Tentando Mckinnon escrita por Miller


Capítulo 2
Músicas idiotas, absorventes e amassos.


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora meus amores, sério!
Tive problemas com o pc e daí não deu para postar. Mas, finalmente, depois de todo este tempo, aqui está o primeiro capítulo de Tentando McKinnon.
Fiquei muito feliz com todos os reviews perfeitos que recebi na fanfic, sério!
Obrigada gente, vocês são DEMAIS!
Espero que gostem!



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– Lálálálálálá... – o ser em minha frente cantarolava completa e totalmente desafinado. Desde quando cachorros cantavam?

Parecia que estava fazendo aquilo apenas para me irritar.

– Lálálálálálá... - e a musiquinha imprestável continuava.

Como se ficar trancada com Sirius Black sem camisa em um banheiro não fosse suficientemente ruim, ele ainda ficava cantarolando músicas ridículas para piorar a situação. Aquele garoto precisava, definitivamente, de tratamento. E, de preferencia, em um lugar bastante longe de mim.

Então ele me encarou e começou a cantarolar ainda mais alto. Ele, com certeza, estava fazendo aquilo apenas para me irritar. Senti uma vontade imensa de jogar alguma coisa pesada em sua cabeça, então olhei para os lados à procura do objeto que seria minha salvação, mas não encontrei absolutamente nada.

Suspirei.

Somente quando estava quase desistindo de tentar achar alguma coisa para jogar na cabeça extremamente linda e idiota de Black, finalmente achei alguma coisa: minha bolsa. Eu sabia que para muitos aquilo não seria nada importante, mas para mulheres um bolsa poderia ser a salvação. E naquele momento eu estava realmente precisando de salvação. Sem falar que bolsas de mulheres continham os mais impossíveis objetos... E mais perigosos também.

Muaháháháhá.

Ok, depois de um momento psicótico eu fui até onde estava jogada minha bolsa e a peguei. Abri o zíper e procurei por alguma arma potencialmente perigosa, mas infelizmente, pela primeira vez na minha vida, minha bolsa me deixou na mão. Literalmente.

Dei um tapa no Black.

– Merda Black, será que não dá pra parar de cantarolar? - perguntei olhando furiosamente para ele.

Ele apenas riu e continuou sua canção (lê-se: continuou sua canção mais desafinada ainda).

Respirei dezenas de vezes tentando me acalmar e voltei a olhar para minha bolsa, tentando me concentrar em qualquer coisa que não fosse o som estúpido que saia da boca do cachorro em minha frente.

Black parecia feliz com sua música, e isso me irritava extremamente. Pessoas felizes de mais me causavam alergia, especialmente quando eu não estava feliz e presa em um banheiro com um Deus Grego safado e completamente galinha sem camisa. Muitas pessoas diriam: aproveita Lene!, mas Deus, como eu poderia aproveitar quando o cara que estava preso no banheiro comigo era só a pessoa que eu mais não suportava em toda a face da terra?

Agora, porquê desse ódio todo? Bom, eu ia dizer: porque eu era Marlene McKinnon e Marlene McKinnon não suportava cafajestes sem vergonha que tentavam se aproveitar de garotas indefesas (nem tão indefesas assim), e que achavam que garotas eram apenas itens que se somam em suas listinhas ridículas de "quem pega mais".

Balancei a cabeça para afastar tais pensamentos e voltei a olhar para minha bolsa.

Hm, então talvez minha bolsa não tenha me deixado tão na mão assim.

Black, que continuava a cantar incessantemente não percebeu meu sorrisinho macabro. Minha vingança seria maligna.

Peguei minha arma secreta e atirei bem na cabeça dele.

– Que...? AAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH! MÃAAEE ME SALVAAA! - gritou ele desesperado afastando o que o atingiu para longe e encarando-me agressivamente. - Você está louca? Que é que você tem na cabeça pra atirar um absorvente em mim?

Uma arma realmente muito maligna.

– Você estava me irritando Black, eu precisei fazer alguma coisa - eu disse sorrindo. – Então, faça um favor? NÃO CANTA MAIS, OU EU ATIRO ESSE PACOTE INTEIRO EM CIMA DE VOCÊ.

O garoto encolheu-se com meu grito. Sorri maldosamente e me encostei na parede, apreciando o momento. Nós ficamos algum tempo em silêncio.

E mais algum tempo.

E mais algum.

Até que eu não aguentei mais.

– AAAAAH! Eu vou matar Lily Evans e James Potter quando eu sair daqui. Eu juro! - eu falei olhando para a porta como se esperasse que ela abrisse com a força do meu pensamento.

Sirius riu.

– Que foi? - perguntei olhando para ele que sorria sacanamente.

– Você fica linda irritada sabia McKinnon? Com suas bochechas coradas e seus cabelos despenteados - ele falou, provavelmente querendo me irritar.

E conseguiu.

– Cale a boca - eu falei tentando fazer com que minhas bochechas voltassem à temperatura normal e pondo as mãos em meus cabelos que, para meu alivio, não estavam escabelados. - Hey! Meus cabelos não estão descabelados Black.

Ele riu novamente e chegou mais perto de mim.

JESUS ME ABANA!

Tipo, tudo bem que eu disse que eu não gostava do Black, mas fala sério, até a mais santa das mulheres se sentiria compelida a agarrar aquele homem.

Não dava para ele ficar mais longe? Eu estava começando a ficar sem ar.

Somente quando estava à poucos centímetros de distancia foi que ele parou de se aproximar, fazendo com que sua respiração cruzasse com a minha, o que, involuntariamente (e estupidamente) fez meu corpo arrepiar.

– Agora está - ele falou e passou a mão por meus cabelos fazendo com que eles ficassem parecidos com um ninho.

– Black, seu grande monte de estrume! - eu falei empurrando-o enquanto o garoto tinha um ataque de risos.

Bom, na verdade eu não estava realmente empurrando ele. Qual é? Ele tinha o triplo da minha massa corporal. Nem em sonho eu conseguiria empurrar ele um centímetro sequer.

Comecei a bater nele, mas isso só o fazia rir ainda mais.

– Sai Black! Sai, sai, sai - eu falei tentando fazê-lo sair de perto de mim.

Eu estava sentindo minha sanidade mental fugir aos poucos ao ficar vendo aquele tanquinho tão perto.

Então ele não queria sair?

Peguei do interor da minha bolsa o pacote de absorventes e o encarei.

– Sai da minha frente Black! - ele arregalou os olhos e se afastou rapidamente. - Sabe, pra um garoto de seu tamanho, você devia ser mais corajoso.

– Ah, qual é? Esses negócios são nojentos! Vocês usam para... para... - ele não conseguia terminar a frase.

Eu ri.

– Só pra avisar: se você tentar qualquer coisa comigo eu vou usar minhas armas contra você - eu falei, mostrando o pacotinho para ele.

– E se eu fizer isso? - ele perguntou agarrando o pacote de minhas mãos e atirando do outro lado.

Merda, merda, merda, merda!

Tudo bem que minha teoria das ‘armas super malignas’ era completamente idiota, mas eu estava com esperanças de que continuasse a funcionar.

Ele voltou a ficar a centímetros de mim. Respirei fundo.

– Que foi McKinnon? Não consegue resistir? - ele falou me fazendo perder o fio dos pensamentos quando aproximou sua boca da minha.

– É claro que eu consigo Black. Você pode tentar o que quiser, não vai conseguir - eu falei.

Grande boca McKinnon! Eu tive vontade de me bater por ter proferido tal estupidez que, é claro, Black não deixou passar.

Ele sorriu um tanto perigoso, baixando o rosto até meu pescoço e fazendo seus lábios roçarem em minha pele frágil. Droga, aquilo me deixou completamente arrepiada.

– Que é isso Lene? Você está com frio? Ou está arrepiada desse jeito porque eu estou perto de você? – ele sussurrou arrogantemente em meu ouvido.

– É frio - eu retruquei com a voz débil.

Sua risada rouca trouxe mais arrepios, fazendo-me proferir um milhão de xingamentos mentais por minha fraca resistência. O garoto voltou sua boca na direção da minha, seus olhos sem nunca se moverem de meus lábios.

“Faça o que fizer, mas não retribua o beijo Marlene McKinnon. Não retribua! Você vai arder no inferno se você retribuir.”

E então, ele encostou nossos lábios na tentativa de me fazer corresponder.

Mas eu era teimosa, muito teimosa. Não iria desistir tão facilmente.

“Não retribua o beijo Marlene! Não retribua.”

Ele pareceu achar graça na minha teimosia em não beijá-lo.

– Garota difícil não? - perguntou ele me encarando com diversão reluzindo em seus olhos. - Mas eu também posso ser muito teimoso...

E ele voltou sua boca para a minha, só que ao invés de me beijar, começou a dar pequenas mordidas em meus lábios fazendo com que eu cerrasse as mãos com força para não agir por impulso.

Obviamente ele sabia as reações que causava nela, pois agia com naturalidade e arrogância, em total controle de seu poder de sedução enquanto eu lutava para não me espatifar em pedacinhos microscópicos por causa da tentação.

Okay, foco Marlene, FOCOO!

E então, uma dúvida surgiu em minha mente...

O foco era o marido da foca?

Uma risada escapou em meus lábios e Black pareceu entendê-la como uma provocação.

Grande merda, nunca mais iria conseguir pensar em foco sem rir.

Black se afastou de mim, mirando-me por alguns segundos percebendo minha determinação em não cair na sua. E pareceu decidir pegar pesado.

Ele foi novamente em direção ao meu pescoço. e começou a distribuir beijos por ali.

Merda!

“Não retribua. Você vai para o inferno lembra? INFERNO!”

Então ele suspirou e eu, sonhadoramente pensei que ele fosse desitir, mas eu devia saber, ele era Sirius Black.

E Sirius Black jamais desistia.

Ele parou de dar beijos em meu pescoço. Mas começou a dar mordidas.

Eu gemi. Ele sorriu.

Voltou a meus lábios que agora estavam ávidos por seus beijos. E me beijou. E eu retribui.

Senti formigamentos por todo o meu corpo, sensações maravilhosas me tomavam. Eu já nem conseguia mais pensar, que dirá respirar. Sentia como se estivesse flutuando.

O inferno que se danasse!

Se eu tivesse que ir para lá por causa dos beijos dele, eu iria muito feliz.

Afinal, o inferno nem era tão ruim assim.




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Notas finais do capítulo

Gostaram? Odiaram? Querem dar uns pega' no Black?
Mandem comentários contando pra tia aqui o que estão achando, meus dias serão muito mais felizes ~le pisca hehehehe