Segredos Revelados escrita por saamii, Hari Uchiha, Hari Uchiha


Capítulo 25
Capítulo 25 – A Verdade




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Capítulo 25 – A Verdade


Bella POV


- Srta. Swan, aqui esta a papelada que pediu – Vitoria deixou os papeis em cima de minha mesa e foi em direção a porta a passos rápidos.

Já tinha se passado uma semana desde o dia na piscina com os Cullens. Eles continuavam em minha vida às vezes se podia dizer que eles tinham se mudado para minha casa.

Por mais estranho que pareça, todos (mesmo sendo vampiros) tinham aceitado Lizy. Principalmente Emmet, que parecia criança em manha de natal quando brincava com ela e Yara junto.

O dia estava sendo muito cansativo. Jenks tinha me ligado ás três da manha, em uma emergência, todos estavam na agencia e estava a maior confusão. Gabriel tinha desaparecido do nada e não tínhamos nem sequer uma pista de onde ele poderia estar com isso toda a agencia estava em peso, tentando ao menos encontrar uma pista.

Conhecendo Gabriel como eu conhecia, ele só seria achado se quisesse, e não deixaria pista alguma, ao menos que quisesse  me assombrar.

Já eram duas da tarde e não tinha nem tomado o café  da manha ainda, a agencia esta uma confusão sem tamanho.

Assim que recebi a ligação de Jenks, liguei para Esme para saber se poderia deixar minha filha em sua casa, o que ela aceitou prontamente, mesmo estranhando a hora da ligação.

Troquei de roupa e arrumei uma bolsa com as coisas de Yara. Peguei ela e a coloquei no carro.Lizy que tinha acordado com o barulho me seguia e entrou no carro ao lado de Yara, fechei a porta e fui para a casa dos Cullens.

Assim que estacionei em frente, Rose saiu e pegou minha pequena do carro, ela continuava dormindo, Lizy saiu correndo em direção a casa.

- Qualquer coisa não exite em me ligar Rose – disse seriamente a encarando.

- Não se preocupe Bella, mas ligo se algo acontecer – ela sorriu e voltou para dentro de casa.

Entrei no carro e acelerei em direção a agencia.

Desde que cheguei não tinha para um minuto sequer, sempre olhando papeis documentos, entre outras coisas que poderiam ajudar a encontra-ló.

Tinha pedido a Vitoria que conseguisse o nome de hotéis da região e teria que analisar o que melhor se encaixasse na situação.

Estava com uma tremenda dor de cabeça de tanto olhar papeis sem parar. Parei um pouco recostando a cabeça na cadeira de couro preta, estilo presidente.

Fechei os olhos e coloquei as mãos no rosto, tudo estava desabando e eu estava perdendo as forças para segurar a avalanche que logo chegaria.

O passado estava vindo à tona, parecia não querer ficar esquecido.

Eu tinha medo, um medo muito maior do que qualquer um poderia imaginar. Mas não medo por mim, mas sim por Yara, que era só uma criança e não sabia de nada, mas sempre esteve em volvida em tudo.

Gabriel muito provavelmente queria vingança, e descontaria em Yara, mesmo que já tenha acabado com minha vida uma vez.

Os Cullens não fazem idéia de nada disso, mas estão muito desconfiados que o que escondo é muito mais que apenas o nome do pai de minha filha, alem de que eles não aceitaram continuar por mais muito tempo no escuro.

Meu peito apertava em só imaginar ele perto de Yara. Precisava saber como ela estava. Peguei o telefone e disquei o numero que não deveria ser tão familiar para mim. Ao segundo toque ele foi atendido.

- Alo? – poderia reconhecer essa voz aonde quer que eu estivesse.

- Oi Edward, é... Eu liguei pra saber como a pequena esta.

- Ah! Oi Bella, ela ta bem, esta assistindo Barney com o Em. E você como esta?

- Estou bem, por que não estaria? – suspirei cansada.

- Você foi trabalhar muito cedo, achei que algo tinha acontecido. – ele parecia desconfiado.

- Não era nada com que tenha que se preocupar – Essa poderia ser a realidade, mas não era – Apenas muitas coisas para resolver.

- Há... Você sabe que horas vai sair? – isso estava totalmente estranho.

- Não, mas acredito que não demore muito, por quê?

- Queria conversar com você,  tem algum problema?  - o que, não, não, não.

Todos os problemas possíveis.

- Não, não tem problema algum, quando eu sair daqui eu te ligo pode ser?  

- Tudo bem

- Bom então ate mais tarde, tchau

- Ate, tchau. – ele desligou e voltei a meus pensamentos perturbados.

 Eu tinha uma leve idéia do que Edward queria conversar, mas mesmo assim não sei se estou pronta para desenterrar todo o passado.

Um passado que deixou marcas profundas em minha alma, e que jamais se cicatrizariam completamente. Quem em sã consciência gostaria de voltara lembrar-se de algo, que tanto te machucou e lhe deixou com eternas feridas?

Eu certamente não. Mas sabia que todos tinham o direito a verdade, principalmente sobre a paternidade de Yara.

Sei que Yara via Edward como seu pai e o mesmo a via como sua filha, e que toda a família Cullen via ela como alguém permanente na família.

De qualquer forma não ficaria pensando nisso agora, tinha muito no que trabalhar. Peguei os papeis e voltei a estudá-los.

Estava tão concentrada nos papeis que me assustei quando Damon apareceu na minha frente.

- Quer me matar de susto? – coloquei minhas mãos em cima do coração, que estava acelerado.

- Não, apenas te mandar embora, pra casa. – disse ele se sentando na cadeira em frente minha mesa.

- Ainda não acabei de analisar esse papeis – disse os colocando em cima de mesa.

- Você já viu que hora são? – ele indagou me encarando serio.

Realmente eu tinha me perdido nos papeis e nem vi a hora. Quando olhei o relógio, me assustei com a hora. Já eram três horas da tarde.

- Você esta há doze horas direto trabalhando, os turnos trocam de no Maximo dez horas cada. E alem do mais aposto que você ainda não comeu nada. – parecia meu pai falando.

Deu-me um aperto no peito me lembrar de Charlie. Como será que ele estava? Eram perguntas que eu não sabia a resposta.

Diferentemente de Damon duvidava que um dia voltaria a ver meu pai.

- Nossa nem vi a hora passar! – ele me olhou incrédulo.

- Bom agora que você sabe a hora vai embira. Tchau.

- Nossa, se não quer minha companhia é só falar – disse ironicamente o encarando.

Comecei a arrumar minhas coisas para ir embora, coloquei os papeis dentro da bolsa, desliguei o computador e me levantei para sair.

Ao sair da sala encontrei com Vitoria em sua mesa.

-Vitoria estou indo embora. Se precisar de mim me no celular – ela concordou com a cabeça e continuou a digitar.

Sai dali e fui ate o elevador, Damon me acompanhou ate Lá, para ter certeza que eu estava indo embora.

Cheguei ao estacionamento e fui ate o carro, destravei o alarme e entrei, arrumei a bolsa no banco traseiro, peguei o celular e disquei o numero de Edward. Parei com o dedo em cima do end., ligava ou não?

Ele com toda a certeza iria perguntar definitivamente no que eu trabalhava e o que aconteceu. A pergunta certa a tudo isso era: Eu estava pronta para desenterrar tudo isso que demorei tanto para enterrar? Eu agüentaria reviver em mente tudo novamente?

Não tinha a resposta para essas perguntas.

Por mais que eu não quisesse admitir, os Cullens tinham se mostrado dignos de confiança outra vez. Uma hora ou outra eles teriam que saber o que aconteceu, alem do que eu duvidava que aceitassem continuar na escuridão por mais tempo.

Eu precisava confiar neles, iria precisar da ajuda deles para não cair agora, eu sabia que sozinha não iria conseguir.

Apertei o end. e fiquei esperando ele atender, no terceiro toque o telefone foi atendido.

- Bella?

- Oi, eu disse que ligaria assim que saísse

- Claro! Você já saiu. Tem algum lugar em mente para nos encontrarmos? – sua voz dava a entender que ele estava ansioso.

- Poderíamos nos encontrar no Ma Belle, em vinte minutos? – batuquei os dedos no volante.

- Claro. Estarei La em vinte minutos. Ate. – ele parecia feliz.

Respirei fundo e liguei o carro, dei a volta, e sai do estacionamento, entrei na estrada e acelerei o Maximo que o carro conseguia.

Em torno de quinze minutos depois, cheguei ao restaurante, achei uma vaga ao lado do carro de Edward, ele já estava aqui.

Peguei minha bolsa, sai do carro e coloquei o alarme.

Entrei no restaurante e fui atendida pela recepcionista.

- Boa tarde. Mesa para quantos? – ela perguntou educadamente enquanto sorria.

 - Meu acompanhante já me espera. Edward Cullen – disse á recepcionista.

- Claro! Siga-me – ela sorria enquanto falava. A segui enquanto ela me levava a uma mesa afastada, perto da janela.

A mesa era totalmente afastada, alem do restaurante estar praticamente vazio, conversaríamos sem interrupções.

  Edward, cavaleiro como sempre, se levantou assim que me viu, arrastou a cadeira para eu pudesse me sentar.

- Obrigada. – disse me sentando. Ele apenas acenou com a cabeça.

- O garçom logo vira atende-lós. – disse à garota que me trouxera ate a mesa, ela saiu e encarei Edward.

- O que queria conversar? – ele me encarou e fechou os olhos suspirando.

O garçom apareceu e pedi ravióli a cogumelo, tive um breve djavu ao pedir o prato.

- Volto logo com o pedido – assim que o garçom estava mais afastado, Edward voltou a me encarar.

- Sei que você tem o direito à privacidade em sua vida, mas nós estamos vivendo com você e merecemos a verdade – seus olhos mesmo depois de todos esses anos causavam o mesmo efeito em mim.

Desviei os olhos olhando para alem da janela, a rua estava calma. O tempo nublado não impedia de estar quente e nem abafado.

- Sei que merecem a verdade, mas a historia não é feliz – minha mente lutava para não lembrar meus fantasmas do passado.

- Sou um bom ouvinte, alem de que acho que de historias tristes entendo bem. – encarei Edward, ele estava convicto em sua decisão de saber tudo. – Em que trabalha?

- Trabalho no FBI. A anos, antes mesmo de nos conhecermos, eu já trabalhava lá.

Ele me olhou surpreso pela declaração, realmente ninguém jamais imaginou no que eu trabalhava, nem mesmo meu pai. Senti-me triste ao lembrar-se de Charlie, onde estaria agora? Fechei os olhos e virei o rosto, encarando a janela.

O garçom trouxe a comida e saiu sem dizer nada. O encarei sem realmente ver. Peguei o garfo e comecei  a comer, não percebi o quão faminta estava ate àquela hora.

- O pai de Yara não sou eu, não biologicamente falando. Então quem é?  - Edward parecia escolher cuidadosamente cada palavra antes de pronuncia-lãs.

Olhei para ele, o mesmo estava com as mãos entrelaçadas em cima da mesa e parecia um pouco inclinado para frente.

  - Você quer a verdade, eu a darei. Não me interrompa enquanto falo – encarei seus olhos e ele deu um aceno com a cabeça, concordando com o que eu disse.

Desviei meus olhos para a janela, sem realmente ver o que acontecia atrás da mesma. Minha mente estava perdida em minhas memórias mais sombrias.

  - Depois que sai do estacionamento da escola, voltei para casa. Quando estava para entrar dentro da mesma, fui atingida na cabeça e apaguei. Quando acordei estava amarrada a uma cadeira, em um quarto escuro e frio. Logo depois a porta se abriu e meu inferno começou.

 Parei um pouco e comi, tentando criar forças para continuar a contar o que aconteceu. Em momento algum enquanto falava eu olhei para Edward, mas sentia seu olhar em mim como se fosse labaredas de fogo.

- Fiquei uma semana em cativeiro, sem sair daquele quarto. Fui torturada de diversas formas. Uma semana depois  o FBI invadiu o lugar e me resgatou. Passei um mês em coma no hospital. Quando acordei, os médicos diziam ser um milagre eu ter acordado e não ter nenhumas seqüelas físicas. Quando recebi alta, Charlie me expulsou de casa, acusando que fui atrás de você e você tinha me dado um pé na bunda novamente. – sorri tristemente enquanto encarava meu prato já vazio.

Edward impressionantemente estava calado, escutando tudo com atenção, sem me interromper nunca.

- Dois meses depois que sai do hospital, descobri que estava  grávida. Não tinha comida, dinheiro, nem um teto para morar, mas havia uma vida crescendo dentro de mim. Tinha motivos de sobra para abortar, mas como eu poderia matar alguém indefeso? Um inocente em toda a historia. Não tive coragem e nunca me arrependi de ter ficado com Yara.

Pela primeira vez desde que começara a contar, eu encarei Edward. Ele olhava para a janela, parecia perdido em pensamentos.

- Quem é o pai de Yara – ele perguntou ainda sem me encarar.

 Ele olhou para mim, e sustentei seu olhar. Todo seu corto se retesou com o que disse a seguir.

 - Gabriel McNolw.


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Notas finais do capítulo

[N/Co-Autora] Oi amores. Estou aqui postando pra vocês, e espero comentários.
Beijoos!



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