Haruno Sakura, do Clã Haruno escrita por EstherBSS


Capítulo 28
A Sacerdotisa Hinvy


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mina. Essa semana foi difícil.
E esse capítulo é dedicado a IamLeticiaOfLiam (ID #50844) que recomendou essa história e me deixou muito feliz.



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Capítulo 28 – A sacerdotisa Hinvy


Deu um passo para dentro do acampamento. Ainda ouvia risos e canções.
I said it's too late to apologize,
I said it's too late to apologize,
Kurogane estava sentado sorrindo com a espada fincada ao seu lado. Até dividia o banco com o loiro chamado Naruto. Ele ria. Uma das poucas vezes em que rira. Então ele levantou a cabeça e o viu.
I'm holding on your rope, got me ten feet off the ground...
(Eu estou me segurando em sua corda, deixou-me a 10 metros do chão)
E o sorriso murchou em seus lábios e seus olhos demonstraram o terror que sentia.
It’s too late to apolozige... but I’m so sorry


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Todo mundo tem que aprender a viver de acordo com o ambiente em que está. Eu aprendi isso bem cedo. Vivi com meu pai aqui em Ichigan até ter cinco anos. Era o tempo em que os Harunos ainda mantinham bases aqui. Por pior que fosse, eu gostava de viver nesse lugar maldito. Todos aqui tem que ser guerreiros. Não há escolha. E eu era boa com o arco. Sempre que ia à Torre com o meu pai e os guardas me deixavam vigiar, eu pegava meu arco e me sentia a pessoa mais forte do mundo.

Mas então aconteceu ‘aquele’ acidente e tudo mudou. Os Harunos deixaram de montar bases aqui e eu e minha família voltamos ao Clã em Konoha. Apesar de sermos Harunos, a nossa família pertence a um ramo especial. Por isso, não podemos receber ordens do mestre Tsukoi como os outros. A nossa vontade pode superar as dele, embora não tenha acontecido isso comigo. Eu não podia pegar em armas lá. Eu não podia ser uma guerreira lá.

- Você assumirá o posto ao lado da sua mãe. Quando a segurança do clã está em questão, minha ordem é superior a sua.

Foi isso o que o velho lhe tinha dito. E eu abaixei a cabeça porque abaixar era melhor do que perder aquilo que levava sobre os ombros. Ele nem esperou o período de luto. E a primeira ordem dela foi controlar Haruno Akina, o grande prodígio feminino do ramo principal. Enquanto andava até a casa principal, podia sentir os olhares. Eles se inclinavam perante ela como qualquer um faria diante de uma sacerdotisa.

Só que eu nunca quis fazer aquilo. Eu nunca quis ser protegida. Eu nunca quis ter um bastão sagrado como única arma. Meu pai sempre dizia que eu poderia fazer o que quisesse desde que treinasse as magias de purificação. Eles também diziam que eu era um prodígio. A melhor sacerdotisa que nascera em mais de cem anos. Mas a verdade é que só treinava a purificação para poder treinar com o arco. Eu queria mesmo era ser arqueira.

Tsukoi me levou pessoalmente até a neta. A menina estava acorrentada pelos pés e mãos e erguida em um salão alto. Havia inúmeros guerreiros de elite ao redor, apenas olhando. Eu me surpreendi com ela. Não esperava que a grande Haruno Akina fosse tão nova. Ela devia ter a mesma idade que eu naquela época. Mesmo assim já era temida até mesmo por adultos.

Não precisaram me explicar o tinha acontecido. Nunca explicavam mesmo. Só que eu sabia. Eu tinha visto a mãe da menina arrancar a cabeça do meu pai com os dentes. Quis sentir raiva dela, mas não consegui. Toquei o seu rosto. Não estava deformado. Não havia nem mesmo as veias negras. A garota estava resistindo.

- Não perca tempo. Faça logo o seu trabalho. – o velho gritou comigo. Arqueei uma sobrancelha desejando poder bater nele.

- E o que você sabe sobre o meu trabalho, seu velho? Se está tão insatisfeito, vem aqui e purifica você mesmo!

Percebi que tinha passado dos limites quando vi as expressões horrorizadas dos outros guerreiros. Vi Tsukoi pressionar os lábios em uma linha fina. Ele não falou nada. E todos os outros seguiram o exemplo dele. Ninguém devia falar nada já que o próprio líder não o fizera. Mesmo assim, um garoto de uns seis ou sete anos correu até onde eu estava e me ergueu pela gola. Ele estava irritado. Quando reparei no kimono dele descobri que era o herdeiro, Haruno Kurogane.

- Quem você pensa que é, nanica? Deveria cortar sua cabeça por ousar levantar a voz para o Mestre Tsukoi!

Minha mente mandou meu corpo relaxar e esperar, mas foi a minha vontade que me comandou naquele momento. Concentrei energia na palma da mão e empurrei o peito dele com tudo. Ele foi pego pela surpresa. Reconheço, pelo menos, isso agora. Só que naquela hora, eu me achei o máximo e agi sem pensar. Puxei minha manga para cima e usei os selos em meu braço para invocar meu arco. Ignorei tudo o que gritavam. Era apenas eu e meu oponente. Atirei. Minha mãe bloqueou o ataque. Kaila, a sacerdotisa oficial e minha mãe, desviou minha flecha. Kurogane foi atingido do mesmo jeito. Apenas um raspão no queixo, mas fundo o suficiente para deixar uma marca.

Minha mãe caminhou com graça e me socou na barriga. Provavelmente, se eu fosse uma guerreira nem teria sentido o golpe. Mas eu era uma criança. Um corpo de criança com uma mente de criança. Ela mandou eu me levantar e terminar o meu trabalho. Me sentia tão humilhada. Agradeci pelo fato de sacerdotes e sacerdotisas terem que usar máscaras. Não queria que ninguém me visse chorando.

Não foi difícil purificar a garota. Ela nem estava despertando mesmo. Apenas não conseguia se livrar do excesso de energia. Foi ridículo de fácil. Tanto que pude ouvir a mãe se desculpando com o velho. Quando terminei, vi que Tsukoi segurava Kurogane bem como tampava a boca do menino. Quando voltamos para casa, levei a maior surra da minha vida. E então entendi que aquela história de não ter que seguir ordens era pura mentira. Eu nunca poderia realmente fazer o que quisesse. E eu nunca poderia pegar em uma arma.

Quando aquela mulher traiu o Clã, quase não acreditei. Fiquei com muita raiva. Tinha tido o trabalho de livrar aquela garota da energia maligna e então ela tinha feito isso, caminhando voluntariamente para o lado do inimigo. Tentei avisar aos guardas, mas nenhum acreditou. Eles disseram que sacerdotisas jamais teriam uma percepção de energia maior do que a deles que eram guerreiros. Era até compreensível em parte. Ninguém sabia que eu treinava escondido. Foi assim que eu sobrevivi àquele dia. Eu lutei quando ninguém esperava que me movesse. E eu gostei. Adorei a sensação de eliminar os meus inimigos. Não precisava me segurar. Era apenas eu e eles. Eu gostei de matar.

Mas eu era fraca. Não tinha forças para proteger muita gente além de mim mesma. Às vezes penso que não deveria ter sobrevivido, que devia ter morrido já que não pude proteger ninguém. Não. Tinha protegido alguém. Pelo menos protegi o garoto. Aquele garoto de cabelo vermelho. O nome dele era Kira? Kiro? Não me lembrava mais. Mas eu nunca poderia me esquecer dela ou daquele rosto determinado. Era por isso que faria tudo o que pudesse para salvá-la. Minha vida, minha vontade seria toda para deixar ela bem.

Aumentei a pressão sobre ela e sobre mim. Podia sentir o ar se agitar denso e violento. Ele erguia minhas roupas, tentava soltar o meu cabelo e tornava o ato de respirar muito mais difícil. Mas não desistiria porque ela também estava lutando. Mesmo com dores, mesmo sofrendo, ela não desistia. E eu sentia que se parasse só um pouco, não seria digna de ter sido salva naquele dia porque...Haruno Sakura tinha me salvado naquele dia. Entrara na frente do inimigo sem hesitação e me salvara.

Cruzei as mãos fazendo os selos e virei as palmas em direção a bola de energia na qual Sakura estava mergulhada. Aquilo seria o trabalho mais difícil de minha vida. Tinha percebido isso no momento em que a vi. Isso porque... ela já tinha passado da fase inicial do despertar. Mordi o lábio sentindo o cansaço. Porém me mantive firme por ela. Apesar de ter uma quantidade absurda de energia dentro de si, a aparência de Sakura não se alterara tanto. E eu sabia que aquilo era pura força de vontade. No início tive medo. Muito medo. Quando vi aquele cabelo, me lembrei da mãe dela. Me lembrei da mulher que despertara e matara o meu pai. O cabelo dela também estivera pingando sangue.

Mas Sakura era forte onde ninguém mais era. Ela era forte por dentro como eu nunca tinha visto. Sua vontade de permanecer no controle era assustadoramente firme. E se ela não iria ceder, eu não iria ceder.

- Sétimo portal da magia antiga... – falei baixo, mas firme - ...eu o comando... eu o controlo... e eu o abro.

Senti a energia fluir ao meu redor. Era tanta que até podia ver sua cor. Os objetos dentro da barraca começaram a tremer. Se não fossem as runas desenhadas no tecido, o acampamento inteiro teria me visto cometer o crime. E eu iria cometer. Não me importava em morrer depois. Mas primeiro, eu iria salvá-la.

Como esperado, a energia ruim em Sakura respondeu. “Ichigan defende a si mesmo”. Seu pai costumava dizer. “Se ele começa a criar um monstro, ele vai fazer de tudo para conseguir.” Mas eu também sabia que se não fizesse isso, jamais teria forças para levar a purificação até o fim. Mesmo no ar, dentro da esfera de energia, vi Sakura esticar os braços e as pernas, ficando em posição de cruz. Aquilo era um sinal de batalha. A parte despertada estava tentando tomar o controle e cabia a mim impedir.

- Energia que flui... energia que vem do meu espírito...eu ordeno...rompa as minhas correntes!

O impacto me empurrou para trás. Ainda bem que fiz a magia a tempo. Sakura também estava liberando mais energia. Ela ergueu a cabeça e eu vi seus olhos vermelhos. Era tudo vermelho, mesmo a parte branca do olho. Foi um pequeno movimento com a sobrancelha, mas fez tudo a nossa volta em lascas. Ironicamente, o tecido da barraca estava sendo mais resistente do que a madeira dos poucos móveis no lugar. Eu só precisava de tempo até que os elos terminassem de se romper. Podia sentir minha barreira ficar mais forte. O problema era que a Sakura hime também parecia aumentar a sua força.

Não tinha jeito mesmo. Iria ter que romper tudo a força. Eu me perguntei se o mestre me mataria por aquilo. Talvez eu fosse perdoada por salvar a vida da neta dele. Uni as mãos como em uma prece e aumentei a energia em volta do meu coração. Senti o metal rachar e partir parte a parte. Quando a corrente em volta do meu coração sumiu completamente, o poder que senti só podia ser descrito como... maravilhoso.

Toda aquela energia me deixava forte e eu gostava de ser forte. Fiz mais uma magia para trancar Sakura. Não podia permitir que ela saísse da esfera de energia. Dei tudo o que podia para segurá-la. Mesmo assim... Mesmo assim...

O golpe de vento dela fez cortes em minha roupa e em minha pele. Aquilo me distraiu. Quando vi, o cabelo dela balançava como se tivesse vida e... tinha voltado a pingar sangue. Aumentei a energia para recuperar o controle, mas estava difícil. Algumas mechas aumentaram de tamanho e começaram a vencer o meu bloqueio da esfera. Rolei para o lado quando aquilo atingiu o lugar onde eu estava.

- Ei! Sacerdotisa! O que está acontecendo aí dentro?

Ouvi alguém perguntar do lado de fora. Sorri ao reconhecer a voz. Era daquele garoto loiro escandaloso que viera de Konoha. Outro dia eu tinha conversado com ele. Naruto, né? Ele disse que eu devia me esforçar. Foi o primeiro que não riu do meu sonho de ser guerreira. Não. Ele foi o segundo. A primeira a reconhecer o meu sonho foi ela. Foi a mulher na minha frente, Haruno Sakura. Fechei a mão em punho enquanto desviava e tentava manter o bloqueio.

- Cala a boca, Naruto! A mulher precisa de atenção lá dentro para salvar a Sakura! – Alguém respondeu.

Desviei novamente e amaldiçoei meu cansaço. Por que eu tinha que ser tão fraca. Ou melhor, por que eu tenho que ser tão mais fraca do que ela?

- Ei! Teme! Eu sei muito bem que ela precisa de atenção! Mas aquele foi um barulho muito estranho, datebayo!

Eu quase podia imaginar a cara de irritado dele. Mordi o lábio e parei de correr. Se continuasse me esquivando, perderia o controle do bloqueio e ai seria tarde demais. Estendi uma mão com a palma aberta para frente. Mantive a outra fechada em punho na horizontal sob a palma aberta.

- 182ª técnica de repressão... – disse firme. O primeiro ataque foi no meu ombro. Depois foi a vez das pernas e do tronco. Minha mão aberta enviava a energia na direção dela, minha mão fechada erguia um escudo sobre o meu peito - ...círculo das almas...ATIVAR!

A repressão foi muito bem...no início. As mechas voltaram ao tamanho normal e ficaram presas dentro do bloqueio. O sangue também parou de pingar e os olhos dela voltaram ao rosa e depois ao verde. Eu vi sua boca tremer.

- Aj...Aju...Hinvy...me...ajude...onegai...

Meus olhos se encheram de lágrimas. Mesmo agora, ela se lembrava do meu nome. Para os outros, eu era simplesmente “a sacerdotisa”. Sakura e Naruto eram os únicos que me chamavam pelo nome. Mesmo os meus familiares só me chamavam de sacerdotisa.

- Hai! Sakura hime! Eu, Haruno Hinvy, prometo que a trarei de volta. Mesmo que custe a minha vida, vou salvá-la!

Eu vi Sakura hime inclinar a cabeça para trás e gritar. A onda de energia foi tão forte que fez minha máscara rachar. Fechei os olhos tentando manter o controle. O bloqueio não podia ser quebrado. Era uma defesa. Eu estava cercando a parte despertada e ela estava ficando nervosa. Por isso estava forçando seu controle sobre a Sakura hime para me cansar. Sorri de canto. Isso tudo já estava previsto. Foi por esse motivo que eu rompi a minha corrente. Abri meus olhos enquanto os restos da minha máscara eram varridos pelo vento dela. Podia sentir o meu cabelo sendo jogado para trás assim como o meu corpo. Firmei meus pés.

- Eu não serei subjugada! - Abri um pouco as pernas e dobrei os joelhos – Eu, com certeza, vou salvar a Sakura hime! – Empurrei a mão aberta para frente e, então, expulsei todo o meu poder de uma vez.


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Todos estavam em volta da barraca. Esperando e pedindo a Kami para protegê-la. Tsukoi estava sentado no centro com seis Harunos médicos tentando curá-lo. O olho já era mesmo, assim como o braço. Kurogane estava sentado sobre as pernas e olhava para o mesmo lugar que todos olhavam. Tsukoi sabia que ele tentava manter o controle. O tremor em suas mãos era sinal daquilo. Os ninjas de Konoha estavam de pé, mas igualmente preocupados. Incluindo aquele Sasuke. Ele era o único que imitara Kurogane e se sentara esperando.

O loiro era o único que não tentava esconder ou controlar o nervosismo. Ele pulava e gritava coisas, mas a maioria das pessoas ali até gostava disso. Era um modo de quebrar o clima ruim. Rayne e o irmão estavam lá, sérios e preocupados. JD tinha saído quando soube o que acontecera. Disse que precisava ficar sozinho. Alguns poucos tinham ido com Omoe preparar o funeral de Ogen.

Eles ouviram um barulho novamente. Um grito meio humano e meio monstro.

- Sakura ka? – Tsukoi perguntou preocupado e tentou se levantar. Os ninjas médicos tentaram segurá-lo a força.

Kurogane e Sasuke também se levantaram. A barraca tremeu e as runas brilharam até que... tudo foi pelos ares.

- AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH!

Todos piscaram algumas vezes para tentar entender o que acontecia. A maioria tremia como se fossem crianças em suas primeiras batalhas. Kurogane e Sasuke estavam caídos no chão e olhavam com olhos arregalados. Os ninjas da Godaime também estavam caídos. Alguns até se arrastavam tentando se afastar. Tsukoi não podia culpá-los. Ele mesmo teria sido jogado para trás se não fosse os ninjas médicos terem criado uma barreira.

- Nan...nanda kore? (O q... o que é isso?)

Kurogane perguntou e estava claro o medo em sua voz. Aquele poder era assustador. Tsukoi engoliu em seco. Ele nem sabia de qual das duas vinha aquilo tudo. Sentiu a mão tremer. Tentou se lembrar da última vez que vira aquele poder todo. Ele devia ter apenas três anos na época, mas jamais se esqueceria daquela sensação de novo. Aquilo ali tinha sido um dos motivos do acordo do Nindaime. Onde? Onde aquela mulher tinha aprendido isso?

- Wakaranai! (Eu não entendo!)

Tsukoi não conseguia desviar os olhos da cena a sua frente, mas reconheceu a voz de Aidan.

- JD. Ochitsuke! (Se acalme!) Aquilo ali não nos fará mal! – Tsukoi falou e balançou a cabeça.

- Do que está falando, vovô? Até o senhor está tremendo. – JD falou assustado – Eu só tenho vontade de sair correndo e chorando como uma menininha. O que...o que aquela sacerdotisa está fazendo?

A energia liberada por Hinvy era tão forte que podia ser vista. Era violeta e era lindo. Tão lindo quanto uma explosão podia ser. Ela liberava chakra e nem ao mesmo tempo e isso a rodeava quase como se tivesse vida própria. O cabelo louro dela balançava solto, mas ficava vermelho quando o sol batia diretamente nele. Mas o que o assustou mesmo foi o estado de Sakura.

Tsukoi não sabia o que era pior, o cabelo ou os olhos. Qualquer coisa que se aproximasse da Haruno era prontamente repelido pelas mechas vermelhas. E o olhar...era um olhar de demônio. Mesmo dentro do bloqueio, Sakura conseguia provocar reações do lado de fora. Ela tinha o poder de um abissal, o tipo mais forte de Kakuseishas.

- Ela está tentando fazer o impossível. – Tsukoi respondeu de muito tempo. Ele empurrou as mãos dos Hiouri nins e alcançou sua espada. Levantou cambaleante e empunhou a arma.

- O que está fazendo, Tsukoi sama? – Rayne perguntou de onde estava – Para que a espada?

- Eu errei com Hana antes, mas não vou cometer o mesmo erro novamente! Reconheço um abissal quando vejo um! – ele falava, mas mantinha a cabeça baixa e, depois de um tempo, as lágrimas correram pelo rosto – Sakura já...despertou.


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Notas finais do capítulo

Respondendo a uma pergunta interessante que a Yuuki me fez:
"Quando um ninja se torna um Kakuseisha, ela fica, por exemplo, fora de si como o Naruto com mais de 4 caudas, ou ela fica malignamente normal, sabendo do que ocorreu e tendo somente com os poderes de um monstro??"
Pode variar. Alguns nem percebem que se tornaram Kakuseishas. Outros percebem e tentam viver aceitando isso. E tem alguns casos em que a mente da pessoa fica confusa, como ocorreu com Akina, e a pessoa pode ficar "presa" a algum acontecimento que já passou ou a uma idade anterior.