Positivo ou Negativo no Amor.. escrita por Anna


Capítulo 21
Capítulo 20 - Recuperação,emoção e baques.


Notas iniciais do capítulo

Olá Meus amores...
td bem? a autora demorou, mas apareceu com o capitulo.
espero que gostem e animem a esta pobre autora a continuar.
ROBEIJOS.



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Capitulo 20 – Recuperação, emoção e baques.


“ Alguns desafios em nossas vidas são imprevisíveis, mas se tivermos coragem, lutarmos e persistimos nós passaremos por eles sem percebermos.”

By: Carol Cambraia.

PDV Bella.


Fazia dois dias que havia tido os bebês e me sentia totalmente abalada, pois amanhã teria alta e teria que deixá-los por um bom tempo neste hospital. Todos tentavam me convencer a não ficar assim, mas não havia como.

Abalada e entediada totalmente, eu tinha companhia algumas vezes como minha mãe, Esme e Edward, conversávamos sobre trivialidades e sobre os bebês. Agora estava sozinha e andava pelo quarto, de um lado para o outro e com a televisão ligada em algum canal de desenhos, pois não queria de jeito nenhum assistir á um desses telejornais que só falavam de uma coisa que não gostaria de ouvir.


Suspirei resignada. Uma batida me retirou dos meus devaneios.


— Entre.


Tive uma imensa surpresa quando a porta fora aberta. Rosálie estava ali, mas era estranho, nunca nos falamos diretamente e ás poucas vezes que ouvi a sua voz fora uma briga com a sua mãe. Nunca me fez nada e não tinha nada contra ela, ficava na dela só observando os outros e não havia o porquê de não falar com ela, pois afinal é tia dos meus filhos.


— Bella. Acho que você ficou surpresa com a minha visita, vim porque queria lhe mostrar a foto que revelei do momento do parto.


— É claro. Obrigada por tirá-la.


Ela me estendeu um enorme envelope pardo e abri lentamente e vi a imagem de dois dias atrás. Eu ali deitada, toda suada e bagunçada segurando um dos bebês.


— Ficou tão bonito, mesmo estando toda bagunçada por causa do parto, olho e sorrio quando vejo um dos bebês.


— Procurei Edward antes para mostrar a foto e ele me disse que esta é Elizabeth. Perguntei se ele tinha certeza e como sabia, respondeu que ele é o pai tem que saber.


Abri um enorme sorriso com isso, pois seria complicado saber quem eram as meninas, mas acho que também é Elizabeth.


— É mesmo Elizabeth. Ela é mais tranqüila e Vanessa é muito agitada. Edward aprendeu rápido.


Era um pouco estranho para nós que nunca conversamos, está agora como se fossemos velhas conhecidas.


— Desculpe se não conversei dignamente com você, demoro a me costumar com as pessoas ao meu redor, é o meu jeito. Fico feliz pelos bebês e por você está bem.


— Está tudo bem e não se esqueça que você será mais uma a ajudar na troca de fraldas.


— Adorarei fazer isso.

Nós continuávamos conversamos e ela sorria quando falava dos bebês, mas em seu olhar sentia uma profunda tristeza. Não comentaria nada, pois acabávamos de começar uma conversa depois de meses a conhecendo de vista.

Do nada a porta foi aberta revelando aquele gigante do Emmet.


— Olha quem veio ver a prima favorita, o Emmet gostosão.


Ele realmente não tinha noção de nada. Emmet olhou para mim e sorriu e ao se virar deu de cara com Rosálie e a sua boca ficou aberta em um enorme “O”.


— Emmet. —Chamei pelo seu nome para ver se reagia e Rosálie estava do mesmo jeito, e de repente do nada levantou-se e saiu pela porta empurrando Emmet e saiu.

Mais o que estava perdendo ali? Isso não era muito bom. — O grandão. Estou perdendo alguma coisa aqui.


— Não é nada. Só um imprevisto. — Ele sorriu sem graça e coçou a cabeça, mas com certeza ali tinha alguma coisa. — Tia Renée me contou que você teve trigêmeos.


— Sim e não tente esconder que mais para frente descobrirei o que há aqui que não sei.


Ele pareceu nem perceber o que havia comentado. Desviou facilmente, mas se fosse alguma coisa que acontecia entre os dois não demoraria para ninguém descobrir.


— Gostaria de vê-los. Parecem mais com você ou com Edward? Aliás, tenho um presente que deixei com a Tia Renée, não trouxe para cá porque era muito chamativo e grande.


— Posso até imaginar o seu presente. Se estiver preparado podemos ir agora.


Sai pelos corredores já acostumada com o caminho, pois o estava fazendo diariamente e a quase todo momento. Não era muito afastado e brevemente cheguei ali.

Fiz sinal para a enfermeira ali dentro e ela abriu a porta para entrarmos.


— Só têm eles aqui agora, mas tente não fazer muito barulho, pois estão dormindo.


As três incubadoras estavam ali com os três dormindo tranqüilamente era tão bonito de se ver.


— São pequenos. Tia Renée disse que são prematuros, mas são bonitinhos. Nem consigo pensar que um dia fui assim pequeno que nem eles.


— Você foi pequeno assim. — Afirmei a ele com convicção— Eles estão ganhando peso, ficarão um pouco mais aqui.


— Você fez um excelente trabalho.


— Acho que o mérito não vale só para mim e sim a Deus que sabe se lá porque os colocou em meu caminho.


— Eu tenho que ir, mas voltarei depois para vê-los de novo. Ver esses bebês me fez pensar em ter os meus próprios.


— Há sua hora chegará é só aguardar.


Vi Emmet sair e olhei para as três incubadoras a minha frente esperando que tudo desse certo. As minhas maiores jóias deste mundo Elizabeth, Masen e Vanessa, aqueles que eram o centro do meu mundo.



Três Meses Depois.


PDV Edward.

— Mamãe, por favor, isso cabe a Bella.


— Edward, você não entende será mais fácil para ela. Em nossa casa será melhor cuidar de Elizabeth, Vanessa e Masen, pois ela terá mais ajuda. O que custa?


— Mãe, ela quer assim, por enquanto. Caso ela precise de ajuda, ela falará e chamara você. Agora, a deixa passar um tempo com os bebês, Zafrina está lá para qualquer eventualidade e Renée também. Todos ficarão muito bem.


— Edward.


— Está bem. Irei pensar nisso. — Ela se aproximou e deu um beijo em minha bochecha, quem conseguiria contraria-lá.


— Obrigada, filho.


Falei isso para despistá-lá, pois ontem não havia dormido nada ajudando com os trigêmeos. Tentei fazer isso para que Bella pudesse descansar um pouco, pois desde que retornou daquele hospital quase não dormia.

Todos se revezavam ajudando a trocar fraldas e a dar mamadeiras, Bella fazia o que podia e ainda retirava leite para doar para o banco de leite do hospital. Um trabalho cansativo, mas tão recompensador, embora ontem acabei dormindo no meio do quarto com Vanessa deitada em meu peito e eu no chão.


Essa era a rotina desde a saída do hospital, só o que mudava era que a cada dia os três cresciam forte e saudavelmente. A cada mês minha mãe fazia um bolo para comemorar os bebês, embora não tinham muita noção disso sobrava para quem estava presente comer o bolo. Ainda lembro dia que Vanessa colocou suas pequenas mãozinhas no bolo e passou sobre o meu rosto, a cena foi hilária e minha mãe retirou uma foto disso.

Poderia dizer que ela fazia isso de propósito, mas Bella dizia que ela quando crescesse seria impossível e não gostaria nem de imaginar.


Elizabeth e Masen eram mais tranqüilos, podia dizer que eles dois choravam ao mesmo tempo e Bella tinha que amamentar os dois ao mesmo tempo. Fora isso, tudo ocorria perfeito.

Mas no fundo havia aquela preocupação com o Saint Mathews, os processos e a busca insaciável deles por algo que ajudasse o hospital perante o tribunal eram insanas á pondo de Dr.Carter ir à casa dos meus pais atrás de Bella e exigindo que ela desse o seu depoimento, mas ela não faria isso.


PDV Bella.


Fechei os meus olhos e tentava relaxar um pouco enquanto amamentava Masen, aproveitando o momento em que Elizabeth e Vanessa estavam dormindo. O único som que preenchia o ambiente era o da sucção dele e então parou, ergui o facilmente e levemente fiquei o esperando arrotar.


— Bella. Tome um banho que fico com ele e deixo a babá eletrônica perto para qualquer eventualidade.


— Irei sim. Ouvi o telefone tocar, quem era?


— Esme dizendo que virá para cá juntamente com Alfred. Nenhuma novidade, já que se deixar ela vem morar aqui.


Isso era quase mania de Esme, mas o maior sonho dela era que eu fosse com os bebês para casa dela com uma série de artifícios. Eu gostaria de ficar aqui, pois estou bem, é claro, que fico muito cansada e quase não durmo, mas estou satisfeita.

Retirei as roupas lentamente e fui tomar um banho, pois toda vez que amamentava fazia um pouco de sujeira. Não que amamentar seja ruim, ao contrario era muito bom.

No começo fora difícil, pois doía, mas agora era que eu tinha leite em excesso e aproveitava e doava para o banco de leite do hospital.


A água morna quebrava todas as tensões do meu corpo. Escutei um choro ao longe e ainda bem que a minha mãe estava por perto. Continuei com o banho e reparei que faltava pouco para o meu corpo voltar ao normal, também com todas essas noites mal dormidas, trocar fraldas, amamentar estava ajudando muito para que eu retornasse ao que era.

Vesti uma calça de moletom e uma blusa simples azul que era prático e desci ás escadas, encontrando uma Renée brincando com os dois bebês.


— Estava contando uma história para eles e parecem prestar muita atenção. Está melhor?


— Sim. É sempre revigorante um bom banho. — Sentei-me ao seu lado. Olhei para os bebês que estavam ali totalmente alheios á nossa conversa vestindo um simples macacãozinho e meias em seus pequenos pezinhos, o que reparei principalmente era o que tinha escrito neles, fora presente do Emmet “Os bebês favoritos do tio gostosão”. — Mamãe, Alice se reconciliou com Jasper de novo ou continua a mesma coisa?


— Ah, Bella. Sabe como são aqueles dois e procuro não me intrometer. Os dois são vacinados e ficarem brigando por causa de uma prima que sempre se jogou em cima do Jasper é desgastante.


— Concordo com você mamãe. Só que Alice deveria pensar que Jasper a escolheu, mas a teimosa quer ver coisa onde não tem. Por um lado, aquela prima dele é exagerada fica se jogando em cima dele, não é uma relação convencional de parentesco.


— É filha, mas sabe como são certas coisas nunca mudam. Essa prima dele deve ter feito isso sempre, mas ele nunca deve ter reclamado. Depois que casou com Alice, a coisa continuou, mas como ela é estourada sempre dá confusão. Para ser sincera a família de Jasper toda nunca aprovou esse casamento, mas fazer o que? Alice já esta aturando isso tudo á anos.


— Mãe, mas tudo tem um limite para se aturar.



O toque da campainha interrompeu a nossa pequena conversa.


— Deve ser Esme. — A minha mãe fora abrir a porta e depois escutei a voz dela.

Esme vinha cheia de bolsas, pacotes seguida por seu fiel companheiro Alfred.


— Olá, Bella. Mais cadê as coisas mais lindas da vovó? Alfred leva essas coisas lá para cima.


— Essas coisas todas são para os bebês? Eles tem muita coisa ainda que não fora usada e acho um pouco... — Esme fez um sinal com a mão.


— Oh, Não. São para você, viajei essa manhã para Miami e vi essas coisas e me lembrei de você e também da sua mãe.


— Obrigada, Esme é muito gentil de sua parte. — Minha mãe agradecera.


— Não há de que. Então, está faltando Vanessa?


— Ela está dormindo.


— Sabe que ela tem o gênio do Edward. Esse tempo atrás estava me lembrando e recordei disso, igualzinha, geniosa que nem ele quando criança. Lembra-se Alfred.


— Sim, madame. Perfeitamente. O senhor quando era pequeno só faltava colocar fogo na escola e me recordo quando ele ficava de castigo. Sentado na escada e com uma cara inocente.


— Falando mal de mim, Alfred?


— Não, senhor. Só estava contando as suas peripécias quando criança.


Edward estava ali prestando atenção naquela conversa e nem havia reparado em sua presença. Ele se aproximou e pegou Masen em seu colo.


— Eu irei até a horta ver Zafrina. — Minha mãe disse.


— Também irei até lá trocar receitas com ela. Posso lhe acompanhar Renée?


— Sim, Alfred.


— Irei lá para cimas com os bebês. Edward me entregue o Masen.


Edward ficou meio relutante para entregar Masen, mas acabou entregando. Todos se retiraram e apenas Edward e eu estávamos naquela sala.

O nosso se é que pode se chamar de relacionamento se resumia alguns beijos na grande cama que havia lá em cima e só, nada mais.


— Não pensei que encontraria toda essa força tarefa aqui.


— Eles só estão preocupados com os bebês, já me acostumei. Então, pensei que não voltaria hoje.


— Eu pensei que demoraria mais, mas terminei o que tinha que fazer logo e pensei porque não voltar logo. O que você acha de sairmos para dançar? Eu sei que pode está meio receosa por causa dos bebês, mas a minha mãe ficará com eles e tem a Zafrina. Confie em mim Bella, eles ficarão bem.



Ele realmente fora muito direto, mas havia uma série de coisas em que teria que pensar. Eu nunca havia passado a noite fora e ficado tanto tempo longe assim dos bebês á não ser quando eles ficaram aproximadamente um mês e meio no hospital.


— Eu aceito, mas ligaremos para saber como eles estão e não sou muito boa em danças, mas tentarei. Só não irei demorar, pois não quero abusar da hospitalidade de sua mãe e não consigo ficar longe deles.


(...)


— Vocês têm certeza que vai ficar tudo bem aqui? Qualquer coisa não hesitem em ligar, por qualquer coisa mesmo.


— Bella. Ficará tudo bem. Nós quatro tomaremos conta dos bebês e enquanto eles estiverem dormindo ficaremos conversando sobre trivialidades. Aliás, esse vestido caiu como uma luva em você filha.


— Sim. Realmente ficou maravilhoso, Madame.


Essa mania que Alfred desencadeou depois da minha saída do hospital. Para tudo ele me chamava de Madame e eu repetia o meu nome.


— Alfred é Bella. Bel-la.


— Bella. Está maravilhoso, quando imaginei já estava pensando em como ficaria bom. Aliás, não esqueça essa bolsa.


Aquela bolsa era um exagero de grande, mas hesitei sem reclamar. Já que Esme e Alfred só faltaram me colocar para dentro daquele vestido vermelho e naquelas sandálias, mas para sair com Edward queria realmente está diferente e não daquele jeito que ficava com os cabelos presos em um rabo de cavalo, calças moletom e blusas simples que facilitavam a amamentação.

Era uma pessoa comum, mas agora não estava, poderia simplesmente dizer que estava luxuosa que nem Esme andava.


Dei os últimos retoques e segui para o quarto dos trigêmeos com uma dor no coração de deixá-los assim só para sair um pouco. Era tão divino os três deitados em cada um de seus berços dormindo, calmamente passei em um por um dando um beijo em suas testas sem perturbá-los.


— Mamãe, voltará logo. Comportem-se com suas avós e com Alfred e Zafrina.


Fiquei ainda um pequeno tempo os admirando, sem antes ajeitar um fino lençol que cobria cada um.

Anjos. Eram os anjos da minha vida. Retirei-me do quarto calmamente e fechei a porta com cuidado para evitar qualquer ruído.

No corredor acabo esbarrando em Edward que estava mais que perfeito.


— Eu iria me despedir deles — Deveria ser pecado ser tão bonito. — Bonita, seria um singelo elogio, mas você está mais do que isso.


Corei com as suas palavras.


— Obrigada. Espero você lá embaixo.


Desci ás escadas rapidamente e me deparo com Renée e Alfred aos prantos como se alguém estivesse morrido. Olhei para a televisão e estava dando uma novela que minha mãe assistia.


— Esse ator é tão bonito. É uma pena que ele não conseguiu fazer com que Clarissa ficasse com ele. Tão triste ter um casamento forçado com alguém que não se ama e ainda mais como um ator gostoso, quer dizer maravilhoso como ele. — Alfred disse.


— Concordo plenamente, Alfred.


— É apenas uma novela. Não fiquem assim


— Não é apenas isso, Madame. É que esse ator é muito gostoso para casar com essa Cruela Devil.


— É Bella. Entendo a sua reflexão, Alfred. — Suspirei resignadamente — Mãe, você também?


— Não pude resistir filha. Esse homem é tudo de bom, mas você sabe filha, não resisto á esses homens jovens, fortes e maravilhosos como este. — Alfred lhe ofereceu um lenço de papel para enxugar ás suas lágrimas. — Obrigada.


Essa súbita amizade dos dois estava rendendo, quem poderia imaginar? Eu pelo menos não. Alfred era o fiel escudeiro de Esme e agora ficava com a minha mãe chorando e falando das qualidades dos homens da novela.

Pelos menos se entendiam muito bem e Alfred adorava distribuir conselhos em todo lugar, era mesmo insubstituível.

Logo Edward apareceu e nós nos despedimos, mas sem antes parar com as minhas típicas recomendações de mãe.


— Qualquer coisa ligue e não esqueçam que Vanessa chora primeiro, Masen gosta que cantem uma musica para ele e Elizabeth gosta que contem uma história para ela. Simples e liguem.


— Bella. Você está extrapolando, filha. Edward leve-a, pois está cada vez impossível fazê-la passar por esta porta.


— Mais mãe.


— Fique tranqüila, vá se divertir um pouco. Tudo estará sobre controle, pois o que não falta é gente para tomar conta dos bebês.


Após ser praticamente expulsa da minha casa pela minha mãe, seguimos para o carro de Edward. Ele abriu a porta para mim e entrei.

O caminho estava sendo percorrido tranquilamente, uma musica tranqüila saia do rádio do carro.


— Ainda está pensando nos bebês?


— Um pouco. Nunca os deixei assim para sair e fico sempre preocupada, mas o que posso fazer? Sou apenas uma mãe.


— E eu sou apenas um pai. — Ele passou as mãos naquele cabelo maravilhoso dele e continuou. — Quero dizer que acho que não é muito bom você ficar o tempo todo cuidado dos bebês. Precisa se distrair um pouco e sei como aqueles bebês podem dar trabalho, principalmente Vanessa.


— Vanessa. Todos falam a mesma coisa, a mais nova por causa de minutos e a que dar mais trabalho. Ela deu muito trabalho para você aquele dia, não foi?


— Sim. — Sorri com isso. Lembrei do dia que Edward tentou cuidar dos bebês, mas dera pouco certo. O quarto dos bebês ficara uma bagunça com ele tentando, fraldas para todos os lados e por fim, ele dormindo no chão com Vanessa deitada em seu colo, aquela cena me tocou muito. — Como a minha mãe já deve ter falado, tinha um gênio horrível quando pequeno e quando queria uma coisa fazia de tudo para consegui-la, Vanessa pode ter puxado esse lado meu.


— Nem me fale.


— Como era quando criança? Algum deles lembra a sua personalidade?


— Elizabeth e Masen, pode se assim dizer, mas esperarei os ficar maiores para saber disso. Eles só são exigentes quando estão com fome.


— Acho melhor esperarmos mesmo. Eu tenho uma pergunta meio indiscreta, não quero que se sinta ofendida nem nada. — Ele ficou em silêncio por alguns segundos. — Você ainda quer mais filhos?


Não esperava por uma pergunta assim e nem que fosse tocado este assunto. Em minha mente comecei a pensar que já tinha três filhos de uma inseminação e não propriamente feitos do jeito normal.


— Bem, faz pouco tempo que tive os trigêmeos e você sabe disso. Em um futuro, quando os bebês estiverem maiores, acho que gostaria de ter mais um filho, mas do método convencional.


Com certeza e principalmente se o Edward for o pai, por que não? Só mais um e fecharíamos em um numero par, mais um menino seria muito bom. Ficaríamos com dois casais, mas planos para os futuros daqui a sete, oito anos ou mais.

O futuro é incerto, só Deus sabe o que irá acontecer até lá.



(...)


Edward estacionou e não o esperei abrir a porta para que eu saísse. Senti uma brisa tocar o meu rosto e era tão bom, fechei os meus olhos para aproveitar aquele momento.


— Está sentindo isso? — Ele me perguntou. Balancei a cabeça afirmando. — Gosto deste lugar por isso, só de pisar aqui já se passa uma tranqüilidade. Vem você ainda não viu nada.


Ele me puxou pela a sua mão e fora me guiando até que encontramos um maitre. O maitre nos indicou o local que sentaríamos e nos guiou.


— Nunca pensei em um restaurante assim. Banhado a luz da lua e refletindo neste lago. É maravilhoso, obrigada por me trazer aqui.


— Não precisa agradecer. Vamos escolher algo ou você me daria à honra de dançar?


Deparei com alguns casais dançando e nem havia reparado com uma pequena orquestra que tocava uma daquelas musicas românticas.



— Já disse antes que não sou muito boa em danças.


— Não irá acontecer nada. Irei te guiar e você se segurará firmemente em mim. Só uma vez e depois jantamos. Prometo.


Uma vez decidido tomei a cara e a coragem e fui dançar. Lembro vagamente de dançar muito mal na formatura do ensino médio e depois não tive outras oportunidades, a não ser quando Kate tentava me convencer a sair para dançar.

Edward conseguia ser formidável, suavemente colocou as suas mãos em minha cintura e eu envolvi os meus braços em seu pescoço. Começamos lentamente e depois tudo estava conforme o ritmo lento da música.

Nós estávamos próximos demais e os nossos narizes estavam próximos.


— Bella. — O silenciei pondo o meu dedo indicador em seus lábios de perdição.


— Não fale nada, Edward.


Por um instante fiquei um pouco tensa, mas dissipei isso e o surpreendi. Abri os lábios suavemente e, em poucos segundos, ele me puxou mais para perto dele.

Era um paraíso sentir os lábios de Edward junto aos meus, para mim tudo era inconstante nesse momento, pois não havia nada, não havia pessoas ao meu redor, não havia ninguém no mundo á não ser Edward e eu.

Aos poucos fomos relutantemente separando os nossos lábios, a musica havia mudado, mas nem havíamos percebidos. Continuávamos na nossa pequena bolha, no nosso pequeno mundo.

Ele deu aquele sorriso torto que seria capaz de enfartar alguém, pois quem em sã consciência resistiria á ele.

Por mais algum tempo prosseguimos dançando e depois retornamos á mesa para fazer os pedidos.


— Eu irei querer frango com cogumelos, salada, suco de laranja e para sobremesa um pudim de frutas caramelizadas.


Em seguida Edward fizera o pedido dele acompanhado de um bom vinho. Não pedi vinho, pois estava amamentando.


— Afinal, quem é Bella Swan?


— Você quer que eu me defina para você. — ele balançou a cabeça afirmando. — Bem, alguém que tem sonhos e é mãe de três criaturas lindas que se parecem com você. Gosto de ler bons livros e escutar uma boa música. A minha definição é essa, agora quem é Edward Cullen?


— Eu não gosto muito de me definir, prefiro surpreender os outros.


Afinal, a cada dia com ele era uma surpresa. No inicio de tudo, á meses atrás apareceu um Edward totalmente presunçoso e esnobe, totalmente diferente do de hoje. Poderia dizer que a diferença era muita, mas algumas coisas ainda lhe faltavam.

A refeição que nos fora servida fora maravilhosa e fiquei extremamente fascinada, um local fascinante e agradável.

O tempo fora passando e nem percebíamos e quando percebi já estávamos indo embora. Fora tudo totalmente maravilhoso. Resolvi telefonar para saber como estavam os bebês.


— Eles estão bem. Foram trocados, alimentados e agora Esme está contando a eles sobre os três porquinhos. Aproveite a sua noite, filha.



Eu sabia que eles ficariam bem, mas queria ter certeza absoluta, preocupação de mãe. Comecei inquietamente a mexer as minhas mãos como se estivesse tamborilando e sorri com a minha bobagem.

Depois, observei a estrada que se seguia e ela estava um pouco diferente da ida. Aquele caminho não me era estranho.


— Para onde nós estamos indo? — Olhei bem aquela entrada que seria irreconhecível para mim. — A sua casa.


— Sim. Pensei que nós poderíamos nadar um pouco.


— Não acho uma boa idéia.


— É só por pouco tempo, depois iremos embora. Para que fique mais tranqüila não há ninguém aqui.


Não adiantaria intervir em nada das idéias que Edward tinha hoje e o segui.


— Acho melhor que você se troque. Não seria muito bom estragar o seu vestido.


Eu carregava aquela imensa bolsa que Alfred me entregado e olharia o que havia dentro. Como já conhecia um pouco daquela casa, lembrava de onde ficava o banheiro, em cima da pia coloquei a bolsa e a abri. Dentro havia um biquíni vermelho muito pequeno e um maio também vermelho, era obvio que preferi o maio, mas conseqüentemente pensei se esta noite fora planejada por aqueles indivíduos que estavam nesse momento cuidado dos meus bebês.

Vesti facilmente o maio e aproveitei e prendi o meu cabelo em um simples coque. Vi a minha imagem refletida naquele espelho e pensei que nenhum bicho me morderia.

Andei em passos lentos e fui rumo ao caminho da piscina, no caminho encontrei as roupas de Edward pelo chão. Ele se encontrava lá dentro e eu aqui morrendo de medo e vergonha de entrar.

No meio dos meus devaneios ele percebeu a minha presença.


— Bella. Você não irá entrar?


— Eu só estou me preparando. — Que resposta horrível essa minha. — Você não irá olhar, Edward. Promete isso?


— Sim, prometo. Entre Bella.


Eu estava um pouco nervosa, pois fazia alguns meses que havia tido os trigêmeos e agora estava meio insegura com esse maio vermelho. Assim que entrei procurei por Edward, mas não encontrei. Levei um susto ao senti-lo me levantar por debaixo da água e agora estava em seus ombros.


— Quer me matar do coração? Tenho três filhos para criar. — Aquele sem graça começou a rir de mim e comecei a referir tapas em sua cabeça. — Sem graça. Você me paga.


Ele me jogou de volta na água e comecei a nadar fortemente para tentar fugir dele, mas não adiantou nada. Acabei imprensada contra o azulejo daquela magnífica piscina e ele me prendia com uma espécie de cadeia em seus braços.


— Quem vai pagar agora? Humm.


Edward distribuiu beijos em minha clavícula e fechei os meus olhos apreciando aquela sensação. Naquele momento, ele me levava para um mundo onde nenhum dos sentidos funcionava.

Abri os meus olhos e me curvei para beijá-lo. Ele rapidamente respondeu, e tão perdida no paraíso do beijo que não pude evitar que ele agarrasse as minhas coxas e me erguesse um pouco mais. Aquela fricção era tão boa.


— Acho melhor pararmos ou senão não sairemos daqui esta noite.


— Eu não deixaria que você me prendesse a noite inteira, pois tenho que estar com os bebês mais tarde. Lembre-se e, aliás, você já pagou uma pequena parte.


— Isso não é justo.


— Não te disseram isto meu caro. A vida não é justa.


Escapei por uma distração que ele teve e comecei a fugir dele daquela enorme piscina novamente.


— BELLA.


VEM ME PEGAR EDWARD.


O toque estridente do celular interrompeu a nossa brincadeira. Ele ficou irritado e começou a jogar a água para todos os lados.

Conforme ele saiu para atender ao telefone, sentei na beirada da piscina e pude perceber ele gesticulando com os braços.

Vários minutos depois ele retornou com uma expressão péssima.


— Edward, o que aconteceu? — Ele parecia hesitar para responder. Levantei e fiquei frente á frente com ele. — FALE LOGO.


— Parece que Carter foi fazer uma visita aos bebês. A minha mãe fez um escanda-lo e o seu pai até foi para lá. Ele alegou que não queria fazer mal á nenhum dos bebês que só queria vê-los e conversar com você.


— Eu disse que era uma péssima idéia sair hoje que não queria. — Ele começou a me sacudir tentando me acalmar, mas o pânico tomou conta de mim.


— Bella. Não irá acontecer nada. A minha mãe está vindo para cá e está trazendo os bebês.


— O problema não é esse, Edward. Até quando isso irá durar? Os meus filhos não são experimentos das ciências e nem um avanço positivo para a medicina. Eles são meus, saíram daqui de dentro de mim. Como quer me sinta?


— Vamos entrar e trocar de roupa. Irá ficar tudo bem, eu prometo. Ninguém chegará perto dos bebês ou de você. Preste atenção, vocês são a minha vida agora e não tema nada, nem que precisem passar por cima de mim, não deixarei ninguém fazer mal a você e nem aos bebês.


O choro impulsionava todos os sentimentos que sentia naquele momento, tristeza, dor e aparentemente raiva por aquela noite maravilhosa ter se tornado um desastre. Estava plenamente convencida de que os meus filhos estavam seguros de todo esse problema que ocorria com Saint Mathews, mas não estava duramente enganada.

Quando isso teria um basta? Só quando agisse. Seguramente, não me importei com o que Edward estava fazendo, trocando a minha roupa por alguma confortável, nada me importava naquele momento.

Eu faria o que algumas pessoas estavam fazendo com o Saint Mathews processando-os, mas não com interesse em dinheiro e nem nada, mais sim com a segurança dos meus filhos que conseqüentemente começara tudo ali. Poderia dizer que a única forma de agradecimento que tinha com aquele hospital era o fato de terem me dado as coisas mais preciosas que já tive nesse mundo.


— Fique calma. Nada de mal irá acontecer, pense nisso. — Ele se esticou e deu um beijo em minha testa.


Tentaria ficar calma, mas era impossível.


Continua....




















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