamente pela janela, de longe, podia ver Luke correndo com os potros que nasceram a cerca de uma semana, ele sempre fazia isso com os recém-nascidos.

-E você não tem que se preocupar com isso Bella, sabe muito bem, que muito antes de você nascer, já havia sido prometida em casamento.

-Eu sei,e isso me preocupa, Renée comentou comigo que o casamento será no mês que vem, por motivos familiares, os Cullen não poderão vir até a Itália, então o casamento será celebrado lá.

Ângela terminou com minha trança, e apoiou-se na penteadeira, de frente pra mim.

-Por mais que Charlie e Renée te amem, eles não irão se abalar daqui até la, é muito longe.

-Eu também sei disso!-falei exasperada.

Doía-me saber que eu ia me casar com alguém que eu nunca vi na vida, e doía mais ainda, saber que eu ficaria longe de casa.

-Eu estarei contigo. -ela disse baixinho, prevendo minha mudança de humor. – Você não terá seus pais ao seu lado, mas pensa pelo lado positivo, você terá a mim e Lauren e Jéssica estarão muito longe para importuná-la.

Eu olhei nos olhos claros de Ângela, podia ver a diversão ali e via que ela segurava os lábios, fazendo força para não rir.

Ela tinha certo desentendimento com minhas irmãs e sempre que podia, arranjava alguma forma de alfinetá-las.

-Eu ainda não entendo, mesmo depois de anos, essa sua richa com minhas irmãs.

-Você que é inocente demais, Jéssica e Lauren pintam o set, fazem o que bem entendem, e ainda são as filhas perfeitas, e elas nunca te trataram bem Bella.

-Claro que tratam, são minhas irmãs, elas me amam, assim como as amo!

Ângela negou em silencio, mas logo batidas na porta, chamaram nossa atenção.

-O café está na mesa meninas!-avisou Rita, nossa governanta.

Nós terminamos de arrumar algumas coisas e saímos do meu quarto, indo em direção a sala de jantar, onde o café estava sendo servido.

-Bom dia meninas. – disseram Renée e Charlie ao mesmo tempo.

-Atrasada como sempre! – disseram Jéssica e Lauren.

Ângela suspirou em sua cadeira, mas continuou a servir-se.

Jéssica era a mais nova das três, tinha os cabelos loiros e lisos de Renée, os olhos, eram de um azul profundo, como dois Mares Jônicos, ela tinha o corpo escultural, que habitava a mente dos poetas de nossa época, aquele corpo que algumas tinham a sorte de ter, e que eu, não fazia parte das sortudas.

Lauren, era a mais velha, também havia puxado Renée, os cabelos loiros e lisos, os olhos azuis, uma pele cor de creme, e mais uma vez, aquele corpo, que as poucas sortudas tinham.

As duas puxaram a beleza de Renée, menos eu.

Eu tinha que ser a filha do meio, puxara o lado de Charlie em mim, os cabelos escuros e ondulados, os olhos num tom chocolate estranho, e a pele estranhamente pálida, sem contar, que meu corpo não era nem um pouco atraente, meus seios, tinham um tamanho não muito chamativo, e as poucas curvas que tinha, eram escondidas pelos vestidos que eu usava.

Mas eu devia agradecer, ao contrário de minhas irmãs, eu puxara a inteligência de Charlie, adorava ler, devorava qualquer livro que estava em minha frente, e não tinha preguiça de aprender coisas novas, caso alguém estivesse disposto a me ensinar.

Mas como Ângela dissera muitas vezes, eu devia gostar de mim mesma, não precisaria fazer diversas viagens a corte, esperando agradar algum homem decente, capaz de vir até meu pai e pedir minha mão em casamento, seja por minha beleza, o que eu achava raro, ou o mais provável, pelo valor do dote.

Eu já estava prometida em casamento antes de nascer, me casaria após o meu aniversário de 17 anos, significando, que a única preocupação que eu teria, era agradar meu marido, e dar os filhos que ele gostaria de ter.

-Não sejam tão duras com Isabella meninas, hoje é o aniversário dela.

-Grandes coisas. -murmurou Jéssica comendo sua maçã.

-Parabéns Bells. – disse meu pai, sorrindo para mim do outro lado da mesa.

Eu acenei com a cabeça e continuei comendo em silencio.

Renée estava certa, era meu aniversário e motivo de festa,se não fosse pelo fato de que daqui a um mês seria meu casamento, e essa noticia parecia correr por minhas veias, como morfina. Queimando.

-A propósito querida, recebi uma carta de Sir Carlisle Cullen, você irá ter de viajar hoje!-comentou Renée.

Eu estanquei, hoje? Hoje? Hoje? Não era mês que vem? Como assim Hoje????

Ângela estava tão surpresa quanto eu, mas ela manteve sua postura e apertou minha mão debaixo da mesa.

-Eu sei que é uma surpresa Bells, mas o inverno está chegando, e Sir Carlisle afirmou, que daqui a um mês,a estrada estará inacessível devido a neve, ele está certo, o melhor a se fazer, é ir agora.-ele me disse.

Charlie não demonstrava sentimentos, como nenhum outro pai que eu conhecia, mas ele era o melhor pai que eu conhecia, me ajudava no que precisava e estava sempre disposto a me escutar, seu olhar me dizia o quanto ele estava triste com a separação, ele tinha essa estranha mania de me chamar de Bells e sempre comentava para todos que queriam ouvir, que eu era seu maior orgulho, pois eu havia sido a única filha a puxá-lo, eu duvidava que isso fosses verdade, para mim, essa era a forma que ele encontrava, pra tentar fazer eu me sentir bem, por ser a ovelha negra da família.

Uma garota simples, sem atrativo nenhum, que carregava o sobrenome Swan por pura ironia do destino, já que eu fui a única gravidez que Renée não havia programado.

Lauren e Jéssica me olharam, eu via seus olhares, um misto de pena e diversão, elas eram minhas irmãs, eu as amava e elas tinham tudo que eu não tinha: beleza.

-Tudo bem!-eu comentei, terminando minha refeição.

-Nellita, avise a Luke para preparar a carruagem, enquanto isso, Rita prepare uma refeição, a viagem será longa e Ângela, ajude Isabella a arrumar as malas, ela irá partir dentro de uma hora.

Fui tomada pelo horror, e dessa vez, nem Ângela foi capaz de me acalmar.

Renée deu as ordens com a maior naturalidade do mundo, ela nem se importou com o fato de eu ir para um lugar muito distante e que provavelmente, nunca mais os veria na vida.

Mas eu tinha que segurar o pingo de orgulho que me restava, levantei da mesa, acenando aos outros e fui para meu quarto acompanhada de Ângela.

-Nós duas seremos muito felizes, você verá!-disse Ângela, me abraçando.

Não demorou nem alguns minutos, arrumamos minhas malas e Ângela foi para o quarto dela, arrumar as delas.

Me sentei na minha cama e fiquei olhando a vista através da janela.

Ouvi batidas na porta, e logo, Charlie estava sentado ao meu lado.

-Sentirei sua falta Bells. -ele comentou baixinho. – Só prometa que irá vir me visitar sempre que puder.

Era demais para mim, meu aniversário de 17 anos estava pior do que eu esperava, abracei meu pai e deixei algumas poucas lágrimas caírem.

-Eu também vou sentir saudades. -sussurrei.


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Notas finais do capítulo

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