Além do Destino escrita por AnaBonagamba


Capítulo 5
Reviravolta.


Notas iniciais do capítulo

SHARI LINDÍSSIMA ME HELP AT THIS. Spassiba u vas, dorogaya! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/112946/chapter/5

- Boa noite, Srta. Granger, a esperava mais cedo. - disse calmamente Dumbledore.


- Professor. - reverência - Acredito que minha carruagem tenha atrasado. Meus perdões. - disse, ainda mais calma.


- Venha, querida. - lhe entregou o braço. - Seja bem-vinda à Hogwarts. - disse Dumbledore, com uma piscadela.


- Obrigada, senhor. Por favor, para onde irão as minhas coisas?


- Bem, uma aluna como você merecerá um quarto particular aqui. Dependerá da casa que o chapéu seletor lhe colocar. - piscou de novo.


- Como for.


- Ah, venha cá, Tom. - disse Dumbledore, fazendo sinal com a mão. - Hermione Granger, este é o nosso aluno modelo, Tom Riddle.


- Bem-vinda, senhorita. - disse Tom. Sua voz era extremamente aveludada e cautelosa, porém sem expressão. Os olhos extremamente curiosos percorriam a menina dos pés a cabeça, procurando por algo que ela desconhecia.


- Hermione foi convidada a se juntar a nós. É aluna modelo de Beauxbatons. - explicou a Riddle. - Espero que a ajude a se encaixar em Hogwarts.


- Farei o possível, senhor. Agora, se me permite, devo ir. Os novatos são bem esquecidinhos, devo ajudá-los com a senha. - disse Riddle, ainda sem expressão.


- Pode ir. - disse Dumbledore.


- Boa noite. - disse a Hermione.



Havia algo incomum com ele. Era lindo, maravilhosamente lindo como nenhum outro rapaz que já tenha conhecido, porém era frio de mais. Sabia que era um ponto que Dumbledore gostaria de poder mudar, fazê-lo querido e importante era o principal objetivo.


- Seus alunos são curiosos. - disse a Dumbledore, de modo que Riddle, mesmo fora da escada, pudesse ouvir. - Ele parece completamente fechado, mas sua mente é brilhante.


- Ah, sim. Tom é um exemplo, como a Srta. Muito avançado, mesmo para um sextanista. Agora venha, vou lhe apresentar nossa Hogwarts. - deu um risinho.


- Sim senhor.


 Hermione subiu as escadas apoiada ao braço de Dumbledore, incrivelmente mais novo. A escola era a mesma, porém mais fria. Não havia tanta cor, nem chamas das velas. O banheiro da murta já não estava vazio: ele descobrira que era o Herdeiro de Slytherin. Os corredores eram mais intactos, sem muitos arranhões e as colunas nõ estavam quebradas.


- Este é nosso Salão principal, onde ocorrem as refeições e os encontros. Fica aberto todo o tempo. - disse. - Vamos entrar.


Hermione vacilou.


- Toda a escola estará ai?


- Sim, inclusive o Sr. Riddle. - riu. - É melhor fazermos isso para ser mais...como posso dizer...verdadeiro.


- Ok. Mas não é do meu agrado todos olhando pra mim, denovo. - fez cara de nojo.


- Ah, a Srta. passará facilmente por isso. Venha.



Dumbledore passou pela enorme e pesada porta de braços dados com Hermione. Toda a escola parou para olhá-los, menos quem ela mais esperava que olhasse. Tom mantinha seus olhos no prato intocado, meditando. Ouvira algumas gargalhadas femininas e algumas brincadeiras masculinas. Na mesa dos professores só um já era conhecido: Slughorn, que olhava para a garota com uma expressão ainda mais curiosa.


- Boa noite, caros alunos. - Disse Dumbledore, no seu lugar de professor. Dipped sentava na cadeira de diretor, observando a menina com expressão carinhosa. - Devo apresentar a vocês uma grande amiga, aluna exemplo e convidada desse ano aqui em Hogwarts. Essa é a Srta. Hermione Granger. - palmas. Hermione corou. - E ela veio de Beauxbatons para passar o ano com vocês. Tratem-na bem. - riu.


- Bem vinda! - gritou um rapaz magricelo da Grifinória.


- Obrigada. - respondeu timidamente.


- Agora, - disse Dumbledore, virando para ela. - Vamos a seleção. - outra piscadela.



Como uma aluna do primeiro ano, Hermione sentou-se no banquinho enquanto o professor colocava o chapéu seletor. Não era o mesmo do que o chapéu que a selecionou para a Grifinória, era mais velho e menos inchado.


- Muito bem...hum...hum...excelente memória. Realmente uma aluna exemplo. Mas não sei...estou em duvidas. Seu coração diz Grifinória como se a conhecesse e a amasse, mas sua mente me pede Sonserina. Sua inteligencia merece a Sonserina, mas sua garra e força de vontade merece a casa de Godric. - meditou o chapéu. - Nesse caso, vou seguir o que é mais importante...


Hermione congelou. Son...


- Grifinória. - gritou o chapéu.


Os alunos pularam, gritaram, riram...comemoraram. A falsa aluna modelo estava na Grifinória. Hermione riu e olhou timidamente para Dipped, que ainda tinha um sorriso leve nos lábios. Dumbledore riu da expressão da garota e deu uma pequena viradinha de rosto para que ela se lembrasse de Tom.


Ele estava apático, ainda mais pálido. Estava encarando a menina e ela corou ao encará-lo tão descaradamente. Ele a observou com uma expressão curiosa e ela sorriu timidamente. A única coisa que Tom fez foi uma pequena reverência com a cabeça, os olhos ainda frios.



- Sente-se lá, Hermione. A casa já é sua. - disse Dumbledore.



Hermione seguiu os espaços entre as mesas até achar um lugar vazio. Olhou para frente.


- Que o banquete seja servido. - disse Dipped, e toda aquela comida apareceu.


- Olá! Sou Rebeca Crusois. (N/A: Se lê Crusoá, pessoal :D) Seja bem vinda, Hermione. - disse uma menina alta e loira.


- Oi, muito obrigada. - disse timidamente.


- Esses são Felipe, - apontou para um menino que lembrava Colin. - Marcos - um moreno que lembrava Dino. - e Dérek. - um garoto forte com um belo sorriso.


- Oi - disse Felipe. - Bem-vinda á Grifinória.


- Obrigada.


- Nossa turma é bem grande, é melhor apresentá-la nas aulas. - disse Rebeca. - Tem uma cama vaga do meu lado no meu dormitório. - disse amigavelmente.


- Ah, eu acho que o professor me colocou num quarto separado, sabe...questões básicas da diretora de Beauxbatons. Eu não gosto muito dela. - queixou-se, rindo por dentro ao lembrar do tamanho da mulher.


- Jura, ela é má e atormenta os alunos?


- Mais ou menos. - riu. - É verdade que o Filch pendura os alunos pelas orelhas como castigo?


- Como sabe disso? - Marcos riu. - Achei que fosse algo privado.


Todos riram.


- Ah, boatos de alunos que já passaram por aqui. - disse Hermione.


- É verdade sim. - disse Dérek. - Filch adora nos ver gritando. Eu principalmente- riu.


- Enquanto temos uma aluna modelo de outra instituição mágica, temos também um aluno atrapalhado que só sabe perder pontos para a Grifinória. - disse Rebeca, rindo.


- Mas eu sei que você me adora, irmãzinha. - riu Dérek.


- São irmãos? - perguntou Hermione, confusa.


- Não, mas nos consideramos. Estamos juntos desde pequenos, mesmo antes de sermos datados como bruxos. Dérek era meu vizinho. - ela contava. - Eu que o ensinei tudo.


- Ela era uma verdadeira moleca quando criança. - Dérek riu. - Fazia mais travessuras do que eu...porém sempre eu era quem levava a culpa.


- Com certeza. - Rebeca gargalhou. - Sou bem esperta.


- Posso ver isso. - riu Hermione.



Tudo estava se saindo bem. Como Dumbledore previa, Hermione já estava em casa, com amigos e tudo. Jantou com calma, rindo das histórias de Dérek e Rebeca e brincando com Marcos e Felipe. Ambos eram muito simpáticos e, pelo visto, inteligentes.


Até que o banquete terminou e os alunos começaram a sair.


- E então, Hermione, - disse Rebeca. - em que aulas irá ficar amanhã?


- Poções, Transfiguração, DCAT, História da Magia...hum...e mais algumas. - disse.


- Ah, não é aluna modelo por qualquer coisa. - riu Rebeca. - Você me parece muito inteligente mesmo. São as aulas do Felipe e do Riddle.


- Riddle? - perguntou Hermione, fingindo inocência.


- Oh, o Tom Riddle, da Sonserina. Ele é nosso aluno modelo sabe...monitor, futura estrelinha daqui. É o favorito entre os professores. Ele e Felipe competem um pouquinho, mas uma coisa natural pra dois caras como eles. - ela apontou discretamente para Tom, de pé. Ele era alto e robusto, como a foto. Estava sorrindo para os colegas da Sonserina.


Hermione deixou-se levar pela curiosidade e novamente ele a encarou, dessa vez sorrindo. Seu sorriso branco e alinhado acelerou o coração da menina, se saber o motivo.


- Ele é lindo, não é? - perguntou Rebeca. - Mas o que tem de lindo, tem de estranho.


- Estranho?


- É. Ele não namora ninguém, não convive com ninguém. É tão sozinho que me dá pena as vezes, e raiva quando é arrogante com algumas das minhas amigas. Sabe, não é culpa delas se admirá-lo o desagrada, ele é tão bonito que dói não olhar.


- Acho que sei como é.


- Bem, é melhor eu ir. - disse, sorrindo. - Até amanhã, Hermione, e novamente bem-vinda à Hogwarts.


- Obrigada. Você é muito simpática.


- Oras, não tem de que. Boa noite. - e saiu do salão.



Hermione foi a procura de Dumbledore, saber onde era o seu quarto e onde ficariam as suas coisas. Caminhou pelos corredores, uns conhecidos e outros não. Estava perdida.


- Boa noite, o que faz aqui a essa hora? - perguntou uma voz que jamais esqueceria a textura. - Temos toque de recolher, Srta.


- Ah, Sr. Riddle, me desculpe, mas estou perdida. Fui procurar o professor Dumbledore e me perdi nos corredores. - confessou.


- Vou levá-la para a Grifinória. Venha, me acompanhe. - disse friamente.


- Obrigada. Então você também é aluno modelo? - perguntou, puxando assunto.


- Me considero um. - simplismente.


- O Sr. é monitor chefe?


- Sim. Há monitoria na sua escola?


- Há, mas não por alunos. Professores fazem isso, eles não confiam muito em nós. - disse.


- E o motivo disso?


- Não sei, talvez nos consideram bruxinhos abortados por sermos melhores que eles.


Tom congelou.


- Essa expressão não é muito comum. - disse olhando para baixo, desconfiado.


- É comum pra mim.


- Cá estamos, torre da Grifinória. Boa noite. - e virou-se.


- Tom?


O rapaz virou, confuso.


- Tom? - disse ele.


- Posso chamá-lo assim? - perguntou a menina inocentemente.


- Não me agrada; não nos conhecemos. - arqueou as sombrancelhas perfeitas.


- Não, mas você deve ser bom no que faz e eu precisarei de ajuda. Achei que seria melhor se fôssemos bons colegas. - sorriu.


- Srta., farei o possível para ajudá-la sim, mas não confunda uma tarefa com mais nada. Não sou amigo de uma Grifinória, mesmo sendo uma Grifinória passageira. - disse, arrogante.


- Estou vendo que há muito orgulho em sua mente também...- meditou a menina. - Espero que um dia haja alguém pra você. - provocou.


Tom gelou de novo. De onde ela tirava essas frases?


- Boa noite. - e saiu.


- Ah, Srta. Granger. - disse Dumbledore, aliviado. - Estava a sua procura.


- Olá, professor. Eu me perdi e Riddle me trouxe de volta.


- Creio que já fez novas amizades, não? - riu.


- De fato fiz, o senhor tinha razão.


- Eu tinha? - confundiu-se.


- Esqueça. - riu. - Onde é meu quarto?


- Suba as escadarias, a primeira porta à direita. - apontou.


- Obrigada.


- Ah, esqueci de avisá-la: suas coisas são como as nossas, de nossa época, então não se preocupe. Boa noite.



Hermione riu ao se lembrar da época que estava vivendo: 1945. As roupas, o jeito de falar, de conviver, tudo diferente. Foi bom Dumbledore ter se lembrado desse ponto que poderia destruir o plano.



Caminhou até o quarto, com a chave nas mãos. Era grande e todo vermelho, mais bonito que seu quarto de monitora. Era o quarto de hóspedes do próprio Godric. Uma cama-casal de madeira vermelha ocupava a ala norte, havia uma grande mesa para as tarefas e o guarda roupa com várias caixas: vestidos. O banheiro era enorme. Uma banheira confortável, toalhas e toda a sua perfumaria. Aquilo estava melhor do que ela imaginava que seria.


- Será estranho dormir longe de Ron e Harry. - disse a si mesma. - Mas eu não posso vacilar, não posso.



E, com esse pensamento, dormiu. Não teve sonhos nem pesadelos, além de um rosto pálido e frio pousado em seu ombro, sentindo dedos compridos afagarem lentamente seus cachos embaraçados. Tom era cauteloso, mas suspirava. Pegou seu rosto entre as mãos e lhe deu um beijo na testa, calmo, olhando para cima. Hermione enlaçou a cintura alta e fina do rapaz e lá permaneceu, dormindo, até que acordou de seus sonhos.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Sexo, Dorgas e Rock n' Roll o/