Os sentimentos do meu coração

 

 

 

22° Capítulo: Perdendo o que poderia me restar

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Não conseguia me concentrar no trabalho, a face tristonha do meu filho me deixava angustiada. Não queria vê-lo sofrer pelos meus erros.

 

 

 

Mas também não poderia mais aparecer para ele... Depois de tudo que eu fiz, de tudo que vivemos... Eu era tão nova, mas deixei-me levar pela covardia, me arrependo às vezes de alguns detalhes sobre o que fiz, como esconder o meu filho... Meu e dele. Mas não me arrependo das minhas decisões de me afastar, seria melhor.

 

 

 

E o que esta feita, sempre estará feito. Não posso voltar no temo para mudar tudo, e não quero mais isso. Tudo já passou, mas às vezes fico lembrando de algumas coisas. Algumas boas outras ruins.

 

 

 

 

Passado

 

 

 

 

Eu estava com muito medo, medo de perder o que me restará.

 

Medo de não poder mais vê-lo.

 

Arrependida.

 

Tudo estava vil, naquele quarto.

 

Trancafiada, sobre quatro paredes.

 

Brancas, pálidas.

 

Um tom enjoativo.

 

Em quanto eu era o centro ali.

 

A única coisa

 

Naquele quarto vazio.

 

Alienada, eu não era.

 

Mas cada instante ali

 

Faria-me ficar mais próxima disso.

 

Dei uma mordedura em meus lábios inferiores

 

Aquele líquido vermelho escarlate,

 

Logo apareceu cobrindo meus lábios

 

Tudo estava ficando tão apagado

 

Estava guardando todos os meus sentimentos no meu intrínseco

 

Sofrendo calada.

 

E sabendo que me restavam poucos dias para voltar como era antes.

 

E sim...

 

Eu estava internada em um manicômio.

 

 

 

 

Passado OFF

 

 

 

 

 

 

O passado às vezes nós trás detestáveis lembranças, algumas que queremos esconder. Mas sempre veem à tona. No meu caso, espero esconder tudo até aonde me for possível.

 

 

 

Em quanto me perdia no meu passado, e em minhas revoltas internas, nem percebi o telefone tocar.

 

 

 

O barulho absurdamente alto e irritante me fez pegar o telefone rapidamente e dizer com uma voz rouca.

 

 

 

 _ Alo? _ Atendi ao telefone normalmente, mas em poucos minutos, a resposta não vinha. Uma respiração descompassada na outra linha era necessariamente a prova de que o individuo não queria me responder.

 

 

 

_Quem esta falando?_ Perguntei ainda um pouco irritada, para logo ouvir uma voz rouca e grave acabar com o meu mundo em poucos instantes.

 

 

 

_ Parece que depois de seis anos, acabei encontrando pelo menos uma insignificante pista que me levou a você! _ Afirmou a outra voz, meu coração ficou com as batidas descompassadas.

 

 

 

_Itachi..._ Sussurrei baixo, querendo não acreditar no que estava ouvindo.

 

 

 

_ Isso Sakura... Parece que não me esqueceu, e nem eu te esqueci_ Declarou ele com uma voz irritada _ Eu vou tirar ele de você... Fiquei te procurando esses dez anos, e você nem me dera uma noticia... Eu quero o meu filho... _ Ele jogará a bomba, me deixando desesperada, desliguei o telefone rapidamente.

 

 

 

A angustia começava a tomar conta de mim, e apenas uma coisa me venho á cabeça “Fugir”.

 

 

 

Entretanto, em um lugar um pouco distante dali, Itachi sorria. A voz dela lhe devolverá a vivacidade que sumira nesses últimos anos.

 

 

 

_Sakura..._ Ele sussurrou o nome dela, tentando relembrar um pouco de seu semblante, tentando ajusta-lo para como ela ficará com esses anos.

 

 

 

Sua voz estava um pouco mais fina e mais delicada, mas ainda tinha o mesmo efeito que antes.

 

 

 

Um som soou, era a batida na porta de vidro de sua sala. Logo ele dera permissão para que o individuo entrasse.

 

 

 

Um homem um pouco velho, cabelos grisalhos e com modos rústicos adentrou no cômodo.

 

 

 

_ Aqui está o endereço da cidade onde ela está... Mas aposto que não aguentou a ansiedade e lhe telefonou, não foi? _ Perguntou o homem, se sentando na poltrona, colocando seus pés sobre a mesa, lhe entregando um pequeno papel amarelado.

 

 

 

_ Não me contive... _ Confessou ele com um sorriso nós lábios _ Mas isto não interfere muito... _ Declarou ele.

 

 

 

_ Você é que pensa... A primeira coisa que ira se passar na cabeça dela, é o que se passou há dez anos atrás... Fugir... _ A palavra soou como uma bomba, um peso enorme assolou o rapaz de longos cabelos negros _ Mas isso é simples... Você com todo esse poder, pode mandar em todos os lugares para que não a deixem viajar e bloquear todos os cartões e contas bancarias dela _ Afirmou ele como se fosse algo simples.

 

 

 

_ E é isto mesmo o que farei meu amigo... _ Confirmou ele, abrindo uma gaveta e de lá pegando um gordo envelope, e entregando ao homem que logo o abriu, deixando os papeis com desenhos de peixes a mostra. (No caso, notas de cem reais, que tem como símbolo, o peixe).

 

 

 

O homem se retirou da sala, como entrará. E logo se via o Uchiha pegar o telefone, para fazer o que o homem antes lhe recomendará.

 

 

 

Após alguns minutos, ele voltará a se acalmar.

 

 

 

_ Sakura... Sakura... Você não poderá mais fugir de mim... _ Sussurrou ele _ Agora não sou o mesmo de antes... E quero ver como irá agir... _ O rapaz deixava seus pensamentos flutuarem, em quanto estava cada vez mais contente pelo seu feito

 

 

 

 

Fim do capítulo