Tentando Mckinnon escrita por Miller


Capítulo 3
Ligações irritantes, beijos e músicas idiotas².


Notas iniciais do capítulo

Eu sei que demorei. De novo. Mas essa não era a única fic que eu tinha que atualizar. Todas as minha fics estavam atrasadas depois do meu computador ter estragado e ainda por cima eu fiquei doente.
Agora, finalmente eu postei aqui e já aproveitei que estava bastante criativa e escrevi o próximo capítulo também. O que significa que é só ter recebido reviews suficientes neste capítulo que eu posto o próximo que vai ser o último dessa Shortfic.
Mil desculpas de novo.
Aproveitem o capítulo.



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E seus braços passeavam por minhas costas fazendo todos os pelos de meu corpo arrepiarem e calafrios me atingirem um atrás do outro não deixando espaço para minha respiração. Eu separei nossos lábios e procurei por ar em algum lugar. Eu precisava de oxigênio, mas parecia que meus pulmões não entendiam isso.

Mas no momento em que meus pulmões decidiram agir como bons moços eu percebi o que eu tinha feito. Ou melhor o que aquele cachorro infeliz tinha feito eu fazer. Qual é? Ele assim, todo sem camisa e todo sorriso safado e covinhas, como você acha que eu poderia suportar ficar tãão perto de alguém assim e não agarrar ele? Fala sério, eu até posso ser virgem e tals mas eu tenho certeza que pra santa eu não sirvo!!

Empurrei ele que continuava ofegante - embora sorrisse com aquele sorriso paralizador de corações - e ele meio que cambaleou para longe.

Me encarou confuso, mas logo seu sorriso safado apareceu em seus lábios.

– Que foi McKinnon? Não gostou dos meus beijos? - ele perguntou tirando o cabelo que caia por seu rosto (um movimento que não deveria parecer tãão tentador aos meus olhos aliás!).

– Não - eu falei, indo até onde minha bolsa estava e praticamente metendo minha cara dentro dela para não ter que encarar aquele ser desprezivelmente gostoso e tentador.

– Não? 'Não eu não gostei dos seus beijos' ou 'não, não foi isso'? - ele perguntou franzindo a testa.

– Não eu não gostei dos seus beijos e não chegue perto de mim - eu falei achando o que procurava - meu celular.

– Porq... - mas eu fiz um gesto pedindo silêncio enquanto digitava o número da minha - traidora - amiga.

Alô? - falou a voz da Lily do outro lado.

– Lily!! pelo amor de todos os santos que existem nesse Universo!! Abre a porta - eu implorei no telefone.

Pude escutar um barulho como de sucção e um tapa vindo do outro lado da linha.

Sai Potter!! E Lene, eu não vou abrir a porta ok? Vocês dois precisam se entender. Já tô cansada das... EU DISSE PRA SAIR POTTER!!!

– Calma ruiva! Eu só tô tentando fazer alguns carinhos em você! Não precisa bater em mim - James. Ele não desistia nunca? Parece que não.

– Lily! - eu chamei.

– Sai!!! Ok, Lene, como eu tava dizendo, vocês precisam se entender, já não dá mais pra aguentar vocês brigando toda a hora. Vocês só vão sair dai quando tiverem se entendido.

Desespero tomou conta do meu corpo.

– Lily!! Mas se a gente não se entender? - eu perguntei, minha voz saindo alguns tons mais altos do que o normal.

Bom, ai vocês vão ficar ai pra sempre não é mesmo? O único jeito é vocês se entenderem Lene. No hay nada más!– E aquela vadia se dizia minha amiga?

– Lily?

Hmm?

Então se eu sair daqui e te aprisionar com o James em algum lugar bem apertado e escuro você não vai ficar brava comigo se eu alegar que eu tô de saco cheio das brigas de vocês?

Vai a merda Lene!

E ela desligou. Desligou!!! E me deixou mais uma vez presa aqui nesse banheiro, pra virar ração pra cachorro. Eu a odeio!!!

– Que foi Lenezinha? A sua amiga ruiva não vai vir te salvar do lobo mau? - falou a voz do Black, pavorosamente perto da minha nuca.

Me virei rapidamente e me deparei a centímetros de distância daquela boca carnuda e safada do Black. Eu engoli em seco. Ele riu.

– Me parece - disse ele chegando sua boca mais perto da minha e roçando nossos narizes - que alguém aqui - e mordeu minha bochecha perigosamente perto da minha boca - não é tão frio quanto aparenta ser - ele falou a última frase sussurrando em meu ouvido, fazendo tanto meus batimentos cardíacos quanto minha respiração acelerar.

– Black - eu sussurrei também perto de seu ouvido, o fazendo se arrepiar. Desta vez quem sorriu fui eu - porque você - agora eu mordi seu lóbulo o fazendo gemer - não vai - desci minha boca para a base de seu maxilar e o mordi também, arrancando um suspiro pesado dele - pastar? - perguntei o empurrando contra a pia fazendo-o bater com força contra o mármore frio.

– Ai - ele falou passando as mãos por suas costas.

– Eu disse pra você não chegar perto - eu falei sorrindo vitoriosa. 1 a 0 para Lene!!

Ele apenas deu de ombros e sentou em cima da pia.

Virei as costas para ele e segui remexendo na minha bolsa à procura de alguma coisa que pudesse me tirar dali de dentro. Afinal, não era meu sonho ficar trancada em um banheiro com um cachorro potencialmente perigoso. E que mordia. Mordia muito. E eu gostava. E eu acho que minha mente deve parar de pensar nessas coisas potencialmente perturbadoras.

– Lálálálálálálálá... - a raiva borbulhou em meu estômago quando eu ouvi aquela voz estúpida cantarolar essa músiquinha mais estúpida ainda, fazendo com que ecoasse por esse banheiro estúpido e me deixasse mais louca da vida.

– Black - eu falei, minha voz ligeiramente trêmula, não conseguindo esconder a raiva que eu sentia.

– Lálálá... Hmm? - ele perguntou me olhando com uma cara de nada.

– Dá pra você parar de cantarolar essa musiquinha? - eu perguntei. Ele ergueu as sobrancelhas. - Por favor! - eu pedi.

Ele sorriu e saiu de cima da pia vindo em minha direção. O que fez eu prender a respiração. E o que também fez eu me odiar pra sempre.

Ele pegou uma mecha do meu cabelo e a arrumou atrás da orelha.

– Não - ele respondeu simplesmente. - Lálálálálálá.... - 1 a 1.

Grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr.

Fechei meus olhos e respirei muiiiito fundo. Fiz de tudo para me acalmar, mas quando eu abri meus olhos novamente ele estava rindo da minha cara e cantarolando mais alto ainda. Não me contive.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH!!! - eu gritei e pulei em cima dele que ficou paralizado de susto, o que facilitou minha vida. Agarrei seus cabelos com força e puxei. Só a perspectiva da morte iminente desse cachorro me deixava feliz.

– Que isso McKinnon? - ele perguntou tentando me tirar de suas costas. - Sai!! SAII!!

E nós continuamos lutando. E eu juro que eu não faço ideia de onde saiu tanta força de mim. Porque por mais que o Black tentasse eu não saia de cima dele.

Ele puxava meus braços tentando fazer eu soltar seus cabelos, mas eu não soltei em nenhum momento. Ele parou de se mexer, o que me deixou confusa. Ele pareceu perceber minha hesitação e me puxou das suas costas.

– AAAAAAAHHH! - eu gritei assustando ele, o que o fez tropeçar e cair por cima de mim.

Merda.

Eu abri minha boca para dizer algo que o fizesse sair de cima de mim, mas no momento em que eu fiz isso ele começou a gargalhar. Aquela sua risada-latido. Completamente sexy. E eu já disse que era para parar de pensar nessas coisas.

Fiquei algum tempo em silêncio, esperando que ele parasse de rir, mas ele não parou. E depois de algum tempo eu estava rindo junto com ele, quando me dei conta da cômica situação em que nos encontrávamos.

Minutos se passaram até que eu consegui controlar minha risada. Ele parou de rir também. O que não foi bom, já que sua primeira reação foi olhar para meus lábios que estavam terrivelmente próximos aos seus.

Fiz tudo que pude para não engolir em seco. Não queria que ele achasse que me atingia.

Ótimo Marlene! Como se ter se agarrado com ele alguns minutos antes não fosse prova o suficiente de que ele te atinge!

Eu já falei que eu odeio consciências? Pois é, eu odeio.

Ele estava prestes a me beijar quando eu cortei seu barato.

– Black, nós precisamos sair daqui.

Ele parou imediatamente o que estava fazendo como se tivesse levado um choque elétrico. Ele não ficou com uma cara nada boa. Parecia... magoado?

Não. Eu devia estar imaginando coisas.

– E o que você pensa em fazer? - ele perguntou olhando pela minúscula janelinha que tinha no banheiro.

– A Lily disse que o único jeito de sairmos daqui é a gente se entendendo - eu falei lentamente, enquanto me levantava do chão e arrumava minha roupa.

Ele ergueu as sobrancelhas.

– E...? - perguntou.

– E que eles não tem como saber se a gente se entendeu ou não, não é mesmo? - ele cruzou os braços - O que significa que se nós mentirmos para eles que nós nos entendemos eles não vão ter como saber se é verdade ou não. O que significa que eles viriam abrir a porta, e enfim, nós dois poderíamos sair daqui e seguirmos nos odiando para sempre - eu sorri quando acabei de falar. Eu era brilhante.

Black ficou em silêncio por algum tempo, pensando em minhas palavras.

– E o que eu ganho se eu te ajudar a sair? - ele perguntou erguendo os olhos para mim.

Minha boca se abriu.

– Como assim o que você ganha? - eu falei - Você ganha sua liberdade, já que você vai sair desse cubículo e nós dois não precisaremos mais ficar trancados juntos. O que nós sabemos que é um prêmio e tanto.

Ele fez cara de pouco caso e deu de ombros.

– Pra mim não é o suficiente - ele falou e se encostou na pia de novo. Voltou a cantarolar - Lálálálálálálá...

Respira Lene, um, dois, três... MAS QUE MERDA ESSE CACHORRO PENSA QUE É? O SUPERCÃO? IDIOTA, IDIOTA!!!!!

– O que você quer pra me ajudar a me livrar de você? - eu perguntei pra ele depois de me controlar pra não atirar algo naquela cabeça idiota.

Ele me olhou com interesse, sorrindo malicioso - com toda a certeza não vinha coisa boa dai.

Novamente ele pegou uma mecha de cabelo meu, mas desta vez ele ficou brincando com ela ao invés de por no lugar.

– Eu quero você Lene - ele falou baixinho, quase sussurrando, fazendo meu corpo arrepiar.

– Isso é loucura Black. Eu tô tentando tirar a gente daqui pra me livrar de você, e você quer que eu fique com você? Não - eu falei me desvencilhando dele e indo de encontro com a pia.

– Você que sabe - ele deu de ombros. - Só tava tentando te ajudar a sair daqui e se ver livre de mim o mais rápido.

Merda. Eu não acredito que eu ia fazer o que eu ia fazer, mas eu fiz.

– Tudo bem Black, você venceu - eu falei baixinho.

Ele se voltou pra mim com um sorriso vitorioso e pôs suas mãos uma de cada lado de mim na pia não me deixando por onde fugir.

– Você que pediu - ele falou e me beijou.

E como ele beijava bem. Meu corpo inteiro parecia estar recebendo descargas elétricas, fazendo com que minhas mãos fosse direto para seus cabelos, só que desta vez minha intenção não era arrancá-los e sim o puxar para mais perto fazendo com que nossos corpos ficassem tão colados que eu não tinha certeza de que um dia poderiamos desgrudar.

Suas mãos passeavam por minha cintura deixando-me quente por onde elas passavam, quase como se eu estivesse queimada. Mas a sensação não era de dor e sim de luxúria. Cada vez que eu o beijava, mais eu queria o beijar; e cada vez que ele passava suas mãos por meu corpo, mais eu queria que ele passasse.

Ficamos minutos, talvez horas assim, até que eu me lembrei do motivo principal para eu estar fazendo isso: me livrar desse banheiro e consequêntemente do Black também.

Como se você quisesse fazer isso.

Cala a boca consciência dos infernos!!!! Eu odeio consciências!!

Juntei todas as minhas forças e separei novamente nossos lábios.

– Eu acho que você já teve o que você queria Black - eu falei ofegante.

Ele tirou suas mãos de mim, e eu quase gemi em protesto. Quase.

– Ótimo - ele disse.

Demorou algum tempo até eu conseguir me situar e pegar meu celular. Digitei o celular da Lily e esperei ela atender.

Alô? - perguntou a voz de Dorcas.

– Dorcas? - eu perguntei perplexa.

– Ah, oi Lene! Como tá ai? - ela perguntou pra mim.

– Tudo ótimo. Mas o que você tá fazendo com o celular da lily? - eu perguntei curiosa.

Ela jogou ele na cabeça do James - eu podia ver Dorcas revirando os olhos, coisa que eu neste exato momento estava fazendo - E eu catei ele no chão. Mas deixa pra lá. O que você queria?

– Ah, é. Então você já pode abrir a porta aqui - eu falei olhando Black que me encarava com a testa franzida.

Vocês se entenderam? - perguntou ela em dúvida.

– Sim, a gente se entendeu. Estamos super bem agora - isso Lene! Mente mais! Diz que vocês vão casar e ter 5 filhos que ela vai acreditar também. Idiota - Então vocês já podem abrir a porta.

– Hmmm, não sei. Passa pro Six - ela pediu.

– Você não acredita em mim Dorcas? Sua amiga de milhões de anos? - eu perguntei indignada.

– Exatamente por te conhecer à muito tempo é que eu não acredito em você. Passa pro Sirius.

Olhei pro cachorro em minha frente e lancei um olhar mortal nele. Passei o celular pra ele.

– Oi Dorcas - ele falou sorrindo pro telefone.

Ele ficou em silêncio ouvindo o que Dorcas estava falando.

– Então, a princípio eu achei que a gente tinha se entendido - o que bulhufas aquele cachorro tava fazendo? - Mas eu acho que a gente precisa de um pouco mais de tempo aqui. Sabe como é, pra se entender melhor...

Eu arranquei o celular da mão dele e atirei na cabeça dele. Agora eu entendia o porquê da Lily se irritar tanto com o James.

– Você tá maluco idiota? - eu perguntei procurando com os olhos alguma outra coisa pra jogar naquela cabeça dura. - Era nossa chance de sair daqui. Porque você fez isso?

Ele massageava a cabeça no ponto onde eu o tinha atingido com o celular.

– Pra mim segue sendo insuficiente o que eu ganhei pra te ajudar - ele falou na maior cara-de-pau. - Lálálálálá....

Eu devia saber que não ia ser tão fácil assim. Eu não estava presa no banheiro com qualquer garoto.

Aquele era Sirius Black afinal.


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Notas finais do capítulo

Espero que vocês tenham gostado do capítulo e que mandem reviews. Se quiserem, aproveitem e dêem uma olhada na minha nova fic: Lily é O Cara! que é baseada no filme Ela é o Cara. Bom, era isso. Até o próximo capítulo, que dessa vez não vai demorar. Beijoss