Not Like The Movies escrita por MsRachel22


Capítulo 2
Ninguém sabe




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Talvez eles te deixem em paz, mas não a mim

                                         — My Chemical Romance

 

 

  Ino estava certa sobre os lugares para matar aula e sobre a quietude que eles oferecem, só havia o som dos gafanhotos escondidos na grama e todo o resto parecia isolado e distante dali. O lugar em si era uma extremidade do prédio em que eu dormiria pelos próximos dois anos e meio, as últimas salas foram desativadas para reforma há um bom tempo e ficava a uns vinte metros do pátio.

  Havia bitucas de cigarro próximas às janelas, duas garrafas vazias de cerveja e algumas camisinhas descartadas na grama. Ino também estava certa sobre o sexo fácil.

— O que diabos você está fazendo aqui? — A materialização daquela voz rouca e nervosa me fez franzir o cenho automaticamente, havia uma figura alta e extremamente pálida parada a poucos metros atrás de mim, os cabelos caíam repartidos e lisos pelo rosto fino e acentuado por rugas.

— Eu...

— Não me interessa. Anda, anda; levanta daí e direto para a detenção — a figura ordenou e agarrou o apito, que estava preso num cordão em seu pescoço, e o levou aos lábios finos e protuberantes. — Você é surda, por acaso? Eu disse anda!

— Eu não fiz nada de... — o som agudo do apito interrompeu qualquer explicação que eu pudesse dar e as bochechas dele se inflaram e seus olhos pareciam saltar das órbitas a qualquer instante. — Eu...

  A figura se aproximou rapidamente e me puxou pelo ombro com força, quase tropecei nos meus tênis conforme era erguida e guiada para o caminho que levava até o pátio; o cara continuava apitando e me empurrava em intervalos curtos. A porra da cláusula sobre violência, o pensamento era realmente irônico se fosse levado em conta o som estridente do apito e os empurrões.

  Os trotes foram mais constantes e tropecei, tentei amortecer a queda e ganhei arranhões nas palmas das mãos e nos joelhos. Dane-se a porra da cláusula, cerrei os punhos e tateei o chão à procura de alguma pedra.

— Levante e... Mas o que é que está acontecendo aqui? — O apito soou agudo outra vez e aquele homem passou por mim num passo apressado, ele agitava os braços e continuava soprando ar e saliva naquele objeto.

  O círculo de adolescentes apinhados não fora dispersado pelo apito ou pelos punhos daquele cara, eles pareciam concentrados demais para dar atenção a qualquer atividade exterior daquele círculo de gente; levantei e me aproximei, os berros ganhavam eco e volume, como numa luta de ringue:

— ACABA COM ELA!

— ISSO! ACERTA ELE! EU APOSTO TUDO NA MAGRELA!

— VAMOS LÁ RAPAZ! VAMOS LÁ!

  Conforme eu abria caminho no meio daqueles adolescentes – era melhor chamá-los assim do que traficantes, assassinos, ladrões, mercenários -, parecia que o ar havia se enchido com a euforia e a sede por violência deles, eu só via borrões disformes de duas pessoas no centro daquilo e os gritos de incentivo, torcida ou xingamentos intensificavam o clima de frenesi.

— VAMOS LÁ! VAMOS LÁ!

  Empurrei um casal que estava na minha frente e não consegui reconhecê-la até que prestei atenção no cabelo loiro preso num rabo de cavalo frouxo e nos coturnos em seus pés; Ino havia enfiado suas mãos nos ombros do garoto ruivo e eles pareciam dançar, giravam de um lado para outro, rosnavam e berravam conforme se moviam.

  De alguma forma, ela se livrou daquela posição e desferiu uma joelhada no estômago dele, ele se encurvou um pouco e cerrou os punhos e a atingiu com um soco na altura da têmpora. Outro grito, outra joelhada por parte de Ino e o garoto ruivo havia revidado novamente; Ino esquivou de outro soco rente ao rosto e segurou o braço estendido dele e o torceu com certa graça e habilidade.

— PAREM IMEDIATAMENTE! — O berro estridente foi repetido várias vezes pelo cara do apito conforme ele agitava os braços e se movia rapidamente no meio do círculo, cercando e intimidando tanto Ino e o ruivo como o restante dos curiosos.

  Um rapaz moreno se aproximou de Ino – que ainda mantinha o ruivo imobilizado naquele golpe – e murmurou alguma coisa, pouco depois ela soltou o garoto e se afastou sem desviar o olhar dele.

— Vocês, todos vocês, saiam daqui imediatamente! — A ordem foi cumprida em etapas e eu ficaria feliz em fazer o mesmo, mas o barulho do apito me fez cobrir as orelhas e parar de andar. — Você, sua delinquente! Eu não me esqueci de você...

— Merda.

— Pode ajudar essa daí... — ele apontou para Ino com desprezo —...a encontrar o caminho da detenção. Agora. — Um sorriso surgiu no rosto acentuado dele e o fez parecer uma fruta podre, ele recuperou o fôlego e apitou outra vez, as bochechas repetiram o mesmo processo de inflar. — Você! Vai fazer o mesmo com esse vagabundo e os dois vão poder fofocar à vontade na detenção, não é maravilhoso? — Outro apito. — Vamos! Eu não tenho o dia todo!

  Me senti desconfortável quando passei um braço pela cintura de Ino e ela apoiou o peso do corpo sobre meu ombro, ela gemeu baixo quando começamos a andar na direção das portas duplas e seu corpo estremecia quando ela esticava a perna esquerda.

— Você está bem? — Eu não consegui evitar a pergunta e Ino me encarou, a têmpora esquerda dela estava começando a inchar lentamente e a pele estava vermelha, um filete de sangue escorria do ferimento.

— Você devia ver o outro cara — ela respondeu e balancei a cabeça; o outro cara também estava com dificuldades para andar normalmente. — Pode apostar... que ele está pior... — Nisso ela também estava certa.

* * *

  O arrastar das horas era marcado pelo barulho dos ponteiros deslizando no relógio de parede preso acima de um quadro de avisos; a sala de detenção era um cômodo de pouco mais de oito metros quadrados com cadeiras enfileiradas nas paredes e nada além do relógio e de avisos antigos de atividades extracurriculares boas demais para serem verdade.

  Vez ou outra o cara pálido aparecia e inspecionava a sala, seus olhos se estreitavam na minha direção e depois ele fechava a porta e ia embora; já era a quarta vez que ele repetia aquele processo e Ino bufou ao meu lado.

— Eu mataria por um analgésico agora mesmo — ela resmungou e se ajeitou na cadeira outra vez, ela esticou a perna esquerda – a que havia desferido várias joelhadas no estômago do garoto ruivo – sobre outras duas cadeiras e fez uma careta de dor.

— Por que você estava brigando, afinal? — Perguntei em voz baixa e aquela interação me soou extremamente forçada, mas serviu para que ela bufasse outra vez e me encarasse. Levou algum tempo até eu assimilar aquele som baixo e ruidoso que ela produzia como uma risada. — Não que seja da minha conta...

— Tudo bem, às vezes eu me esqueço que nem todo mundo conhece a minha trágica e fodida história... — Ino respondeu, esperei que ela continuasse. — Aquele verme ali assassinou os meus pais e, infelizmente, não completou o serviço... Ele não disparou na herdeira. — Ela não havia hesitado em nenhuma palavra, como se já estivesse cansada de contar aquela versão e seu olhar continuava fixo no ruivo. — Os vizinhos chamaram as autoridades, que fizeram toda a burocracia e disseram que eu tinha sorte, já que foi um latrocínio.

  Apenas nos encaramos e o máximo que pude demonstrar foi o meu silêncio.

— Latrocínio... — o desprezo emergiu automaticamente e sua expressão se endureceu. — Dá pra acreditar nessa porcaria? Chamaram um assassinato a sangue frio por motivações políticas de uma droga de latrocínio.

— Você vai matá-lo? — Perguntei em seguida e o desprezo dela se transformou em confusão momentânea, depois em raiva, como se aquilo a enojasse de alguma forma ou a insultasse.

— Matá-lo? — Ela murmurou depois de algum tempo, seus dedos tocavam a pele ferida da têmpora e ela não pareceu notar as pontas das unhas sujas de sangue ou os nós da mão feridos. — Matá-lo não me tornaria no mesmo tipo de verme que ele?

  Franzi o cenho conforme prestava atenção no que ela dizia e tentava acompanhar sua linha de raciocínio, encarei-a e seu rosto estava emoldurado pela raiva e pelo desprezo novamente, seus olhos estavam presos em cada movimento que o garoto ruivo fazia.

  Outra coisa que se aprende quando você ascende de adolescente para adolescente homicida, é que mentir se torna tão natural quanto respirar. A negação era uma etapa contínua e te leva a aprimorar os sorrisos falsos e os momentos de silêncio. Eu continuava a dizer a mim mesma que poderia simplesmente fingir que ninguém sabia o que eu havia feito e Ino continuaria a fingir que não queria fazer o ruivo pagar na mesma moeda.

— Claro. Estamos aqui para sermos pessoas melhores, não é? — Retruquei e Ino me encarou, por um momento ela pareceu realmente surpresa e depois começou a rir. — Quando podemos sair daqui?

— Depende de quanto tempo você quer passar na companhia do imbecil e do verme — ela respondeu e apontou para o rapaz moreno e para o ruivo em sequência. Os dois pareciam absortos em fingir que ninguém mais existia e, vez ou outra, murmuravam alguma coisa um para o outro.

— Não, eu...

— Ah, você quer dizer desse lugar? Pra valer? Ah Sakura, não achei que você fosse ingênua a esse ponto — um sorriso conformado apareceu em seu rosto e acentuou seus olhos azuis. — Estou aqui desde os meus quinze e não acho que a sociedade vai querer de volta uma pessoa como eu e você. Ou eles — ela apontou com o queixo na direção deles e o moreno parou de falar assim que me encarou.

  O tique taque do relógio voltou a ser o único barulho daquela sala outra vez, permaneci em silêncio e ignorei as tentativas de Ino de retomar a conversa; tudo o que a minha cabeça continuava a frisar era que eu mesma havia acabado com a minha vida, com a vida da minha família e jamais sairia daquele lugar.

  Você devia ter morrido, ia ser mais fácil. Nada de dor, nada de culpa, nada de mais um dia com os gritos deles na cabeça, era o mais novo mantra desde o dia em que eu havia sentado no banco dos réus diante de um júri repleto de pessoas pessoalmente ofendidas com a pena escolhida pelo juiz e com o fato de que era eu a continuar respirando.

  Tentei afastar o peso daqueles fatos e o nó que se formava na minha garganta, puxei o capuz do moletom outra vez e arrumei as mechas que escapavam. Mentir era mais fácil - isso era verdade - para o resto do mundo do que para si, já que todo mundo só vai falar sobre o que você fez e no que você se tornou por um tempo. Eu sei no que me tornei e vou lembrar pelo resto da minha vida.

  Essa parte era insuportável. Essa era uma verdade que eu queria esquecer.

  Até então, eu não conseguia mais encarar o reflexo daquela garota fria, de cabelos coloridos de rosa e os olhos verdes mais distantes que eu já havia visto; não conseguia admitir que aquilo— a assassina – era eu.

— Há uma espécie de pacto que eu tenho com a Hina desde que ela virou minha colega de quarto — a voz de Ino chamou a minha atenção, mas não consegui encará-la e perceber nela o mesmo olhar acusador que todo o resto já havia mostrado. — Falar do passado não vai desfazer o que aconteceu ou melhorar os motivos que te trouxeram até aqui, mas aqui dentro ninguém realmente se importa com isso.

  Fingimos que eu acreditei e que havia uma verdade irrefutável na última parte. Ino suspirou e falou:

— Eu não quero saber que merda aconteceu com você, mas eu sou a voz da razão pra dizer isso: não deixe que te consuma tanto ou você não vai aproveitar suas férias de toda aquela porcaria fora daqui.

— É assim que você encara isso? — Isso foi tudo o que consegui dizer, sentindo a raiva surgindo como uma névoa tóxica dentro de uma câmara escura. Encarei-a e tudo o que obtive como resposta foi o mesmo sorriso zombeteiro de horas atrás, desviei o olhar e o moreno continuava a me encarar.

— É uma das formas de manter a sanidade, garota. Fique chapada, bêbada ou cansada demais depois de transar, você é quem escolhe — Ino levantou da cadeira e se endireitou da melhor forma que pôde, a acompanhei até a porta e ela a escancarou ignorando as cabeças que se viravam para observá-la melhor. — Vamos, você ainda não aprendeu o caminho até o quarto...

  Saímos da sala de detenção e Ino não diminuiu o ritmo ou sua pose orgulhosa, ela não olhou para trás mesmo quando o garoto ruivo encostou o corpo na soleira e nos observou atravessar o corredor.

* * *

  Eu não havia conseguido dormir – na verdade, eu não queria acordar no meio da madrugada com os gritos deles e as perguntas acusadoras – e acompanhei os traços do relógio digital marcarem seis horas da manhã. Esfreguei os olhos e encarei minhas mãos por um longo tempo.

  O que foi que eu fiz?, eram as seis palavras que iniciavam meu dia e o encerravam há pouco mais de quatro meses; era essa pergunta que me manteve angustiada nos primeiros dois meses e me corrói feito ácido desde então. Eu os matei, era a resposta eu murmurava em seguida assim que fechava os olhos com força, como se isso fosse um passo de uma magia que trazia os mortos à vida.

  Chutei a coberta e, assim que pus os pés no chão gelado, a temperatura me fez sentir desperta por alguns instantes; a distância entre a minha cama e a janela era de alguns passos, afastei a cortina improvisada e observei as nuvens cinzentas por algum tempo.

  Não sei por quanto tempo fiquei debaixo do chuveiro depois que o encontrei ou por quantas vezes alisei a superfície protuberante das cicatrizes nas costas e nos antebraços – nada mais do que pequenos rabiscos num tom rosado. Saí debaixo da água quando ouvi algumas batidas na porta e comecei a me vestir: jeans, botas, regata e moletom.

  A rotina ali era resumida a cumprir os horários estabelecidos pela diretoria e não arranjar brigas ou topar com o cara pálido – seu nome era Orochimaru, de acordo com os comentários de Ino – nos corredores durante as horas destinadas a educação.

  A situação era mais surreal do que eu havia imaginado e a constatei assim que entrei em uma das salas de aula – como se o lugar fosse mesmo uma escola, e não uma prisão para juvenis criminosos – e havia mesas, cadeiras e uma lousa, a mesma mobília da escola em que eu havia estudado.

  Fiquei parada na soleira sem saber exatamente se deveria começar a rir ou considerar o nível de sanidade daquelas pessoas. Hinata levantou de seu lugar e me instruiu a ficar por perto dela, caso eu precisasse de alguma coisa ou não entendesse que aquilo era mesmo real. Eles brincavam de colégio interno.

— Vamos, vamos... Sentem-se, não vou perder o dia todo nisso — a voz masculina foi autoritária e impaciente, um homem na casa dos quarenta anos apareceu e o cabelo grisalho o fazia parecer mais velho. — Vamos, sejam civilizados e fiquem de boca fechada. — Ele cruzou os braços na frente do corpo e esperou até que todos estivessem sentados e prestando atenção nele. — Temos rostos novos por aqui...

  Os risos e os murmúrios começaram em seguida e mantive minha atenção voltada para o homem grisalho. Não seja tão paranoica, não surte, respirei fundo algumas vezes e tentei retomar o controle.

— Foi mal, Kakashi.

  A voz descontraída do rapaz moreno interrompeu a conversação da sala e a porta fora aberta e fechada ruidosamente, as solas dos sapatos dele faziam um som irritável e ele se esgueirou no espaço das fileiras e colocou o único livro que trouxe consigo sobre a mesa ao lado esquerda da minha; nos encaramos e ele me observou de cima a baixo, arqueou uma sobrancelha e um sorriso emoldurou seu rosto.

— É, eu sei... — o mau humor na voz dele aumentou consideravelmente quando o moreno lhe lançou uma piscadela. — Eu sou Kakashi Hatake, um dos orientadores do projeto e também responsável por algumas aulas do cronograma básico que, com certeza absoluta, nenhum de vocês se deu ao trabalho de ler.

  Outra série de murmúrios tomou conta da sala e o olhar duro de Kakashi silenciou boa parte deles, o restante perdurou por mais alguns minutos até o silêncio reinar. Ele começou a listar quais aulas leciona, quais são os períodos e sua forma de trabalhar, como se tudo aquilo fosse relevante para qualquer um.

  Virei um pouco a cabeça para o lado e olhei ao redor com cautela, mas todos pareciam adolescentes comuns; parecia que aquela era uma sala de aula de verdade e que Kakashi era mesmo um professor se apresentando no primeiro dia de aula. Era fácil de se acostumar a essa perspectiva se você esquecesse que, naquela sala de 8m², havia trinta e seis menores de idade autores de crimes diversos e infratores de tantos outros parágrafos da Lei, da moral e dos bons costumes.

  Franzi levemente o cenho quando notei que, vez ou outra, o moreno fingia olhar para o livro sobre sua mesa e me encarava por alguns minutos. Respirei fundo e tentei ignorá-lo durante o restante da explicação de Kakashi, mas eu também analisava aquele garoto e o observava de tempos em tempos.

— Cada um de vocês recebeu um tempo a cumprir aqui dentro, como parte da pena aplicada em seus processos e, desde que cumpram o cronograma estabelecido, há uma possibilidade de diminuir uma parte dessa decisão legal. — Kakashi estava sentado sobre a mesa mais larga, destinada ao professor ou orientador responsável por determinado horário. — Cada atividade que vocês fazem, cada grama de comida que ingerem, tudo o que fazem e o que deixam de fazer é relatado para um assistente social e depois para a Promotoria.

  Ele suspirou e descruzou os braços.

— Vocês têm uma chance de pedir revisão na pena, se colaborarem e agirem como as pessoas civilizadas que um dia foram — ele observou cada um dos trinta e seis adolescentes com calma, estudou suas expressões e havia certa apatia em seu olhar quando ele me encarou. — Não ferrem comigo e eu não vou ferrá-los. Façam a parte de vocês e faremos a nossa para tirá-los daqui como pessoas civilizadas.

  Virei a cabeça na direção de Ino e ela apenas ergueu os ombros, com o mesmo sorriso conformado de antes e se virou para conversar com uma garota atrás dela. Desviei o olhar para o outro lado e  o moreno murmurou no mesmo tom de voz que a loira havia usado:

— Isso nunca vai acontecer.


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Notas finais do capítulo

YO!
Esse capítulo estava programado para alguns dias depois da postagem do primeiro capítulo. Espero que estejam gostando da versão apresentada.
Qualquer erro ou dúvida, estou aqui.
Até o próximo!
o/