ACEITAÇÃO

Capitulo 8

Edward

Estou ficando louco! Nunca em toda minha existência neguei fogo!

Sempre que tomo sangue humano minha libido é estimulada e hoje não aconteceu nada.

Já passei por varias prostitutas e nenhuma delas me despertou o menor interesse.

Nem nessa porra de boate encontro alguém interessante. Ainda bem que estou sozinho, pois se Jasper estivesse aqui com certeza estaria rindo da minha cara.

Tudo que me vinha à cabeça era Isabella. Seu cheiro, seu calor sua pele suave de encontro a minha.

Inferno! É como uma droga que penetrou em meu organismo e eu simplesmente necessito dela. Estou a poucas horas longe e parece que faz uma eternidade.

Isso é culpa de Jasper e seus pensamentos idiotas.

Eu não estou apaixonado! Isso não existe! É só desejo e quando eu a tiver possuído vai passar, tenho certeza.

Só de me imaginar possuindo aquele corpo eu enlouqueço de tesão, mas basta sentir o cheiro de outra mulher que meu corpo esfria na hora.

Devo estar doente! E é muito grave!

Melhor ir embora, não vou conseguir mesmo. Se ao menos Tanya estivesse aqui. Ela sempre consegue me animar, apesar de que depois de tê-la chamado de Bella ela não deve querer se quer olhar na minha cara.

- Edward quando vai parar de negar o que sente – perguntou Alice assim que entrei em casa.

- Vai fechar os olhos para o que esta acontecendo entre vocês? – perguntou Jasper se juntando a Alice.

- É um complô contra mim agora! – falei exaltado. – Vocês não tem nada haver com a minha vida – gritei perdendo o controle – porque não me deixam em paz.

Uma onda de calmaria me envolveu e olhei para Jasper que apenas deu de ombros.

- Estou cansado de vocês tentarem me controlar – falei mais calmo. – O que eu sinto ou deixo de sentir só diz respeito a mim. E é melhor pararem de pegar no meu pé ou vou embora em definitivo.

- Filho não diga isso – pediu Esme com cara de choro entrando na sala.

- Mãe eu não quero isso – falei lhe abraçando – Mas não estão me dando alternativa.

- Edward você vai deixar a Bella? – perguntou Jasper em tom de deboche.

- Eu faço o que quiser – respondi grosso, mas senti meu peito se apertar ao me imaginar longe dela.

Jasper sentiu isso e riu me olhando com aquela expressão de “eu não disse”.

- Seus irmãos só querem o seu bem Edward – comentou Esme.

- De boas intenções o inferno esta cheio – falei indo em direção ao meu quarto.

Abri a porta do quarto e o cheiro dela penetrou em cada célula do meu corpo me excitando ao maximo. Ouvi Jasper pigarrear no andar de baixo e sair da casa. Ultimamente ele não conseguia ficar por perto quando Bella e eu estávamos próximos, a tensão sexual entre nós dois o incomodava demais.

Porra eu não posso evitar! Só de sentir o cheiro dela estou quase gozando. Ela esta tão linda dormindo na minha cama. MINHA CAMA!

Passei as mãos pelos cabelos bagunçando ainda mais as mechas acobreadas, acho que preciso cortar um pouco os cabelos estão muito compridos.

Isso Edward pense em algo diferente para se distrair, chega de pensar em... SEXO!

Agarrei meus cabelos novamente sentindo meu corpo se agitar ainda mais. Vou enlouquecer desse jeito.

Respirei fundo para me acalmar e foi a pior coisa que podia ter feito.

Senti meu corpo estremecer e corri para fora do quarto e da casa como se o próprio demônio me perseguisse.

Corri como um louco floresta adentro sem me importar com o que quer que encontrasse pela frente.

Era isso ou voltar ao meu quarto e me saciar sem me importar com o estado físico de Isabella, pois da maneira que estou ela dificilmente sairia viva da minha cama.

Minha única preocupação foi me afastar dela antes que eu perdesse o controle e nem me dei conta de onde estava indo até que meu celular começou a tocar insistentemente. Deve ser a chata da Alice. Porque ela não dá um tempo?!

Resolvi parar para atender, não que fosse necessário, mas considerei que estava longe o bastante para não representar perigo a Isabella.

- O que foi Alice? – perguntei exasperado.

- Edward saia daí imediatamente – ordenou ela aflita.

Olhei ao redor sem entender nada, mas foi então que senti o cheiro horrível dos cachorros e me dei conta de que havia ultrapassado a fronteira de nossas terras.

Como pude cometer um erro desses? Estou realmente com problemas sérios na cabeça só pode ser isso!

- Já estou saindo – falei desligando o celular, mas antes que pudesse me mover fui cercado por quatro lobos enormes.

“Ora, ora o que temos aqui rapazes” – debochou o Black conversando em pensamento com seu bando.

“Vamos fazer picadinho dele” – disse um lobo cinzento mostrando os dentes.

“Hey ele não fez nada demais” – comentou outro de pelo rajado.

“Cala boca Seth” – ordenou Black e o outro baixou as orelhas intimidado.

- Eu não vim arrumar confusão – falei olhando para Black – estava distraído e não percebi que ultrapassei a fronteira – expliquei levantando as mãos em sinal de paz.

“Vamos acabar com ele” – disse uma voz feminina.

“O Sam não vai gostar disso” – lembrou o lobo chamado Seth.

Resolvi testar meus dons com eles, afinal que alternativa eu tinha. Caso não funcione estarei arrumando uma encrenca sem tamanho para minha família.

“Vocês vão ignorar que eu estive aqui” – falei na mente deles me concentrando, mas era difícil a mente deles é muito confusa – “Abram caminho que irei embora sem machucar vocês” – ordenei usando toda minha concentração e pude ver que eles capitulavam, mas de repente Black balançou a cabeça e se atirou sobre mim.

Antes que ele me atingisse consegui me desviar, pude ver os outros observando tudo aquilo confusos sem saber o que fazer.

“Ataquem” – gritou Black na mente deles tirando-os do transe que eu havia criado.

Droga eles são quatro vão me fazer em pedaços e isso dói um bocado.

Tentei fugir para nossas terras, mas eles me interceptaram e avançaram contra mim, por mais que eu fosse rápido eles eram muitos e seu ataque era organizado já que cada um sabia onde o outro ia agir a minha vantagem é que eu também conseguia ler seus pensamentos, mas eles eram bem rápidos.

Já estava me aproximando da fronteira evitando ao maximo ferir qualquer um deles, mas principalmente evitando que eles me ferissem pois depois de ferido eu perdia totalmente o controle sobre meu dom.

Será que eles conseguem me matar? Devo permitir que tentem? Não tenho nada a perder mesmo...

Bella! Se eu morrer quem vai protegê-la? Eu quero tê-la ao menos uma vez! Não, não vai ser hoje que farei o teste. Quem sabe outro dia eu me arrisco, a saber, se eles são capazes de me matar.

Faltavam menos de cem metros para a fronteira quando um ataque conjunto de Jacob, Paul e Leah me pegou desprevenido, quando tentei desviar já era tarde.

- Ahhhhhhhhhh – gritei ao sentir os dentes de dois deles se cravarem em meus braços ao mesmo tempo.

Com um forte puxão Jacob arrancou meu braço direito. Imediatamente eu senti o calor me dominar.

- PAREM! – gritei tentando me afastar, mas Paul me arremessou contra uma arvore bem grossa fazendo seu tronco se partir – Saiam daqui para seu próprio bem – avisei.

“Vou fazer picadinho de você sanguessuga” – gritava Paul em sua mente e era seguido dos outros dois, apenas o garoto mais jovem não tomou parte no embate.

Entrei em sua mente e ordenei que fosse embora e buscasse o alfa. Ele obedeceu o que deixou seus amigos ainda mais raivosos.

“Como se atreve a dar ordens a um lobo?” – perguntou Jacob indignado. – “Vou te mostrar quem é que manda aqui.” – Ele não se deu conta de que eu não havia dito nada em voz alta e isso é bom ele não percebeu que leio suas mentes.

- Pare eu não quero matar você. – avisei mais uma vez.

“Você acha que pode conosco?” – pensou Leah se aproximando junto com os outros.

Mais uma vez eles me atacaram arrancando pedaços do meu corpo. A dor foi lancinante, nunca imaginei sentir tanta dor, mas ao mesmo tempo que a dor vinha meu corpo se aquecia eu já sentia a energia sendo absorvida pelo meu corpo.

Um torpor me dominou e eu cai no chão nesse momento tudo que era vivo ou possuísse alguma energia me daria sua força vital até que eu estivesse completamente curado.

Os Quileutes me olharam surpresos por eu estar brilhando e ficaram mais surpresos ainda quando viram as partes que me foram arrancadas voltarem para o meu corpo.

A grama ao meu redor começou a morrer e foi se alastrando para as arvores, eles olhavam tudo boquiabertos e quando se deram conta de que eles também estavam sendo sugados foi tarde demais.

Nunca senti uma energia tão forte quanto a que estava absorvendo agora, aos poucos eles foram enfraquecendo até desmaiarem, felizmente para o bem deles consegui me curar em tempo recorde ou eles seriam mortos com certeza.

Sai dali o mais rápido possível me sentindo novo em folha e cheio de energia como nunca estiva antes. Ao longe podia ouvir que outros se aproximavam.

Pobres Quileutes acordariam sentindo dores por todo o corpo como se tivessem sido atropelados por um caminhão.

Bem eu tentei avisar!

Corri de volta para casa e encontrei minha família me esperando no meio do caminho.

- Filho você esta bem? – perguntou Esme aflita.

- Mãe sabe que ninguém consegue me matar – falei de forma amarga.

- Mas eles te feriram e isso acaba comigo meu filho – lamentou ela chorosa.

- Estou bem – assegurei a ela lhe abraçando – Nunca me senti tão bem como estou agora. Eles são muito fortes, até minha sede passou – expliquei e ela se conformou.

- Vamos para casa – disse Alice tendo uma visão de Bella acordando – Bella vai acordar com fome.

Corremos para casa e Alice subiu até meu quarto sendo acompanhada por meu pai. Esme foi preparar algo para ela comer e meus irmãos ficaram na sala conversando.

Fui até a sala de musica e resolvi tocar piano, fazia décadas que não tocava. Mesmo ao piano pude ouvir a conversa no andar superior.

Bella estava surpresa por eu tê-la salvo da morte, e pelo seu tom de voz estava muito envergonhada pelo que aconteceu.

Esme levou uma bandeja e após conversarem uns minutos Bella se pôs a comer deixando minha mãe muito feliz, o que me provocou um sorriso. Minutos depois ela adormeceu.

Esme se encantou por ela, mas também como não se encantar se tudo nela é encantador desde o seu cheiro até seu jeito petulante e desafiador, mas com Esme ela foi gentil e até carinhosa na maneira de falar.

Se ao menos eu pudesse ler seus pensamentos! O que será que Bella esconde por baixo dessa fachada de rebeldia.

Porque me preocupo tanto com essa garota afinal? Será que meus irmãos estão certos e sinto algo mais que desejo por ela?

Levantei e caminhei a passos lentos em direção ao meu quarto.

Abri a porta e a vi adormecida, tão linda e tão frágil.

Devo estar ficando frouxo mesmo por me importar tanto com essa humana, mas a verdade é que não consigo ficar longe dela e só de pensar em perdê-la sinto uma dor no peito que chega ser maior do que as dores físicas que senti a pouco com os lobos.

Eu Edward Cullen o mais poderoso dos vampiros com medo de perder uma humana que nem ao menos se interessa por mim.

Tomei um banho ultra rápido e me vesti voltando ao quarto.

Me deitei ao seu lado lhe trazendo para junto do meu corpo. Ela se aconchegou a mim e suspirou, o simples contato do seu corpo junto ao meu é prazeroso demais, me dá a sensação de que finalmente encontrei meu lugar.

Porra eu enlouqueci de vez! Mas não dá mais pra negar!

ESTOU APAIXONADO POR ISABELLA SWAN!

Bella

Acordei sentindo algo frio sob mim, o cheiro era de Edward.

Ah meu Deus o que estou fazendo dormindo em cima dele!

Abri meus olhos e levantei a cabeça para encontrar aqueles olhos vermelhos que tanto me fascinam.

Tentei me afastar, mas ele me deteve me apertando ainda mais de encontro ao seu peito.

- Relaxe – disse ele com voz rouca – Você precisa descansar.

- Já descansei demais – falei tentando me afastar novamente.

- Hey não vou mordê-la – assegurou ele rindo – por mais que eu queira você não esta em condições de fazer o que eu quero – completou malicioso.

- Ora seu... – tentei falar, mas fui interrompida por um selinho que me arrepiou toda.

Me forçando a resistir o empurrei e me levantei da cama, mas acho que fiz isso rápido demais e uma tontura me tomou e eu teria ido ao chão se ele não me segurasse.

Edward me colocou de volta na cama e me olhou firme.

- Eu disse que precisa descansar – falou ele autoritário o que me irritou ainda mais.

- E quem você pensa que é para me dar ordens – perguntei irritada.

- Sou a pessoa que te salvou de uma overdose – lembrou ele ferino.

Senti meu rosto empalidecer ao ouvir aquelas palavras tão verdadeiras.

- Eu... – tentei falar, mas não saiu nada parecia que um nó se formou em minha garganta.

- Não precisa me agradecer – falou ele com sua arrogância de sempre. – Mas a partir de agora não vai mais usar essas porcarias – ordenou ele.

- Você não manda na minha vida – falei indignada, apesar de saber que ele estava certo.

- Você é minha Isabella – afirmou ele com um sorriso prepotente. – Aceite esse fato e me obedeça, que tudo será muito prazeroso para nós dois.

- Você deve ter bebido sangue estragado – falei acida – Só fala bobagens, eu nunca serei sua, nunca!

Ele se aproximou de mim na cama e antes que eu pudesse ter qualquer reação me pegou em seus braços e me beijou.

Como sempre uma corrente elétrica percorreu meu corpo. Seus lábios macios de encontro aos meus foi incrível, sua língua abrindo passagem e se enroscando na minha quase me levou a loucura, por mais que eu queira resistir eu não consigo.

Com um gemido rouco me entreguei à volúpia daquele beijo, era mais forte do que eu.

- Você não pode negar que me deseja – disse ele com os lábios colados aos meus.

- Eu não quero você – afirmei sem a menor convicção lhe provocando riso.

- Assim que você estiver com seu sangue limpo – avisou ele sério – eu a farei minha.

- Só nos seus sonhos – ironizei, mas um arrepio percorreu meu corpo só de imaginar isso.

- Hahahaha – gargalhou ele, me perdi encantada com aquele riso contagiante, ele fica tão lindo rindo sua expressão fica mais suave menos carrancuda. – Eu não sonho minha querida esqueceu-se disso? – perguntou irônico. – Eu tenho metas e minha principal meta é te levar para a cama ou onde você quiser que seja, mas quero você livre dessas porcarias que tem usado, quero você totalmente sóbria.

- Você é muito presunçoso mesmo! – comentei sarcástica – nunca me entregarei a você, a não ser que esteja bem chapada – falei caustica. – Só assim para suportar ter você perto de mim!

Mais uma vez ele riu e me puxou ainda mais para seu corpo.

- Não me desafie Bella – avisou ele seus olhos estavam escuros quando me fez encará-lo. – Não imagina o quanto eu gosto de um desafio e vou te ter aos meus pés me implorando para possuí-la antes do que imagina.

- Me solta! – exigi tensa, aquelas palavras ditas de forma tão dominadora me tiravam do sério e um estremecimento me dominou. – Isso nunca vai acontecer – respondi com raiva, tanto pela audácia dele quanto pelo meu corpo traiçoeiro que se molhou todo ao ouvir aquilo.

- Posso sentir o cheiro de seu tesão Isabella – disse ele respirando fundo – Veja o que esse cheiro faz comigo – dizendo isso pegou minha mão e levou ao seu membro que mesmo sob o jeans grosso estava completamente duro, senti meu rosto arder e tentei puxar minha mão, mas ele não permitiu. – Imagine tudo isso dentro de você te levando a loucura – disse ele em meu ouvido a voz rouca me deixando tão excitada que senti uma tontura e não contive um gemido.

Porra eu preciso de pó estou tremendo, só pode ser falta da droga.

Meu corpo amoleceu em seus braços e meu sexo latejou.

- Ah Isabella você esta a ponto de gozar só de imaginar nós dois juntos – disse ele com malicia. – Acho que em uns três dias seu sangue deve estar mais agradável ao meu paladar, então descanse bastante, pois vai precisar sou bastante exigente.

Dizendo isso me deu um selinho e me largou na cama saindo do quarto e me deixando completamente excitada e insatisfeita, com uma sensação de abandono.

Céus o que este homem esta fazendo comigo! Não vou aguentar isso muito tempo!

Só posso estar louca em se quer cogitar a idéia de me entregar a ele.

De repente a ansiedade me dominou e a vontade de me drogar foi muito forte. Mais uma vez tentei levantar e sair dali, mas não consegui estava tonta e sinceramente eu não sabia se era pela overdose que tive ou era efeito do tesão que estava sentindo.

Continuei deitada na cama dele sentindo seu cheiro que é tão reconfortante para mim.

Três dias! Ele disse que vai me possuir em três dias, o pior é que não estou com medo. Na verdade estou ansiosa e receosa, pois nunca estive com um homem antes e se ele se decepcionar comigo.

Que loucura é essa! Estou preocupada em decepcioná-lo?! Isso é loucura, jamais me entregarei a esse arrogante eu nem mesmo gosto dele como posso estar cogitando uma coisa dessas?!!

Acho que as drogas cozinharam meu cérebro só pode ser isso!

Eu não gosto desse vampiro presunçoso e arrogante! Eu não posso gostar dele! Isso é impossível, deve ser alucinação por causa das drogas.

Mas então porque sinto falta da presença dele, até mesmo do seu jeito arrogante e cheio de si. Admita Bella você sente algo por ele só resta saber o que é!

Desejo! É isso que sinto por ele e também é o que ele sente por mim! Apenas desejo.

Talvez se me entregar a ele isso passe e eu volte a ser como antes. Auto-suficiente, independente, pois no momento me sinto dependente demais dele e de sua presença do seu olhar penetrante, de seu cheiro do seu toque...

Pare com isso Isabella!! Esta parecendo essas garotas idiotas que se apaixonam pelo príncipe encantado!

Chega de pensar nesse idiota prepotente!

Não estou apaixonada! O amor não existe! Ao menos não para mim.

Sam Uley

Estava indo para a casa da Emily quando vi Seth chegar correndo em desespero. Assim que se aproximou de mim voltou a forma humana.

- Sam venha rápido – gritou o rapaz voltando a se transformar em lobo.

Vi Quil e Embry que se aproximavam se transformar também e juntos fomos atrás do garoto. No caminho Seth nos pôs a par de tudo que havia acontecido.

“Eles não deviam ter feito isso” – falei irritado – “Isso vai nos trazer problemas”.

“Sam esse vampiro ele lê nossas mentes” – comentou Seth. “Ele nos controlou e falou comigo através da mente” – disse o garoto assustado.

“Parece que temos um vampiro com poderes aqui em Forks” – comentei apressando o passo temendo pelo pior, pois não localizou a mente dos outros três lobos.

Sempre soube que alguns vampiros possuíam poderes, mas nunca havia encontrado nenhum antes.

Chegamos ao local onde aconteceu o embate e ficamos chocados ao ver a devastação da área. Não havia sinal do vampiro e pelo cheiro ele devia ter saído a pouco do local.

Tudo num raio de cem metros estava morto, desde a grama até as arvores, havia alguns pássaros mortos ao pé das arvores alem de pequenos roedores e no meio de tudo estavam os três lobos. Nos aproximamos e verificamos que ao menos eles estavam respirando.

Voltei a minha forma humana e os outros me seguiram.

- Jacob – chamei balançando o grande corpo do lobo marrom avermelhado – Jake acorde.

Depois de alguns instantes ele começou a se mexer. Vi que os rapazes fizeram o mesmo com Leah e Paul, que também despertavam.

- Consegue se transformar? – perguntei e ele negou.

Assumi a forma de lobo novamente para poder me comunicar com eles e os outros fizeram o mesmo.

“O que aconteceu com vocês? Onde esta o vampiro?” – perguntei em pensamento.

Eles pareciam atordoados e lentamente começaram a nos mostrar o que havia acontecido.

Era incrível as coisas que nos mostravam.

Vimos o encontro com o vampiro como Seth nos havia dito e também tudo que aconteceu depois.

O vampiro chamado Edward pediu que lhe deixassem ir embora para que não os ferisse, depois que o atacaram lhe arrancaram vários pedaços do corpo ele pediu que parassem e avisou que não queria machucá-los e que fossem embora, mas os três simplesmente continuaram lhe atacando e então ele começou a brilhar e tudo começou a secar ao seu redor, o vampiro permaneceu imóvel como se não pudesse controlar aquela luz  como se ela o dominasse também.

A coisa mais chocante foi ver seus pedaços voltarem para seu corpo e imediatamente começarem a cicatrizar. Então as coisas começaram a ficar confusas, os três começaram a ficar fracos, tão fracos que não conseguiram se mover sua energia estava sendo sugada, então desmaiaram.

“Vocês podiam ter morrido” – esbravejei com eles. – “Nunca vi nada igual a isso” – comentei incrédulo. – “Vamos voltar para a aldeia e reunir os anciãos, precisamos nos preparar para uma possível retaliação por parte dos sanguessugas”.

“Eles não teriam coragem de nos atacar” – comentou Embry – “Não aqui nas nossas terras, afinal foi ele quem invadiu”

“Espero que tenha razão, mas mesmo assim precisamos pedir ajuda aos mais velhos e saber se eles já se encontraram com algum desses vampiros com super poderes”.

“Ele não vai ter outra chance dessas” – pensou Paul irritado com a derrota para o vampiro – “Dá próxima vez colocarei fogo nele, aí quero vê-lo se regenerar”.

“Não quero que tomem nenhuma atitude impensada como a de hoje” – falei irritado com a imprudência de Paul.

Se existirem outros como esse não sei o que poderemos fazer para detê-los em caso de um ataque.

Ele é muito poderoso, o mais poderoso que já vi.

Sei que eles se refazem, mas não dessa forma a maioria leva algum tempo até dias para se recompor, mas esse tal de Edward Cullen se refez em questão de minutos e ainda por cima tudo ao seu redor morreu.

Temos que tomar muito cuidado com esse sujeito.