For(n)ever. escrita por rumpelstiltskin


Capítulo 1
Prólogo.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/116036/chapter/1

For(n)ever: Dear Bilvy

Prólogo.


Well, I am no gentleman, I can be a prick And I do regret more than I admit.

Vazio.

Indiferença.

Dor.

Solidão.

Gabriel Eduardo Saporta.

O vazio que dói no fundo de minha alma. O que sinto toda vez que eu fico sozinho, toda vez que olho para o lado da cama em que meu namorado dorme e não o encontro. Eu realmente compreendo que é muito melhor ele estar fora do que comigo. Ao menos longe, ele fingia se preocupar e me ligava. Ficávamos horas seguidas no telefone, apenas ouvindo nossas respirações contra o fone, no caso do meu namorado, sua banda fazia todo o barulho que eu passava horas a ouvir. Ele era importante para o mundo, importante pra mim e eu não significava nada pra ele. O vazio que ele deixa quando não me olha, ou quando diz qualquer coisa que não condiz com sua personalidade de primeiro mês de namoro, me fatia. Eu só tenho que fingir que não me importo.

Porque é a indiferença o oposto do amor e não o ódio. É a indiferença que agrega consigo o afastamento das pessoas mais querida. Vejamos um exemplo prático de indiferença; quando se é bem pirralho, temos manias de colocar apelidos ruins nos seus amigos. O amigo que ignora o apelido feio, o chamamento, em questão de horas se desfaz. O amor não consegue nascer de quem ignora sua presença. O amor nasce do ódio, da repulsa, mas jamais nasce da indiferença, porque eles sim são opostos. Eu o amava mais que tudo e ele me ignorava. O amor é quente, mas a indiferença esfria qualquer relação, mais do que uma rotina cruel.


Back to same place I sat with you drink for drink
Take the pain of loving and love won’t exist.
Everything we had.



O pior de amar alguém como eu o amo, se torna mortal. O vazio comparado ao de morte, a indiferença que ele exala pelos poros só poderia mesmo ter um resultado: dor. Uma dor latente que machuca, que fere, mas que me faz ter forças para continuar fingindo que tudo com ele é uma maravilha. Que tudo está à altura dos meus sonhos, mas quem sabe, a vida seja simplesmente não sonhar. Eu poderia enumerar um milhão de motivos para não estar mais com ele, mas a cada dia que eu acordo sozinho – porque a maioria do tempo dele é passado nas estradas, longe de mim –, eu espero que traga uma nova óptica da minha situação. A cada noite que vou dormir, sou frustrado pela maldita solidão.

Gabriel Eduardo Saporta é tudo o que eu quero esquecer e nunca mais lembrar. Talvez eu esteja errado por desejar isso. Nunca mais é tempo de mais, mas o tempo de sofrimento que eu tenho, é muito além de que um ser humano pode suportar. Eu amo uma idéia, uma pessoa que já não existe. Por isso que quero esquecê-lo, pra ser intocável como ele.

Fim do Prólgo


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Trechos da música Everything We Had, The Academy is...



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "For(n)ever." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.