REVELAÇÕES!

Capitulo 16

Edward

A cabeça da minha família fervilhava de perguntas e ainda havia os pensamentos de Bella se recriminando por ter feito aquela deliciosa loucura na sala de aula isso somado aos pensamentos dos Quileutes que não entendiam o porquê daquele cheiro ser tão apelativo para eles, mas até eu não estava entendendo nada, mais os pensamentos de parte dos alunos que agora comentavam sobre o que Mike viu na sala estavam me deixando com dor de cabeça, e vampiros não sentem dor, então a coisa devia ser grave mesmo.

Estava me decidindo entre ir embora ou pedir que todos parassem de pensar quando Bella se levantou e se colocou atrás de mim e se pôs a massagear minhas têmporas aquilo me deixou aturdido a principio, mas foi tão relaxante que a pressão em minha cabeça diminuiu e eu consegui me livrar de todos aqueles pensamentos que me atordoavam.

Só tinha consciência das mãos quentes e delicadas me tocando com extremo carinho, não consegui conter um suspiro de puro alivio. Deitei minha cabeça para trás e relaxei me apoiando em seu corpo quente e reconfortante, parecia que nada mais existia e a caricia era tão prazerosa tão calmante que se eu pudesse teria dormido.

- Melhor Edward – perguntou Bella preocupada.

- Muito melhor meu amor – respondi – como sabe que eu estava mal – perguntei.

- Não sei eu só senti que precisava fazer isso – respondeu ela se sentando ao meu lado.

Dei-lhe um beijo rápido e ela corou lindamente.

- Pare Edward – pediu Jasper sentindo minhas emoções.

- Desculpe Jasper, mas é difícil controlar – me desculpei percebendo todo seu incomodo alem de que por alguma razão o cheiro de Bella estava afetando a todos os machos e não somente a mim.

Tão logo terminaram as aulas fomos para casa não queria ficar mais tempo no colégio que o necessário, não com Bella exercendo esse fascínio em todos os machos com olfato sensível o bastante para sentir seu cheiro diferente.

Como prometido Esme preparou um almoço especial para Bella que comeu com gosto o que deixou minha mãe muito feliz.

Depois fomos para o quarto, pois ela disse estar cansada, mas seu pensamento estava longe de ser puro.

Nos amamos a tarde toda e sinceramente não dei a mínima para o falto de minha família estar ali ouvindo tudo foi até interessante saber que ouviam tudo agora eles sabem como eu me sinto quando eles estão fazendo festinha em seus quartos.

Bella estava cada vez mais desinibida e isso só deixou as coisas ainda melhores. Essa mulher me enlouquece eu perco completamente o rumo quando estou com ela.

 Na hora do jantar ela não quis descer disse que não estava com fome, Esme não gostou muito, mas não insistiu.

- Bella amor você não esta cansada – perguntei preocupado afinal nem sei mais quantas vezes fizemos amor hoje.

- Por que Edward você se cansou – indagou ela sem noção do que falava.

Imediatamente ouvi duas estrondosas gargalhadas no andar de baixo.

-“Maninho não esta dando conta da Bellinha” – perguntou Emmett baixinho e todos na sala riram – “Quer que Esme te faça uma gemada?” – continuou ele sem noção do perigo que corria.

“Emmett amanhã você vai vestido de mulher para o colégio” – ordenei usando meu dom.

“Edward desfaça essa ordem ou eu conto tudo para a Bella” – ameaçou Alice em pensamento e assim que decidiu isso teve uma visão de Bella muito irritada comigo e sem me dirigir uma palavra.

“Isso não vai ficar assim não tampinha” – avisei desfazendo a ordem na cabeça oca de Emmett.

“Estou morrendo de medo Eddie” – desafiou ela.

- O que foi Edward – perguntou Bella percebendo que eu “falava” com alguém.

- Não foi nada Bella – respondi – apenas meus irmãos testando minha paciência. Você meu amor vai tomar um banho bem relaxante e dormir não quero você reclamando de dores amanhã. – falei decidido.

- Eu nunca reclamei – defendeu-se.

- Não verbalmente, mas em seus pensamentos se lamentou muito. – lembrei-a.

- Ok Edward mandão Cullen. – resmungou ela e meus irmãos riram mais uma vez.

Preciso de uma casa só pra mim, isso não pode continuar desse jeito.

Depois de lhe ajudar com o banho fiquei ao seu lado até que adormeceu, então me levantei e desci.

- Carlisle você sabe alguma coisa sobre esse cheiro da Bella – perguntei e vi em sua mente que ele também não estava entendendo nada.

- Nunca vi isso antes Edward – respondeu ele confuso. – Vou pesquisar pra ver se descubro alguma coisa, mas não garanto nada.

- Ok, pai – assenti – Vou sair para caçar podem cuidar dela pra mim? – pedi aos meus pais.

- Claro filho – concordou Esme feliz por ter um bebê em casa, pois era assim que ela via a Bella por causa de sua fragilidade.

- Vou com você maninho – disse Emmett se levantando.

- Emmett eu vou para Seattle e não pra floresta – avisei afinal eu preciso de sangue humano e não de um bicho fedorento.

Vi na mente de todos a decepção por minha preferência, pois julgavam que agora que estou com Bella mudaria minha dieta.

Assim que cheguei a Seattle procurei minha vitima, por ser uma noite fria havia poucas pessoas na rua.

Após alguns minutos procurando encontrei uma prostituta parada próximo a um beco, bonita de cabelos castanhos e pele clara.

“Porra hoje não vou faturar nada” – pensou ela olhando pela rua praticamente deserta.

Me aproximei lentamente mas deixando que ela me visse.

- Oi gatinho quer se divertir um pouquinho – perguntou ela se insinuando para mim.

- É acho que seria interessante – respondi e ela me pegou pela mão me levando para dentro do beco.

- Tem um quartinho aqui pra gente ficar mais a vontade – explicou ela indo em direção a uma porta nos fundos do beco.

 Entramos no cubículo que ela chamava de quarto ela se pôs a tirar a roupa fiquei olhando e não sei por que, mas dessa vez não senti nada, seu corpo apesar de bonito não me despertou interesse e isso era estranho, pois sempre que sentia sede minha libido ficava a flor da pele.

Agora olhando para essa mulher só consigo pensar em Bella sozinha em minha cama e no quanto é errado o que estou fazendo.

Eu não preciso de outra mulher, eu não quero outra mulher!

“Será que ele é desses que gosta de sadomasoquismo” – pensou ela preocupada – “Melhor avisar que não faço esse tipo de programa”

Antes que ela falasse alguma coisa eu a peguei pelos ombros e inclinei sua cabeça liberando seu pescoço onde sua jugular pulsava cravei meus destes ali e ela nem teve como reagir. Suguei seu sangue e parei na mesma hora, só conseguia pensar em Bella e no sabor delicioso de seu sangue, nunca em toda minha existência senti um gosto tão ruim em minha boca.

“Meu deus o que é isso, o que é esse monstro” – pensava ela com a cabeça confusa, começou a se debater tentando se soltar.

- Me solta! Socorro! – gritou ela e imediatamente eu a silenciei.

“Você vai esquecer tudo que houve aqui dentro” – ordenei em sua mente – “ você fez um programa com um playboy e ganhou seu dinheiro” – continuei lhe alterando a memória – “Vai para casa esta muito frio ignore as marcas em seu pescoço foi um bicho que lhe mordeu”.

Joguei dinheiro em cima da cama, o equivalente a uma semana de programa e fui embora.

Porra o que houve comigo! Corri durante alguns minutos até que avistei um sujeito escondido atrás de um muro.

“Com esse frio não vou vender nada, mas que inferno” – pensou o traficante.

Me aproximei sorrateiramente e lhe agarrei com força cravando meus dentes em seu pescoço e sangue quente e grosso desceu por minha garganta, mas o sabor era tão ruim quanto o da mulher. Dessa vez fui até o fim não permiti que ele sobrevivesse. A sociedade não sentiria falta daquele crápula.

Droga esta pior do que sangue de animais, o que esta acontecendo? Assim vou morrer de sede. Não posso ficar ao lado da Bella com sede.

Voltei para Forks e no caminho me embrenhei na mata e cacei um leão da montanha e uma corsa e como eu pensei o sabor estava bem melhor.

Era só o que me faltava intolerância a sangue humano. Alice e Carlisle vão dar pulos de alegria.

Retomei meu caminho e estava a alguns quilômetros de casa quando senti a presença dos vira-latas.

“Ora o que temos aqui” – debochou Paul. – “Vamos brincar um pouco pessoal”.

- Eu não quero machucar vocês – avisei me colocando em posição de defesa.

“Mas nós queremos machucar você” – respondeu Jacob.

- Depois não digam que não avisei – falei me preparando para o ataque.

Eles estavam em cinco e dificilmente eu conseguiria lutar com tantos assim. Seria inevitável que eles me fizessem em pedaços.

Posso até perder, mas vou levar alguém comigo, não vou ser bonzinho dessa vez.

Seus pensamentos eram um só atacar ao mesmo tempo, assim seria difícil me defender, mas não impossível.

Eles partiram para cima de mim e consegui me safar dos dois primeiros que vieram pela frente, acertei um soco na cabeça de um deles e senti os ossos da mandíbula se quebrarem, o outro passou raspando os dentes em meu braço esquerdo, mas consegui me desviar, só não fui rápido o bastante para evitar o ataque dos outros três que vieram pelas costas um deles cravou os dentes em minha perna me desequilibrando enquanto os outros agarraram meu braços, apenas com uma perna livre ficava difícil me defender, mas mesmo assim ainda consegui desferir um poderoso chute em Leah e ouvi seus ossos quebrarem e senti imenso prazer com isso.

Minha alegria durou pouco, pois no mesmo instante senti os dentes poderosos dos lobos rasgarem minha carne e sem qualquer piedade arrancaram meus braços.

- Ahhhhhhhh – gritei a dor era insuportável.

Ouvi minha família chegando, e tentei avisá-los para não se aproximarem mais, mas minha concentração acabou ao sentir minha perna ser dilacerada por Jacob.

- Desgraçado – gritei já sentindo o calor me dominar. Então como sempre acontece a luz envolveu meu corpo e tudo ao redor começou a morrer.

Vi quando eles correram me deixando ali o único problema foi que Jacob levou minha perna, mal sabe ele a idiotice que cometeu.

Tentei me concentrar e avisar meus irmãos, mas era impossível quando estou me curando perco completamente o controle de tudo. Espero que Alice veja e se afaste.

Meu braço rapidamente foi restabelecido, mas a perna...

Tentei mais uma vez me concentrar para ver onde estava Jacob, mas não consegui.

Eu podia ver a floresta morrendo uma área enorme já estava devastada Jacob com certeza não estava em melhores condições quanto mais tempo ele ficasse com minha perna mais energia ela sugaria dele. Pensando bem era até bom que ele fosse bem longe e ficasse o mais perto possível da minha perna assim eu me livraria de uma vez por todas desse vira-lata.

Minha cabeça divagava e eu perdi a noção de tempo, senti algo ser arremessado em mim e quando dei por mim vi minha perna se encaixar no lugar e vi de relance Emmett correndo para longe o mais depressa que conseguiu. Ele era o único que aguenta ficar alguns poucos segundos perto de mim quando eu estou em processo de cura, acho que devido a sua força descomunal ele resiste um pouco mais que o restante.

Droga eu gostava dessa roupa! Me levantei testando meus membros e estavam todos em ordem, olhei ao redor e fiquei chocado com o que vi acho que uma área de quase dois quilômetros havia sido devastada por mim. Vi vários animais mortos as plantas e arvores completamente secas.

Fui em direção a minha família e os encontrei ao lado do corpo de Jacob. Carlisle o examinava.

- Vocês estão bem? – perguntei antes de entrar na mente deles.

- Sim estamos – respondeu Emmett com um sorriso debochado – O vira lata que não esta muito bem não.

- Carlisle como ele esta? – perguntei por perguntar, pois não sentia a menor simpatia e no que dependesse de mim ele poderia estar morto. Miserável covarde!

- Ele esta desmaiado e suas funções vitais estão muito fracas – explicou Carlisle – se Emmett não o encontra e retira sua perna de perto do seu corpo ele estaria morto agora.

Olhei feio para Emmett que levantou os braços em sinal de desculpas.

“Foi mal maninho” – desculpo-se – “Mas que graça tem matar o cachorro de desnutrição” – comentou irônico.

Eu ri e recebi um olhar severo do meu pai e rapidamente me controlei.

Carlisle não suporta ver ninguém sofrer mesmo sendo um de seus piores inimigos.

- O que vai fazer com ele? – perguntei pois a mente de Carlisle estava totalmente fechada pra mim.

- Vou levá-lo para os Quileutes – afirmou ele e Alice não gostou e me mostrou o motivo.

- Não eu irei levá-lo até a fronteira – declarei firme, pois não queria que nada acontecesse ao meu pai.

- Não sei se é uma boa idéia Edward – disse ele me encarando.

- É o melhor a fazer – falei e olhei em direção a Alice que assentiu.

Peguei Jacob em meus braços e corri até a fronteira, assim que cheguei coloquei-o no chão e vasculhei em busca da mente de algum deles e encontrei Sam Uley o líder do bando.

“Seu filhote esta aqui na fronteira” – avisei mentalmente – “Dessa vez ele escapou, mas não vai ter uma próxima é meu ultimo aviso”.

“Eu não ordenei que fizessem isso” – informou ele irritado. – “Vou cuidar para que não se repita”.

“Venha buscá-lo ele precisa de cuidados” – avisei seco – “Por culpa desses idiotas uma grande área da floresta foi destruída” – comentei – “Logo a guarda florestal vai começar a investigar o que esta havendo e isso não será bom para ninguém”.

“Vou tomar providencias quanto a isso” – disse ele se aproximando.

Acho bom mesmo porque minha paciência acabou, não vou mais ser tolerante já estou de saco cheio desses vira latas sarnentos.

Fui embora deixando o vira lata para trás! Emmett podia ter demorado um pouquinho mais, mas tudo bem se ele demorasse mais uma área muito maior da floresta seria destruída e eu não quero isso, afinal chamaria atenção e não quero gente do governo perambulando pela floresta.

Ainda mais agora que vou ter que me alimentar de animais.

Será que o sangue desses lobos é bom? Se for igual ao cheiro é horrível! – pensei com uma gargalhada.

Voltei para casa e tomei um banho coloquei uma roupa confortável, apesar de não fazer diferença e me deitei ao lado da mulher que não sai do meu pensamento.

Quero só ver como vai ser no colégio daqui a pouco.

Bella

Acordei me sentindo estranha, um mal estar me dominava, meu estomago dava voltas e o simples fato de levantar a cabeça me deu tontura.

Vi Edward entrar com uma bandeja nas mãos e já ia reclamar do cheiro quando Alice entrou como um raio e tomou a bandeja das mãos dele e saiu novamente do quarto.

- Edward me ajuda – pedi sem conseguir me levantar. – Preciso ir ao banheiro.

Ele me tomou nos braços e me levou rapidamente me colocando no chão e só deu tempo de me ajoelhar em frente ao vaso sanitário, vomitei tudo que havia em meu estomago. Senti Edward ao meu lado segurando meus cabelos e apoiando meu corpo, pois eu não tinha forças para nada. Quando já não tinha mais o que vomitar Edward me pegou novamente no colo e me levou até a pia me ajudou a escovar os dentes e lavar o rosto e me pôs de volta na cama.

Me sentia exausta e imediatamente fui fechando meus olhos.

Acordei novamente com Carlisle ao meu lado, medindo minha pressão arterial e conversando com Edward. Alice estava toda sorridente ao lado deles e parecia esconder alguma coisa pos Edward olhava para ela de forma estranha.

- O que aconteceu? – perguntei meio que bocejando.

- Você passou mal Bella não se lembra? – falou Carlisle intrigado.

- Ah é mesmo me lembrei agora – respondi e então me dei conta de que precisava ir para o colégio. – Nossa que horas são estou atrasada.

- Melhor você não ri hoje – aconselhou Carlisle.

- Não eu tenho prova – falei me levantando – eu estou bem sério – assegurei indo ao closet me trocar.

- Meu amor é melhor descansar mais um pouco – disse Edward preocupado.

- Estou bem Edward é sério – confirmei mais uma vez – vamos já estamos atrasados.

“Estou ótimo juro” – pensei e era verdade não me sentia mal.

- Ok então vamos – disse ele e me pegou no colo.

- Edward eu posso andar – falei rindo do exagero dele.

- Melhor não se cansar – comentou ele descendo as escadas e indo para a garagem.

- Quero uma maça – pedi e imediatamente Alice me entregou a fruta.

É bom ter uma cunhada que vê o futuro. Comi a fruta e meu estomago agradeceu, pois estava um oco lá dentro.

Chegamos ao colégio todos já haviam entrado então Edward me pegou no colo e correu comigo em sua velocidade, paramos a poucos passos da porta da sala e entramos um instante depois do professor.

Estudamos normalmente até a hora do intervalo, não senti mais nenhum sintoma do mal que me acometeu de manhã, provavelmente foi alguma coisa que comi e não me fez bem. Almocei normalmente e notei que havia algo errado no refeitório.

Olhei ao redor e vi Leah com um braço apoiado e uma tipóia e notei a ausência de Jacob e de outro do bando que não sei o nome ao certo, mas acho é Jared.

Paul e Leah olhavam para Edward com fúria nos olhos e isso me deu até medo.

O que esta acontecendo? O que foi que eu perdi?

- Bella não se preocupe – pediu Edward lendo meus pensamentos.

- Quero saber o que esta me escondendo Edward – exigi vendo que ele não parava de encarar Leah.

- Droga Alice porque não me avisou – reclamou ele e fiquei mais confusa ainda. – Leah esta grávida – disse ele de cara fechada.

- Edward eu não sabia – defendeu-se Alice – Não fico vigiando esses vira latas. Tenho coisas mais importantes para ver – falou olhando em minha direção.

- Então vão me contar o que aconteceu ou terei que perguntar aos Quileutes – ameacei.

- Edward foi atacado pelo bando noite passada – disse Emmett e recebeu um olhar mortal de Edward. – Droga cara ela precisa saber.

- Você se feriu? – perguntei angustiada.

- Meu amor eu não morro esqueceu – disse ele, mas isso não quer dizer que não sofra ao se ferir. – Eu estou bem agora ok, fique calma.

- Quem não esta nada bem é o vira lata do Jacob Black – comentou Emmett e mais uma  vez recebeu um olhar reprovador de Edward.

- O que aconteceu quero saber – perguntei e Edward me contou sobre a emboscada dos Quileutes e sobre como Leah conseguiu o braço quebrado e também sobre o outro Quileute que teve o rosto quebrado e também sobre como Jacob tentou fugir levando sua perna e acabou em coma por causa do dom de recuperação de Edward.

Ao ouvir que Jacob arrancou a perna de Edward um enjôo me dominou e tive que respirar fundo para me controlar.

- Respira Bella – pediu Edward enquanto me abanava com um guardanapo – Eu não queria te contar isso você ainda não esta bem.

- Já passou Edward – falei me sentindo melhor. – Por Deus quando eles vão nos deixar em paz? – perguntei já sabendo a resposta. – Espera você disse que a Leah esta grávida?

- Sim Bella – disse ele com um suspiro – pelo que ouvi em sua mente ela descobriu alguns dias atrás, por isso não vieram ao colégio.

- Céus e você a atacou – comentei assustada – ela podia ter perdido o bebê.

- Eu não tive culpa – defendeu-se – eles me atacaram primeiro, mas confesso que senti remorso agora que soube de seu estado, mas ontem senti muito prazer em ouvir seus ossos se quebrando.

Olhei para Edward horrorizada sei que ele não é nenhum santo, mas não imaginava que sentisse prazer em ferir alguém.

- Não machuco ninguém de propósito – assegurou ele – mas também não vou permitir que me façam de idiota, nunca levei desaforo pra casa e não vai ser agora que começarei a fazer isso.

Assenti com um suspiro. Esse é o meu vampiro arrogante e prepotente falando, é bem diferente do Edward amoroso e carinhoso que só eu conheço.

- Só você consegue isso de mim – disse ele em meu ouvido sua voz rouca me causando um arrepio. – Seu cheiro esta diferente hoje – comentou ele beijando meu pescoço.

- Edward não faz assim – pedi sentindo todo meu corpo se agitar.

- Vocês dois não conseguem se controlar não – perguntou Jasper irritado.

Senti meu rosto corar na mesma hora.

- Jasper vai tirar as pulgas dos vira latas vai – respondeu Edward fazendo Emmett cair na gargalhada.

Alice e Rose só balançavam a cabeça de um lado para outro, mas Alice não parava de me encarar e eu já estava me sentindo incomodada com isso.

- Alice o que você esta escondendo – perguntou Edward mais uma vez lendo minha mente. – você esta encarando a Bella desde que chegamos e esta me bloqueando.

- Não estou escondendo nada – disse ela com um sorriso matreiro que desmentia sua resposta.

O sinal tocou e voltamos para a aula. 

Na saída estava indo em direção ao carro de Edward quando Charlie apareceu com uma expressão furiosa no rosto, pegou em meu braço e sem uma palavra se quer me arrastou em direção ao seu carro.

Edward se colocou na frente dele impedindo a passagem eu não podia ver seus olhos por causa dos óculos escuros, mas tenho certeza que estavam vermelhos como sangue.

- Solte ela agora – ordenou ele e vi Charlie sorrir ironicamente.

- Quem você pensa que é para me dar ordens garoto – perguntou ele irritado e empurrando Edward que não saiu do lugar.

- Mandei largar o braço dela – disse Edward suavemente e isso me assustou mais do que se ele tivesse gritado.

Senti os dedos de Charlie afrouxarem o aperto e ele finalmente soltou meu braço.

- Você vai para casa comigo – disse ele exasperado – Não quero meu nome jogado na lama.

- Do que você esta falando? – perguntei sem entender nada.

- Ah você não sabe – disse ele sarcástico. – Você é o assunto da cidade sua vagabunda.

Todos comentam que você foi pega transando com esse moleque na sala de aula. Até o diretor me ligou pedindo que eu compareça na escola.

Senti meu rosto empalidecer, olhei para Edward que estava sério ao meu lado.

- Você não tem mais nada haver com isso Charlie – disse Edward – você perdeu esse direito no momento em que expulsou Bella de sua casa.

- Acontece seu moleque irresponsável – gritou Charlie atraindo a atenção de todos no estacionamento – que Bella é menor e eu tenho que responder por ela enquanto ela não fizer dezoito anos. Agora entra nessa porra de carro que você vai pra casa comigo – disse ele me encarando com ódio.

Olhei mais uma vez para Edward e ele assentiu que eu entrasse e aquilo me doeu por dentro.

“Não posso fazer nada aqui tem muita gente olhando” – explicou ele em minha mente – “Vou seguindo vocês até a casa dele e depois dou um jeito de te tirara de lá ok”

“Não quero voltar pra lá Edward” – pensei desesperada.

“Você não vai voltar meu amor confia em mim” – assegurou ele e eu entrei na viatura de policia.

Assim que chegamos Charlie me levou para dentro e me empurrou no sofá, olhei estupefata ele tirar o cinto da calça e levantar em minha direção, fechei meus olhos esperando pelo golpe, mas esse não veio ao invés disso ouvi um barulho de algo se chocando contra a parede.

Abri meus olhos a tempo de ver Edward apertando Charlie contra a parede da sala o sinto em uma das mãos.

- Nunca mais levante um dedo contra ela ou eu te mato – ameaçou Edward apertando sua garganta até que Charlie começou a ficar com os lábios roxos.

- Edward solta ele – pedi tocando em seu braço – Você vai matá-lo assim. Solte-o Edward, por favor.

Edward percebeu a angustia em minha voz, pois apesar dele não me amar e só me maltratar ele é o meu pai e não quero vê-lo machucado ou morto.

Aos poucos Edward foi cedendo e por fim soltou o pescoço de Charlie que se deixou cair no chão tossindo muito.

- Bella veja se tem alguma coisa que queira levar do seu quarto – mandou Edward respirando fundo para se controlar – você nunca mais vai por os pés nessa casa.

- Ela é minha filha e menor eu tenho a tutela dela – disse Charlie com uma voz estranha devido ao sufocamento. – Ela não vai a lugar algum sem minha autorização. Essa vagabunda vai pra uma clinica de reabilitação, pois ela só pode estar cheia de drogas pra fazer o que fez e você vou dar parte contra você e sua família por estar incentivando ela a consumir essas porcarias.

- Isso é mentira – gritei lhe encarando – Nunca estive tão lúcida em toda minha vida. A família Cullen só tem me ajudado enquanto você só pisa em mim e me humilha.

- Você é igualzinha a sua mãe aquela ordinária – gritou ele descontrolado – eu dei tudo a ela dei meu nome e o que ela fez me abandonou e ainda deixou você aqui para me atormentar. Você não presta é igual a ela, ou melhor, é pior do que ela porque sua mãe ao menos nunca me expôs como você fez.

- Cale-se Charlie se tem algum culpado por tudo isso esse alguém é você – disse Edward firme – Bella vai voltar comigo para casa e você não fará nada para impedir.

- Charlie não permita isso – disse Leah entrando na casa com Jacob ao seu lado. – Ela jogou nosso nome na lama, todos comentam as safadezas dela no colégio dá até vergonha de aparecer lá para estudar.

- Quem é você pra falar alguma coisa de mim sua ordinária – gritei furiosa com a intromissão. – Você por acaso se acha melhor do que eu? Já contou ao Charlie que ele vai ser avô – falei sarcástica e adorei vê-la empalidecer.

- Como é que é? – perguntou Charlie estarrecido.

Vi Edward soltar um risinho debochado e entendi que era por causa da reação do meu pai.

“Você puxou direitinho o tapete de debaixo dele” – disse Edward em minha mente.

- Você esta grávida? – perguntou ele olhando para Leah com expressão chocada. – Esse tempo todo você se fazendo de santa e também estava de safadeza com esse aí.

- Charlie não é bem assim nós...

- Eu confiei em vocês – disse ele sentando no sofá parecendo destruído. – Eu te tratei como uma filha e você traiu minha confiança. Jake eu vi você crescer te julguei um homem de bem um rapaz direito.

- Charlie eu vou assumir a criança – disse Jacob abraçando Leah – nós vamos nos casar e ninguém vai poder falar nada – completou ele me encarando.

Eu assistia aquela cena estarrecida meu pai estava quase chorando por causa da decepção que teve com Leah, mas em momento algum ele se quer cogitou a hipótese dela ter mentido a meu respeito em momento algum ele pensou em mim.

- Porque você me odeia tanto – perguntei sentindo as lagrimas descerem pelo meu rosto. – Porque mudou tanto depois que minha mãe foi embora, eu não tive culpa por ela te abandonar – gritei entre as lagrimas.

- Não você não teve culpa – disse uma voz que a muito eu não ouvia e senti meu coração se apertar ao me virar em direção a porta e a ver ali parada na minha frente.

Pensei que fosse desmaiar, pois uma tontura me dominou. Senti Edward encostar seu corpo ao meu me dando apoio e agradeci mentalmente a ele, pois não sei se aguentaria me manter de pé.

“Respira meu amor! Respira!” – pediu Edward.

- Mãe! Você voltou – falei mal conseguindo respirar.

- Filha me perdoa – pediu ela se colocando a minha frente. – Eu levei muito tempo pra entender que o que eu fiz foi errado. Você nunca teve culpa pela minha infelicidade.

A culpa foi toda minha por ter casado com um homem a quem não amava – disse ela olhando para Charlie que se encolheu como se tivesse levado um soco. – Mas eu reconheço meu erro e estou aqui para tentar te reconquistar minha filha.

- Que palhaçada de arrependimento é esse agora – gritou Charlie enlouquecido. – Você deve ter levado um chute de seu ultimo amante e agora vem pra cá pra conseguir um lugar pra ficar com certeza.

- Não Charlie – disse Rennee com calma – Phill e eu estamos muito bem e foi ele me mostrou o quanto eu errei com você minha filha. O quanto eu errei em culpar você pela minha infelicidade. O quanto errei em deixar você com um homem que não era seu...

- Rennee você não tem esse direito – gritou Charlie indo pra cima de minha mãe com o punho erguido, mas foi impedido por Edward de agredir minha mãe.

- Ela merece saber o porquê de ser tão odiada por você – disse minha mãe.

“Edward você sabe do que estão falando” – perguntei confusa.

“Eu já desconfiava, mas não tinha certeza, eu via apenas fraguimentos na mente de seu pai, mas nada que me desse total certeza” – explicou ele mas não me disse o que era.

- Do que vocês estão falando – perguntei sentindo que não ia gostar da resposta.

- Bella você não é filha de Charlie Swan – disse minha mãe e tudo que eu consegui ver foi a expressão preocupada de Edward me segurando para não cair, então tudo a minha volta escureceu.