Além do Destino escrita por AnaBonagamba


Capítulo 19
Veneno.


Notas iniciais do capítulo

Eu nem acreditei que saiu um capítulo tão bom em tão pouco tempo! Vocês com certeza fizeram alguma macumba pela minha criatividade!
Eis que escrevo este e já terminei o próximo, que posto amanhã. (ou hoje mesmo, dependendo dos meus reviews, hahaha) Sou meia retardada, pois meus piques de criatividade variam entre 3 e 4 da manhã. Bom, eu acordei essa madrugada e, como não poderia de forma alguma escrever no PC, fiz uma sequencia de fatos no meu caderninho, hahahhahaha / fail. Postei agora com as mãos engorduradas de manteiga empipocada, adoro. o/
Espero de coração que vocês gostem. Eu, particularmente, amei! *---*



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Uma semana havia se passado desde a festa, e muitas coisas haviam mudado. Tom passava a maior parte do tempo com o avô, aprendendo alguns negócios da família e conhecendo pessoas novas. Alegrava Hermione vê-lo tão entrosado nos assuntos dos Riddle’s, e com certeza ele estava feliz ali.

Descobriu que Cecília, a primeira namorada do Senhor Riddle, vivia mais na casa dele do que na sua própria. Passava horas conversando com Mary e Maggie, que era considerada parte da família e cuidava de todos os caprichos da sua senhora. A menina amava passar seu tempo com Mary, pois esta sempre lhe contava boas histórias e tinha um bom gosto impecável... típico de um Riddle.

- Você precisa ser mais delicada, ou acabará picando o dedo. – disse a jovem loira, quando estavam bordando no jardim.

Hermione deu um muxoxo baixo. Em sua época compravam-se as toalhas já bordadas.

- Não tenho talento para isso. – reclamou a menina, vendo a outra terminar o “L” de seu nome. Não havia chego no “R”.

- Seu nome é maior que o meu, não se recrimine. E outra, – adicionou. – eu aprendi isso há muito tempo, e era muito ruim, aliás. – Cecília sorriu.

- Tem conversado com Tom a respeito do filho? – perguntou Hermione, passando a linha na agulha.

- Sim, e ele está bem triste. – comentou. – Disse que o jovenzinho mal troca palavras com ele.

E isso era verdade. Tirando a hora de comer, Tom Junior e Tom Sênior evitavam traçar o caminho alheio.

- Acredito que a conversa que eles tiveram no jardim, no dia da festa, não foi nada boa.

- Conte-me criança! Quem lhe disse isso? – Cecília inclinou-se como se ouvisse um segredo.

- Meu Tom me contou – começou a castanha. – que o pai praticamente tentou comprá-lo com palavras bonitas. Tentou se desculpar por todos esses anos. Ele fez errado, talvez não soubesse como era a ira do filho, mas mesmo assim continuou.

- Eu imagino o que o jovem Riddle deve ter sentido. – disse Cecília. – Todo esse tempo, sofrendo em um orfanato, tratado com pouco... imagino a dor que deve ter crescido dentro do coraçãozinho dele. – completou delicadamente.

- Não só a dor, mas a raiva. – disse Hermione, brigando com o fio de ponto cruz.

- Você e o Tomzinho se conhecem a muito tempo? – perguntou a loira, com interesses ocultos.

- Sim, um ano, praticamente.

- E ele já a pediu em casamento?! – alegrou-se. – Deve ser muito apaixonado, mas, sinceramente, ele não demonstra muito isto. – adicionou com veneno em sua voz.

Hermione sorriu. Se Cecília achava que poderia ser má, sentiria o gosto do próprio veneno.

- Creio que isso seja herança genética, se me perdoa a opinião.

A outra empalideceu.

- Ora vamos, menina, eu conheço Tom Riddle ao dobro da sua idade. – disse ela, dando um nó na linha com raiva. – Sei muito bem o que ele sente somente olhando pra ele.

- Não sou de julgar ninguém, claro. – Hermione sorriu maldosamente, olhando para o punhado de cores. – Conheço o pai de Tom há uma semana, mas ele não parece demonstrar seus sentimentos pelo olhar. É uma coisa que aprendi tendo contato com o filho dele e, se já reparou os dois são bem parecidos.

Cecília deu de ombros e continuou seu bordado.

- Estudam juntos, então?

- Sim, estudamos. – respondeu Hermione com simplicidade.

- Ele vai cursar o que? – Cecília olhou a menina. – Direito?

Hermione riu alto. Imaginou Tom como um juiz. Com certeza contaria essa história para ele depois.

- Não sei o que ele quer fazer. Acho que nem ele sabe. É jovem de mais.

- Você tem que aprender a bordar toalhas, minha querida, e cozinhar! – disse a loira, tirando os fiapos de linha do seu trabalho. – Uma boa esposa sabe fazer, e muito bem feito, trabalhos domésticos. – e adicionou, de má índole. – Não é por que será uma Riddle que Maggie fará tudo por você.

- Na realidade, - respondeu grossa. – Maggie não faria nada por mim nem se eu implorasse. E com certeza não precisarei de ninguém. Sei me virar sozinha.

Hermione estava ficando vermelha, e não conseguia manter a coordenação para bordar. Cecília riu suavemente e passou a renda pela toalha.

Se pudesse, tiraria agora mesmo a varinha de seu bolso e mostraria para aquela criatura tudo o que era capaz de fazer.

“Engraçado o que a raiva muda na gente”, pensou. Virou-se para o lado e tirou a varinha do bolso. Acenou para a toalha, que ficou pronta num segundo, com a renda e tudo. Mostrou para a mais velha.

- Adequado? – perguntou, levantando-se.

O queixo de Cecília caiu levemente.

- Como conseguiu fazer tão rápido? – perguntou surpresa.

- Trabalho melhor sobre pressão. – respondeu a menina, gabando-se por dentro. – Vou mostrar para Tom.

E saiu.

A vontade de vingança crescia dentro de Cecília e esquentava seu sangue.

- Maggie...MAGGIE! – gritou brava para a criada. – Venha aqui, precisamos tirar esses fedelhos da minha casa.

                              * * *

Apesar de estar se acostumando com a casa onde estava, Tom Jr. não deixava de se perder entre um grande cômodo e outro. As salas eram tão grandes e tão cheias de portas que seus olhos se confundiam em qual deveria sair, em qual deveria entrar.

Por fim, optou pela porta dupla de madeira entalhada, levemente entreaberta.

- Precisa de alguma coisa? – disse o homem de costas sentado na cadeira, ao ouvir o barulho de passos.

- Errei a porta. – disse para o pai e se virou rapidamente para sair dali.

- Espere! – pediu Tom Sr., indo até o filho. – Precisamos conversar.

- Será que não deixei claro que não quero falar sobre nada, com você? – disse rudemente, olhando nos olhos azuis idênticos aos seus.

- Quero propor um trato. – disse rapidamente, com medo de interrupção. – Não nos conhecemos bem, Tom, e isso é algo que realmente quero mudar. Se depois deste trato você ainda me odiar, eu aceito que nunca mais fale comigo, ou que me odeie para o resto de sua vida.

- E como esse trato vai funcionar? – perguntou o mais novo.

- Você aceita, então? – animou-se Tom Sr.

- Depende. Quero saber como funciona.

- Vamos conversar mais. Quero saber sobre sua vida, as coisas que você gosta, o que você planeja no futuro...

Tom Jr. estremeceu. O futuro que ele planejara estava ruindo nas mãos da amante.

- enfim, - continuou. – Quero conhecer mais meu filho. Dessa forma, você pode me perguntar qualquer coisa.

A mente do mais jovem tiquetaqueou. Qualquer coisa, mesmo?

- Está feito. – disse por fim, estendendo a mão para o pai. – Vamos ver no que isso vai dar.

Tom Riddle Sr. pegou a mão do filho e balançou-a levemente, até ele livrar-se do aperto e dar-lhe as costas.

- Tom, querido! – ouviu a mãe conversar com seu filho na antessala. – Vamos dar uma volta?! Preciso que me conte várias coisas!

Tom Sr. deu uma risadinha baixa. A família toda estava rodeando a vida de seu filho... inclusive ele mesmo.

- Aonde vamos, vovó? – perguntou Tom, vendo a velha senhora sair da casa e andar pela estrada batida. Já tinha se acostumado com a ideia de chamar Mary de avó.

- Só caminhar, o tempo está frio. Nada como uma boa caminhada para aquecer as juntas. – sorriu, apoiando-se no braço dele. – Queria conversar com você.

- Sim, como quiser.

- Bem, meu amor, sabe que eu nunca estive tão contente em ter alguém a mais aqui, principalmente sendo você como é. – Tom sorriu envergonhado. Sabia que uma sequência de elogios estava por vir. – É educado como um príncipe, e age como um, também. Nunca pensei que ficaria tão encantada em ter um neto, mesmo esse sendo três palmos mais alto que eu. – a velha gargalhou suavemente.

Tom imaginou-se pequeno, no colo de Mary, embalado numa cantiga de dormir.

- Pode dizer, vovó, sabe que não lhe negarei a resposta. – disse sorrindo para a avó.

Em tão pouco tempo Mary já soube conquista-lo. Ela estava sendo para ele a mãe que nunca tivera, e dessa forma não podia dizer não.

- Você faz coisas, não faz? – perguntou temerosa. – Você e aquela adorável menina.

- Que tipos de coisa? – retrucou com uma pergunta.

- Mágica, meu neto. Vocês são capazes de fazer magia. – afirmou cabisbaixa.

- Do mesmo jeito que não nego uma pergunta, não negarei a verdade. – disse Tom, sacando a varinha e apontando para o céu. Um passarinho pousou em sua mão e ele entregou-o a avó.

Mary não disse nada nem pensou nada. Ela já sabia.

- Não vou contar a ninguém, se isso te preocupa. – disse, acariciando o bichinho em suas mãos.

- Não é isso que me preocupa. – reverteu Tom. – O que realmente me deixa afito é o que a senhora pensará de mim depois dessa revelação.

- Eu? – Mary levou uma mão ao peito teatralmente. – Eu não pensarei nada, querido, eu o amo e não faz diferença nenhuma se você é magico ou não. A magia vem do coração, meu bem, e enquanto usá-la para isso – levantou o passarinho para que ele voasse. – estará fazendo a coisa certa.

Tom acariciou de leve o braço da avó.

- Não te importa que eu seja assim? Uma aberração?

Mary suspirou.

- Você não é, e jamais será uma aberração. Você é meu neto, sangue do meu sangue, e eu o amo mais do que você pode imaginar. Aberração é a criatura que um dia lhe disse isso.

- Eu herdei essa parte da minha mãe. – acrescentou Tom, temeroso.

Mary deu meia volta em seu caminho.

- Eu sei. – disse por fim. – Eu sempre soube, ela usou isso para seu pai se apaixonar por ela. Perguntei à uma velha senhora que vendia umas poções estranhas debaixo do toldo do circo. Tempos difíceis, aqueles, Tom.

O rapaz não disse nada, deixou-se guiar pela avó.

- Ela usou uma poção do amor, então. – concluiu num sussurro.

- Não sei o que ela fez, mas desistiu. Talvez pensou que seu pai realmente a amava, pobrezinha. – Mary olhou para Tom pacificamente. – Não a julgo mais, meu querido, pois amar alguém incondicionalmente e não ser correspondido é algo capaz de matar uma pessoa.

Tom apenas assentiu, vendo Hermione se aproximar.

- Boa tarde, quase noite. – disse a menina com um lindo sorriso nos lábios. Mary soltou-se do neto para este ir de encontro com Hermione. – Veja o que eu fiz essa tarde. – mostrou a toalhinha ricamente bordada.

- Ora! Isto é um verdadeiro talento! – disse Mary, observando a toalhinha. – Muito bem, minha querida. Aposto que não usou magia para fazer isso. – piscou a mais velha, vendo Tom abrir um enorme sorriso.

- Na realidade, - começou Hermione, entendendo tudo de cara. – Eu usei magia sim. – e riu.

- Oras... – disse Tom. – Não creio! Já estava ficando conquistado com esta bela representação de... egocentrismo. – indicou o “Hermione” bordado na toalha. – Se me amasse, bordaria Tom, e não seu nome. – balançou a cabeça num ato de incredulidade.

Mary riu mais alto, ao ver a menina dar um pequeno tapa no noivo.

- Cecília pode bordar duas escrito “Tom Riddle”. – acusou. – Não mudará nada. – e cruzou os braços no peito.

- O que adiantaria a Cecília fazer, não é, vovó, quando queria mesmo que minha toalhinha fosse completamente forjada por suas delicadas mãos, Hermione? – disse Tom, pegando nas mãos da outra e puxando-a para si.

- Não teria graça alguma, meu querido. – disse a senhora. – Graça alguma.

- Vamos entrar, sim? – pediu Hermione. – Está ficando tarde, e frio! Não pode deixar sua avó na friagem, Tom Riddle. – censurou.

- Madames? – disse Tom, entregando um braço para a avó e passando o outro pela cintura de Hermione. – Permitam acompanha-las até a mesa de jantar?

- Claro, cavalheiro. – disse Mary, risonha.

- Mais uma vez que dizer isso e eu deixo você vencer. – sussurrou Hermione no ouvido de Tom.

Claro, o julgamento. Tom sorriu abertamente, um sorriso que estava se tornando comum em seu rosto.

- Eu já venci, meu bem. – sussurrou de volta no caminho para a casa.

Maggie já havia preparado a mesa do jantar e estava servindo os pratos. Tom e Hermione foram colocados um de frente para o outro, enquanto o rapaz estava no meio do pai e da avó. Aquele lhe deu um sorriso terno quando se levantou da mesa.

- Posso servi-la, vovó? – perguntou Tom cordialmente, vendo a avó cansada ao seu lado.

- Por favor, querido. – respondeu a senhora.

Tom pegou o prato e serviu-a de uma pequena porção da sopa que havia pedido. Nos dias que passara ali percebeu que a avó não comia muito.

- Obrigada. – disse Mary, quando Tom colocou o prato na sua frente.

Na primeira colherada, Mary engasgou. A princípio nenhum dos Riddle e nem Cecília deu importância, até que Mary levantou-se e começou a sufocar.

- Mary, querida! – gritou Thomas, tentando acalmar a mulher.

- Tente respirar, tente respirar! – pediu Tom Sr., segurando-a pelo braço.

- Tom Jr., - gritou o avô. – vá buscar um médico, e rápido! – pediu.

Tom correu para a porta, mas Hermione o parou.

- Se ela sufocar, vai morrer! – disse exasperada. – Vá até seu quarto e pegue uma poção, rápido! Não temos muito tempo! – disse ela, vendo o corpo da senhora perder as ações.

Tom subiu no quarto com passos mais apressados que podia suportar, abriu a mala e pegou uma poção. “Diatmenio”, estava escrito no frasco. “Poção contra envenenamento alimentar”.

Desceu de três em três degraus e foi até a avó estirada no chão. Seu pai bagunçava os cabelos enquanto o avô tentava chama-la.

- Tome isto. – disse para a avó. – Thomas pegou o frasquinho e ajudou Mary a beber.

No segundo seguinte, ela estava feito nova.

- Foi envenenada. – disse Hermione, olhando diretamente para Maggie e Cecília, que estavam paradas na porta, assistindo a tortura de camarote. – Quem fez a sopa?

- Por que acha que foi a sopa, menina? – perguntou Cecília, olhando-a raivosamente.

- Só pode ter sido isso que a envenenou. – disse Hermione. – Ninguém mais relou na sopa.

- A não ser que alguém tenha posto algo nela antes de ser servida. – disse Maggie, se intrometendo.

Cecília olhou acusatoriamente para Tom Jr.

- Não foi nada, já passou. – disse Thomas, levantando a esposa. – Filho, me ajude a colocar sua mãe na cama. Não voltarei a mesa.

- Claro, papai. – respondeu Tom Sr., olhando de esguia para Cecília, que deu as costas e foi embora.

- Eu disse que você só romperia a paz e a harmonia dessa casa. – disse Maggie para Tom Jr. – Devia ir embora, aberração.

Hermione empurrou-o levemente em direção ao quarto. Aquela noite havia terminado ali.

     * * *

Hermione entrou no quarto de Tom com passos leves, pois talvez ele estivesse dormindo. Mary separou-os logo no primeiro dia, com a desculpa de que os queria “sóbrios” enquanto estivessem aqui.

Infelizmente teria que descumprir as normas da boa etiqueta.

- Tom? – chamou pesarosa.

- Tem alguma ideia do que aconteceu ali? – perguntou Tom, sentando na janela.

Hermione foi até ele e virou-o para si, enquanto se sentava em seu colo. Tom passou os braços por ela, abraçando-a ternamente.

- Eu sinceramente acho que foi um plano muito bem bolado. – disse, acariciando os cabelos do outro. – Isso me cheira a loira.

Tom sorriu dolorosamente.

- Hoje eu e meu pai conversamos. Nós fizemos um trato. – contou.

- Que tipo de trato?

- Vamos conhecer um ao outro, antes de jogar as cartas no fogo. – ele tirou uma das mãos da cintura de Hermione e apertou a mão da menina na sua. – Contei para minha avó sobre nossos...hm...talentos.

- Eu sei disso. Fico feliz e tranquila que tinha contado. – ela acariciou a mão de Tom sensualmente. – Agora não temos que esconder nada.

- Ninguém mais ficará sabendo, Hermione. Ela prometeu.

- Eu sei...eu sei... – sussurrou. – Mas mesmo assim não precisamos mais ficar tão temerosos quanto a isto.

- Que coisa mais ridícula para ter medo, meu amor.

Hermione estremeceu. Era a primeira vez que Tom a chamava de meu amor com todas as palavras. Isso a alegrou profundamente.

- Eu te amo. – disse sem pensar. Por um instante, se arrependeu, lembrando-se de quem era aquele rapaz. Mas quando os lábios de Tom procuraram os seus, deixou esse pensamento flutuar para longe da mente, dando espaço a todas as sensações que sentia.

- Tom... – chamou-o quando seus lábios desceram para o pescoço. – preciso te contar uma coisa.

Riddle parou contra a vontade.

- Sim? – disse, virando-a para si. Cada perna da menina estava em um lado de seu corpo.

- Mary me disse sobre a família de sua mãe, os Gaunt. – esclareceu. – Parece que você tem um tio nas redondezas de Little Hangleton.

O olhar de Tom gelou abruptamente.

- Um tio? – perguntou incrédulo.

- Sim, Morfino é seu nome. Tom, ele tem precedentes mágicos. – disse.

- Eu sei, também é herdeiro de Salazar. – a conversa estava ficando interessante. – Ele poderia me contar sobre tudo!

- Tudo o que? – questionou confusa.

- O que aconteceu com a minha mãe, como era a vida dele, tudo, Hermione, tudo o que eu não sei! – disse altivo.

- E se ele se recusar a contar? – ditou a possibilidade mais clara de ser verdadeira.

- Ele não irá se recusar. – disse com a voz lasciva.

- Está pensando em ir vê-lo? – perguntou a menina, saindo do colo de Tom.

- Sim, estou. – respondeu simplesmente, mau e frio.

- Quando? – Hermione sentia a tensão crescer dentro de si.

- Em breve. Eu irei avisá-la, não se preocupe.

Por incrível que parecesse, Hermione sabia que Tom estava mentindo.

- Vou voltar pro meu quarto. – declarou.

Tom se levantou e foi até ela.

- Sabe que, se quiser, pode ficar aqui. – disse, abraçando-a novamente.

- Sei, mas as regras que vigoram aqui são da sua avó. É claro que desejo estar a cada momento com você, mas seria bom se demonstrássemos pelo menos respeito onde estamos.

- Um lugar muito melhor, e com uma comida muito mais agradável que um albergue barato. – disse Tom, repousando sua cabeça no ombro da garota. – Aposto que todos estão pensando que tentei envenenar minha avó.

- Aposto que seu pai é muito inteligente e, assim como você, buscará a verdadeira origem dos fatos. – disse beijando-lhe docemente.

Tom retribuiu o beijo sem intensão de aprofundá-lo.

- Vou indo, vejo você amanhã. – disse beijando seu rosto com delicadeza. – Boa noite.

- Boa noite, mennya liublie. – disse Tom, fechando a porta do quarto.

Então ele ainda tinha um tio pela parte dos Gaunt. Informação interessante, esta, uma vez que poderia ser muito útil a mente do tio, e todos os poderes que ela continha.

Pareceria inútil dormir agora, e foi exatamente o que Tom fez. Quanto mais planejasse, mais se decepcionaria. Era hora de deixar suas contas ao revés do destino.


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Notas finais do capítulo

Cecília é bordadeira e que nem a minha avó, fica menosprezando o trabalho alheio, hahaha.
Estão sentindo um cheirinho de queimado? É mente do Morfino "assando" nas mãos do Tom *maldadeon*
Mary foi envenenada, tadinha. Isso tem dedo de loira, kkkkk, *palmas para a Shari*
Divaguei muito nesse capítulo, e a fic está quase acabando. *cry* espero que estejam curtindo os 5 capítulos finais. (este e mais 4, se minhas contas estiverem certas)
Um super beijinho e, Eliza querida, dá pra postar Por outro lado? Obrigada! hahahahaa ♥3