Aprendendo a Amar escrita por Marci_Cullen


Capítulo 17
REVELAÇÕES!! (Parte 2)


Notas iniciais do capítulo

Meus amores me perdoem pela demora em postar, mas meu PC deu pau no sábado a tarde e só ficou pronto ontem a tarde, por isso me atrasei ok.

Espero que gostem do capitulo!!!!

Agradeço a todos que estão lendo e acompanhando,comentando e recomendando isso é muito importante para mim e me incentiva a continuar!!!!!!


Andy_CPC muito obrigada pela recomendação adorei!!!!!!


Pat valeu por revisar o capitulo para mim!!!!!!!!!
Bjssssssssssssssssssssssss



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REVELAÇÕES!! (Parte 2)

Capitulo 17

Bella

Senti um cheiro estranho e forte invadir minha narina e pude ouvir ao longe a voz de Edward me chamando.

Aos poucos fui recobrando a consciência e percebendo que não fora um sonho, minha mãe está realmente aqui e pelas expressões chocadas nos rostos a minha frente era tudo verdade. Charlie não é meu pai, mas como ele sempre foi meu pai?

Quando minha mãe morava conosco ele era amoroso e dedicado comigo só mudou depois que ela foi embora.

“Bella amor procure se acalmar” – pediu Edward em minha mente – “Sua mãe vai lhe contar tudo”.

“Ah Edward estou tão confusa e com medo” – pensei angustiada. – “O que vai acontecer conosco agora?” – perguntei ansiosa – “Não quero me afastar de você”.

“Ninguém vai tirar você de mim Bella” – garantiu ele. – “Fique calma meu amor que vai dar tudo certo”.

- Bella filha você esta melhor? – perguntou Rennee parecendo realmente preocupada.

- Sim já estou bem – assegurei me sentando auxiliada por Edward. – O que disse é mesmo verdade?

- Sim filha Charlie não é seu pai – confirmou Rennee com olhos baixos sem coragem de me encarar. – É uma longa história, mas vou lhe contar tudo ok.

Assenti e ela se sentou ao meu lado no sofá e pegou em minha mão livre, pois a outra estava entrelaçada na mão de Edward.

- Bella quando eu estava no colégio me apaixonei por um rapaz – começou Rennee com um suspiro – Ele era muito bonito e simpático era um dos populares como vocês dizem hoje, mas não era arrogante muito pelo contrario tratava há todos muito bem.

Seu nome era Garret Swan ele era primo de Charlie. – Rennee me olhava sem me enxergar. - Nós começamos a namorar e estávamos muito apaixonados, acabamos nos envolvendo demais e não tomamos as devidas precauções e acabei engravidando.

Mas infelizmente minha vida não era um conto de fada onde existem os felizes para sempre – disse com um sorriso triste. – No dia em que soubemos da minha gravidez Garret me pediu em casamento e eu aceitei é claro afinal eu o amava tanto. – Ela sorriu saudosa – Ele ficou tão feliz com a idéia de ser pai que parecia ter ganhado na loteria.

Garret foi falar com meus pais e pedir minha mão em casamento, mas achamos melhor não contar ainda sobre a minha gravidez seu avô era muito rígido e ficaria possesso quando soubesse, mesmo nos achando muito jovens para casar meu pai aceitou e esse foi o dia mais feliz da minha vida – ela comentou com um suspiro.

- Só posso te dizer que seu pai te amou intensamente – disse ela com lagrimas descendo pelo rosto – Em cada momento que passamos juntos ele conversava mais com você do que comigo.

Decidimos nos casar em um mês e como eu estava apenas de quatro semanas ninguém notaria que eu estava grávida, mas infelizmente isso não chegou a acontecer.

Dois dias depois de pedir minha mão Garret foi até em casa para tratar dos preparativos do casamento e quando estava indo embora um motorista bêbado avançou o sinal em alta velocidade e bateu contra o seu carro.

Ele morreu na hora! – declarou ela com voz embargada.

Foi à pior época da minha vida, desejei morrer também e só não fiz isso porque Charlie não deixou – ela sorriu desalentada – Charlie era um bom amigo e sabia da minha gravidez. Garret lhe considerava como seu melhor amigo além de primo.

- Eu também gostava dele – interrompeu Charlie de forma brusca.

- Nunca disse o contrario – afirmou Rennee – Bem, sabendo da minha situação Charlie se ofereceu para casar comigo. No inicio não aceitei, não o amava e não queria que ele se prendesse a mim e estragasse sua vida.

- Eu te amava – afirmou Charlie interrompendo novamente – eu sempre te amei.

- Eu sei e isso era mais um motivo para recusar sua proposta, pois eu gostava de você como amigo. Mas então eu comecei a passar mal por causa da gravidez e meu pai começou a desconfiar e as brigas começaram dentro de casa. – ela olhou para Charlie que se encolheu – Charlie continuava insistindo para se casar comigo e prometeu amar meu bebê como se fosse dele e eu acabei concordando.

Casamos e no inicio não foi fácil, eu não via Charlie como homem e sim como meu amigo, mas aos poucos eu fui me convencendo que gostava dele afinal ele era um bom homem e nunca deixou me faltar nada então o mínimo que eu podia fazer era ser sua mulher em todos os sentidos.

Depois que você nasceu passamos a dividir o mesmo quarto – ela sorriu para Charlie – Charlie sempre foi atencioso comigo e com você, nunca te tratou mal muito pelo contrario era sempre ele que corria para te pegar quando acordava a noite e sempre me ajudou nos cuidados com você. Na verdade ele sempre cuidou de você melhor do que eu. Confesso que não estava preparada para ser mãe – lamentou-se.

Esse despreparo ficou cada vez mais evidente a medida que eu me sentia presa dentro de casa por sua causa. Eu queria sair, queria curtir as festas, mas não podia, não tínhamos tanto dinheiro para pagar por uma babá.

Isso foi me deixando amarga e aos poucos eu fui pondo a culpa de todos os meus problemas em cima de você. Eu não aguentava ver Charlie todo cheio de carinho e mimos por você, pode parecer loucura, mas eu fiquei com ciúme do carinho que ele te dedicava.

Hoje sei que o que tive foi uma depressão, eu fiz terapia durante muito tempo – disse Rennee a titulo de desculpa. – olhei para ela em dúvida se acreditava ou não naquilo.

- Começamos a brigar e se tornou insuportável a nossa já frágil convivência – continuou ela diante do meu silencio – então decidi por um fim naquilo tudo indo embora e como na minha cabeça você era a culpada por minha infelicidade e Charlie te amava como uma filha de verdade eu deixei você com ele, achei que seria uma forma de compensação.

- Compensação – vociferou Charlie – Só aceitei ser pai dessa garota por sua causa você sempre soube disso. – afirmou ele friamente. – Nunca quis ter filhos só aproveitei a oportunidade que tive por que te amava demais.

- Amor você nunca soube o que é isso – afirmou Rennee – Eu tentei te amar Charlie juro que tentei, mas é impossível amar uma pessoa fria e calculista como você?

- Olha quem fala a santa Rennee – debochou – você me usou tanto quanto eu te usei. Vai negar agora que gemia feito uma vadia na minha cama.

- Ah eu gemia sim, mas era pra você terminar logo e me deixar em paz – disse Rennee acida. – Nunca senti nada com você por mais que me esforçasse – admitiu friamente.

- Sua vadia mentirosa – Charlie gritou seu rosto vermelho a ponto de ter um AVC.

- Eu fingia Charlie – disse Rennee deixando-o ainda mais nervoso – Eu tinha uma divida com você por ter me dado seu nome, então isso era o mínimo que eu podia fazer. Você impediu que a cidade toda falasse mal de mim e parecia amar minha filha, apesar de nem eu amá-la.

Olhei para ela incrédula, lágrimas corriam por meu rosto sem que eu tivesse consciência delas. Durante todo seu monologo eu fui acometida por uma série de emoções alegria por saber que meu pai por um curto espaço de tempo me amou e raiva por minha própria mãe não me amar, mas isso eu já sabia, o pior foi saber que eu não passei de um objeto na mão dos dois, um objeto de barganha.

Decepção era isso que eu sentia agora e ressentimento, eu era uma criança inocente que nunca entendeu o porquê de ser ignorada pela própria mãe, mas ao menos nessa época eu tinha pai e agora eu fico sabendo que tudo não passou de fingimento, que Charlie nunca me amou eu era apenas conveniente para ele alcançar seu objetivo que era ter minha mãe.

- Vocês se merecem – cuspi entredentes – São dois egoístas que só pensam em si mesmos – falei me levantando não aguentava mais ficar parada ali. – Alguma vez pararam pra pensar em mim? Não nunca pensaram em mim. Devia ter me dado para adoção, pois assim quem sabe eu teria a sorte de encontrar uma família que me amasse. Que me desse amor e carinho, coisa que nunca tive com vocês.

- Filha eu me arrependo tanto do que fiz – disse Rennee se aproximando de mim.

- Não me toque – exigi me afastando – eu tenho nojo de você. Você não merecia o amor do meu pai – joguei em sua cara – talvez a morte dele seja uma espécie de castigo por seu coração duro e frio. Quanto a você – falei olhando para Charlie – é tão egoísta que não poupou esforços para ter o que queria, mas só esqueceu-se de uma coisa você não tem coração então como podia querer que alguém te amasse.

- Quem você pensa que é pra falar assim comigo – gritou Charlie. – eu te sustentei durante toda sua vida e nem minha filha você é.

- Pois eu preferia passar fome ao lado de alguém que me amasse de verdade – gritei descontrolada.

- Como assim você sustentou a Bella – perguntou Rennee indignada – Eu sempre mandei dinheiro para o sustento dela e abri mão da minha parte na herança de minha mãe em beneficio de Isabella.

- Aquilo era o mínimo que eu merecia por ter que aturar a filha de outro homem na minha casa – declarou Charlie sarcástico – a miséria que você manda todo mês mal dá pra pagar o que ela come.

- Seu desgraçado você roubou a minha filha – gritou Rennee partindo pra cima dele, mas antes que ela o agredisse Edward se interpôs entre os dois.

- Esse não é o momento para isso – disse ele muito sério – resolvam isso depois.

Edward virou-se em minha direção.

“Você está bem?” – perguntou preocupado.

“Estou, mas quero sair daqui estou sufocando aqui dentro” – respondi.

- Vou levar Bella pra minha casa – disse Edward – Você não é o pai dela então não tem autoridade para me impedir.

- Por lei eu sou responsável por ela – teimou Charlie – ela vai ficar aqui, e vou ensinar essa menina a não me fazer passar vergonha na frente de toda a cidade.

Vi Edward encará-lo e então ele mudou de idéia rapidamente.

 - Pensando bem é melhor que ela vá mesmo – disse ele frio.

Eu não via a hora de sair dali.

Meu Deus meus pais são dois monstros egoístas. Nunca em momento algum pensaram nos meus sentimentos. Era como se eu não existisse.

“Não ligue pra eles meu amor” – pediu Edward cheio de preocupação. – “São eles que estão perdendo uma filha maravilhosa”

“Ah Edward ainda bem que encontrei você” – falei me aconchegando em seus braços.

- Vamos Bella – disse Edward para todos ouvirem. – Vamos para casa.

- Vamos Edward eu estou cansada – falei sentindo todo meu corpo pesado de repente.

- Filha eu quero que venha morar comigo – disse Rennee insegura.

- Eu não quero sair de Forks – falei me apoiando em Edward – E muito menos para morar com você.

- Bella você é menor – lembrou insistente.

- Se você realmente quer fazer algo por mim deixe-me ficar com os Cullen – falei decidida – eles são a minha família, ou melhor, são a única família que conheci e me aceitam pelo que sou e não pelo que posso beneficiá-los. – afirmei firme.

- Meu pai pode providenciar os papeis de tutela – disse Edward de maneira firme e soube que ele estava manipulando a mente dela – Você não precisa se preocupar com nada.

- Está bem eu concordo – disse Rennee resignada. – Mas gostaria muito de conversar com você antes de partir Bella.

- Ok eu vejo você amanhã depois do colégio – falei sabendo que ela só podia ficar em um lugar em Forks afinal não havia hotéis na cidade apenas a pensão do Sr. Mallory.

- Estarei te esperando na pensão – disse ela confirmando meus pensamentos.

Assenti e me virei para sair com Edward quando fui barrada por Leah.

- Isso não vai ficar assim Isabella – ameaçou ela – eu vou acabar com você. Uma hora ou outra você vai estar sozinha e aí me aguarde.

- Vai catar suas pulgas Leah – falei me irritando com ela. – Melhor você pensar no filhote e me deixar em paz.

- Sua pata esta melhor Leah – perguntou Edward baixinho para os outros não ouvirem, mas nem precisava, pois Charlie e Rennee discutiam o fato dele ter se apropriado da minha herança. – Não ameace a minha mulher ou na próxima vez pode ser que eu quebre um pouco mais acima.

Jacob se aproximou raivoso, mas antes que pudesse fazer qualquer coisa Edward o deteve.

- Vai repetir a dose Jacob – perguntou Edward sarcástico. – Quanto tempo ficou desacordado? Hum mais de doze horas é pouco perto do que posso fazer se me derem motivo, e esteja certo que eu já tenho motivo. – Edward disse tudo isso com um sorriso no rosto que confesso me assustou, nunca o vi tão ameaçador, quem visse de fora acharia que ele estava tendo uma conversa bem amigável.

- Ainda vou encontrar seu ponto fraco Cullen – ameaçou Jacob.

- Tente, eu tenho quase duzentos anos e não encontrei ainda – ironizou Edward – fique a vontade para tentar.

Dizendo isso Edward simplesmente tirou Jacob do caminho com o braço e saímos da casa.

- Desculpe se te assustei meu amor – desculpou-se ele ao entrar no carro.

- Você não vai fazer nada contra a Leah não é? – perguntei, ele não seria tão cruel afinal ela esta grávida.

- Bella se ela fizer algo contra você eu não pensarei duas vezes – afirmou ela duro – Não sou eu quem tem que cuidar do filho dela, se ela não tem amor pela sua cria eu que não vou ter.

- Ai Edward isso soa tão cruel – falei me arrepiando.

- Se fosse você no lugar dela o que faria? – perguntou ele. – Tenho certeza que pensaria primeiro no seu filho.

- Sim você tem razão – concordei e só então vi que já estávamos na casa dele.

- Nossa casa – corrigiu ele.

- Obrigada por estar ao meu lado Edward – falei com um suspiro cansado.

- Você nunca mais estará sozinha Bella – prometeu ele acariciando meu rosto.

- Vamos entrar quero tomar um banho – falei com falso animo – e comer alguma coisa estou louca de fome.

Ao entrarmos nos deparamos com Esme e Rosalie.

- Bella ouvi você dizer que esta com fome – disse Esme com um sorriso carinhoso.

- Estou faminta mãe – falei sentindo um prazer enorme em chamá-la assim – mas tomarei um banho primeiro.

- Está bem minha querida quando descer já estará tudo pronto – disse ela indo para a cozinha.

Tomei meu banho tentando evitar pensar em tudo que aconteceu hoje, mas foi difícil.

Não é fácil saber que o homem que você pensa que é seu pai na verdade é seu... primo? É acho que é isso. E que ele só usou você para se aproximar da sua mãe é pior ainda, e uma mãe que culpa a filha recém nascida por todos os seus problemas ela só faltou dizer que me culpa pela morte do meu pai biológico. Pelo menos ela tentou garantir uma boa vida para mim, pois o dinheiro que Charlie desviou era uma quantia razoável.

Mas eu não queria dinheiro, eu daria tudo que tenho por um abraço sincero e carinho da minha mãe, mas isso eu nunca vou ter.

Mesmo agora que ela diz ter se arrependido de tudo que me fez, não há sinceridade em seu gesto, é apenas culpa e remorso, nada de amor e carinho.

De Charlie eu jamais pensaria que ele fosse capaz de fingir tão bem que me amava, merece ganhar um Oscar de melhor ator, pois até minha mãe com toda sua frieza acreditou que ele me amava.

Céus minha cabeça parece que vai explodir. 

Sai do banho e estava me vestindo quando Edward entrou no closet e ficou me olhando com olhos cheios de desejo.

- Você é tão linda – disse ele com voz rouca me abraçando por trás e me beijando o pescoço. – Tão cheirosa, tão macia, eu te quero tanto – falou pressionando seu corpo excitado contra o meu.

- Ah Edward não faz assim – gemi ficando toda molhada.

Edward me virou de frente para ele e levantou meu corpo para que eu ficasse de sua altura e tomou minha boca com paixão, enlacei seu pescoço embrenhando minhas mãos em seus cabelos aprofundando ainda mais o beijo.

É disso que eu preciso para esquecer toda essa loucura que se transformou a minha vida.

Edward me levou para o quarto sem parar de me beijar me colocou gentilmente sobre a cama e rapidamente tirou a roupa e voltou para junto do mim.

Nos tocamos de forma alucinada como se fosse a ultima vez. Meu corpo com certeza ficaria todo roxo no dia seguinte, mas valeria a pena com certeza

- Me desculpe não quero machucá-la – disse ele abrandando o toque em meu corpo.

- Não, por favor – estava bom demais e não queria que ele parasse – continue Edward eu te quero demais.

- Ah Bella assim você me deixa louco – sussurrou ele em meu ouvido me arrepiando toda sem aguentar esperar mais ele me penetrou e todo meu corpo estremeceu de prazer.

Edward se moveu lentamente enquanto meu corpo se ajustava ao seu tamanho fora do normal. Ele é tão grande e me preenche de um jeito enlouquecedor.

- E você gosta assim – perguntou ele em meu ouvido me fazendo revirar os olhos.

- Ah gosto, gosto muito – respondi rebolando os quadris e ouvindo-o gemer.

Edward intensificou os movimentos num vai e vem firme e rápido que me levou ao êxtase rapidamente e quando percebi que iria gozar lhe pedi que me mordesse.

“Me morda Edward, por favor” – pedi em pensamento – “Eu quero alcançar as estrelas com você”.

“Então goza comigo amor” – respondeu ele em minha mente aumentando os movimentos me levando ao êxtase e logo em seguida me mordeu sugando meu sangue, meu corpo convulsionou em orgasmos múltiplos e perdi o fôlego.

Edward conectou nossas mentes e tivemos uma experiência incrível partilhando nosso prazer.

- Edward – gemi sentindo todo meu corpo estremecer, o prazer intenso me dominou e então tudo se apagou.

- Bella acorde meu amor – pedia Edward com desespero – volta pra mim Bella. – Tentei abrir meus olhos, mas estava difícil. – Melhor levá-la para o hospital Carlisle.

- Calma Edward, vamos esperar a Alice já disse que ela está acordando. – falou Carlisle tentando acalmar Edward.

Com muito sacrifício consegui abrir meus olhos e vi todos ali no quarto ao meu redor.

- Eu desmaiei de novo? – perguntei assim que vi o olhar preocupado de Edward.

- Desmaiou e a culpa foi minha – disse ele angustiado. – Não devia ter sugado seu sangue – comentou cheio de remorso. – Vou levá-la ao hospital para fazer exames – disse Edward segurando minha mão – acha que já está bem para irmos a cidade?

- Estou bem Edward e não precisa de hospital nenhum – falei tentando acalmá-lo, eu detesto hospitais. – foi só o stress e a fome que derrubaram minha pressão tenho certeza.

- Melhor fazer alguns exames – insistiu ele.

- Só preciso de um belo filé mal passado – falei sentindo a boca salivar.

“Você não come carne mal passada” – falou Edward em minha mente.

“Mas hoje eu quero um filé mal passado” – respondi birrenta.

- Vou preparar agora mesmo – disse Esme já saindo pela porta.

- Hã hã! Eu preciso falar com a Bella a sós – disse Alice com ar preocupado. – Vocês podiam ir caçar ou dar uma volta um pouco mais longe de casa.

- Não vou sair daqui Alice – disse Edward emburrado, com certeza ela o bloqueou, queria tanto aprender a fazer isso.

- Ah você vai sim Edward e eu saberei se você estiver ouvindo – avisou ela, os dois são tão autoritários que eu não sei como conseguem viver em harmonia dentro daquela casa.

- Cadê a harmonia – debochou do meu pensamento.

- Anda logo Edward – ordenou ela empurrando ele para fora, mas antes de sair ele voltou até a cama e me deu um beijo suave, mas cheio de amor.

- Certeza que está melhor? – perguntou ele.

- Estou bem Edward juro – respondi sincera, o mal estar havia passado ficando somente a fome.

- Carlisle você pode ficar – disse Alice e Edward olhou para ela furioso, mas saiu. Esme entrou com minha refeição e tornou a sair. Praticamente ataquei o filé que estava bem mal passado, Alice me olhava com um sorriso estranho enquanto esperava.

Alice esperou cerca de dois ou três minutos e só então se sentou ao meu lado.

            - O que foi que você viu Alice – perguntou Carlisle sem rodeios.

- Bella você está passando mal porque esta grávida – disse ela e tudo que consegui fazer foi arregalar os olhos e por um instante achei que o filé não pararia no meu estomago.

- Alice você tem certeza? – indagou Carlisle tão chocado quanto eu.

- Tenho e para tirar a prova eu comprei uns testes – dizendo isso ela abriu sua bolsa enorme e tirou de lá de dentro vários testes.

Fiquei olhando aquilo sem conseguir acreditar, mas como duvidar de Alice.

- Vamos Bella eu te ajudo a ir ao banheiro. – ofereceu me ajudando a vestir um roupão enquanto Carlisle levava a bandeja para o outro lado do quarto para me dar privacidade.

Alice praticamente me carregou até o banheiro, pois minhas pernas não me sustentavam e me ajudou com os testes. Ela insistiu em que fizesse mais de um para ter a contra prova, esperei alguns minutos sentada na borda da banheira, não arriscava a ficar em pé.

POSITIVO!! Era isso que indicava aquelas faixinhas coloridas em todos os testes.

Grávida! Estou grávida! Nunca imaginei que vampiros pudessem ter filhos afinal eles estão teoricamente mortos. Edward devia ter se prevenido ou me avisado para tomar pílula, mas outra coisa que agora me chama a atenção é que faz apenas poucos dias que nós fizemos amor pela primeira vez, acontece assim tão rápido?

Alice dessa vez me levou no colo para a cama, pois eu não me sustentava.

- Bella você esta bem? – perguntou Carlisle preocupado – Sente alguma tontura ou enjôo?

- Fui irresponsável – falei e me lembrei do que minha mãe me disse e percebi que cometi o mesmo erro que ela. Não! Erro não, meu filho jamais seria um erro, jamais vou tratá-lo assim. Ele será muito amado e bem cuidado, afinal representa o amor que Edward e eu sentimos. – Será que Edward vai me culpar? – perguntei insegura.

- Ela está em choque Carlisle – ouvi Alice falar.

- Eu estou bem – afirmei mais segura. – Foi só a surpresa da noticia. Nunca pensei que vampiros tivessem filhos.

- E não temos Bella – disse Carlisle me espantando – Nunca em meus quase quinhentos anos soube de um vampiro que tivesse engravidado uma humana. Mas também é normal afinal não é costume deixar as humanas vivas depois do ato sexual.

- Alice, Edward vai ficar bravo comigo? – perguntei preocupada com uma possível rejeição.

- Bella Edward vai ficar muito feliz – garantiu com um sorriso – fique tranquila. Todos ficarão felizes afinal agora seremos tios.

- E eu serei avô – disse Carlisle surpreso – AVÔ! Deus! Nunca imaginei isso, um neto, Esme vai ficar radiante. – disse ele encantado com a ideia, mas então sua expressão mudou – Agora realmente teremos que fazer alguns exames. Vou providenciar alguns aparelhos médicos e farei tudo aqui em casa mesmo, pois tenho certeza que essa gravidez não será uma gravidez normal, afinal o pai é um vampiro.

- Acha que meu bebê corre algum risco – perguntei assustada.

- Não Bella, fique calma – pediu ele pegando minha mão entre as suas. – Nunca vi nada assim antes, mas tenho certeza que dará tudo certo.

Alice estava ao celular falando com alguém.

- Bella eu chamei Edward – avisou-me sorrindo – Vai ser uma surpresa e tanto para o nosso vampiro mal humorado. Vamos caçar e deixar vocês a sós ok.

- Não Alice, por favor, fiquem – pedi insegura e se Edward se enfurecesse.

- Ok Bella nós ficaremos lá embaixo – garantiu Carlisle percebendo minha tensão. – Mas ele ficará maravilhado, ele não é tão mal quanto gosta de parecer – afirmou ele com um sorriso feliz – e fique certa que lhe daremos todo apoio que precisar, você é da família agora e nós cuidamos uns dos outros.

- Obrigada... pai! – era assim que iria chamá-lo a partir de agora, pois eles seriam meus pais. – você se importa de ser meu pai? – perguntei receosa de tê-lo ofendido.

- Nada me faria mais feliz do que ser seu pai – falou ele me abraçando – ou melhor uma coisa me fará mais feliz, quando esse bebê nascer e me chamar de vovô – comentou alegre.

- Edward está chegando – disse Alice indo para a porta – Vai dar tudo certo – afirmou ela confiante. – Pense em uma música ou uma pessoa que ele não saberá antes da hora.

Tentei me concentrar em uma música qualquer, mas praticamente impossível, nunca senti tanta falta das drogas como sinto agora.

- Bella porque está querendo drogas – disse ele entrando com tudo no quarto e quase me matando de susto.

- Ah Edward quer me matar do coração? – perguntei levando minha mão ao peito.

- O que Alice disse que te deixou tão ansiosa? – ele está tão nervoso que nem sei como falar. – Bella eu não estou nervoso me diga o que está acontecendo – pediu ele cada vez mais nervoso.

“Ai como eu queria que ele não lesse meus pensamentos” – pensei e tentando me acalmar respirei fundo uma duas três vezes.

- Bella me diz o que está acontecendo já está me deixando preocupado. – pediu ele se sentando ao meu lado na cama e pegando minha mão.

“Estou grávida” – era mais fácil assim.

- Bella me diz o que é? – pediu novamente me encarando e estranhei isso. – O que aconteceu de repente sua mente voltou a ser um vazio pra mim.

“Ele não está lendo minha mente, mas como?” – pensei e de certa forma foi um alivio, mas agora terei de falar em voz alta e isso não é tão fácil.

- Edward eu... eu estou GRÁVIDA! – falei rapidamente e olhei para seu rosto seus olhos que agora estavam de um tom esmaecido de vermelho brilharam e ele ficou me encarando com uma expressão estranha no rosto.

Ai meu Deus ele não gostou, será que vai me rejeitar? Será que vai pedir pra eu tirar o bebê? Se fizer isso eu nunca mais olho na cara dele.

Diz alguma coisa Edward, por favor.

Edward

O prazer que senti ao fazer amor com Bella foi incrível a maneira que compartilhamos nosso orgasmo foi intensa e me fez gozar ao ponto de pensar que morreria de tanto prazer. Infelizmente não pude aproveitar muito esse momento, pois quando ela desmaiou fiquei desesperado, afinal alguma coisa estava errada.

Eu não havia sugado tanto sangue assim ao ponto de provocar um desmaio e isso já estava ficando constante.

Carlisle chegou logo em seguida seguido de Alice que estava visivelmente preocupada, mas também me escondia algo.

Bella acordou e garantiu estar melhor e mesmo eu insistindo em levá-la ao hospital ela não concordou, alegou que foi por causa do stress e da fome e o mais surpreendente pediu um filé mal passado e ela detesta carne mal passada.

Quando Alice me pediu para sair porque queria falar com Bella a sós, fiquei com medo de Bella estar gravemente doente. Mas se for isso eu a transformarei mesmo contra minha vontade, pois não vou suportar perdê-la não agora e acho que nunca vou conseguir ficar sem ela.

Bella entrou no meu coração morto e me trouxe vida. Não vou conseguir viver sem tê-la ao meu lado e como não posso morrer não me resta alternativa. Se for esse o caso eu a transformo hoje mesmo.

Acabei caçando com meus irmãos e minha ansiedade era tanta que em menos de dez minutos já havia três animais mortos.

Eles me olhavam preocupados e por mais que Jasper me enviasse ondas de calma eu não conseguia me acalmar. Se eu fosse humano estaria perto de ter um AVC.

Quando meu celular tocou atendi no primeiro toque e Alice me disse para voltar e que apenas eu fosse para casa agora. Antes que ela terminasse de falar eu já corria de volta para casa e avisei aos outros mentalmente que esperassem.

Pude ver que a preocupação aumentou em suas mentes principalmente Esme que parecia tão aflita quanto eu.

Ao chegar em casa vi Alice e Carlisle na sala eles me bloqueavam e Bella pensou em uma música, tinha dedo da Alice com certeza, mas logo em seguida ela desejou ter drogas e isso me alarmou ainda mais, entrei com tudo em seu quarto.

- Bella porque está querendo drogas – perguntei e vi que ela teve um sobressalto e levou a mão ao peito.

- Ah Edward quer me matar do coração? – respondeu assustada.

- O que Alice disse que te deixou tão ansiosa? – perguntei e vi em seus pensamentos que ela me achou muito nervoso. – Bella eu não estou nervoso me diga o que esta acontecendo – indaguei preocupado.

“Ai como eu queria que ele não lesse meus pensamentos” – pensou ela respirando varias vezes para se acalmar.

- Bella me diz o que esta acontecendo já está me deixando preocupado. – perguntei novamente e me sentei ao seu lado na cama pegando sua mão.

Ela me encarou como se pensasse qual melhor forma de dizer.

- Bella me diz o que é? – pedi outra vez e ela me olhou espantada, só então percebi que sua mente era um buraco negro. – O que aconteceu? De repente sua mente voltou a ser um vazio para mim.

Ela arregalou os olhos e respirou profundamente.

- Edward eu... eu estou GRÁVIDA! – falou tão rápido que se eu não fosse um vampiro não teria entendido que ela está grávida.

GRÁVIDA! Como grávida? Fiquei olhando para ela estarrecido, sem conseguir pensar direito, ou melhor, minha mente estava vazia. Não sei quanto tempo fiquei assim, mas ouvi Bella gritar por Carlisle.

- Carlisle! – chamou ela. – ele está paralisado!

- Edward fale comigo – pediu ele mexendo em meu braço – filho o que está sentindo?

- GRÁVIDA! – falei sem desgrudar os olhos de Bella que estava pálida mordendo os lábios. – eu vou ser... PAI! – falei a ultima palavra rindo e de repente comecei a gargalhar, era incontrolável. Tive uma leve noção de ouvir Alice ligando para Jasper e pedir que viessem rápido.

Eles já deviam estar próximos, pois chegaram muito rápido ou eu perdi completamente a noção de tempo, pois ainda ria descontroladamente.

- Jasper faz alguma coisa ele está descontrolado – pediu Alice e eu ri ainda mais.

Tive consciência de seus pensamentos preocupados, mas apenas isso. Então senti uma calmaria me dominar e aos poucos fui parando de rir e então as coisas foram clareando em minha mente.

- Eu vou ser pai! – gritei para eles e então vi Bella toda temerosa e então percebi que ela estava com medo da minha reação. – Ah meu amor eu nem sei o que dizer. Eu te amo tanto Bella, nós vamos ter um filho – falei lhe beijando os lábios e senti suas lagrimas.

- Eu tive medo que você não quisesse – disse ela com a voz abafada pelos meus beijos.

- Meu amor como pode pensar isso – perguntei lhe pegando no colo e aninhando-a contra meu peito.

- Eu não sei, mas é que – não deixei que ela concluísse.

- Shiii! Não diga nada – falei lhe beijando os cabelos – Eu te amo Bella e ter um filho com você é algo maravilhoso. Eu nunca imaginei que pudesse ter um filho.

Olhei para minha família e vi que minha mãe e irmãs choravam um choro sem lágrimas, mas um choro de alegria.

- Carlisle como é possível? – perguntei me dando conta de que isso nunca foi visto.

- Não sei Edward, mas aconteceu – disse ele com um sorriso, mas em sua mente ele estava preocupado com Bella. – Precisamos acompanhar essa gravidez com muito cuidado, afinal nunca houve uma humana grávida de um vampiro.

“Bella corre algum risco?” – perguntei em sua mente.

“Edward mesmo em uma gravidez normal existem riscos, ainda mais para uma adolescente” – respondeu ele o que me deixou apreensivo.

- Parabéns meus filhos – disse Esme vindo nos abraçar logo em seguida vieram meus irmãos. – Eu nem acredito que serei AVÓ! – falou me vibrando de alegria.

- Tomara que seja uma linda garotinha – disse Alice toda feliz já imaginado orgias de compras.

- Cara você tem uma pontaria hein! Logo de primeira embuchou a Bellinha – disse Emmett rindo e me imaginando trocando fraldas.

“Mal posso esperar pra ver isso!” – Pensou ele rindo ainda mais ao pensar na fralda toda suja.

- Emmett vai plantar batatas – falei exasperado com suas idiotices.

Nunca imaginei vivenciar uma experiência dessas, ser pai! Nunca me vi nem como pai adotivo de alguém muito menos com um filho biológico.

- Bella você está bem? – perguntei aflito, pois ela passou por tanto stress hoje – Meu Deus eu podia ter lhe causado um aborto entrando daquele jeito aqui e te assustando daquela maneira. – falei cheio de remorso, depositei-a na cama e me levantei.

- Estou bem Edward – assegurou ela então a ficha caiu e tive vontade de me esquartejar.

- Meu Deus eu fiz amor com você como um bruto e ainda suguei seu sangue – comentei e vi Bella corar violentamente e então percebi os sorrisos idiotas dos meus irmãos, mas ignorei isso, estou mais preocupado com a saúde dela e do meu filho.

- Eu tentei ligar – disse Alice emburrada, pois já previu que vou brigar com ela – mas você estava com o celular desligado – concluiu ela se defendendo.

“Você não podia ter me escondido isso” – gritei em sua mente e a vi se retrair.

- Carlisle ela também desmaiou na casa do Charlie e passou por stress muito forte. – expliquei ao meu pai que me olhava com cara de bobo e isso me deixou ainda mais nervoso. – E eu posso tê-la machucado de alguma forma – falei sentindo uma raiva de mim mesmo que minha vontade era me esmurrar.

- Edward ela está bem – afirmou ele seguro. – Vou providenciar alguns aparelhos e farei uns exames o mais rápido possível.

- Jasper você vai comprar esses aparelhos agora mesmo – ordenei ansioso – e traga o que há de melhor.

- Edward já é quase noite onde Jasper vai encontrar esses aparelhos? – perguntou Bella.

- Bella, Jasper sabe o que fazer não se preocupe – falei de maneira carinhosa com ela e em seguida olhei para Jasper que ainda estava ali me olhando como um idiota.

“Anda logo paspalho” – gritei em sua mente e ele me olhou irritado.

“Só não vou revidar porque você esta em choque com a noticia” – afirmou ele rindo e saindo do quarto.

Em choque eu estou quase surtando de felicidade e de preocupação ao mesmo tempo.

Meu Deus o que vai ser da Bella e se alguma coisa acontecer com ela, um bebê vampiro isso nunca foi visto antes.

Ela é tão frágil, tão delicada, tão pequena, como vai ser essa gestação e se algo der errado. São tantas as possibilidades, mas de uma coisa eu tenho certeza sem ela eu não fico agora mais do que nunca vou protegê-la e defendê-la de tudo e todos até dela mesma. Não gostei do fato dela ainda desejar drogas em momentos de tensão e preciso cuidar para que não volte usar essas porcarias.

E porque não leio sua mente o que aconteceu? Como será esse bebê? Será que ela está realmente bem? Será que não prejudiquei a gravidez com minha impetuosidade?

São tantas perguntas que estão me deixando louco. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!!!Comentem muito por favor!!!!!!Bjssssssssssssssssssssss