Além do Destino escrita por AnaBonagamba


Capítulo 7
Uma face desconhecida.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado para Aphrodite_A , HermioneMalfoy , eliza_walls , Thamy-Chan , VolturiGirl e Florence! Obrigada pelos comentários, e mandem dicas também! Como querem que a história fique?! :D
Beijos e queijos, vamos ao capítulo! *8*



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- Eu disse pra não mexer em nada! - falou Tom, autoritário. - Vocês mulheres são difíceis de entender.

- Me desculpa. Eu não sabia o que era. - corou.

- Não importa. Menos 10 pontos para Grifinória. - virou-se, pegando a comida.

- Ei, os monitores daqui podem tirar pontos das casas? - perguntou enraivecida.

- Eu posso tirar quantos pontos quiser por sua petulância. - disse arrogante.

- Está começando com aquilo, de novo. - Hermione olhou para baixo.

- Aquilo o que?

- A ser, hum, desagradável.

- Mas você me tira do sério. - virou-se para ela. - Como alguém que eu mal conheço pode me provocar tanto assim?

- Não estou provocando você. - riu. - Você se vira sozinho.

- Sente-se. Eu trouxe a comida. Vamos esquecer isso. - finalizou.

Comeram em silêncio, Hermione observava tudo. Aos olhos de Tom, ela era tão pequena e frágil como uma flor. As flores que Tom recolhia quando pequeno não tardavam a morrer, mas aquela flor era linda.

Olhava pra ela, guardando seus pensamentos. Parecia uma princesa, olhando as serpentes desenhadas no teto com medo e suspiros. Não sabia o que estava sentindo. Quem era ela?

- Eu já terminei. É melhor ir para aula.- disse Hermione.

- Se está nas mesmas aulas que eu, hoje temos a tarde livre. - disse Tom. - As aulas aqui se dividem em um periodo só. Amanhã, seremos o periodo da tarde.- explicou.

- Então, o que quer fazer?

- Saber mais da minha réu. Por que não vamos passear nos jardins? Queria te apresentar as paisagens bonitas que temos aqui.

Ele queria sair do castelo com ela. Suspeitas.

- Claro. Podemos ir, se quiser.

- Sim, eu vou trocar de roupa, não gosto de andar no meu periodo livre de uniforme. Aliás, está frio, não sente? - perguntou.

- Estou bem aquecida. - disse.

- Podemos passar no seu quarto antes, se quiser.

- Não precisa, estou bem assim. Além do que, é do outro lado do castelo.

- Não é problema pra mim.

- Sério, Tom, obrigada. - sorriu levemente.

- Tom? - perguntou, confuso.

- É seu nome, não é?

- É sim. Mas eu não gosto muito dele.

- Eu gosto. É curto e bonito. Não é como o meu.

- Seu nome é lindo, diferente. Agrada a mim. - e virou-se para o guarda-roupa.



Tom possuia vários uniformes de segunda mão e um ainda intacto na embalagem. Vários ternos simples se amontoavam pelas gavetas, assim como camisas de mangas longas. Uma delas, completamente apertada. Deveria ser bom vê-lo com aquela peça.

Se trocou rapidamente. Colocou uma blusa de lã verde e, por cima, um sobretudo grosso. Estava fabulosamente lindo de se olhar. Hermione vacilou.

- O que acha dessa roupa? - ele perguntou.

- O que vale a minha opinião? - ela revidou.

- Não muito, mas jamais perguntei a ninguém uma opinião sobre como eu me vestia. Na realidade, estou mostrando umas das minhas faces desconhecidas pra você. Aproveite. - ele riu. - Deveria estar com frio.

- Por que?

- Porque eu queria que estivesse para mantê-la dentro do castelo sobre os olhos dos outros alunos. Sou...perigoso. - ele disse tristemente. Não sou bom, pode ver isso nos meus olhos.

- Quer que eu fale dos seus olhos? - disse, se aproximando dele. - Seus olhos são lindos e misteriosos. Seja lá o que você esconde dentro deles, eu estou curiosa de mais pra saber.

- Quem é você, Hermione Granger? - perguntou, aproximando seu rosto do da garota.

- Você saberá, se me levar para passear nos jardins. - disse, indo para a porta e o deixando completamente sem ações.- Vamos?

- Você é esperta.



Tom a levou até os portões principais do castelo, no qual secretamente ela já conhecia muito bem. Saindo, a menina encantou-se: tudo estava diferente do que era acostumada. No jardim, brotavam as mais lindas rosas vermelhas de todo o universo. Era uma mescla de cores e brilhos. A neve tinha esbranquiçado todas as plantas e só se via o vermelho das rosas.

- Isso é lindo. - disse, inebriada.

- Vamos no meio delas, venha. - a puxou pela mão.



O lago estava irreconhecível, com as lindas rosas brancas de neve e vermelhas. Quase congelado, a água mortalmente fria. A mão de Tom Riddle a guiando por entre as flores.

- Cá estamos. Sente-se. - indicou um banco de pedra no meio das samambaias brancas. - Eu sempre venho aqui, para escrever.

- Escrever?

- Sim. Quando me sinto só ou me sinto mal por alguma coisa que eu fiz, venho até aqui e tento buscar um pouco de paz. - disse. - Fiz isso quando magoei você. Ainda pesso que me desculpe.

- Eu já perdoei você.

- Quantos anos tem? - começou o interrogatório.

- 16.

- Onde moram os seus pais?

- Em Londres, mas vivem viajando. Meu pai, ãhn, ele faz algumas trocas internacionais de magia. - mentiu.

- E sua mãe?

- Se diverte com a varinha. - ela riu. Isso não era mentira.

- Por que está aqui?

- Sou convidada de Dumbledore. - riu.

- Qual sua cor favorita? - Tom riu da expressão dela.

- Pra que quer saber?

- Não sei, sinceramente.

- É vermelha, cor das rosas. - olhou para o sol que só brilhava.

- Você está bem?

- Não. Me sinto...estranha...quando estou perto de você. Quem é você, Tom Riddle?

- Eu sou Tom Servolo Riddle, tenho 16 anos. Nasci em Londres e sou órfão de mãe. Meu pai...eu e ele...bem, não nos conhecemos, e eu prefiro não falar dele. Sou aluno daqui desde pequeno e minha cor favorita é...

- Verde. - interrompeu ela.

- Como sabe?

- É a cor da Sonserina. - ela riu.

- É sim. Eu o venero...Salazar. - explicou.

- Eles eram bons. Todos os 4. - disse. - Foram grandes bruxos.

- Salazar dizia que a magia era uma amante para a vida. Ela jamais te deixaria na mão quando precisasse dela. - meditou.

- Eu jamais te deixaria na mão, Tom. - ela disse, corando.

- Por que você me atrai tanto assim? Por que mexe tanto comigo, se eu nunca nem tinha visto você, até chegar no meio da noite numa carruagem invisível?- disse, pondo as mãos no rosto da garota.

- Eu...não...sei.

- Sinto como se tivesse que proteger você. Como seu eu fosse perdê-la, sendo que nem a tenho! - ele se levantou. - Como pode isso?

Hermione levantou-se e ficou na frente dele, encarando. Ele era bem mais alto que ela.

- Eu não sei como funciona, mas tente seguir seja lá o que esteja sentindo. Siga seu coração. - ela disse cautelosa.

- Pelo menos uma vez na minha vida, acredito que deva realmente fazer isso.



Ele a abraçou com força, aninhando-a em seus braços longos. Era como no sonho. Tom afagou os cabelos da moça, embaraçados pela neve e pela umidade. Brincou com os fios, nos dedos compridos. Depois, abaixou o rosto e colou sua testa na dela, observando os olhos castanhos impenetráveis.

Hermione jamais imaginou que Lord Voldemort poderia ser tão singelo e tão amável como naquela hora. Não havia dúvidas das preocupações de Dumbledore. Ela já estava completamente apaixonada por Tom Riddle.

- Eu espero que não falte nos seus compromissos comigo. - disse Tom. - Sou rigoroso com promessas e tratos. Seu tempo é completamente meu.

- Tempo...- ela sussurrou e todo o motivo de estar ali veio à tona. Tinha Harry e Ron, tinha seus amigos e sua vida. Tinha sim, pai e mãe... tinha toda uma história.

Hermione se soltou facilmente dos braços de Tom e virou-se para o castelo. O braço forte dele a segurou.

- O que há? - perguntou, apertando com força a cintura da castanha.

- Eu não sei, me senti mal. Acho que...não...- e as lágrimas já escorriam pela face branca.

- Chorando, aluna modelo? - Tom a abraçou e riu. - Isso é um crime. Quem te fez chorar?

- Eu não sei...- repetiu. - Não sei.

- Pare. Olhe para mim.

Hermione parou e olhou para os olhos dele.

- Eu vou proteger você, de tudo. - disse. - Você é minha, agora, completamente minha. Já que me conhece tão bem, sabe ou supõe que eu sou bem possessivo. - ele riu.

- Tenho motivos para ter medo? - ela riu com ele.

- Tem vários.

E então lhe deu um beijo demorado na testa, olhando para cima. Aquilo era seu sonho.

- É melhor explicar para a Rebeca que o estranho Tom Riddle apoderou-se de você.

- Ela vai sobreviver sem minha fama.

- Ela terá que sobreviver, não pretendo devolvê-la, Hermione.- ele riu.

- Jura? - ela fez beicinho. Não tinha idéia de como ser sedutora perto daqueles olhos negros e fechados.

Ele relou seus labíos com os dedos, fazendo-a suspirar.

- Tenho efeitos tão imediatos? - disse, com a voz rouca que ela adorava.

- Sim, efeitos terríveis.

- Eu sabia. - riu. - O que quer fazer no resto da tarde?

- Preciso de ajuda com um...vestido, afinal, serei convidada pro baile e, hum, acho que vou aceitar. - disse enfadada.

- Claro, você já aceitou. Irá comigo. - ele afagou novamente os cabelos dela.

- Mas você costuma ser convidado, e não convidar. - ela riu.

- Hora de mudar as regras. Tem alguma idéia do que vestir? - perguntou, olhando para o corpo da garota.

- Hum, tenho um guarda-roupa não descoberto ainda. - gargalhou. - Pode me ajudar com essa missão?

- Será uma tarefa difícil, mas eu a ajudarei.



Passaram a tarde vendo e revendo todos os modelos de roupa de Hermione. Tom ria da displicência da menina, adorava vê-la sorrir, vê-la corar quando olhava fixamente para ela. Na frente do espelho, via um verdadeiro casal, algo que um dia ele sonhou em ser, mesmo que no decorrer dos fatos fosse algo fora de cogitação.

Só lhe restava curtir enquanto podia e sofrer na hora certa. Ela era tudo que ele jamais teve e a teria, se pudesse, para sempre. Não era ruim, só era errado. Muito errado.


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Notas finais do capítulo

Tá, as vezes o Tom fica mel de mais, e eu detesto isso. Gosto de garotos maus (666'), então, vou tentar criar uma trama pro personagem, ele merece né!
Mandem sugestões, criticas, elogios... hihihi, ou somente um oi, sissi! hahaha.
beijosparavocês. ~