Haruno Sakura, do Clã Haruno escrita por EstherBSS


Capítulo 22
Conversas


Notas iniciais do capítulo

Hoje eu estou triste. Meu Robb morreu. Quem gosta de Game of Thrones sabe de quem eu estou falando. A Catelyn morreu também. Então estou de luto.
Vou colocar aqui algumas imagens da minha próxima fic. Espero que gostem. Eu começo a postar semana que vem.
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Ficaria muito feliz se vocês vissem.



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Capítulo 22 – Conversas

Hiboshi se levantou e caminhou até a ninja irritada. Ele não era feio. O líder dos youmas era loiro, alto e forte. E ele parecia interessado.

    - Aky, Aky, Aky. Quantas vezes eu tenho que dizer que devemos esperar o momento certo. – ele caminhou em volta dela e a abraçou por trás. Ele apertou o seio dela e Akina jogou a cabeça para trás com um sorriso – Primeiro que eu não acho que eles te consideram mais como membro da família. Segundo que eu já tomei minha providencias. Eles vão perder tempo e energia com o meu esquadrão das boas vindas. E quando eles estiverem cansados, confusos e com o moral baixo, será o momento de entrarmos e os esmagarmos em grande estilo.


Sakura só conseguiu falar com Sasuke a sós alguns dias depois da conversa com Naruto. Tsukoi tinha mandado o Uchiha patrulhar a área. A Haruno, assim que soube da ordem, saiu de fininho atrás do rapaz. Geralmente, o avô colocava seis guardas em torno do acampamento formando uma proteção hexagonal.

Ela encontrou Sasuke encostado em uma árvore olhando para a área em volta como um falcão pronto a atacar a sua presa. Sakura demorou em ir até ele. Permaneceu um tempo parada apenas o olhando. Ele era tão bonito. E tão forte. Ela podia ver os músculos definidos marcando a roupa. Ele a deixava orgulhosa. Tinha aprendido tanto em tão pouco tempo. Mesmo não usando nem ele era um dos melhores guerreiros ali.

Sakura bebia da imagem dele. Forte, decidido e encantador. Ela via o maxilar definido, os cabelos negros soltos caindo desajeitados sobre a testa, os braços cruzados sobre o peito forte e o olhar determinado de quem sabia o que fazia. Ela o amava. Tinha certeza disso agora. Olhando para ele, percebeu que Naruto estava certo. Ela jamais aceitaria que ele corresse riscos. Doía nela apenas imaginar ele ferido. E naquela hora, os braços dela coçavam para abraçá-lo.

    - Vai ficar aí só me admirando ou vai vir aqui falar comigo? – Sasuke falou com o sorriso de canto que ela tanto gostava. Ele continuava olhando para fora, pronto para o caso de algum inimigo aparecer.

Sakura caminhou até chegar perto dele. Ela se apoiou em outra árvore perto da dele. Olhou para fora assim como ele e também o imitou cruzando os braços. Sasuke olhou de lado e seus olhos bateram exatamente no lugar que ele não queria olhar. O pescoço dela ainda tinha algumas manchas roxas. Estava demorando a sarar. Demorando demais na opinião dele.

Ela percebeu e levou uma das mãos ao pescoço. Ele desviou os olhos, mas o silêncio se tornou incômodo demais e ele acabou perguntando:

    - Você está melhor?

Ele se sentia mal com aquilo. Toda vez que via o pescoço dela ou o machucado das costas aparecendo pela gola da camisa, ele se sentia um inútil. Uma sensação ruim e bem parecida com a que ele sentira quando seu clã havia morrido. E pior do que isso, ele sentia vergonha. Não queria olhar nos olhos dela sabendo que ela estava machucada como resultado das ações dele.

    - Eu nem lembrava mais disso até você fazer essa cara. – Sakura comentou com os olhos baixos – Não foi sua culpa Sasuke.

    - Vamos discutir isso até quando? – ele perguntou cansado. Não queria tocar no assunto.

    - Até que eu consiga fazer você entender que isso não foi obra sua.

    - Eu não devia ter perdido a cabeça. Você precisava da minha proteção e não das minhas mãos no seu pescoço.

    - Sim, você DEVIA ter perdido a cabeça. Foi o seu batismo. Seria muito pior se não tivesse acontecido naquele dia. Mas você não entende isso. Aquele número de youmas não oferecia perigo. E eu não gosto de contar com a proteção de ninguém.

    - É claro que você precisa de proteção. – ele caminhou até ela e colocou as mãos suavemente sobre o pescoço da ninja – Olhe para isso. Eu quase te matei, Sakura. E você nem podia se defender de mim.

    - Eu não queria me defender de você. É diferente. Não percebe que é exatamente isso que eles querem? – ela disse colocando as mãos sobre as dele.

    - Como assim? – ele perguntou confuso. Na cabeça dele era simples: ele tinha surtado e a atacado. E como resultado ela tinha se machucado.

    - Havia mais de dez Harunos a nossa volta. Não era para nenhum youma ter ao menos se aproximado de nós. Você demorou menos de quinze minutos para voltar a razão e quando eu cheguei, metade desse tempo já tinha passado. Não tinha como você me machucar.

    - Não entendo o que você quer dizer. Você se machucou porque eu não fui forte o bastante.

    - Não, seu idiota. – Sakura estava claramente perdendo a paciência ali – Será que eu sou a única aqui que percebe o que está acontecendo? – ela arrancou as mãos dele de seu pescoço e o segurou pelo rosto, trazendo mais para perto – Eles sabem, Sasuke. Eles sabem que eu te amo. E eles não querem isso.

    - Por que eles não iriam querer? O Clã Uchiha é poderoso. Eu tenho um nome para te oferecer.

    - Então você não sabe. – Sakura desviou os olhos e retirou as mãos do rosto dele. Sasuke as segurou entre as suas.

    - O que eu não sei? – ela permaneceu em silencio, respirando fundo e ele voltou a perguntar – Sakura! O que eu ainda não sei?

    - Achei que você soubesse que Harunos só se casam com Harunos. E eu provavelmente vou ser a escolhida de Kurogane.

Sasuke soltou as mãos dela chocado. Ele a olhava quase assustado e com a boca aberta. Andou uns passos para trás até que suas costas batessem contra o tronco.  O Uchiha respirava fundo e olhava para todos os lugares menos para ela. A kunoichi estava aflita. Esperava uma reação bem melhor. O silencio dele era o pior. Ela queria que ele falasse algo. Mas quando ele o fez, ela preferiu que ele continuasse mudo.

    - E quando exatamente você planejava me contar sobre isso?

    - Eu achei que você já soubesse.

    - Não, eu não sabia. E eu não teria me aproximado de você se soubesse.

    - O que quer dizer com isso? – ela olhou para ele incrédula. Ele não podia estar dizendo aquelas coisas.

    - Eu não mexo com mulheres dos outros. – ele disse ríspido e virou o rosto. Ele estava evitando olhá-la!

    - Eu não sou mulher de ninguém! – ela disse irritada, mas Sasuke a ignorou.

    - Tudo o que Kurogane fez até agora faz muito sentido. Ele estava apenas defendendo o que era dele. Ele sim estava protegendo alguma coisa.

    - Escute aqui. Eu não sou mulher do Kurogane e nem penso ser. Achei que você entenderia, mas vejo que estava errada. Você não entende nada. Age como uma criança com orgulho ferido.

    - Você tem razão em parte. Eu sou orgulhoso mas não sou criança. Eu sou um homem que achou que seria mais do que apenas seu amante.

Ele mal acabou de falar aquilo, a mão dela estalou no rosto dele. Ele manteve o rosto virado e apenas olhou para ela de lado. Sakura estava irritada, nervosa, tremendo de raiva e com as narinas dilatadas. Não esperava que ele dissesse nada daquilo. Tinha vindo ali para resolver o problema entre eles e agora o assunto era muito mais sério do que antes. E ele a olhava como se não a reconhecesse mais. Isso era o pior de tudo. Ela não queria, mas já sentia os olhos se encherem de lágrimas. E isso a irritava ainda mais. Sasuke tocou o rosto, já vermelho, e disse:

    - Eu tenho que vigiar, se você não se importa. Volte para a cama. Vamos partir cedo amanhã.

    - Eu sei muito bem a hora que a gente sai...novato.

Foi o pior nome que conseguiu pensar. O rosto dele não demonstrou expressão. Mas um pequeno estreitar de olhos foi o suficiente para que Sakura se sentisse vitoriosa. Ela sabia que ele usava a indiferença muito bem. Caminhou de volta ao acampamento e à sua barraca. Sabia que não seguraria as lágrimas por muito tempo e queria estar longe das vistas de todos quando isso acontecesse.


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Por mais que Sasuke e Sakura não assumissem nada, todos perceberam que tinha acontecido algo logo no dia seguinte. Os dois se evitavam mais do que aos youmas e estavam lutando como se quisessem descontar alguma coisa. Naruto, Sai e Kakashi compartilhavam a mesma preocupação por estarem mais por dentro do que realmente acontecia. O loiro até já tinha ido falar com os amigos só que não obtivera sucesso.

    - Vá perguntar aquele idiota pavoneado o que foi que ele me disse.

Isso foi o que Sakura tinha falado ao Uzumaki. E obediente, ele fora falar com Sasuke.

    - Ah, você quer saber? Eu não vou ser nenhum brinquedo dos Harunos.

E depois de ouvir isso do amigo, Naruto ficou sem saber o que fazer. Ele e o pessoal de Konoha tentavam fazer com que os dois conversassem, mas nada funcionava. Era só um chegar que o outro saia. Kurogane não falava nada. Era melhor assim. Ele sabia que se tentasse dizer algo, a raiva da kunoichi podia virar para o lado dele e ela parecia estar ignorando o que ele fizera ao Uchiha. E agora os dois pareciam estar brigados o que o alegrava sem medida.

A missão não estava indo bem. Depois do sucesso inicial quando eles achavam um esconderijo youma quase todos os dias tinham começado a não encontrar mais nada. Era até estranho. Parecia que eles já tinham acabado com todos os youmas, mas isso era impossível. Mesmo eles tendo lutado muito, aquilo ainda era pouco. Isso o preocupava. A ele e ao mestre Tsukoi.

Além disso, de vez em quando eles eram atacados durante a noite. Isso não era normal. Eles só acampavam depois de montarem várias proteções e mesmo assim colocavam vários guardas. Geralmente eram seis, mas ultimamente Tsukoi chegara a colocar doze homens de vigia. Só que os youmas não estavam caindo em nenhuma das armadilhas. Eles cruzavam as runas de proteção como se elas não existissem. Os Harunos já desconfiavam do motivo, mas ninguém ousava falar em voz alta perto do líder.

Era por isso que Kurogane se sentia inquieto com o que estava prestes a fazer. Ele respirou fundo antes de entrar na barraca maior que era o lugar onde Tsukoi ficava. O líder estava atrás de uma mesa e havia um grande mapa aberto em frente a ele. Kurogane podia perceber o nervosismo do avô adotivo. Ele caminhou até a mesa em frente ao homem mais poderoso do clã.

    - Eu sei o que você veio me falar, Kurogane. – Tsukoi falou – Quando você tiver filhos, Kurogane, não os mime. Mesmo que você queira muito fazer isso.

    - Perdão, senhor. Mas eu acho que ser mimada é um dos menores defeitos de Akina.

O velho largou o mapa e se sentou na poltrona. Ele se serviu de uma garrafa de bebida e ofereceu ao outro. Ambos sentaram com as taças na mão.

    - Sua mãe fez bem em não me deixar criá-lo, Kurogane. Ela sabia mesmo o que fazia. – Tsukoi falou com o olhar fixo no nada. O herdeiro permaneceu em silencio. Havia momentos que o melhor era apenas escutar – Criei JD e Inouto. O primeiro era um assassino sem sentimentos e o outro um fracote. Agora eu não sei o que passa na cabeça do mais velho e o mais novo despertou e foi morto. Criei meus dois filhos e os idiotas estragaram todo o trabalho que tive matando um ao outro. Criei Akina e ela entrega o Clã de bandeja ao inimigo porque achava que não recebia atenção o suficiente. Criei Sakura e ela se apaixona pelo homem errado.

    - Senhor? – Kurogane já estava se sentindo desconfortável. Tsukoi nunca tinha sido conhecido por ser sentimental e essas confissões deixavam o outro Haruno sem saber o que fazer. Principalmente porque ele não era bom nem com sentimentos e nem com palavras. Ele gostava de lutas. Era disso que entendia. Ser o melhor com a espada, com a lança, ir lá e acabar com o oponente. Nisso ele era bom, Agora entender o que o outro sentia e ajudar era outra história.

    - Cheguei a conclusão de que o problema está em mim. Você acha que eu sou um líder ruim? Porque as evidências indicam que sim. – o velho perguntou ao mais novo.

    - O senhor é um excelente líder. Eu me espelho em suas ações. – Kurogane disse com firmeza.

    - Era isso que eu temia. – Tsukoi se levantou e caminhou um pouco pelo quarto – Sabe, Kurogane, o que eu vou lhe contar agora eu nunca contei a ninguém. Minha mulher, quando ainda não era minha, se apaixonou por outro assim como Sakura. – Kurogane arregalou os olhos e virou a cabeça de um lado a outro. Se alguém chegasse e o visse... Percebendo o desconforto do mais novo, Tsukoi disse – Vou lhe contar isso para que não cometa os mesmos erros que eu. Só conto porque estou vendo você fazer a mesma coisa que eu fiz. E não deu certo para mim. Logo, quero que você não cometa o meu erro.

    - Mas o senhor casou-se com Kaede sama. Então o senhor não errou. – Kurogane disse confuso.

    - Um sábio falou uma vez que em relação as mulheres que até quando você está certo, você está errado. – Tsukoi falou e Kurogane fez cara de confuso.

    - Como se pode estar certo e errado ao mesmo tempo?

    - Esqueça isso. Ouça. Eu me casei com Kaede sim, mas ela nunca foi minha de verdade.

Kurogane olhou para ele chocado e disse:

    - E os seus filhos, senhor?

Tsukoi entendeu o que ele estava pensando e bateu na cabeça dele.

    - Não é isso que quero dizer, idiota. Ela tornou a minha vida um inferno. Ela estava lá, mas não estava. E ela virava o rosto na hora de cumprir suas...suas...

    - Entendo senhor. – Kurogane agradecia, pela primeira vez na vida, não ter que olhar nos olhos do ancião. Ele abaixou a cabeça um pouco tentando esconder o rosto corado.

    - E isso tudo porque eu de certa forma a forcei ao casamento. Eu bati de frente com o outro cara e olha só no que deu.

    - Eu não posso me tornar amigo do Uchiha, senhor. Isso é demais. – Kurogane protestou veemente.

    - Você não vai ser amigo dele. Apenas não bata de frente com ele. Veja. Está claro que os dois estão brigados. Eu não sei o motivo e desconfio que nem quero saber. Aproveite essa oportunidade. Tente se aproximar de Sakura. Faça com que ela também te escolha.

    - A idéia de me rastejar pelo amor de Sakura não me agrada. – Kurogane falou sério.

Tsukoi parou de andar e olhou o rapaz a sua frente. Será que Mika ficaria muito irritada se ele quebrasse alguns ossos do filho dela? Provavelmente ficaria. Além disso, ele ainda precisava de Kurogane na missão.

    - Então deixe que ela fique com o Uchiha. Podemos encontrar outra noiva para você.

Kurogane ergueu a cabeça na mesma hora. Ele achava que Tsukoi aprovava o casamento dele com Sakura. Diante do olhar confuso do outro, o ancião explicou:

    - Digo isso porque se você não começar a correr atrás dela, vai perde-la. E eu não vou obrigá-la a casar com você e condenar os dois a uma vida inteira de sofrimento como aconteceu comigo. Agora voltando ao assunto Akina-minha-neta-do-mal, temos que encontrar uma nova maneira de trabalharmos. Ela deve mesmo ter contado todos os nossos segredos ao inimigo.

Kurogane estranhou a repentina mudança de assunto, mas percebeu que conversar aquelas coisas também era desagradável ao líder. Ele sorriu um pouco e disse:

    - O senhor sabe que vai ter que falar com ele, não?

Tsukoi suspirou. Um suspiro longo e cansado. E então ele acenou com a cabeça.


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Notas finais do capítulo

Esqueci de esclarecer uma coisa no capitulo passado. Me perguntaram por que o Shikamaru não foi tão afetado pela atmosferda de Ichigan. Eu queria dizer que ele foi sim só que a mente analítica dele percebeu a ilusão mais rapidamente. Por isso, os outros acharam que ele nem sequer tinha sido afetado.
bjs para os meus leitores que sempre me surpreendem em seus reviews
Ja ne
Até quinta