Além do Destino escrita por AnaBonagamba


Capítulo 28
Magia forte, forte magia.


Notas iniciais do capítulo

Eis o post de abril para vocês! Um mega beijo, meus amores! *o*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/112946/chapter/28

- Sempre foi assim maleável? – perguntou Tom, rindo nos cabelos da menina.

- Não, mas sempre fui capaz de perdoar. – ela riu também.

Tom ficou mais sério e encarou-a.

- Mas ainda sim acho maleável de mais. – comentou.

- Quer que eu seja difícil, senhor Riddle? – disse ela, empurrando Tom para longe.

- Não, - sorriu cético. – somente quero saber o motivo dessa bondade toda.

Hermione sentou sobre a mesa da biblioteca e arrumou o belo casaco dado por Felipe.

- Essas férias você provou que pode ser, quando quer, mais amável do que finge. – aprovou ela. – Teve uma boa relação com a sua família, aquela que esconde de todos, mas não reprime o que sente por ela. É uma atitude bonita, sabe... Deve ser levada em conta.

Uma sensação ruim percorreu o corpo de Tom.

- Eu tentei aniquilá-la, tirá-la da minha vida como se isso fosse possível. – aproximou-se ela. – Não sei o que será de mim no futuro, só sei o que querem que eu seja, e independente disso, tenho uma certeza única.

- E qual é ela? – passou seus braços pelo pescoço de Tom carinhosamente.

- Você estará comigo a cada passo, mesmo que não queira, está vedada a mim. – informou malicioso. – A cada degrau.

- Mas e se você cair? – questionou ela um tanto aflita, não pela passagem presente, mas por temer o futuro em questão.

- Não pense que não cairá junto... – Tom olhou para baixo, desviando o rosto do dela. – Mas aposto que é inteligente o suficiente para se levantar antes de mim.

- Não importa. – ela levantou o rosto do outro e viu uma série de emoções em seus olhos sempre opacos. – Eu te perdoei, não perdoei? Esqueça isso, Tom.

- Por que estava na casa dos Fitsburgs? – mudou de assunto, abraçando a cintura da outra.

- Felipe nos salvou quando Grindelwald nos atacou.

- Por quê? – desconfiou Tom. – Como sabia onde você estava?

- Ele não sabia, na verdade, foi Rebeca quem o informou do que aconteceu.

- Crusois? – ergueu uma sobrancelha ainda desconfiado. – Como ela poderia saber, também?

- Não me disse. – respondeu. – Somente sei que Felipe sentiu onde estávamos, talvez pela atração a Grindelwald.

- Ah... – Tom sorriu. – Eles são bem amigos. Os meus tipos de amigos, claro.

- Conhece a história deles? – protestou.

- Há alguns anos surgiu um boato que inundou as redes de fofocas de Hogwarts. – Tom sorriu de lado. – Não arrisco dizer o que sei, afinal, a verdade e o que contaram poder ser bem distintas.

- Concordo. Distinção está na moda por aqui.

                                         * * *

- Não sei que bicho mordeu o Slughorn hoje. – comentou Rebeca a Hermione, na saída da aula de poções. – Esse tempo sem lecionar não fez bem para ele.

Hermione riu.

- Foi visitar Abraxas?

- Sim, e ele continua muito impertinente se quer saber. – adicionou. – A enfermeira está cuidando dos hematomas, ele ficará bem.

- Quem são eles? – Hermione questionou, apontando discretamente para um casal perto dela. Rebeca virou a cabeça para ver de quem a outra falava.

A menina era franzina, se podia ser chamada de menina, uma vez que tinha uma altura privilegiada e um corpo também. Os cabelos tremendamente escuros moldavam seu rosto branco e liso, sem nenhuma imperfeição.

O garoto, sim, garoto, brincalhão e risonho, lembrava-lhe muito uma peça de sua vida que fazia muita falta.

- Ah, eles são Charlus Potter e Dorea Black. – disse Rebeca. – Não me surpreende que não os conheça, se andam por Hogwarts, andam juntos. – riu. – Estão no último ano, ele Grifinório e ela Sonserina. Ah, - exaltou-se. – vão se casar logo depois da formatura.

- Sério? – Hermione sorriu. Aquele era o avô de Harry.

- Sim! – Rebeca continuou. – Na verdade, creio que vários alunos se casarão assim que acabarem as aulas, definitivamente. Sempre foi assim.

- Não vejo vantagem em casar cedo. – comentou displicente.

- Mas viu vantagem em ficar noiva! – gargalhou.

- Tom me pediu, e só. Ficar noiva não é casar logo em seguida. – contestou.

- Não pretende casar-se com Tom em breve? – perguntou a outra, num misto de curiosidade e perplexidade.

- Bom, eu tenho alguns planos antes. – sorriu.

- Planos? Que planos pode haver quando se está noiva de Tom Riddle? – agora sua voz emanava somente perplexidade.

- Quero trabalhar, ajudar os outros, descobrir coisas novas. Inovar, sabe. – disse sonhadora. – Quero deixar uma marca minha por onde passar.

- Isso soa bonito. – aprovou.

- E você, o que fará quando tudo isso acabar?

- Bem, sinceramente acho que casamento está longe das minhas questões, mas não pelos mesmos motivos seus. – riu. – Eu queria voltar pra França e trabalhar com artefatos mágicos perdidos. Tem uma área especializada nesse assunto.

- Isso soa bonito. – Hermione riu.

- Bom, de qualquer forma, - disse, parando no meio do corredor. - acho que nossos destinos foram bem encruzilhados para serem deixados depois, não?

- Aposto que sim. – Hermione apertou a mão de Rebeca num ato amigável.

- Vou ver Abraxas. – despediu-se. – Mande meus afetos à Tom.

- Mandarei.

A próxima aula estava longe de ocorrer, uma vez que os ataques de Grindelwald tinham aumentado e o número de alunos desta primeira semana ainda era escasso. Hermione se viu deixada em um corredor deserto e, caminhando calmamente, repensou na conversa de Rebeca sobre seu futuro ali.

Não acreditava, oportunamente, que se casaria logo depois de formada, nem mesmo com Ron, mas também jamais seria pedida em casamento em pleno sexto ano de estudo.

Algumas coisas balbuciavam em sua cabeça, lembrando-a mais uma vez das coisas que havia alterado e aquelas que haviam de ser alteradas. Um flash repentino tomou-lhe a mente.

Namoro, noivado, formatura, casamento, filhos...Tom.

Se fosse Ron, a sequência não se tornaria obsoleta, muito menos inimaginável. Mas Tom era... completamente o oposto. Suas recordações de Lord Voldemort não eram capaz de mudar sua opinião sobre aquele que mais amava até o momento, porém jamais imaginaria Tom Riddle casado e com filhos.

E, dolorosamente concluindo, muito menos com ela.

Seria como se ele desistisse de todos os seus ideais, aqueles que pregara até antes de conhece-la, aqueles que muitos ali veneravam, idolatravam como sua perspectiva de vida.

Mais do que de água para vinho, essa transformação seria de água para ouro, coisa que somente magias fortíssimas eram capazes de fazer.

Mas não seria o amor a magia mais forte que existe?

Chegou ao dormitório de Tom. Ele havia faltado à aula de poções, e única mensagem que deixara era “não me espere” sobre sua aliança, assim que acordara. Estaria ele ali?

Bateu delicadamente na pesada porta de madeira, colocando seu ouvido sobre ela logo em seguida. O quarto estava demasiado silencioso.

- Alohomora. – murmurou para a porta, que se destrancou.

Imaginando estar sozinha, levou um susto quando viu alguém se remexer na cama preguiçosamente. Tom virou-se para ela com os olhos cerrados, respiração calma e um meio sorriso no rosto.

- Está sonhando, meu querido? – sussurrou para si, sentando-se na cama lentamente para não acordá-lo.

Tom se mexeu novamente, mas não acordou.

Hermione acariciou os cabelos negros do rapaz como se fossem quebráveis, não queria que ele acordasse e perdesse aquela visão. Ali, dormindo, Tom não era somente um rapaz qualquer, mas sim o rapaz dela. Era dela, seu noivo, seu para sempre aonde quer que fosse.

A imagem era quase infantil, uma vez que Tom contraía os lábios vez em quando. Sorriu, por fim, ao reparar na pintinha que descobrira em seu pescoço uma vez, o sinal de boa sorte que ele jurava desacreditar.

- Deus foi muito bondoso com você, meu amor. – murmurou, tocando os lábios dele levemente.

Ele era um exemplo de perfeição física, daqueles que qualquer gosto se adapta. Não era somente lindo, mas tinha um toque sofisticado até dormindo, com sua camisa de linho entreaberta até a metade do peito e as pernas entrelaçadas no lençol.

Só depois de rir um tanto, sozinha, se deu conta que, mesmo dormindo várias noites com ele, jamais o observara naquele estado. Não se deu conta, também, de quanto tempo passara ali.

Beijou-lhe os lábios delicadamente, agora com a intenção de acordá-lo. Tom abriu os olhos e sorriu sobre os lábios dela.

- Não foi não. – disse, quando seus lábios se separaram dos dela.

- Não foi o que? – questionou confusa.

- Bondoso comigo, Deus. – disse Tom. – Bondoso sim, foi, ao me dar você de presente. – sorriu.

Tom tirou a cabeça do travesseiro e colocou sobre o colo da menina.

- Por que faltou à aula hoje?

- Falta de vontade e, bem, fiquei pensando a madrugada inteira sobre algo que gostaria de fazer. – respondeu.

- Espero que não pretenda passar o resto do dia aqui. – riu ela.

- Oras, te incomodaria muito? – Tom a olhou.

- Só disse brincando. – acariciou novamente os cabelos. – Se está cansado, deve ficar, sim. Não está com fome?

- Não.

- Mas você não comeu nada a manhã inteira, comeu?

- Estou bem, Hermione, não se preocupe. – disse cansado.

Hermione estremeceu. Tinha algo errado ali.

- Me dê sua mão, Tom. – pediu ela.

Riddle a olhou questionador.

- Por quê?

- Me dê sua mão, Tom! – disse mais autoritária.

Tom levantou um braço e Hermione entrelaçou seus dedos nos dele.

Estavam frios como pedra.

Rapidamente escorregou a outra sobre o peito do rapaz, e este ardia como em brasa. Olhou para os olhos dele, notando que, apesar da cor ser a mesma, cinza azulado, difícil de decifrar, o globo ocular estava avermelhado como se tivesse chorado ou sofrido algum tipo de lesão.

- O que está sentindo? – questionou um pouco brava, um pouco preocupada.

- Disse para não se preocupar. – respondeu frio, erguendo-se, sem sucesso algum.

Tom sentiu a mente girar e pulsar, antes de ser puxado para a cama novamente.

- Está doente. – disse a menina. – Por que não me disse?

- Como saberia se estou ou não? – perguntou retoricamente.

- Teve febre?

- Um ou dois dias depois de partir de Little Hangleton. – informou.

- Isso pode ser grave. – levantou-se e foi até a porta. – Você devia ter chamado a enfermeira!

- Não era preciso. – resmungou. – Não é preciso, aliás, volte aqui. – bateu na cama com as mãos cerradas.

- Você mal consegue se levantar, Tom. – Hermione sorriu, achando graça na cara de manha do outro. – Eu já venho.

Desceu as escadas de três em três degraus, correu pelos corredores sem sequer olhar para os lados, uma vez vazios não teria que se preocupar se esbarrasse em alguém. Chegou à enfermaria meio minuto depois.

- Sra... por favor, o senhor Riddle está em seu aposento e passa muito mal. – contou, polidamente.

- Ora, pobrezinho! – disse a mulher, pegando uma maletinha branca e saindo da enfermaria apressada.

- Tom está mesmo doente? – questionou Abraxas, com os joelhos descobertos e cheios de pomadas.

- Sim. – disse ela. – Vou ver o que é.

- Mande melhoras para meu amigo. – pediu o loiro.

- Mandarei sim, ao seu amigo.

                                * * *

- Está com febre. – cogitou a enfermeira, colocando a mão gorda sobre a testa de Tom. – Pode pegar uma compressa de água morna para mim, querida?

- Sim. – disse Hermione. Em vez de ir ao banheiro, simplesmente conjurou a água numa vasilha de prata.

- O que sente, Sr. Riddle? – perguntou a enfermeira, vendo o rapaz se contorcer de dor.

- Pontadas na cabeça, tontura... falta de ar. – respondeu Tom, olhando para Hermione. Esta mantinha os braços cruzados sobre o peito e uma expressão divertida.

- Oras, se fosse uma mulher diria que está grávida. – disse a menina, recebendo um olhar faiscante do moço.

- Isso foi uma repentina queda de imunidade, Sr. Riddle. – informou a enfermeira, colocando alguns ingredientes dentro de um frasquinho pequeno e fino. – Está com baixa resistência.

- E por que eu estaria com baixa resistência? – questionou Tom, irritado.

- Não me pergunte, não controlo seu corpo, meu querido. – ela riu. – Isso pode ocorrer por má alimentação, pouco sono ou emoções muito fortes.

Tom virou o rosto com expressão raivosa.

- Só pode estar brincando.

- Normalmente os sintomas passam rápido quando são tratados a tempo. – disse Hermione.

- Ah, claro, Srta., deixarei responsável acerca do medicamento que o Sr. Riddle deve tomar. – ela chacoalhou o líquido rosado do franco e o entregou para Hermione. – Duas gotas a cada duas horas durante todo o dia de hoje. Aposto que ficará bom ao entardecer. – disse ao sair.

- Nem pense que vou tomar isso. – disse Tom, indicando o frasquinho rosa.

- Vocês homens são tão teimosos! – ela riu, separando as duas primeiras gotas em uma colher.

- Diz isso como se fosse muito experiente no assunto. – comentou Tom, displicente.

- Conheço você o suficiente por todos os outros. – ela sentou ao lado dele e posicionou a colher. – Vamos, abra a boca.

Tom fez uma careta cômica ao engolir a poção.

- Se eu piorar a culpa será sua. – ameaçou ele.

Hermione sentou-se de modo que ele se apoiasse completamente nela.

- Á propósito, - lembrou. – Abraxas Malfoy mandou melhoras.

Riddle sorriu antes de fechar os olhos mais uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

No próximo capítulo.

— Eu estou o quê? - disse ela, erguendo o papel em suas mãos como se este declarasse uma prisão eterna em Azkaban.

Rebeca sorriu abertamente.

— Você está grávida! - bateu palmas ligeiramente infantil. Tom será papai!





-
MUHAHAHAHAHA, FELIZ PRIMEIRO DE ABRIL! o/
*desvia de um tomate, um abacaxi e uma jaca*

Tinha que fazer isso, sério, senão não teria a mínima graça! :3
Eis que este capítulo foi escrito lindamente no dia da mentira, mas a titia aqui não teve tempo de postar *hmpf*

Para aqueles que ainda acompanham a minha sina, eis que vos falo, pois:

1º, Bem-vinda de novo, Eliza, e sua adorável fic Por outro lado. Esperamos post, viu, mennya liublie! *--*

2º, Sissi fez uma ópera esses dias e para aqueles que ficaram loucos para verem a carinha da entrevista dela, aqui está o link:

http://www.youtube.com/watch?v=R9TJFh3DtUQ&feature=player_embedded

3º, esses dias conheci um anjinho do céu que fez um presentinho não só para mim, mas para todos os que acompanham essa fic e que adoram esse casal.

Palmas para Mariana, que fez o TRAILLER DE ALÉM DO DESTINO!
o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/o/

http://www.youtube.com/watch?v=TQ29t5hcKcE&feature=player_embedded

euamei, evocê? 8)

4º, mais um youtuber que APOSTO que irão amar.

http://www.youtube.com/watch?v=rRlrswMsU0Q&feature=player_embedded

Como diria minha amiga psicopata Melina: ~falece.

5º, Letícia Castelo, whr r u? D:
PS: põe a culpa num homem qq-

6º, espero os comentários com cheirinho de ovo de páscoa! Aliás, eu aceito presentes, coelhinhos, ovinhos, ovões, interagindo a páscoa com o meu aniversário, que FOI 20 de março. Ah, estou velha. ):

Um mega beijo para todos e os votos de uma páscoa cheia de amor e de chocolate. Para aqueles que não curtem doce, chupem uma balinha de menta :~