MUDANÇAS!!!!

Capitulo 19

Edward

Estavam todos na sala conversando amenidades quando desci e minha família logo percebeu que eu não estava nos meus melhores dias.

Alice me encarou e seus pensamentos eram de suplica.

“Por favor, Edward pega leve com ela” – pediu ela pensando no que eu diria a Tanya.

“Só direi a ela que nos deixe em paz” – lhe acalmei, mas sabia que não seria assim tão fácil. Tanya não é uma pessoa que aceita facilmente uma derrota.

– Tânya vamos conversar. – não foi um pedido e sim uma ordem. Não estou com saco pra frescuras hoje.

– Claro meu amor – concordou ela toda melosa. – Quer ir ao meu quarto? – perguntou maliciosa.

– Não seja idiota Tânya – falei impaciente. – Posso falar aqui mesmo na frente de todos.

– Ah Edward sempre tão autoritário e impaciente – comentou ela fingindo indiferença.

– O que tenho pra dizer é simples – falei sem me importar com seu comentário. – Não se meta na minha vida. Eu vou me casar com Bella e não quero você nos rondando.

– Edward você não pode estar falando sério – disse ela se alterando. – Aquela mosca morta não vai conseguir te fazer feliz Edward – afirmou Tanya cheia de veneno.

– Não admito que fale assim da minha mulher – falei de forma fria – Se quiser permanecer nesta casa trate de respeitar a minha noiva. E quanto a minha felicidade eu nunca estive tão feliz em toda minha existência como estou agora.

– Você foi feliz ao meu lado Edward – defendeu ela ainda mais exaltada – Nós sempre nos demos muito bem juntos.

“Sempre tivemos momentos tórridos na cama” – pensou ela com malicia.

– O que tivemos não é uma fração do que tenho com Bella – afirmei caustico.

– Mentira! – gritou ela perdendo o controle – você sempre me desejou nós sempre fomos ótimos na cama. Eu te amo Edward e você também me ama só está se iludindo com essa humana.

– Você melhor do que ninguém sabe que nunca acreditei em amor – lembrei-a fazendo com que ela desviasse o olhar. – Mas, Bella me ensinou a amar e eu descobri que o que sinto por ela é algo tão forte que nada e nem ninguém na face da terra pode mudar. Se conforme com isso Tanya e vá buscar sua felicidade longe de mim, tenho certeza que você encontrará alguém que mereça seu amor.

– Eu não quero outra pessoa – insistiu ela – eu quero você. E não vou desistir, não vou perder você para aquela humana estúpida e frágil.

“Eu acabo com a vida daquela idiota” – pensou Tanya furiosa.

– Se você ousar tocar em Bella eu acabo com você – ameacei e a vi recuar.

“Você não vai fazer nada contra Bella” – ordenei usando meu dom – “Vai embora amanhã e não vai voltar aqui, a não ser que seja convidada” – completei e ela assentiu levemente.

– Vá caçar Tanya você esta precisando – ordenei sem deixar de fitá-la.

– Eu vou, mas não pense que desisti Edward – retrucou ela me deixando ainda mais irritado. – Você logo vai se cansar da mosca morta e vira atrás de mim.

– Se você prefere se iludir não posso fazer nada – afirmei duro. – Mas acho que deve se lembrar do que aconteceu na ultima vez em que estivemos juntos.

– Ora seu...

– Foi o nome de Bella que eu chamei – lembrei maldoso – e sempre será ela. Não há lugar para nenhuma outra mulher em meu coração, não se esqueça disso Tanya. Sempre será Bella. Você foi um caso uma diversão, nós nos usamos e foi bom enquanto eu não sabia o que era o verdadeiro prazer nos braços da mulher certa, da mulher amada.

– Isso não vai ficar assim – disse ela e saiu da casa bufando.

Ela que tente algo contra Bella que vai conhecer um Edward que ninguém nem mesmo minha família conhece.

Bella

Acordei sentindo um vazio na cama e ao me virar vi que estava sozinha. Uma onda de angustia me dominou.

Onde Edward está? Será que está com Tanya? Ela é tão linda além de ser uma vampira o que facilita muito o relacionamento entre os dois, pois não existe a preocupação em controlar sua força, assim Edward pode ser ele mesmo sem precisar se conter.

Ainda mais agora que ele precisa se controlar ainda mais por causa do bebê. Uma insegurança me abateu e me deixou deprimida.

– Não Isabella! Você não pode se deixar abater por pensamentos ruins. Edward te ama ele mesmo já confessou isso inúmeras vezes e você também o ama então trate de levantar dessa cama e vá cuidar do que é seu! – ordenei a mim mesma.

Fui para o banheiro e tomei uma boa chuveirada e me vesti para ir ao colégio, quando sai do closet Edward estava me esperando sentado em nossa cama.

– Bom dia – disse ele me beijando e puxando de encontro ao seu corpo fazendo com que me arrepiasse toda ao sentir seu cheiro e seus músculos poderosos. – Adoro a maneira como reage a mim – comentou me apertando ainda mais de encontro ao seu corpo – É exatamente igual à minha reação a você – afirmou pressionando seu membro rijo em minha barriga me fazendo gemer e sentir meu sexo encharcar.

– Edward não me tortura assim – pedi afundando meu rosto em seu peito. – Temos que ir para o colégio – lamentei sabendo que já estávamos em cima da hora.

– Sabe que eu adoro te provocar – afirmou ele com a voz rouca em meu ouvido, então me mordiscou a orelha e eu senti meus joelhos fraquejarem.

Enlacei seu pescoço ataquei sua boca avidamente, só largando quando fiquei sem ar.

– Acho que não vamos ao colégio hoje – afirmei me pendurando em seu pescoço e enlaçando minhas pernas em seus quadris.

– Nem pense em faltar às aulas – disse ele tentando me afastar, mas não permiti.

“Eu estou com desejo de sexo” – falei em pensamento e o pior é que é verdade. Sinto todo meu corpo arder por ele.

“Bella não faz isso” – pediu ele na minha mente.

– Você vai me deixar com desejo – falei em voz alta para que Esme ouvisse e imediatamente Edward olhou para a porta.

– Isso foi golpe baixo Bella – reclamou ele me levando para a cama ao mesmo tempo em que me despia.

– E você adorou não é – falei maliciosa mordendo sua orelha e ouvindo ele gemer baixinho.

Nos amamos de forma rápida, mas intensa ambos buscando o prazer do outro com loucura. Atingimos o clímax e foi maravilhoso ainda mais por saber que ele estava comigo e não com vamp-loira, me senti tão poderosa tão dona da situação.

– Você é minha dona bobinha – declarou ele me apertando em seus braços.

Suspirei me sentindo realizada só de ouvi-lo dizer isso. Uma letargia começou a me dominar e então me barriga roncou alto fazendo-o rir.

– Você precisa comer e depois vamos ao colégio – falou autoritário como sempre.

– Eu quero dormir – falei manhosa.

– Nada disso, você vai comer e depois vamos estudar – sentenciou ele me levando para o banheiro onde me deu banho e depois me ajudou a colocar as roupas e me levou para a cozinha.

– Bella minha filha me diz qual é o seu desejo que vou buscar – disse Esme assim que entramos na cozinha lançando um olhar reprovador para Edward.

– Mãe não se preocupe já passou – falei sentindo meu rosto arder e ficou ainda pior quando ouvi a risada de Edward.

“Bem feito quero ver você explicar do que sentiu desejo” – debochou ele em pensamento.

– Bella desejo de gravida é coisa séria – continuou Esme sem imaginar do que se tratava meu suposto desejo.

– Mãe, Edward já me deu o que eu queria – falei sem levantar os olhos do prato de panquecas que estava na minha frente.

– Mas, ele nem saiu de casa como pode ter... – ela parou ao se dar conta do que estivemos fazendo lá em cima. – Oh certo, já entendi – completou me fazendo ficar roxa de vergonha.

Terminei de comer sem se quer sentir o gosto de nada, me levantei lhe dei um beijo antes de ir em direção à porta da sala com Edward me seguindo com um olhar de zombaria.

– Nossa Bella você está passando mal? – perguntou Emmett com ar de deboche.

Ignorei indo em direção ao carro de Edward, mas antes que eu entrasse fui interceptada por Tanya que me segurou pelo braço me fazendo virar em sua direção.

– Humana você pode até estar grávida de Edward – disse ela mordaz – mas sou eu quem vai ficar com ele no final pode ter certeza disso – avisou ela friamente. – Ele sempre volta pra mim fique certa disso.

– Isso foi no passado sua mal amada – desdenhei furiosa com a audácia da loira – Ele agora tem uma mulher que lhe satisfaz totalmente. – Completei tentando ser o mais segura possível.

Ela ficou furiosa e acho que pensou em me bater, pois Edward se colocou ao meu lado e ela o olhou temerosa e se afastou rapidamente.

– Bella você não pode se exaltar dessa forma – reclamou ele me enlaçando pela cintura.

– Essa garota vai se ver comigo quando eu for uma vampira – ameacei sabendo que Tanya me ouviria.

– Vamos para o colégio antes que eu tenha que matar alguém – disse Edward com expressão fechada.

Chegamos ao colégio e nos deparamos com o bando de Jacob no estacionamento, eles nos encararam, mas nada disseram. Acho que dessa vez aprenderam a lição de não mexer com Edward.

As aulas transcorreram normalmente e logo chegou a hora do intervalo e confesso que estou faminta.

– Vou pegar sua comida – disse Edward enquanto eu me sentava com seus irmãos.

Não sei bem o que aconteceu, mas de repente senti um cheiro delicioso e me levantei e fui em sua direção. Era algo muito forte e me atraia de forma incrivelmente forte.

Ao me aproximar da fonte do cheiro vi um garoto caído no chão em meio a cacos de vidro, ele provavelmente caiu e quebrou alguma coisa que trazia na mão, pois um corte em sua palma sangrava e ao ver aquilo senti minha boca salivar, o cheiro era bom demais e antes que me desse conta me vi pegando sua mão e já ia leva-la a boca quando Edward me segurou e firme, mas gentilmente tirou a mão do garoto da minha e me afastou dali rapidamente.

Eu quis protestar e até tentei me soltar de suas mãos, mas ele foi firme e não me deu alternativa.

“Bella se controla, por favor,” – pediu ele em minha mente. – “Os cachorros estão de olho em você” – avisou me levando para fora do refeitório.

“Eu não fiz nada” – me defendi sem entender o que se passava. A única coisa que eu queria era voltar para perto daquele cheiro. Agora eu verdadeiramente estava sentindo um desejo e era muito, mas muito forte.

– Edward me solta eu quero aquele garoto – falei sem me dar conta do absurdo que estava dizendo. – Eu estou com desejo Edward e agora é de verdade. – falei tentando convence-lo.

– Meu amor, por favor, pare com isso – pediu ele me empurrando para o estacionamento e sendo seguido pelos irmãos que me olhavam curiosos.

– Mais que porra é essa – esbravejei me debatendo – eu quero aquele garoto eu preciso do sangue dele eu...

Parei de falar ao finalmente me dar conta do que eu queria, queria não, necessitava, pois minha garganta estava seca como se a muito eu estivesse com sede.

– Meu Deus o que esta acontecendo comigo – perguntei horrorizada. Uma onda de náusea me dominou e corri até um canto do estacionamento onde vomitei violentamente sendo amparada por Edward que murmurava palavras de carinho tentando me acalmar.

– O que vocês fizeram? – perguntou uma voz furiosa do outro lado do estacionamento.

– Vocês quebraram o tratado – falou outra voz ainda mais furiosa.

Sentindo-me um pouco melhor me virei me deparando com Jacob e Paul nos encarando com ódio e nojo.

– Nós não quebramos o tratado – disse Jasper emanando uma onda de paz para acalmar os ânimos.

– Então porque Bella quase atacou o garoto no refeitório? – perguntou Seth se aproximando de nós. – Nós vimos quando ela pegou a mão dele e levou a boca – disse ele de forma calma e controlada, bem diferente dos outros dois. – É estranho, pois o cheiro dela continua humano apesar de estar diferente do que costumava ser.

– Eu não sou uma vampira – falei irritada por falarem de mim como se eu não estivesse ali. – Eu só senti desejo e isso é normal em meu estado. – falei sem pensar ainda sentindo um desejo enorme pelo sangue do menino ao mesmo tempo em que me sentia horrível por estar sentindo isso.

– O que quer dizer com isso? – indagou Jacob me olhando com raiva.

– Estou grávida – falei sem hesitar e senti Edward apertar as mãos em minha cintura.

“Bella não devia ter feito isso” – repreendeu Edward e eu o encarei com raiva.

– O que? Agora vou ter que esconder a minha gravidez? – perguntei me exaltando com Edward por sentir vergonha de mim. Lágrimas chegaram aos meus olhos antes que eu pudesse conter já estava chorando em uma mistura de magoa e raiva. – Me solta Edward – exigi tentando lhe empurrar.

– Bella não é nada disso – reclamou ele. – Jamais sentirei vergonha de você ou de nosso bebê – explicou ele me aconchegando em seus braços – Só não queria que eles soubessem, ao menos não ainda.

– Desculpe Edward, eu me precipitei não é – comentei sentindo vergonha de minha atitude.

– Tudo bem meu amor – respondeu ele beijando minha testa. – você tem passado por muita pressão ultimamente, vai ficar tudo bem eu garanto.

– Grávida, mas isso é impossível – falou Paul quase gritando – Vampiros não tem filhos.

– Ao que parece nós temos sim – afirmou Edward com aparente indiferença, mas o vi estreitar os olhos. – Não ouse tentar nada contra minha mulher e meu filho ou acabo de uma vez por todas com você. – Ameaçou com voz fria que me provocou um arrepio, nunca o vi daquele jeito antes, parecia até outra pessoa.

– Que tipo de monstro vai ser essa coisa? – perguntou Jacob parecendo assustado. – Essa coisa não pode nascer – falou mais para si mesmo do que para nós. Ouvi Edward soltar um rosnado ao mesmo tempo que seus irmãos assumiam posição de defesa e instintivamente envolvi meu ventre com meus braços.

– Eu acabo com qualquer um que se atrever a encostar um dedo em Bella – avisou Edward se colocando à minha frente.

– Isso é o que vamos ver – disse Paul de forma maldosa.

– Parem vocês dois – gritou Seth interferindo na discussão – esqueceram o que Sam ordenou – perguntou ele tentando acalmar a situação. – Vamos embora daqui o sinal já vai tocar – falou empurrando os dois para dentro.

– Edward – o chamei sentindo um mal estar me dominar – O que eu fiz? – perguntei hiperventilando – Eles vão machucar meu bebê, Ah meu Deus não permita.

– Calma Bella – pediu me abraçando – Nada vai acontecer a vocês eu prometo.

– Eu quero ir embora – pedi me agarrando a ele de forma desesperada, minhas pernas não respondia ao meu comando, a sensação de pânico me invadia só conseguia pensar no que eles fariam contra meu bebê. Senti Jasper tentar me acalmar, mas mesmo assim o aperto no peito era muito forte.

– Alice invente alguma coisa na secretaria – disse Edward – vou leva-la para casa. Ligue para Carlisle e peça para ele ir para casa ok.

– Claro – concordou ela pegando o celular.

Edward me pegou no colo e colocou no carro, assim que nos afastamos do colégio a angustia voltou a me dominar e pensei que fosse enlouquecer. Minhas mãos tremiam e tudo que eu queria era poder me drogar para esquecer aquilo tudo. Senti raiva de Edward por me colocar naquela situação, ao mesmo tempo em que senti raiva de mim mesma por ter falado demais permitindo que eles soubessem da minha gravidez.

“Droga como pude ser tão burra” – me recriminei pela milésima vez. Levei a mão ao meu ventre e o acariciei. “Perdoa-me bebê, eu fui uma estupida e coloquei você em perigo”.

– Amor não pense assim – pediu Edward – você não fez nada demais, mais cedo ou mais tarde eles saberiam da gravidez, foi melhor assim – garantiu ele pegando em minha mão gentilmente. – Bella você não precisa de drogas para se sentir melhor, eu estou aqui e nada vai acontecer a nenhum de vocês.

– Ah Edward estou com medo – falei me apoiando em seu ombro em busca de força. – Eu nunca temi por minha vida, mas agora é diferente, não sou só eu, agora tem nosso bebê e eu preciso protegê-lo – acrescentei sentindo as lágrimas descerem por meu rosto.

– Sou eu quem deve protegê-los Bella – disse ele firme – vocês são minha vida e nada e nem ninguém vai tirar isso de mim – afirmou Edward determinado.

Senti-me mais segura e ainda mais apaixonada com a determinação dele em garantir nossa segurança. Sua expressão era tão determinada que me senti aliviada por tê-lo comigo.

Edward me pegou no colo tão logo parou em frente a nossa casa e me levou para nosso quarto sendo seguido de perto por Esme.

– Você esta bem minha filha? – perguntou ela preocupada.

– Estou bem mãe, não se preocupe – falei para tranquiliza-la. – Estou com fome – comentei lembrando que não comi nada no colégio.

– Vou preparar algo para você comer – disse ela saindo do quarto imediatamente.

Nesse instante Carlisle chegou e começou a me examinar pelo que pude ver Edward explicou tudo a ele através da mente, sua expressão era séria e compenetrada ao me examinar, mas depois ficou mais suave.

– Está tudo bem com você e o bebê – garantiu ele mais tranquilo.

– Que pena bem que esse bebê podia morrer – disse Tanya da porta do quarto.

– Vá embora daqui antes que eu acabe com você Tanya – ordenou Edward se enfurecendo.

– Eu vou Edward – concordou ela – mas em breve estarei de volta e a seu convite. – afirmou cínica.

“Essa maldita me paga, ela vai se arrepender de ter se colocado em meu caminho quando eu estiver em pé de igualdade com ela” – pensei enraivecida.

– Bella ignore essa louca – pediu Edward. – No que depender de mim ela jamais colocará os pés aqui novamente.

Esme chegou com uma bandeja cheia guloseimas, mas nenhuma delas me chamou atenção apesar da fome que eu sentia. Tudo que me vinha à cabeça era o cheiro delicioso do sangue do menino do colégio.

– Bella pare de pensar no garoto – pediu Edward me olhando de forma estranha – está me dando sede ver a maneira como pensa no sangue dele. – explicou ele se sentando ao meu lado.

– Não consigo evitar Edward – falei me sentindo péssima por desejar o sangue de uma pessoa.

– Só um instante Bella – pediu Carlisle e saiu do quarto voltando cerca de um minuto depois com um copo na mão. Minha boca salivou ao sentir o cheiro e senti Edward se remexer atrás de mim. – Sei que não é a mesma coisa que ao natural, mas veja se te satisfaz – acrescentou Carlisle me entregando o copo.

– Carlisle isso é sangue? – perguntou Edward inutilmente, afinal todos sentiam o cheiro.

Sem pensar muito no que fazia, pois se pensasse não teria coragem, comecei a beber o conteúdo do copo e senti um arrepio de puro prazer percorrer meu corpo.

Bebi avidamente todo o conteúdo sob o olhar perplexo de todos. Quando terminei me senti melhor, mas ainda não estava satisfeita.

– Quero mais – pedi e me fitaram como se eu fosse de outro planeta. – Ainda estou com fome – informei e estendi o copo para meu pai que o pegou e saiu do quarto voltando em seguida com ele cheio novamente.

– Alice me avisou desse desejo por sangue – disse Carlisle calmamente – Então peguei umas bolsas no banco de sangue do hospital – explicou para Esme que estava perplexa com a minha atitude.

– Mas ela não é vampira como pode tomar sangue assim – falou incrédula.

– Bella não é, mas o bebê ou bebês são – disse Carlisle me observando atentamente.

Terminei o segundo copo e me senti satisfeita, era estranho, mas não senti nojo do sangue e ele não me causou nenhum mal estar como costumava acontecer a algum tempo atrás.

Senti-me completamente satisfeita e até um pouco sonolenta e nem percebi quando nossos pais saíram do quarto, tudo que eu tinha consciência era do corpo de Edward junto ao meu e isso era suficiente para mim por enquanto.

Edward

Quase não acreditei no que aconteceu naquele refeitório. Bella por pouco não atacou aquele garoto.

Tudo bem atacar não é bem o caso, mas que todos ficariam chocados ao vê-la sugando o sangue do infeliz a isso com certeza ficariam.

Não queria que os vira-latas soubessem da gravidez ao menos não ainda, mas fazer o que? Como impedir essa garota topetuda de falar algo, é praticamente impossível conter Bella quando começa a falar.

Confesso que adoro seu jeito petulante e sem receio de falar o que pensa. Foi uma das coisas que mais me atraíram nela além de seu cheiro é claro.

Ela tem uma personalidade forte e imagino como vai ser quando for uma vampira, tenho até pena da Tanya, pois se Bella cumprir com a palavra não sobra um único pedaço de Tanya para contar a historia.

Quase cometi uma loucura ao ouvir Tanya desejar que meu filho morresse, só não fiz isso porque estava preocupado com Bella e também porque Eleazar implorou através da mente que eu relevasse a atitude impensada daquela imbecil e prometeu que a manteria longe de mim e de Bella. Felizmente foram embora, um problema a menos para resolver.

Mas, a coisa que mais me perturbou confesso que foi ver Bella tomar sangue. Não sei se pelo fato dela ainda ser humana ou por ser sangue humano que a tempos eu não consumia. Fiquei extremamente chocado ao vê-la tomar o sangue como se fosse um copo de suco.

Tão logo ela dormiu fui falar com meu pai.

– Carlisle estou preocupado com esse desejo da Bella por sangue – falei sem rodeios.

– Filho eu não me preocupo – respondeu ele calmamente – Acho perfeitamente natural esse desejo, afinal os bebês são meio vampiros.

– Bebês??!!!

– Eu analisei o ultrassom e conclui que são dois fetos – afirmou ele com um sorriso feliz. – Parabéns meu filho você vai ser pai de gêmeos.

– Gêmeos!!! – falei sentando me sentindo estranhamente fraco de repente. – Céus dois bebês, como vai ser isso pra Bella? – perguntei preocupado.

– Vamos ter que cuidar muito bem dela Edward – afirmou Carlisle entendendo minha preocupação. – Não será fácil isso pode ter certeza, afinal uma gravidez de gêmeos humanos já é complicada, a gravidez de Bella requer cuidados e atenção redobrados.

– Minha preocupação é como serão essas crianças – desabafei e lhe mostrei a reação dos Quileutes ao saberem da gravidez. – Eles acham que o bebê será um monstro.

– Não pense assim Edward – aconselhou meu pai – e não deixe que Bella perceba suas dúvidas, pois vai fazer muito mal a ela.

– Eu sei pai e não penso que nossos filhos serão monstros – afirmei seguro – meu medo é que eles possam causar algum mal a Bella durante o a gestação ou no parto.

– Vamos tomar todo cuidado Edward – assegurou Carlisle – Ao menor sinal de complicação nós tomaremos as providências necessárias, não precisa se preocupar meu filho. – garantiu Carlisle com toda segurança profissional que possui.

– É tudo tão novo para mim – admiti inseguro – pela primeira vez em minha existência eu temo por alguém e isso está me deixando louco.

– Eu entendo sua posição Edward – afirmou Carlisle. – Sei como é difícil para você cuidar de alguém, afinal você sempre foi independente e agora se sentir responsável por alguém é uma situação inédita.

– Pai eu estou completamente perdido – falei com um suspiro – Não sei como agir, minha vontade é coloca-la em uma redoma para que nada de ruim lhe atinja.

– Edward isso é normal para qualquer pessoa – declarou ele com um sorriso – Sempre queremos proteger a quem amamos. Só tenha cuidado com os exageros, pois Bella é muito independente assim como você.

– Eu sei, mas não consigo evitar – admiti sem hesitação.

Nesse momento meus irmãos chegaram e começaram a nos contar sobre as ameaças feitas por Jacob e Paul depois que saímos do colégio.

– Edward fica atento, pois eles vão aprontar alguma coisa – disse Alice preocupada.

– Eu sei Alice – concordei com ela – Eu vi na mente deles que não deixarão isso quieto.

– Vou ficar de olho neles só para garantir – assegurou ela, então dirigiu-se para os irmãos – vamos caçar estou com sede e algo me diz que temos que estar preparados. Você também deve ir caçar Edward – recomendou ela séria – seus olhos estão totalmente negros.

– Não quero deixar Bella sozinha – falei sem paciência para os conselhos de Alice.

– Você mais que qualquer um de nós tem que estar bem Edward – aconselhou ela – Não pode se dar ao luxo de ser ferido próximo à Bella – lembrou ela.

– Não pretendo ser ferido Alice – afirmei categórico – Já cansei de ser bonzinho, não vou tolerar mais nenhum ataque.

– Isso pode acabar mal você sabe não é? – perguntou Jasper sentindo meu humor ou a falta dele.

– Já cansei de relevar as atitudes daqueles vira-latas – declarei impaciente – Fui muito paciente até agora e aqueles idiotas não aprenderam a lição então agora será do meu jeito. – afirmei decidido a não aceitar mais nenhuma hostilidade por parte do bando ou de qualquer outro.

Meus irmãos saíram e fiquei cuidando de Bella que dormia tranquilamente, sem ter o que fazer fui ao escritório e entrei em contato com o advogado de confiança da família e pedi que providenciasse os documentos necessários para a transferência de tutela e também dos papeis do nosso casamento. O quanto antes Bella estiver totalmente sob minha proteção melhor, não quero deixar nenhuma brecha para que Charlie possa reivindicar seus “direitos” como pai ou tutor legal de Bella.

Estava na cozinha preparando um lanche para ela quando ouvi um grito vindo do meu quarto, subi as escadas em tempo recorde até mesmo para mim que sou um dos mais rápidos vampiros existentes.

– Bella o que aconteceu – perguntei entrando com tudo no quarto e olhando para a mulher que era tudo para mim.

Sua expressão de assombro só não foi maior que a minha ao olhar para seu ventre e vê-lo distendido como se ela estivesse gravida de pelo menos quatro meses.

– Edward minha barriga esta enorme – disse Bella num sussurro temerosa até mesmo de falar e algo acontecer, e por incrível que pareça vimos uma ondulação em seu ventre e Bella arfou com o movimento – Ele se mexeu – exclamou ela com um sorriso esquecendo por um instante o tamanho anormal de sua barriga.

Coloquei a mão em seu ventre e novamente o movimento se repetiu.

– Eles estão se mexendo – falei maravilhado por sentir meus filhos pela primeira vez.

– Eles? – perguntou Bella confusa.

– Sim meu amor – assenti – Carlisle analisou o ultrassom e descobriu que são gêmeos.

– GÊMEOS!! – Bella empalideceu e por um instante me preocupei que fosse desmaiar.

– Bella respira – pedi vendo-a conter a respiração ao ponto de ficar com os lábios roxos, sua mente era uma confusão só. – Calma amor vai dar tudo certo você vai ver – assegurei com firmeza para acalmá-la.

Aos poucos ela foi recuperando a cor e voltando a respirar normalmente.

– Edward como conseguirei ser mãe de duas crianças – indagou ela insegura – Uma criança já é difícil imagina duas, eu não tenho nenhuma experiência nisso minha mãe nunca me quis como serei uma boa mãe para os meus filhos.

– Exatamente por isso que acabou de dizer – falei firme – você será uma ótima mãe porque já sabe o que não deve fazer – afirmei lhe abraçando – Além do mais eu estarei ao seu lado sempre meu amor e nós vamos conseguir criar nossos filhos muito bem eu tenho certeza, pois o principal nós temos de sobra que é o amor.

Bella me beijou ternamente e pude sentir todo amor que ela sentia por mim naquele simples gesto. Nossos bebês se mexeram novamente como que para confirmar tudo que eu havia dito e também o que sentíamos.