Diário de Um Bebê escrita por princesinha


Capítulo 11
6° mês de gestação - Reencontro


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas, desculpem a demora, mas minha cabeça estava em branco. Espero que gostem do capítulo.



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– Mamãe onde o papai está? Vamos visitar o papai?

Sakura já estava entrando no sexto mês de gestação, praticamente tudo o que precisava para a chegada do bebê, agradecia a Deus por ter recebido ajuda de todas do serviço, pois se não fosse ela não saberia como completaria o enxoval de seu pequenino. Após sentar e refazer a conta de todas as suas financias, havia desistido de comprar uma nova casa para morar, ter que pagar o aluguel não era uma boa opção, mas era a que tinha no momento, não havia conseguido encontrar uma casa que pudesse comprar e ainda sobrar dinheiro suficiente para qualquer eventualidade.

Já havia escolhido os nomes para o bebê, mesmo ainda não sabendo o sexo, achou importante ter os nomes escolhidos. Ultimamente andava muito preocupada pelo fato do bebê ainda não ter se mexido, alem dos leves movimentos que somente ela sentia seu filho não estava se mexendo energicamente ao ponto de outras pessoas poderem ver ou sentir em sua barriga, como tantas outras mães falavam. No mês anterior sua consulta havia sido reeagendada e a próxima consulta seria no consultório particular de sua médica, já que através do hospital público a próxima consulta demoraria e Sakura estava preocupada pela quietude do bebê.

A rosada estava passando por momentos muito difíceis, a luta para garantir que não faltasse nada quando o bebê chegasse, a batalha para se manter saudável durante sua gestação, a falta que Sasuke lhe fazia e agora o medo que o bebê não estivesse bem estava fazendo com que a vida de Sakura se tornasse uma loucura. Havia perdido alguns quilos, um princípio de depressão havia sido constatado, e as preocupações de mãe de primeira viagem contribuíram ainda mais para seu quadro. Imaginava como seria a vida depois do nascimento do bebê, seu plano era de trabalhar o máximo que conseguisse, sairia de licença maternidade e cuidaria de seu bebê. Mas ainda não sabia o que fazer com o bebê durante o período que estiver trabalhando, precisaria encontrar um emprego que ganhasse o suficiente para suprimir as necessidades do bebê, pagar o aluguel e suprimir as despesas da casa, mas onde conseguiria outro emprego? Após ele nascer não poderia retornar a trabalhar novamente na boate, o máximo que poderia fazer era encontrar outro trabalho de meio período e conciliar com o emprego atual e deixar o bebê em alguma creche.

Sakura estava apreensiva, não saber o que estava acontecendo com seu bebê era angustiante, havia sido liberada mais cedo do trabalho assim poderia retornar em sua casa e se arrumar para ir à consulta sem a necessidade de correr direto do trabalho, e tinha dado graças por isso, nos últimos dias sua concentração estava abalada, havia trocado pedidos, colocado sal no açucareiro e até mesmo guardado o telefone sem fio dentro do freezer. Seria cômico, mas após longos minutos procurando o telefone, que somente foi encontrado quando a cozinheira precisou apanhar algumas mercadorias, a rosada se pós a chorar. Retornou para casa se sentindo cansada e posse do endereço do consultório sakura conferiu mentalmente se não estava esquecendo nada, e logo em seguida partiu rumo ao ponto de ônibus.

Caminhou até o ponto de ônibus, mais rápido que sua condição permitia. O ônibus demorou a passar e por morar já alguns meses no bairro saiu de casa com tempo de sobra. O consultório era longe de sua casa, por isso teve que pegar mais uma condução antes de finalmente chegar a seu destino. Como o ponto era longe do consultório, teve que andar por alguns minutos e quando finalmente chegou, conferiu o número do prédio no papel contendo o endereço. Respirou fundo e aconchegou mais seu casaco de frio e se encaminhou para os degraus do luxuoso prédio comercial. Assim que posou seu pé no primeiro degrau, escutou seu nome ser chamado. Conhecia aquela voz em qualquer lugar, sentiu um arrepio passar por sua espinha e lentamente virou a cabeça para o lado, e lá estava ele com seu terno impecável e seu sobretudo aberto, suas mãos estava em seu bolso e a olhava diretamente nos olhos.

Aqueles olhos pareciam que tinha o poder de desnudar sua alma, e a única reação que teve era de correr para o lado contrário ao do moreno. Ignorando o seu nome ser chamado por ele, fugiu o mais rápido que podia, necessitava ir para bem longe daquele homem e de todas as lembranças que ele trazia, mas havia alcançado meio metro quando sentiu seu braço ser puxado e seu corpo virado bruscamente, quando achou que iria direto ao chão, seu corpo foi completamente imobilizado por braços fortes e no momento seguinte que seus lábios se abriram para começar a falar, eis que o bebê escolhe aquele momento para chutar atraindo sua atenção para sua imensa barriga e quase como imediatamente, seus olhos se abrem com espanto.

O bebê chutava a todo o instante, como se tivesse reconhecido a voz de seu pai, e a cada chute Sasuke olhava para sua barriga e em seguida para seu rosto, e Sakura se perguntou por que o bebê havia escolhido justamente aquele momento para dar sinal de vida.

– Papai?

– Papai volto mamãe! Ele volto!

– Já estávamos com Saudades papai!

Sasuke não acreditava no que via em sua frente. Sakura ainda estava grávida, e não havia abortado como imaginara.

– Você... Você... grávida... bebê... – Sasuke não conseguia formular uma frase coerente, ainda estava espantado com o que via, ou melhor, com o que sentia. O bebê ainda estava vivo, e pelo que estava vendo se encontrava bem saudável.

– Mas como? Você havia dito que tinha tirado o bebê.

Sakuta tentava se soltar de seus braços, e relutante Sasuke afrouxa o aperto que exercia.

– Tenho que ir, estou atrasada para a consulta. – e antes que Sasuke raciocinasse, a mesma havia partido rumo ao prédio.

Sasuke estava espantado, mas não poderia deixar que Sakura desaparecesse novamente. Correu e, direção ao prédio, mas a mesma já havia entrado no elevador. Ainda estava espantado pela descoberta, mas ficaria esperando até o momento em que a rosada saísse. Esses últimos meses havia sido o inferno, não conseguia fazer nada direito, não conseguia dormir e até mesmo trabalhar por isso não sairia daquele lugar sem antes ter uma boa explicação da rosada. O moreno se dirigiu até a recepção onde um senhor de meia idade prestava informações.

– Por gentileza, o senhor pode me dizer se passou por aqui uma mulher grávida com cabelos cor de rosa?

– Ela acabou de subir.

– E o senhor sabe me dizer em que andar ela foi?

– Provavelmente deve ter ido à clínica da Dra Joyce Evans.

– Sim, e qual o andar da clínica?

– Fica no décimo sexto andar.

– Obrigado pela informar. Minha mulher me espera mas eu havia esquecido o andar.

Sasuke sorriu cordialmente para o senhor e se afastou imediatamente em direção ao elevador, assim que adentrou o mesmo retirou o telefone do bolso de seu sobretudo e discou rapidamente o número de seu amigo e sócio.

– Naruto? Remarque a reunião, pois tenho alguns assuntos pendentes a tratar.

– Papai? Você esta ai? Papai onde você esta?

Quando finalmente as portas do elevador se fecharam Sakura respirava ofegante. Nunca havia imaginado que encontraria Sasuke justamente no dia de sua consulta. Seu coração batia rapidamente e o bebê em seu ventre se mexia inquieto. Era meio irônico o bebê se mexer justamente no momento em que reencontrou Sasuke, até parecia que ele sabia que o pai estava por perto.

Assim que as portas do elevador se abriram Sakura se direcionou a recepção.

– Olá, eu tenho horário marcado com a Dra Joyce Evans.

– Sim, qual o seu nome?

– Sakura Haruno.

– Aguarde um momento que irei avisa que você chegou.

Sakura aguardava enquanto a recepcionista falava ao telefone.

– Aguarde por gentileza que a doutora ira atende la.

Sakura aguardou alguns minutos, a barulho da porta do elevador se abrindo tinha atraído sua atenção, mas na mesma hora a doutora sair de seu consultório e chama o nome da rosada. Quando ia em direção da médica senti seu corpo congelar com aquela voz tão conhecida.

– Estou atrasado?

– Oi papai!

– O que faz aqui Sasuke?

– Vim acompanhar você na sua consulta. – Responde o moreno sinicamente.

Sakura abre a boca para responder, mas olhando atentamente nota que todos na recepção estavam prestando atenção na conversa dos dois. Também não era para menos, Sasuke chama atenção de qualquer mulher por onde passa. Podia ver os olhares de desejo lançados a Sasuke, que o olha realmente não sabe o que ele é capaz de fazer, ela mesma não sabia até o momento em que ele a convenceu a matar o seu bebê. Por pouco teria feito exatamente isso, mas graças a Deus no momento crucial recobrou sua sanidade, se dependesse de Sasuke Uchiha seu bebê estaria jogado em algum lixo qualquer com seu pequeno corpinho desmembrado.

– Você é o pai?

– Sou Sasuke Uchiha. – Diz o moreno tentando fugir da pergunta que tanto o atormentava.

– Sou a Dra. Joyce Evans, fico feliz que tenha vindo acompanhar Sakura nessa consulta, é muito importante que o pai participe de todo o período gestacional para que o vinculo entre o pai e o bebê seja estabelecido durante a gestação. Bom, vamos entra?

Sakura não sabia o que Sasuke queria com tudo aquilo, mas iria o ignorar e fingir que ele não estava lá e ver até quando ele continuaria com aquela brincadeira de mau gosto.

– Na sua ultima consulta você se mostrava muito preocupada com o fato do bebê não se mexer, ele continua quietinho ainda?

– Ele começou a se mexer hoje, ele está muito agitado e ainda continua.

– Tudo acontece no seu devido tempo, suas emoções também afeta o bebê, e pelo fato de você está passando por depressão pode ter refletido no feto. Pelo que vejo você ainda está com principio de anemia, irei passar alguns medicamentos que você terá que tomar, também irei passar alguns exames de Sangue para você fazer e quero que os traga na próxima consulta.

– Sim doutora.

– Agora pode deitar na maca que veremos como está o bebê, quem sabe hoje conseguimos ver o sexo.

Sakura se deitou e logo em seguida a doutora ergue sua blusa deixando amostra sua barriga, apesar de tentar ignorar Sasuke, ela podia sentir sua presença perto.

– O bebê está realmente inquieto. O bebê começa a desenvolver os quatro sentidos agora no sexto mês, a visão é o ultimo sentido a desenvolver, e não se assuste, pois o bebê pode reagir a estímulos externos. – Enquanto olhava atentamente para a tela, a doutora explicava como o bebê se desenvolveria durante o mês. Esse era um dos aspectos que Sakura mais gostava na doutora, ela sempre explicava sobre as mudanças que ela e o bebê passariam durante cada mês.

Sasuke não sabia o que estava fazendo ali, se sentia muito desconfortável, somente observava com certa distância, olhava fixamente para a tela tentando entender o que via. Perguntava-se o que fazia alia e o que o levara ao impulso de entrar no consultório junto com Sakura. Dizia a si mesmo que precisava falar com ela e para impedir que a mesma fugisse teve aquele louco impulso. A imagem começava a tomar forma e a atenção de Sasuke era prendida cada vez mais, sentiu um nó se formar em sua garganta no momento em que viu as formas do rosto de bebê.

– Está tudo normal com o bebê, olha... – A doutora sinalizou algo na tela, e olhou sorridente para o casal. – É um menino!

Menino! Naquele momento a respiração de Sasuke parou em seus pulmões ele olha para a rosada que naquele momento tinha seu rosto banhado em lagrimas de emoção.

– É um menino! – somente isso passava em sua cabeça. Seus olhos fixaram na tela em sua frente e sussurrou: - Um menino!


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