Sasuke não queria sentir aquela emoção, ainda nem sabia se aquele bebê realmente era dele, mas era inevitável não se sentir emocionado. Precisava resolver aquela situação com Sakura e descobrir o porquê dela ter mentido para ele.

— Apesar do bebê está saudável, seu estado ainda me preocupa. Você está com princípio de anemia e sua pressão está um pouco alta, há um grande risco de o bebê nascer antes do tempo.

— Mas ele corre algum risco?

— É difícil prever oque pode acontecer, mas se este quadro persistir você e seu bebê corre risco de vida.

Sakura estava em choque não conseguia dizer nenhuma palavra. Apesar do choque em ouvir essas palavras, este estava sendo o dia mais conturbado e cheio de surpresas que já teve em sua vida.

— E como podemos evitar doutora? – pergunta Sasuke aflito.

— Sakura terá que mantes repouso, evitar o máximo possível estresse, também terá que manter uma alimentação saldável e tente um acompanhamento com psicólogo.

— Como assim repouso? – Sakura finalmente conseguiu perguntas.

— Você terá que evitar períodos muito longos em pé, somente caminhadas leves, evitar também objetos pesados e procurar descansar o máximo possível.

— Não posso afastar do meu trabalho, é a única fonte de renda que possuo.

— Eu sinto muito Sakura, mas é necessário que você descanse, será bom para você e o bebê.

Ao Sair do consultório, Sakura ainda estava em estado de choque, e caminhava sem rumo. Não sabia o que fazer, tinha algum dinheiro guardado para a chegada do bebê, mas ainda precisava do dinheiro de seu trabalho nesses últimos meses de gestação.

— Precisamos conversar Sakura

A rosada para de caminhar e olha para Sasuke, se lembrando somente aquele momento que o moreno a seguia.

— Não sei o que você quer Sasuke, mas se eu bem me lembro, não temos nada para conversarmos.

— Claro que temos.

— Temos Sasuke? Sobre oque temos que conversar? Que tipo de jogo você quer jogar Sasuke? Seja qual for não quero fazer parte dele. – Sakura se vira para ir embora, mas o moreno a segura. A mesma se vira furiosa e retira seu braço das mãos de Sasuke. – Não encoste suas mãos em mim!

— Se acalme, só quero conversar com você.

— Não temos nada para conversar.

— Temos que falar sobre o bebê.

— Não Sasuke, não temos que falar sobre bebê algum.

— Você mentiu! Você tinha dito...

— Menti sobre oque Sasuke? Oque eu disse a você? Até onde eu me lembro não disse a você nada.

— Você disse...

— Que não há mais com o que se preocupar? Realmente não tem Sasuke, aquele dia em que você me deu dinheiro, para segundo você mesmo disse “resolver o problema”, eu decidi que não te pediria nenhuma ajuda para criar esta criança.

— Se esta criança for realmente meu filho, eu quero que ela...

— Se realmente for seu filho? Não Sasuke, ela não é. É o MEU filho, MEU bebê. Agora, se você quer tanto assim SEU filho, volte naquele endereço que você me deu e converse com aquele medico que VOCÊ indicou para “dar um fim nesta historia”, quem sabe você não encontra seu filho jogado na lixeira com o corpinho estraçalhado dentro daquele quarto fedido.

A rosada deu as costas para o moreno e vai até o ponto de ônibus, ainda tinha que cumprir mais um dia de jornada de trabalho. Ainda não sabia oque faria, mas naquele momento não tinha condição alguma de raciocinar o que faria de sua vida. Era inacreditável depois de tudo o que aconteceu Sasuke voltar exigindo qualquer coisa dela, ele não tinha esse direito.

Sakura estava revoltada com tudo o que estava acontecendo, ela se sentia cansada, completamente esgotada, mas tinha que seguir e, frente pelo bem de seu filho. Ainda não havia juntado dinheiro suficiente para pagar as despesas necessárias para a chegada do bebê. Já havia arrumado o quarto, para sua chegada, o que gastou um dinheiro considerável, ainda faltava o berço e a cômoda para as roupinhas, mas já estava de olho em uma loja de moveis usados. Não estavam muito bonitos, mas nada que uma boa tinta não pudesse melhorar.

Era tudo tão difícil, se sentia sozinha, e o medo constante de não conseguir dar um futuro estável para seu filho sempre a perseguia. Quando chegou ao trabalho foi direto para o vestiário se trocar, teria que encontrar alguma forma de ganhar mais dinheiro, e não teria outra opção a não ser recorrer a seu antigo chefe Mike.

Quando se dirigiu para o balcão olhou imediatamente para a porta por onde Aika e Mikoto entravam, Sakura sorriu e seguiu em direção das duas que sorria em resposta para a rosada.

— Olá Sakura-chan! – Disse Aika empolgada.

— Olá, como vocês estão?

— Bem! Viemos trazer os bebês para a consulta de rotina, e resolvemos passar aqui para trazer para você algumas coisinhas. Te trousse algumas coisas de Yuichi, são algumas roupinhas que nunca usamos, meu marido exagerou um pouco e acabou comprando tudo que via pela frente. Yuichi cresceu e acabou não usando muitas coisas, troucemos para o seu bebê. – Aika estende uma enorme sacola em direção da rosada. A mesma pega e agradece.

— Obrigada Aika-san!

— Imagina Sakura, não tem o que agradecer.  Estamos redecorando o quarto das crianças, elas cresceram rápido de mais, estamos trocando alguns moveis, se você quiser, é só nos dá o endereço e mandamos para você.

O coração de Sakura se apertou no peito, queria ter condições de proporcional tudo o que seu bebê precisava, mas com essa de ter que se afastar do trabalho essa ajuda de Aika e Mikoto estão caindo do céu.

— É muita gentileza de vocês, agradeço com todo o meu coração.

— Não precisa agradecer Sakura-chan, é só anotar o endereço que enviamos para você.

A rosada anotada o endereço e entrega a Mikoto, a morena guarda o endereço e sorri para a rosada.

— Vocês querem se sentar?

— Acho que temos um tempo para o chá.- Disse Mikoto

— Quero experimentar mais daqueles bolos deliciosos.

— Podem se sentar, trarei para vocês.

Sakura caminha até a cozinha para levar os pedidos, estava feliz por ter algo a menos com que se preocupar, mas ainda sim teria que conseguir mais dinheiro, para se manter e ao bebê por um bom tempo. A rosada retorna a mesa com o chá, dês do dia que conheceu Mikoto e Aika sentiu certa simpatia que não conseguia explicar. Apesar de ricas, aquelas mulheres não eram nem um pouco esnobe.

— E como vai a gravidez Sakura?

— Bem. – diz a rosada desanimada.

 - Aconteceu alguma coisa Sakura? – Pergunta Mikoto  preocupada. – Por que essa tristeza? Está acontecendo alguma coisa com o bebê?

— Não exatamente o bebê, é que minha pressão está alterada e estou um pouco anêmica, a médica quer que eu fique de repouso durante a gestação.

— Então não deveria está aqui trabalhando Sakura-chan, pode ser perigoso para você e o bebê.

— Eu sei Aiko-chan, mas o que posso fazer se necessito de emprego? Se não trabalhar quando meu bebê nascer não irei ter como nos sustentar.

Mikoto e Aiko se olham aflitas, ambas sabiam o que poderia acontecer com a rosada e o bebê se sua pressão não fosse controlada. Uma pré-eclampsia é algo muito preocupante pois havia o risco de se tornar uma eclampsia  e assim colocar a vida de Sakura e do bebê em risco de morte.