Além do Destino escrita por AnaBonagamba


Capítulo 20
Tempos perdidos.


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, esse capítulo era pra ontem, mas o Nyah não quis colaborar. -.-
Eis que simplesmente o dedico para LetsCastelo (que finalmente postou sua adorável fic) e spunkrans-on (os reviews que me deixam mimada!)
Pois bem, espero que gostem!



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Gina abraçou as costas de Harry enquanto este se inclinava sobre o corpo inerte de Dumbledore.

Estava morto.

Depois de tudo o que fizera, depois de arriscar-se numa emboscada, morreu pelas mãos de seu maior inimigo: Severo Snape.

O rapaz deixou os óculos cair sobre Dumbledore, e olhou para o céu, onde a marca negra de Voldemort se desfazia pela luz das varinhas dos estudantes e dos professores.

- Harry... – sussurrou Ginny, enquanto levantava e o tirava dali.

Caminhou com a menina até o quarto de Hermione. Estava vazio. Não tinha visto a amiga em lugar algum, nem na torre, nem na escola, nem no lugar onde a tragédia aconteceu.

- Gina, o que...? – começou o rapaz, antes de a ruiva colocar um dedo sobre seus lábios.

- Preciso que leia isto. – mostrou o diário para o moreno, com olhar de quem pedia desculpas. – Sei que é um momento horrível, mas preciso que leia. É importante, tem a ver com a Hermione e...com Voldemort.

Harry estreitou os olhos para a menina, que saiu esguia do quarto, deixando o rapaz sozinho com o diário.

Até que o abriu.

Diário de Tom Marvolo Riddle. Início do ano letivo.

Várias páginas marcadas com uma caligrafia caprichada e fina, com todas as datas e as pontuações. O garoto estremeceu ao ver o nome da amiga nas páginas do meio.

Inclinou-se e arrumou os óculos, manchados de sangue pela roupa de Dumbledore. Achou que estaria errado, mas não. O nome de sua melhor amiga aparecera, e era delicadamente citado, entre adjetivos ornamentados e revelações de ódio.

Mas o que deixou Harry impressionado e sem palavras foi ao ler: Eu a amo impertinentemente e a pedirei em casamento.

Com o choque, deixou o diário escorregar das suas mãos.

Não podia ser verdade!

                                       * * *

A claridade bateu nos olhos da menina quando o relógio indicava apenas seis horas da manhã. Não sabia ao certo o que deveria fazer, mas seu instinto insistiu para que levantasse.

Estava frio fora da casa, e nevava. Uma neve branquinha e fina, que entrava pelas dobras da janela, mas não deixavam o ambiente do quarto frio. A lareira perto da cama aquecia, sozinha, o corredor inteiro.

Hermione vestiu-se depressa para evitar um resfriado. Passou uma água no corpo e vestiu um casaco vermelho, grosso e pesado, com botas pretas de couro. Arrumou o cabelo caprichosamente, lembrando-lhe Cecília, e desceu.

Parecia que ninguém na casa havia acordado, pois o silêncio era enorme. Apenas Maggie, preparando a mesa do café, fazia barulho com seus passos ranzinzes.

- Vai tomar o café agora, também? – perguntou rude.

- Não, obrigada. Alguém já acordou? – perguntou Hermione, tentando ser gentil. A mulher lembrava-lhe um elfo doméstico.

- Seu noivo acordou, e já saiu.

- Saiu? – questionou amedrontada.

- Sim, tomou um copo de leite quente e saiu. Não me disse aonde foi, antes que pergunte.

Mas Hermione já estava longe, na porta da mansão Riddle. Ela sabia muito bem onde Tom tinha ido.

Podia seguir a tempo se fosse de carruagem, mas não havia nenhuma perto dali... precisava de outro meio.

Cavalos. Podia ir à cavalo!

Correu até o celeiro e montou em um. A última vez que sentiu algo parecido com o que sentia naquele momento foi no seu primeiro teste com a vassoura: sentia que iria despencar a qualquer momento.

Mas não podia! Tinha que manter o pulso firme e aguentar o medo! Tinha que ir atrás de Tom!

Deu pequenas chibatadas no lombo do animal e começou a andar, num ritmo leve e acelerado. Conseguia prever para onde iria, pois haviam densas pegadas na neve, e o caminho não devia ser muito longo.

Via o cenário em sua volta mover-se constantemente, mas não percebeu onde estava. No horizonte, havia uma casinha simples, inclinada para o lado, com um pequeno brejo nos arredores. Não havia sinais de Tom, mas ela sabia que ele estava ali.

Desceu do cavalo com dificuldade, caindo sobre a neve fofa. Correu para a portinha, e estremeceu ao ver uma cobra pendurada na fechadura. Ouvia ruídos sussurrados em uma língua estranha.

Tom estava conversando com o tio.

Ela se atreveu a olhar para dentro. Morfino estava sentado numa cadeira de madeira apodrecida, e encarava Tom bem nos olhos. O rapaz segurava firmemente a varinha.

- Então, nada a declarar, titio? – disse Tom normalmente, girando a varinha nas mãos.

- Seu bruxinho insolente! – gritou Morfino, mas sua voz saiu rouca e desengonçada. – Não merece o sangue que tem! Salazar não merece um descendente com sangue sujo, como o seu!

Os olhos de Tom faiscaram num brilho vermelho-assassino.

- Você terá uma conversinha interessante com ele... no inferno. – bradou Tom, aproximando-se do tio. Com um giro da varinha, o dedo de Morfino caiu no chão, juntamente com o anel de Marvolo.

- Trouxa estúpido, filho de um aborto! – gritou o homem com a voz embargada. Segurava a mão ensanguentada com precisão.

- Não é hora para elogios, Gaunt. – disse Tom impassível. – Eu quero ouvir gritos! – berrou Tom.

Uma lágrima escorreu no rosto da menina. Vendo aquela cena, abominava tudo o que tinha vivido, tudo o que tinha feito.

Ela queria ir para casa. Desejava isso com todas as forças, pensava, pedia, implorava para que Dumbledore a privasse dessa terrível visão.

Mas nada acalentou sua dor, nem mesmo os gritos de Morfino Gaunt.

- Você não deveria estar mofando na prisão? – perguntou Tom, desafiador. – Você é um homem mau, titio.

- Vá para o inferno! – gritou Gaunt, sentindo pontadas de agulhas sobre seu corpo. A maldição cruciatus saia com destreza da varinha de Tom.

- Não faz ideia de como minha vida com meu pai e meus avós está sendo boa. – disse o rapaz, ignorando a raiva do outro. – E eu tenho uma noiva, sabia? Ela é bonita e inteligente. – aproximou-se do maior com expressão quase inocente. – Seria tão bom se você a conhecesse, titio, mas não acho que minha Hermione mereça ver tamanha desgraça como o senhor.

- Olha como fala, garoto! – Morfino levantou o rosto e observou Tom. – Você é um fedelhozinho que nada sabe dessa vida, e nem sabe mover os poderes que tem, sangue ruim! – cuspiu nos pés de Tom. – Salazar sente vergonha de você!

Morfino gritou, sentindo outra maldição atingi-lo. Estava suportando firmemente, mas não conseguiria conter a dor.

Os olhos da menina vagaram um pouco, como se perdesse o foco. Não sabia o que fazer, sentia-se fraca e incapaz.

Um vento gelado percorreu sua espinha. Ela gritou de dor.

Tom suspendeu a maldição vendo o corpo esguio de Hermione cair inerte na porta da casa. Seus lábios estavam roxos de frio e sua pele pálida, mas eram seus olhos que mereciam atenção: além de desfocados, estavam levemente sem brilho.

Como se ela estivesse morta.

Tom deixou o tio e pegou-a nos braços, erguendo-a com dificuldade. Colocou a garota sobre o cavalo e subiu logo em seguida, aconchegando o corpo no dela.

Cada galopada era uma facada no peito. Tom não sabia o que estava acontecendo, mas sentia como se algo errado tivesse acontecido enquanto torturava o tio. Um pressentimento.

Abriu a porta da mansão com um estrondo, e gritou pelo pai.

                                        * * *

Hermione abriu os olhos com dificuldade, sentindo-se fraca internamente. A claridade era insuportável e sua retina doía. Tentou se mover onde estava, e sentiu ser empurrada novamente. Estava tonta.

- Abra os olhos devagar. Acostume-se com a luz. – ouviu uma voz conhecida, vindo de perto.

Fez o que a voz pediu. Em um momento poderia observar tudo com mais clareza... antes de olhar curiosamente para a pessoa ao seu lado.

Dumbledore usava uma túnica branca rendada, que se misturava no ambiente em que estava. Hermione também estava de branco.

- Professor? – perguntou confusa.

- Olá, Srta. Granger. Sente-se melhor?

- Sim, mas...aonde estamos?

- Este é um lugar peculiar, Srta., e se quiser encontrá-lo, deve abrir profundamente a sua alma. – sorriu.

- O que aconteceu? – questionou novamente. Estava inquieta.

- Por que não observa este quarto, Srta.? – perguntou Dumbledore, levantando-se da cama onde ela estava. – Creio que lhe fará gosto.

Hermione sentou-se na cama e olhou para seus lados. Haviam milhões de prateleiras com frasquinhos brilhantes, o quarto era branco e faiscava como pequenas estrelas. Suspirou.

- Por favor, senhor, o que está havendo? – perguntou chorosa.

Dumbledore a olhou profundamente.

- Lembra-se que eu vivia lhe dizendo sobre as coisas que aconteciam “Além do Destino”?

Hermione assentiu.

- Vejo que passou a acreditar realmente nisso, o que me alegra. Uma missão muito bem cumprida, devo acrescentar. – deu uma piscadela. – Hoje, eu morri nas mãos de Severus Snape, intencionalmente, é claro. – sorriu.

Como ele poderia sorrir? Uma lágrima escorreu pelo rosto de Hermione.

- Senhor... – começou ela.

- Não, Srta., não diga nada. Somente me ouça, pois será bem preciso. – ele ajeitou os óculos normalmente. – Tom explicou bastante sobre a magia mentollis, o que tira parte do meu fardo. A Srta. deve saber, também, que sou um temporallium e que controlei seu tempo enquanto estava vivo.

“Mas agora, com a morte, não serei capaz de fazê-lo, o que, infelizmente, significa que terei de o deixar correr como faz sua vontade. Significa também que temos condições propositais que relacionarão o tempo presente com o tempo passado, se me compreende bem”.

- Na realidade... estou confusa. – queixou-se ela, mexendo no cabelo.

- Veja, com a magia temporallium ativada, eu podia filtrar todos os acontecimentos que a Srta. mudava aqui. Podia acatar os bons, ignorar alguns outros e modificar de acordo com o que eu achava melhor. Agora não farei mais isso, o que, segundo minha visão, se a Srta. derrubar a torre Eiffel ela não estará de pé no nosso tempo. – explicou cordialmente.

- Quer dizer que... se eu beijar Tom, Voldemort irá se lembrar? Tudo o que eu fizer, a partir de agora, será lembrado por ele? – perguntou exasperada.

- Creio que ele ignore tais fatos, pois até agora não negligenciou nenhum. – Dumbledore deu um sorrisinho e voltou a se sentar.

Então o professor havia mentido. Deixara Voldemort com a simples atuação dos fatos, com certeza sem compreender nenhum.

- O que quer que eu faça? – perguntou ela, esperando o pior.

- O elo está rompido, minha querida. Não tenho o poder de lhe pedir nada.

- O que eu devo fazer, então? – perguntou de outra forma.

- Pode ficar aqui e mudar o rumo do universo... – respondeu pensativo. – ou pode voltar e abandonar tudo.

- Qual das duas coisas desejaria que eu fizesse? – afligiu-se.

- Sinceramente, querida, eu não sei. – disse cansado. – Se continuar no passado e mudar Tom, impedir que ele se torne Lord Voldemort, o mundo terá um rumo diferente...feliz, se você acreditar nisso. Terá que abrir mão das memórias que deixou, dos seus amigos e da sua família. Se voltar, estará ao lado de quem ama, mas lutará numa das piores guerras que o mundo trouxa e o mundo bruxo já teve. São opções bem egoístas, e infelizmente não posso mudá-las.

Outra lágrima escorreu em seu rosto. Dumbledore esquivou-se para limpá-la.

- Sei que deveria pedir desculpas pelo que fiz com você, Hermione. – lamentou-se. – Mas sabia que, de alguma forma, estava certo no que fazia. Caminhava com a certeza de que daria certo, mas não posso privá-la de suas escolhas.

Hermione parou para pensar. Seria capaz de abrir mão de sua família e amigos para salvar o mundo? Seria capaz, ainda, de mudar o destino de Tom, afastá-lo de seus amigos e futuros comensais? Casar-se-ia como ele, e viveria uma vida feliz?

Eram muitas coisas que estavam em risco, mas pensou na segurança e na felicidade de quem queria bem. Pensou em Harry com os pais e o padrinho, Cedrico e... Dumbledore. Pensou em Dumbledore vivo, continuando a guiar a escola de Hogwarts, mas em tempos mais tranquilos e pacíficos.

Pegou na mão do diretor, decidida.

- Eu vou ficar com Tom. – falou convicta.

Dumbledore observou a delicada aliança que ornamentava o dedo da jovem e sorriu singelamente. Apoiou sua própria mão e dela tirou um anel, diferente de todos que a menina tinha visto.

- Este é o anel dos tempos perdidos. Foi criado pela inteligentíssima Helga Lufa-Lufa, e eu o encontrei quando ainda era jovem. – disse ele amavelmente. – Quando a certeza de ficar aqui lhe abandonar, e a certeza de voltar tomar conta de sua mente, é só pensar com convicção e colocá-lo no dedo. – explicou Dumbledore, entregando o anel nas mãos da garota.

Hermione pegou o anel calmamente, e observou este aquecer-se com o calor de seu corpo, revelando poucas palavras que ali repousavam.

“A escuridão lhe chamará, e deves ir até ela com a certeza de que irá voltar para a luz”

- A luz nem sempre representa esperança, ou algo assim. – disse o professor, vendo os pequenos inscritos. – Pode significar conhecimento, da mesma forma que a escuridão pode significar a ausência dele.

- O senhor não me deixaria fazer isso se não tivesse certeza do que está por vir, não é? – perguntou Hermione, sentindo sua segurança perder-se de vista.

- Se o seu coração lhe guia, Srta., todas as coisas darão certo. – finalizou em tom de despedida.

- Professor? – chamou a menina. – Acredito que não há muitos motivos para estar preocupada agora, não?

Dumbledore abriu um sorriso intenso e alegre.

- Eu não daria tanta certeza.

E se foi, deixando uma densa escuridão por trás dos olhos da garota.

- Ela está acordando... – dizia uma voz longínqua que lembrava a de Thomas. – O médico disse que acordaria confusa, teve uma crise de hipotermia.

- Saiam de cima dela, deixe a criança respirar! – berrou Cecília, ardendo levemente seus ouvidos.

Tudo era abafado.

Sentia dedos quentes e compridos afagando sua face, e outros apertando de leve a sua mão. Sentia o peso dos cobertores e o suor escorrendo de sua testa, enquanto o fogo da lareira crepitava bravamente contra o quarto.

- Onde a encontrou, Tom? – perguntou Mary. Sua voz era a mais afastada de todas.

- Estava no caminho do centro da cidade, caída na neve. – mentiu.

- Vou avisar o médico que ela está reagindo. – disse Tom Sr. com precisão.

- Pai... – cortou o menor. – Obrigado por cuidar dela.

Tom Sr. abriu um sorriso consolador e voltou-se para fora do quarto.

Hermione tinha que pensar, e rápido. Em sua outra mão, o anel dos tempos perdidos pesava gradativamente, e uma crescente de medo subia-lhe as veias. Era capaz de abrir o olhos e dizer que estava bem, mas ao mesmo tempo não tinha coragem de fazê-lo.

Começou a reorganizar os fatos com a sequência em que eles ocorreram. Dumbledore estava morto, e isso rasgava-lhe o peito. O elo de temporallium estava rompido, então o tempo futuro correria normalmente e todos sentiriam sua falta...

Até esquecê-la.  Uma lágrima quente escorreu pelo canto do olho.

- Ela está chorando. – disse Thomas, afoito.

- Talvez esteja tenho um sonho ruim. – Cecília propôs. – Ou talvez esteja fazendo um teatro agradável.

Mary estava pronta para retrucar quando Tom soltou-se da menina e colocou-se de frente com a mulher.

- Sou a última pessoa que deveria falar isso, mas você não é da família e não quero o seus palpites. – disse ruidosamente, enquanto a outra o olhava surpresa. – Quero que saia daqui.

Cecília ficou vermelha dos pés a cabeça, mas saiu, batendo o salto na madeira maciça. No momento em que cruzava a porta, Tom Sr. invadiu quarto junto da equipe médica.

- Ela está acordando. – repetiu Thomas.

- Vamos ver, vamos ver. – disse o doutor, colocando o estetoscópio no peito da menina. – O coração está muito desacelerado. – disse. – A pressão arterial está muito baixa, tragam uma colher de sal. – ordenou.

O sódio queimou-lhe a boca seca, mas a sensação que seguiu foi boa. Todo o mal estar cedeu, e ela abriu os olhos.

- Pronto. – disse o médico, retirando o aparelho do corpo dela. – Ficará boa logo.

Tom Sr. apertou a mão do doutor, guiando-o para fora da mansão. Thomas o acompanhou.

- Vou deixá-lo com ela, querido. – disse Mary para o neto. – Preciso conversar com Cecília.

Tom Jr. assentiu e deitou a cabeça em cima da barriga de Hermione. Ela colocou o anel de Dumbledore acima de sua aliança e acariciou os cabelos lisos do outro.

- Achei que iria perdê-la. – sussurrou Tom, beijando cada pedaço dela que alcançasse. Levantou seu rosto na altura do dela e selou seus lábios delicadamente. – Não devia ter ido até lá.

- Você mentiu. – acusou fracamente. – Disse que me avisaria.

- Pode me perdoar? – perguntou Tom, respirando perto da bochecha dela.

- Se me prometer que nunca mais voltará lá. Dê sua palavra.

Tom beijou levemente a bochecha da menina, deixando uma trilha de beijos até seus lábios. Hermione mantinha os olhos abertos e, assim que Tom abriu os seus, ela fixou-se neles.

Estavam de uma cor azul clara, preocupada e cansada.

- Eu prometo, eu juro, escrevo com meu sangue se quiser. – disse com os lábios colados aos dela. – Por favor, se recupere. – pediu dolorosamente.

- Não se preocupe, meu amor. Ficarei bem. – ela sorriu.

Tom a abraçou ternamente e deitou sua cabeça no peito dela, ouvindo o lento batimento de seu coração.

- Eu te amo. – sussurrou, mas ela não ouviu. Essas palavras eram ditas para confirmar, primeiramente para ele, tudo o que estava sentindo.

“Eu sei”, pensou ela, respondendo a declaração oculta. Deixou sua mente vagar novamente na escuridão, mas com a certeza de que voltaria para a luz.    


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Notas finais do capítulo

Que capítulo fofo! *se bate*
Finalmente o Tom diz "eu te amo". Demorou cara, voce já até pediu ela em casamento --'
Dumbledore morreu, e agora? E o Harry, o que ele vai fazer com o diário? :O
Review it! o/