Hermione para Draco escrita por Tatah Weasley


Capítulo 12
Culpa


Notas iniciais do capítulo

As músicas desse cap são: I Love You Avril Lavigne e My Heart is Broken Evanescence. Seria bom vocês lerem com a música, para ficar mais legalzinho.



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Capítulo 11 – Hermione Para Draco

– Culpa -

Hermione saiu do quarto de Oliver desorientada. No caminho encontrou Milla e Kate sentadas nos degraus da escada.

– Milla, até que enfim eu te encontrei. – Hermione olhou para a filha. – Vejo que você já está melhor. Ótimo! Pegue suas coisas e vamos para casa. – Ela segurou a filha pelos pulsos e a levantou, arrastando-a consigo.

– Mamãe... – Milla tentou falar, mas Hermione não a escutava.

– Você viu a minha varinha? Vamos precisar dela para desaparatar. – Hermione continuava a puxar a filha e a garota tentou se livrar da mão de sua mãe.

– Mamãe... – Milla olhou para a amiga, que estava com o rosto banhado de lágrimas, enquanto se afastava com sua mãe.

– Você acha que os outros vão ficar chateados se formos embora sem falar com eles? – Hermione não parecia notar a filha. Só queria sair daquela casa rápido o bastante para não ter que encontrar Malfoy outra vez. – Não importa! O melhor é irmos embora o quanto antes e...

– MAMÃE! – Milla berrou e finalmente Hermione olhou para a filha. Mas foi um olhar de surpresa, pois nunca tinha ouvido ou visto Milla levantar a voz com ela ou com qualquer outra pessoa.

– Algum problema Milla? – Ela perguntou e percebeu que a garota estava com raiva.

– Vários, mas você não me ouve! – Milla soltou-se do aperto da sua mãe – Primeiro: Eu não posso desaparatar. Sou menor de idade e não tenho permissão do Ministério. Segundo: Claro que os outros vão ficar chateados se você for embora e não falar com eles mamãe! E que história é essa de “Não importa”? E terceiro: Olhe para a Kate mamãe. Será que você não percebeu o estado em que ela se encontra? Pelo amor de Merlim, o que aconteceu com você? Onde está sua razão mamãe? – A garota olhava para a mãe sem entender nada do que se passava.

Hermione olhou para a sobrinha na escada e depois pôs as mãos na própria testa. Sua filha tinha razão: ela não estava em seu juízo perfeito e só havia uma pessoa a quem ela poderia atribuir à culpa: Draco Malfoy.

– Desculpe querida. – Ela abraçou a filha – Você está certa. Eu só... Só... – Hermione estava segurando-se para não chorar.

– Deixe que eu cuide disso para você Mione. – Falou Gina que apareceu ao lado de Hermione e colocou uma mão sobre o ombro da morena. – Milla, milha querida, volte para a Kate. No momento ela deve precisar mais de você.

Milla concordou e deu as costas para a mãe e a tia. Hermione observou que a filha segurava algo e a parou.

– O que a minha varinha está fazendo com você Milla?

A garota arregalou os olhos e engoliu em seco. “Droga” Pensou. Ela virou-se para a mãe com um sorriso sem graça.

– Ãh... Eu a encontrei caída na frente do quarto do Ol, mãe. – Ela entregou a varinha a Hermione e antes que ela pudesse fazer alguma pergunta, Milla correu em direção a Kate.

Gina observou Hermione por alguns segundos e pareceu não notar a mentira que Milla tinha acabado de contar.

– Bem, acho que seria uma boa ideia a Milla passar a noite aqui. Pelo estado em que a Kate se encontra é sempre bom ter uma amiga por perto. Só queria saber o que houve com ela.

– Tem certeza? Não quero dar trabalho...

– Hermione, você sabe que a Milla nunca dá trabalho. Garanto-lhe que Luna e Rony não vão se incomodar. Agora, você quer saber de algo que me incomoda? É saber que você está escondendo algo de mim. Tem alguma coisa que você queira me contar?

Hermione suspirou cansada.

– Gina, por favor, você se importaria em deixarmos para falar sobre essa “coisa que me incomoda” depois?

– Não se preocupe. – Gina lançou a amiga um olhar de “Eu entendo” – Pode ir em paz. Darei uma desculpa aos outros.

A castanha agradeceu à ruiva e dando uma última olhada na filha, desaparatou.


*Hermione para Draco, Cap. 11*


A porta foi aberta e por ela passaram três pessoas.

Draco carregava a filha nos braços e Scorpius estava ao seu lado com um olhar cansado e de sono.

– Engraçado. Quando eu pedi para o senhor me carregar, o mesmo alegou está cansado. Mas quando foi a Anne, o cidadão loiro aqui presente foi o primeiro a se candidatar a carrega-la do carro ao quarto. – Scorpius lançou um olhar de censura para o pai.

– Filho, é a sua irmãzinha lembra? – Draco perguntou ao filho enquanto subia as escadas com Anne, que dormia, em seus braços. – Deixe de suas atitudes infantis e venha a minha frente para abrir a porta do quarto de sua irmã.

– Claro papai, sempre foi meu sonho ser seu empregado particular.



Draco colocou Anne cuidadosamente na cama e Scorpius a cobriu. Os dois ficaram observando a garota dormindo.

– A cada dia que passa ela fica ainda mais parecida com a mamãe. – Disse Scorpius e Draco olhou para o filho.

– Tem razão. Anne está cada vez mais parecida com Astória.

– Eu sinto falta dela. Do modo como ela ria e de como ela me abraçava ou de como ela me contava história antes de dormir. – O garoto suspirou triste.

Draco sentiu seu coração espatifar em mil pedaços. Odiava ver seus filhos sofrendo.

– Também sinto falta dela, mas temos que seguir em frente meu filho. Sei que para você e para sua irmã é muito mais difícil. Afinal é a sua mãe. Mas logo estarei casado e Pansy será como uma mãe para vocês dois.

Scorpius olhou para o pai incrédulo.

– Você acredita mesmo nisso pai? A Pansy como uma mãe para mim e para a Anne é o mesmo que a sua tia Bellatriz deixar de amar aquele louco que se auto intitulava lorde das trevas, ou seja, impossível.

Draco não queria admitir, mas sabia que seu filho tinha razão. Pansy nunca seria uma mãe para seus filhos.

– E sua varinha? – Perguntou Scorpius ao pai querendo mudar de assunto – Ouvi dizer que a tinha perdido.

– É estranho o que aconteceu. Eu achei que a tinha guardado no bolso interno do meu casaco, porém, quando eu estava no quarto do Oliver eu não a encontrei. Deve ter sido mais uma brincadeira daquele Jorge Weasley. – Draco colocou a mão dentro do casaco e para sua surpresa, sua varinha estava lá como se nunca tivesse saído. Ele a mostrou para Scorpius. – Mas... Mas... Eu... Ela não...

– Ok, já sei o que isso significa. É um dos sinais da velhice que inevitavelmente está lhe atingindo papai.

– Sinal de velhice? Você não pode está achando que eu estou ficando velho está? – Perguntou Draco ao filho. – Para sua informação, eu estou em plena forma física e em...

– Perda de memoria e alucinações são uns dos sintomas mais frequentes papai. Aceite o fato de que você está ficando velho. – Scorpius riu. Adorava gozar com a cara do pai. – Não precisa se preocupar, com o dinheiro que temos poderemos te colocar em um bom asilo. Agora, se me der licença, estou cansado e irei dormir.

– Asilo? – Perguntou Draco de queixo caído.

– Boa noite papai. – Scorpius se afastou rindo.

Asilo? Como assim um asilo?” Pensou Draco “É assim mesmo, a gente tem filhos, os criamos, damos amor, carinho e dinheiro para depois, quando você estiver velho e esquecendo das coisas eles te ABANDONAREM em um ASILO!” “Calma Draco, calma. Primeiro, você não está ficando velho seu garanhão gostoso; Segundo, seus filhos te amam e nunca te largariam em um asilo. É, é isso! O Scorpius estava só brincando gostosão!” Ele tranquilizou-se.

Draco passou mais alguns minutos olhando a filha dormindo e depois foi embora, deixando-a sonhando.

Ainda não acreditava no que tinha acontecido naquela noite. Ele tinha mesmo beijado Hermione Granger? Sim, por que tinha sido ele que a tinha agarrado. Claro que tinha e teria feito muito mais se Potter e o Weasley não tivessem interrompido. Riu ao lembrar-se da cara do ruivo ao vê-lo em um quarto sozinho com sua “amiguinha” e do modo como ele o tinha expulsado de sua casa dizendo que ele não voltasse a pisar naquele chão sagrado outra vez.

Draco foi em direção ao seu quarto rindo e se jogou na sua cama. Talvez uma boa noite de sono o fizesse esquecer de tudo que ocorrera naquela noite, afinal de contas ele era um homem comprometido e não podia se dar ao desfrute de ficar se agarrando com a Granger por aí, pelos cantos. Pelo menos era o que ele pensava, por que seu coração dizia outra coisa.


*Hermione para Draco, Cap. 11*


Kate caminhou até a janela de seu quarto e ficou observando o esquisito jardim de sua mãe. Secou uma lágrima que escorreu pelo seu rosto.

Era tão injusto o que Marco fazia com ela! Ela sempre esteve ao lado dele, cuidando dele, amando ele... E ele nem a notava. Só tinha olhos para a maldita da Blair.


Você é tão lindo

Mas isso não é o porquê de eu te amar

E eu não estou certa que você sabe

A razão de eu te amar é você.

Sendo você

Somente você

Sim, a razão de eu te amar é tudo isso pelo que passamos.

E esse é o porquê de eu te amar.



Flashback on

Milla, Kate e Lily vibravam de alegria. Elas finalmente estavam indo para Hogwarts, o lugar onde seus pais passaram os melhores momentos de suas vidas e onde elas também deveriam ter os seus. Lily era a mais animada e pulava de um lado para o outro.

– Fica quieta Lily! – Falou Kate rindo e puxando a prima para sentar ao seu lado.

– Não dá Kate! Nós estamos indo para Hogwarts, VOCÊ TEM NOÇÃO? – A ruiva falou admirada.

– Claro que temos noção Lils. – Disse Milla enquanto folheava uma revista – A mamãe falou que o teto do salão principal é enfeitiçado para parecer o céu do lado de fora. É como se estivéssemos nos jardins em um dia de chuva e...

Milla parou de falar quando a porta da cabine foi aberta por uma loira de olhos azuis e que carregava um livro.

– Desculpem, mas será que posso sentar com vocês? As outras cabines estão cheias e sinceramente, não aguento mais ouvir meu irmão e seus amigos falarem sobre quadribol. – Falou com um olhar de tédio.

– Claro que pode! Eu sei o que você deve ter passado com o seu irmão. Eu também tenho um e ele é maluco por quadribo, igualzinho ao meu pai. – Lily falou enquanto a garota loira fechava a porta da cabine e sentava ao lado de Milla.

– Sério? Meu pai também é um lunático por quadribol. – Disse a loira colocando o livro no seu colo. – Homens. Tão típico.

– Lunático? Isso é por que você não conhece a minha mãe. – Kate fez uma bolinha com o chiclete que mastigava – Ela sim é lunática.

– “Hogwarts, uma história”? Não acredito que você também tem esse livro! – Milla disse animada. – Você é a única pessoa que conheço, depois da minha mãe, que lê esse livro.

– Ah, bom, é que eu queria saber tudo sobre Hogwarts. – A garota falou envergonhada – Meu pai e meu irmão me falaram sobre a escola, mas eu achei que deveria saber mais um pouco...

– Opa, não nós apresentamos – Lily falou exaltada – Eu sou Lily Potter, prazer. – Ela estendeu a mão para a garota, que a pegou. – Essa ao seu lado é Milla Granger. – Milla lançou a garota um sorriso. – E essa ao meu lado é a Kate Weasley. Tenha cuidado com ela, não sabemos o que ela é capaz de fazer quando fica irritada. – Kate empurrou Lily irritada. – Hey!

– Ignore o que ela fala, com o tempo você nem nota mais as idiotices que sai da boca dela. – Kate fingiu não ouvir as reclamações de Lily e a garota loira riu. – E você, como se chama?

– Anne, Anne Malfoy.

Todas as três garotas gelaram e arregalaram os olhos.

– Tá brincando?! – Lily pareceu não acreditar. – Então você é irmão do ‘Scorpiusinho’ e filha da doninha albina?

–E você é irmã do ‘Jamesito’? E a Kate é irmã do “Oliverzinho”? – Anne riu e depois parou ao perceber algo que Lily falara – Doninha albina?

– LILY! Isso lá é jeito de falar do pai da garota? – Ralhou Milla.

– Mais é isso que o pai da Kate fala...

– Então seu pai chama o meu de Doninha albina, Weasley? – Anne virou-se para Kate - Isso por que ele não escuta o que o meu pai fala do seu pai – Ela apontou para Kate – Do seu – Ela apontou para Lily – E da sua mãe. – Ela apontou para Milla.

– E o que o seu pai fala do meu pai, do Tio Potter e da tia Mione? – Quis saber Kate.

– Ele os chama de cenoura ambulante, cicatriz e cabelo de vassoura. – Anne falou presunçosa.

Todas ficaram em silêncio e em seguida, caíram na gargalhada. Foi quando a porta da cabine foi aberta novamente e dessa vez apareceu um garoto de olhos verdes e de cabelos castanhos. Muito fofo. Pelo menos foi isso que Kate achou.

Enquanto as outras três riam, Kate só ficou admirando a beleza do garoto. Ele era tão bonito. E tinha um sorriso tão perfeito...

– Então aí está você Anne? O Scorpiusinho está louco atrás de você.

– Ah, eu não aguentava mais ouvir você e os outros falando sobre quadribol, então resolvi andar um pouco. – Respondeu a garota dando de ombros.

O garoto olhou paras as meninas na cabine.

– Oi Lily!

– Oi Marco.

– Vou dizer ao Jamesito que a encontrei conversando animadamente com vários garotos, quem sabe assim ele sai da cabine e para de nos irritar.

– Não Marco! Assim ele vem me irritar...

– Desculpe querida, mais o irmão é seu. – Ele piscou para a garota e saiu da cabine.

– De onde você o conhece Lil? – Perguntou Milla curiosa.

– Ah, ele é amigo do James e passou um dia lá em casa nas férias com o Scorpiusinho e o Oliverzito. – A Garota falou como se fosse a coisa mais natural.

– James Potter! – Anne rangeu os dentes – Sabia que seu irmão é um chato? – Perguntou ela a Lily.

– Pode acreditar Anne, eu sei muito bem. – Disse Lily.

Mais Kate parecia não ouvir. Ela ainda estava admirando a porta por onde o garoto tinha saído.

Flashback off

Eu gosto do jeito que você se comporta mal

E quando nós ficamos chapados

Mas isso não é o porquê de eu te amar

E como você mantém a calma

Quando eu fico complicada

Mas isso não é o porquê de eu te amar

Flashback on

Kate andava em direção à biblioteca com vários pergaminhos e livros nos braços.

Precisava estudar muito. Os exames de final de ano já começariam na próxima semana e ela deveria se esforçar. Dobrou um corredor e esbarrou em alguém, deixando todos os seus livros caírem no chão.

– Hey! – Disse a garota irritada – Não olha por onde anda não?

– Calminha aí ruiva! – Disse a pessoa com a qual tinha esbarrado e Kate reconheceu a voz na mesma hora.

– Ah... Marco, o que você faz por aqui? – Perguntou enquanto se abaixava e recolhia seus livros.

– Acho que eu estudo por aqui Kate. – Desdenhou Marco se para a ajudar com os livros. – Preocupada com os exames?

– Muito. Principalmente com transfiguração. A McGonagall é muito exigente, não sei se vou conseguir uma boa nota...

– Posso ajuda-la se quiser. Sem querer me gabar, mais sou ótimo nessa matéria. – Ele lançou a garota um sorriso que a fez derreter.

– Hmm... Eu adoraria Marco. – Kate falou radiante.

– Tudo bem, então eu te ensino. Depois você me procura e a gente marca um horário. – Ele entregou o último livro à garota e ficou de pé. – Bem, vou indo Katezinha. Vou me encontrar com a Blair. Até mais. – Ele passou pela garota e bagunçou seus cabelos ruivos.

Nem percebeu o olhar de tristeza que ela lhe lançou.

Flashbak off

Hey

Você sente, você me sente?

Você sente o que sinto, também?

Você precisa, precisa de mim?

Você precisa de mim?

Ela gostava tanto dele. Desde a primeira vez que o tinha visto.

A porta do quarto foi aberta e Milla apareceu vestida com um pijama de bolinhas e segurando duas canecas de chocolate quente.

– Achei que você precisasse de chocolate. – Falou Milla enquanto fechava a porta do quarto com o pé e depois caminhou em direção à amiga, lhe entregando uma das canecas. Ela sentou na cama de Kate e chamou-a para sentar-se também. A ruiva sentou-se na outra ponta da cama e cruzou as pernas, olhando para o seu chocolate.

– Não fique assim Kate. Você sabe como o Marco é meio... Desligado com essas coisas.

– Desligado com essas coisas? Qual é Milla! O Marco nunca reparou em mim e nunca vai reparar! Fala sério, ele só tem olhos para a Blair e ele vive em função dela e é apaixonado por ela! Essa é a verdade e eu tenho que aceitar. – As lágrimas manchavam o rosto da garota.


Mesmo que nós não demos certo,

Eu sempre estarei aqui por você

Você


– Não acho que você deva aceitar. Você é uma Weasley e deve lutar. Onde está a sua força? Lute por ele! Ou você prefere vê-lo com a Blair? – Milla falou tentando animar a amiga.

– Já cansei de lutar e ficar atrás dele. Agora eu sei o quanto o pobre do James sofre por causa da Anne. Acho que é de família sofrer por amor. Primeiro, a tia Gina com o tio Harry, depois, o James com a Anne e agora, eu com o Marco. – Kate disse amargurada – Se você soubesse o quanto me irrita ver o Marco correndo atrás daquela cadela, o quanto me deixa com vontade de mata-la...

– Claro, uma crise de ciúmes. Parecida com a que a Anne teve hoje mais cedo. Ela estava a ponto de lançar um Crucio na Dominique.

– Viu só? Agora, até o James está com mais sorte do que eu. Ele vai se acertar com a Anne, depois o Scorpius e a Lily vão parar de ficar nesse “Olho-no-olho” e finalmente vão se ajeitar e por último, você e meu irmão vão assumir essa paixão que vocês nutrem um pelo outro e quanto a mim, vou ficar sozinha, sem ninguém e tudo por que o idiota do Marco não percebe que eu o amo!

– Como assim “Assumir essa paixão que vocês nutrem um pelo outro”? – Milla perguntou fingindo não entender o que a amiga falava.

Kate olhou para Milla com um olhar de “Nem vem que não tem”.

– Como se nenhum de nós tivesse percebido que você está com os quatro pneus arriados pelo Oliver e que ele arrasta um caminhão por você. – Kate falou como se esclarecesse tudo.

– Eu não estou com os quatro pneus arriados pelo Oliver, Kate! – Milla disse com o rosto vermelho.

– Ok, se você diz.

As duas passaram uns segundos caladas.

– Você acha mesmo que o seu irmão arrasta um caminhão por mim? – Perguntou Milla interessadíssima e bebendo um pouco do seu chocolate quente.

– Será que dá para pararmos de falar sobre você e o Oliver e voltarmos ao assunto principal? Eu estou sofrendo aqui!

– Desculpe Kate. Eu já falei o que acho que você deve fazer. Se você gosta dele, corra atrás. Tome o James como exemplo: Tanto correu atrás da Anne que agora ela está começando a olhar para ele de outra forma.

– Não acho que eu deva lutar por uma causa perdida Milla. O Marco gosta da Blair e nada vai mudar isso. A solução é esquecê-lo e partir para outra. – Kate suspirou e colocou sua caneca de chocolate sobre a escrivaninha. – Sabe de uma coisa? Vamos dormir que isso é o melhor que podemos fazer.

– Mas...

– Boa noite Milla. – E dizendo isso, Kate se enfiou debaixo das cobertas deixando Milla falando sozinha.


*Hermione para Draco, Cap. 11*


Hermione não conseguia dormir.

Virava para um lado, para o outro, e nada.

Não conseguia tirar Malfoy da cabeça. O beijo dele, os cabelos platinados, o rosto, o corpo.

Levantou-se irritada. Vestiu o robe preto e foi até a cozinha beber um pouco de água. Caminhou até a sala com o copo na mão e sentou-se no sofá. Não conseguia entender o que estava acontecendo com si mesma. Uma hora, odiava Malfoy e ainda chorava a perda do seu amor e depois, sua vida havia virado de cabeça para baixo e se via em uma situação onde Malfoy sempre era uma peça presente e cada vez mais próxima a ela, como se um ímã sempre a puxa-se para ele.

Suspirou indignada. Ela não poderia está sentido algo por Malfoy. Não por ele.

Eu me afasto para enfrentar a dor.

Eu fecho meus olhos e me afasto.

Do medo de que eu nunca vou encontrar

A maneira de curar a minha alma.

E eu vou vagar até o fim dos tempos

Arrancada para longe de você.


Olhou para o lado e viu uma foto de Nate na mesinha de centro. Mesmo estando escuro na sala, ela pode ver e sentir o seu sorriso e seus movimentos dentro do pedaço de papel. Isso não era certo! Ela realmente não podia simplesmente começar a esquecê-lo. Não! Isso era totalmente errado. Ela não poderia começar a trocar Nate por Malfoy. Seus pensamentos sempre foram e sempre seriam de Nate, por que era ele a quem ela amava. Era para ele a quem ela deveria dedicar sua vida, mesmo ele não estando mais no mesmo mundo que ela, mesmo assim, ele estaria sempre vivo dentro de seu coração e era isso o que importava.

Meu coração está partido

Durma docemente, meu anjo negro

Livrai-nos de permanecer na tristeza

Ou do meu coração endurecido


Malfoy só tinha retornado para fazê-la sofrer, como sempre. Se ele não tivesse voltado a sua vida, se ele estivesse longe com sempre esteve durante todos esses anos, ela poderia continuar do jeito que sempre esteve: sozinha e pensando em Nate.

Sentia-se tão culpada por ter beijado Malfoy. Por ter traído e insultado a memória de Nate. Sentia-se suja e uma pessoa terrível. Ela não poderia envolver-se com Malfoy. Não poderia. Nate jamais aceitaria isso e nunca a perdoaria pelo o que fizera essa noite.

“O Nate está morto Hermione e não a nada que você possa fazer para mudar isso.” Pensou e no mesmo instante sentiu nojo de si por pensar em uma idiotice dessas.

Estava tão perdida em seus delírios e pensamentos que não percebeu que apertava o copo de vidro com força. Só percebeu o que fazia quando sentiu o copo quebrar e os cacos de vidros perfurarem sua mão e cortarem a sua carne.


Eu não posso continuar vivendo dessa maneira

E eu não posso voltar do jeito que eu vim

Envergonhado desse medo de que eu nunca vou encontrar

A maneira de curar a minha alma

E eu vou vagar até o fim dos tempos

Meia vida sem você


– Droga! – Ela sentiu a dor do corte e por um momento pensou em dar um jeito na sua mão com um simples feitiço, mas depois, viu a foto de Nate mais uma vez e percebeu que isso só deveria ser um sinal.

Um sinal de que ela não poderia abandona-lo e que ela deveria continuar a sofrer por ele. Que toda a dor do mundo seria pouca para o que ela deveria sentir pela ausência dele em sua vida. E além de um sinal, um aviso: De que deveria ficar longe de Draco Malfoy.


*Hermione para Draco, Cap. 11*


Draco acordou decidido naquela manhã. Iria atrás de Hermione e esclareceria tudo. Ele era um homem comprometido e foi um erro tê-la beijado. Diria a ela que esse erro nunca mais aconteceria outra vez e que ela aceitasse de uma vez por todas que ele era um loiro gostoso, mas que já tinha dona e que ela parasse de tentar seduzi-lo por que isso poderia trazer sérios problemas para ambos.

Aparatou perto do St. Mungus. De acordo com as suas fontes, Granger estaria trabalhando naquela manhã. “Então a Weasley Loira e a Potter Ruiva viraram suas informantes agora Draco? Você realmente não presta seu loiro sexy e irresistível.” Andou de um lado para o outro, arrependendo-se de ter tomado aquela atitude idiota. O Granger faria quando ele dissesse tudo que tinha a dizer? Rolaria de rir na cara dele e obviamente iria dizer o quanto patético e ridículo ele era.

Por outro lado, ela poderia ficar brava por ele insinuar que ela o havia beijado e pensando bem, até que gostaria de ver Hermione irritada.

Tomou sua decisão e foi até a recepção.

Perguntou a recepcionista onde poderia encontrar a Dra. Granger e como imaginou, a mulher o informou que Granger estaria em sua sala. Foi andando calmamente até a sala de Hermione e percebeu que suas mãos estavam suadas e que tinham um leve tremor.

“Era só o que me faltava. Nervoso por encontrar a Granger. Draco seu idiota, você está virando é uma mulherzinha.” Pensou enquanto passava por uma janela e viu seu reflexo na mesma. “Uma mulher gostosa e sexy, mas ainda uma mulher”.

Parou em frente à sala de Hermione e leu a placa “Dra. Hermione Granger”. Quando estava prestes a bater, a porta foi aberta e Hermione surgiu, com um jaleco por cima de suas roupas (Calça jeans justa e uma blusa regata preta [N/A: Desculpem, mas não sou boa para descrever as roupas deles. ^^’) e os cabelos cacheados presos em um coque frouxo. Quando o viu, ela arregalou os olhos e ficou branca como um fantasma.

Draco engoliu em seco.

– O que você faz aqui Malfoy? – Perguntou ela um pouco nervosa.

– Hmm... Eu preciso falar com você Granger, você tem um tempo...

– Malfoy, eu estou no meu horário de trabalho e não posso perder tempo batendo um papinho com você. Não tenho tempo para você agora, então se puder ir embora e me deixar em paz eu agradeceria.

– Uau! Curta e grossa Granger, assim eu me apaixono. – Draco a viu arregalar os olhos ainda mais – Não precisa se preocupar, eu só realmente queria fal...

– Malfoy, acho que você não entendeu e por isso vou ser o mais clara que posso: Eu não tenho tempo para você! Portanto, vá embora. – Hermione indicou o corredor que levava a saída.

Draco a encarou por alguns segundos e viu que ela também tremia. Estava claro que ela o estava evitando por causa do beijo que deram na noite anterior.

– Então, você está sugerindo que para poder conversar com você, eu deveria está com alguma doença ou algum hematoma? É isso?

– Malfoy eu...

– Tudo bem, já entendi. Apenas observe.

Draco olhou para os lados e viu o que precisava.

– Isso realmente vai doer.

– Malfoy o que você vai fazer? – Perguntou Hermione aproximando-se dele.

Foi quando Draco correu em direção a uma parede e se jogou fortemente contra ela, caindo no chão em seguida.

– MALFOY! – Hermione correu até ele e o encontrou gemendo de dor e de olhos fechado. – Malfoy? Draco? Você está bem? – Ela tocou o rosto dele e sentiu a sua pele sedosa.

– E agora? Será que você tem tempo para um café? – Draco perguntou rindo e Hermione suspirou derrotada.


*Hermione para Draco, Cap. 11*


Eles saíram do hospital e foram para um café bruxo que Hermione costumava frequentar quando saia de seu trabalho. Sentaram-se em uma mesa afastada e pediram uma bebida qualquer. Naquele momento o que menos importava era o que eles iriam beber.

– Então, o que você quer tanto falar comigo Malfoy? Ao ponto de você precisar ir de encontro a uma parede e sair com um hematoma no rosto? – Perguntou Hermione. Está com Draco em um café ia contra a tudo o que ela tinha prometido a si mesma na noite anterior.

– Bom, eu só vim falar com você Granger para lhe pedir, educadamente, que não me procure mais ou que você venha tentar me seduzir. Eu sei que sou gostoso e que é difícil resistir a mim, eu mesmo não sei por que não casei comigo mesmo, mas é que agora eu estou noivo – Draco levantou a mão e mostrou a aliança a Hermione - E sou um homem de valores, que zela pela moral da família. Por isso peço que não me beije mais e nem venha com suas tentativas de me levar para um mau caminho, por que eu não vou.

Hermione não acreditou no que estava ouvindo.

– Quer dizer que você me procurou, fez toda aquela cena no meu local de trabalho só para me dizer isso?

– Hunrum. – Draco exibiu um sorriso de garanhão para Hermione.

– Você é patético Malfoy. – Hermione levantou-se da cadeira em que estava e pegou sua bolsa.

– Engraçado, foi justamente isso que eu pensei que você fosse dizer. Para onde você vai?

– Embora, é claro. Eu não ficar aqui e escutar tudo isso o que você está dizendo. Está obvio que você não está em seu juízo perfeito Malfoy, ou melhor, vai ver você sempre foi um maluco e eu, na minha inocência, só reparei agora. Adeus.

Hermione estava indo embora e quando passou por Draco ela a segurou pelo seu braço.

– O que é isto Malfoy? Me largue agora mesmo!

– Desculpe perguntar Granger, mas eu realmente preciso saber, sabe como é, satisfação pessoal de um homem. Responda-me com toda a franqueza: Eu beijo bem? Por que para você está fazendo toda essa tentativa falha de se manter longe de mim é por que no mínimo você gostou do meu beijo.

Hermione não podia acreditar nisso. Estava tão na cara assim que ela estava tentando evita-lo? E Draco estava certo. Para ela querer se afastar dele só poderia ser por que ela tinha gostado do beijo dele. Ela era uma pessoa horrível. Nate não merecia isso.

– Eu sei que acabei de pedi-la para afastar-se de mim e tal, mais isso não quer dizer que não podemos tomar um café e... Granger, você está chorando?

Draco ficou horrorizado ao ver Hermione chorando. “Será que ela está chorando por causa do meu beijo? Meu Merlim! Eu beijo tão mal assim a ponto de fazer uma mulher chorar?!”

– Granger o que houve? – Draco levantou-se e tentou falar com Hermione, mas ela o empurrou e saiu correndo do café.

Ele abriu a carteira, jogou alguns galeões em cima da mesa e foi atrás de Hermione. Alcançou-a alguns metros depois e puxou-a bruscamente, de modo que eles ficassem cara-a-cara.

– Hermione o que aconteceu? – Ele perguntou ao ver o estado em que ela se encontrava. Estava com o rosto todo manchado de lágrimas e os olhos vermelhos.

– Eu sou uma pessoa terrível Draco, terrível! – Hermione estava muito nervosa e não conseguia encarar Draco.

– Não Hermione, você não é assim. – Ele segurou seu rosto e obrigou-a a olha-lo, enxugando algumas de suas lágrimas - O que aconte...

– EU NÃO PODIA TER FEITO ISSO COM O NATE! Eu não podia Malfoy! Eu não podia...

E então, Draco entendeu o que se passava com ela. Ela se sentia culpada por tê-lo beijado. Ela sentia como se estivesse traído o seu ex-namorado morto e isso devia estar dilacerando-a por dentro e ele fez o que qualquer pessoa que estivesse em um momento daqueles poderia fazer: Ele a abraçou.

Hermione deixou-se ser abraçada por Draco. Era tudo o que ela precisava naquele momento. Senti-lo tão perto de si foi como um grande remédio. Sentir os braços fortes dele em torno de si era como está protegida de todos os seus medos e que nada poderia ameaça-la ou perturba-la.

– Atrapalho? – Perguntou uma voz seca e malvada.

Draco e Hermione se separaram e deram de cara com Pansy Parkinson os encarando com uma expressão de desprezo e puro ódio.


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Notas finais do capítulo

Ok galera, aqui vai mais um capítulo de Hermione para Draco.
Gostaram? Desculpem pela demora e principalmente pelo capítulo pequeno.
Mais eu realmente ando sem tempo. Estou estudando para o Vestibular e só estarei disponível novamente para as fics lá para a metade de dezembro. Só postei esse cap hoje para não deixa-las tanto tempo sem a fic.
=(
Curtiram as músicas?
Eu acho que elas não tiveram nada haver com o capítulo, mais fazia tempos que eu queria colocar uma música em um cap.
Eu queria ter colocado a música Ever Dream do Nightwish na parte das lembranças da Kate, mais vi que não combinavam.
Eu amo o Nightwish e o Evanescence. Perfeito *--*
Se bem que tem varias bandas que eu amo, vejam o meu perfil e vocês vão saber sobre o que eu falo.
Beijos pessoas e até o próximo capítulo de Hermione para Draco. Deixem bastantes reviews e se você está lendo essa fic no Nyah, que tal uma recomendação?
XoXo (Que gay isso ¬¬)
Tatah Weasley