“Temos problema...”

Que sensação e essa?

“Batimentos cardíacos estão diminuindo...”

Por que não consigo respirar?

“Se afastem...”

Eu...eu vou morre?

“Não fusionou, de novo...”

Eu não quero morre! Não agora! Não nesse momento!

Estava em um campo com poucas árvores, o vento batia suavemente em meu rosto, bagunçando meus cabelos, mas ali não tinha um clima alegre, chegava a ser meio depressivo. Uma mulher loira de olhos azuis sorria gentilmente para mim, logo a reconheci. Era minha querida mãe. Ela estava do mesmo jeito que eu lembrava, usava seu vestido favorito, longo branco com mangas curtas. Tentei corre ate ela. Esticou sua mão para mim, mas uma luz forte invadiu meus olhos. Lembranças estavam vindas em minha cabeça.

- Ikuto sabe estou muito feliz por está indo bem na escola. – Minha mãe falava com minha versão criança que segurava um robô de brinquedo e sorria sem parar.

-Mama, eu também estou feliz. – Lembrei que menti, odiava aquilo mais fiz.

- Que tal fazer um pequeno bolo? – Meus olhos brilharam ao ouvir aquilo e meu sorriso se alargou mais.

- Serio? – Ela fez positivo com a cabeça.

  Lagrimas brotaram em meio rosto, ela estava tão feliz e tão bonita naquele dia, seus cabelos loiros cacheados soltos com os olhos azuis brilhando intensamente.

 - Agora vou quebrar os ov... – Ela caiu no chão.

Meu “eu” criança pulou da cadeira que estava em pé.

-Mãe, mãe levanta! – Lagrimas corriam pelas bochechas rosadas do meu “eu”.

- Não se preocupe! Vai ficar tudo bem! – Ela acariciava meus cabelos e se levantou.

  Em um piscar de olhos vi que estava de noite, meu “eu” criança usava um pijama azul e arrastava um lençol branco, espiava pela pequena fenda da porta, aproximei e vir a minha mãe agachada vomitando sangue, eu só observava, meu coração foi a mil.

De novo em um piscar de olhos estava em outro local, era um cemitério. Todos estavam de pretos. Meu “eu” criança chorava, na sua frente uma pedra dizia: Shinda Kawada. Minha tia estava em meu lado com a mão meu ombro. Corri ate ele, mas não saia do lugar. Tudo estava ficando escuro.

“Conseguimos”

“Sim, agora leve ele para sala de repouso”

 O que? Eu...Eu não morri.

Meus olhos abriram devagar, as luzes da lâmpada faziam meus olhos queimarem. Virei um pouco minha cabeça, estava em outra sala, mas ela só estava eu e uma mesinha. Levantei um pouco meu corpo e sentei em na cama. Meu corpo continuava enfaixado, meu coração deparou quando me lembrei das cenas, rios de lagrimas desceram sem piedade. Minha querida mãe tinha visto ela de novo. Coloquei minha mão sobre meu peito, sentia meu coração batendo rápido. Ouvir o rangido da porta. Um homem alto com óculos, meio careca entrou, ele arregalou os olhos quando mim viu.

- Você acordou. – Disse surpreso.

- A cirurgia foi bem sucedida. Mas você... – Fez um silencio na sala. Ele fechou a cara.

-Eu o que? – Disse quase com desespero.

- Seu coração ficou 10 minutos parado. Você... você morreu e voltou.

- O... o que? Mas por que isso aconteceu?

- Não sabemos porquê, mas o que sabemos é que foi seu próprio corpo que levou a fazer isso! – Ele suspirou e voltou à fala – Também recebi a noticia que o monstro que o acompanha ficou doente e teve febre altíssima bem na hora que você desmaiou, ele vomitou por dez minutos, só parou quando seu coração voltou a bater.

-Hum... Entendo – Falei voltando minha cabeça para o travesseiro.

 Meus olhos fecharam lentamente. Mas a dor continuava viva e forte. Adormeci.

Estava ali, parada em minha frente. Uma criança. Cabelos curtos e pretos, seus olhos azuis vivo olhavam para mim, um frio na barriga pareceu, atrás da criança uma sombra apareceu, era escura e calma, voltei a atenção para a menina, mas ela não estava ali, tinha desaparecido.

  Acordei soando frio e respirando com dificuldade.

“Aquela menina” Pensei “Era a Say”.

Continua...