Além do Destino escrita por AnaBonagamba


Capítulo 14
O futuro nos engana.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo para Luiza Andrade, a minha escritora poética/dramatica favoritíssima :D
Ela, que me dedicou uma das mais lindas poesias que já li: "perdida na claridade", e eu, que lhe dedico um capítulo de uma fic (pobre, hahaha).
Mas, lhe prometo mennya liublie, quando tiver bastante inspiração, escrevo uma poesia nas "50 cartas para Avec Tristesse". Aguarde!
Aqui está o último do dia, com cheirinho de coisa nova.



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- Bom dia, senhora Riddle. – disse Tom, afagando os cabelos de Hermione.

- Senhora Riddle? – ela riu, abrançando-o. – Ainda não me casei com você.

- Considere que em breve será senhora Riddle, então. Vá se acostumando, querida. – ele sorriu sarcástico, beijando-a. – Levante, temos que visitar parentes nossos.

- É, estou prestes a conhecer meu futuro sogro. – ela sorriu.

- Estranho dizer isto. Estou prestes a conhecer meu pai. – ele caminhou até a porta. – Vou pegar algumas coisas para comermos. Partimos em seguida. – disse sério. – Agilidade, querida.

E saiu, deixando Hermione sozinha no grande quarto sonserino.

Não podia acreditar no que estava acontecendo. Entre as emoções que Tom lhe proporcionava não conseguiu raciocinar nem por um instante. Sim, ela tinha feito com o futuro Lord das Trevas, e para piorar, seria esposa dele.

- Não não não não não não não. – Dizia no banheiro, completamente pronta, observando seu rosto no espelho. – Isso jamais seria possível!

Precisava fazer alguma coisa. Conversar com alguém, se possível. Alguém que não fosse Tom, muito menos Rebeca, que ficaria com os olhos brilhando de êxtase e pediria todos os detalhes. No mínimo, acharia o máximo, estar noiva do garoto mais desejado de Hogwarts em todos os tempos. E acharia melhor ainda jogar na cara de Felipe que a garota que ele gostava estava NOIVA de seu inimigo. Perfeito.

Alvo Dumbledore. Sua mente estalou. Peça ajuda a Dumbledore!

- É exatamente isso que farei. – disse correndo para a porta, quando esbarrou em alguém.

- Oi, Tom. – riu sem graça.

- Vai a algum lugar? – falou, empurrando-a de volta para o quarto.

- Sim, querido, quero falar com Dumbledore.

- E o que você teria de dizer para ele quando pode dizer para mim? – perguntou, prendendo-a em seus braços.

- Coisas que homens não entenderiam.

Poxa, essa passou longe.

- E Alvo Dumbledore é o que? Um elfo? – Tom riu da expressão envergonhada da menina.

- Você não entendeu. – ela sorriu. – Quando disse “homens” me referia à jovenzinhos feito você.

- Jovenzinho, querida. Sou mais velho que você, esqueceu-se?

- Tom, por favor. – ela implorou, olhando nos olhos dele e acariciando seu rosto carinhosamente. – Deixe me ir, sim?

- Aprendeu com o violino, miss Granger? – libertou-a. – Volte logo, não quero demorar a partir senão as carruagens estarão cheias de veteranos idiotas.

- Como quiser. Pode escrever no seu diário, enquanto isso. – disse ela, fechando a porta e deixando um Tom extremamente confuso.

Hermione correu para a sala de Dumbledore, mal prestando atenção nas pessoas que a cumprimentavam e acenavam para ela.

- Aonde vai tão apressada assim? – disse Felipe, puxando-a para perto.

- Preciso falar com Dumbledore. – disse ríspida, tentando se afastar.

- Onde está seu monstro de estimação? – ralhou Felipe, prendendo-a.

- Não fale assim do Tom. E não lhe interessa onde ele está. Solte-me.

- E se eu não estiver afim, hein? – falou, aproximando seus lábios dos dela.

- Você estaria encrencado, Hutter. – alguém disse.

Mas este alguém não era Tom. Era o Malfoy.

- Acho melhor tirar suas patas imundas de cima da milady, meu amigo. – continuou Abraxas, em tom de ameaça.

- Ora, ora, ora! Os capachos do Riddle foram colocados para proteger você, hein? – Felipe riu. – Mas eu não vou desistir!

- Deveria desistir, seu idiota. Não viu o anel na mão dela? – crispou Malfoy, levantando a mão de Hermione.

Tom Servolo Riddle, brilhava no interior, refletindo uma luz leve do lado externo.

- Você...vai se casar com ele? – disse Felipe, horrorizado.

“Desculpe-me!” Pensou Hermione. Mas por que Hutter deveria desculpá-la?

- Sim, irei me casar com ele. Estamos noivos, Felipe. – completou.

- Eu pensei que você não era como eles. Você nos traiu. Você me traiu! – disse inconformado, saindo do local e deixando Hermione junto de Abraxas.

- Não ligue para o que o canalha disse. – falou Malfoy, arrumando suas roupas com destreza, lembrando-lhe muito seu neto, Draco. – Você não traiu ninguém, milady.

- Malfoy, por que está me chamando assim? – perguntou desconfiada.

- A milady agora é futura esposa do Lord. – empostou-se, com um leve sorriso. – Iremos, todos nós, amigos fiéis, protege-la como protegeríamos Tom.

- Obrigada, Malfoy, fico agradecida, mas...não preciso de proteção. – virou-se para o escritório de Dumbledore.

- Tem razão! – berrou Abraxas, longe dela. – Para o milord ter lhe escolhido, com certeza corre bravura na pureza de seu sangue!

Pureza de seu sangue. Hermione queria vomitar com aquelas palavras.

Pois a última coisa que Tom Riddle sonhava era que Hermione Granger se tratava de uma sangue-ruim. Se soubesse, não teria sequer chego perto no começo.

- Srta. Granger! – disse Dumbledore, levantando-se da cadeira e cumprimentando a moça. – A que devo a honra?

- Professor...eu e Tom...nós...nós vamos...

- Se casar, imagino. – Dumbledore riu, observando o anel na mão da menina. – Fico contente por isso, nunca pensei que Tom firmasse um relacionamento sério. – e piscou.

- Professor, não sei como dizer isso, mas...

- Pois então não precisa dizer. – interrompeu Dumbledore, levantando-se. – Infelizmente, Srta., você precisa aprender a seguir seu coração sem pensar nas consequências presentes ou futuras. – Dumbledore riu. – Se acha que ficar com Tom Riddle implicaria numa série de problemas para o futuro não deveria nem ter começado.

- Eu não entendo! – disse ela, levantando-se também. – Como o senhor sabe disso?

- Digamos que “meu eu” tem me mandado recados muito pertinentes para saber o vosso desempenho. – riu. – Sejamos sinceros, minha querida, não há nada a temer.

- Não foi isso que o senhor...ou melhor, seu eu do “futuro” me disse quando saí do meu tempo e do meu espaço pela primeira vez. Ele me disse que tinha muitas coisas a temer.

- Me diga, Srta... se sua missão acabasse nesse exato momento e eu lhe dissesse para ir embora agora, a Srta. iria? – perguntou, olhando-a fixamente.

- Eu... – começou.

Não seria capaz. No fundo, Hermione sabia que, mesmo amando incondicionalmente seus amigos, mesmos sabendo de tudo o que se tratava sua estadia no passado, o que estava acontecendo passava longe de ser uma missão.

Acabara se tornando sua própria vida.

- não. Eu não iria, senhor. – completou a frase, vendo o sorriso do professor se ampliar.

- Então creio que realmente não há nada para temer, Srta. Granger.

- Eu não irei embora, não é? – perguntou amedrontada.

- Só se desejar muito. Enquanto isso, tem a oportunidade de viver momentos bastante felizes aqui, ao lado dele.- Dumbledore virou-se para a porta, abrindo-a. – Não sei se me veio buscar um conforto, ou um conselho...mas se espera um, lhe digo, querida: Tem coisas que vão além do destino.

Além do destino. Além do destino. Além do destino.

Quantas milhões de vezes teria que ouvir esta expressão?

- Parece cansada. – disse Tom sem olhar para ela, focado em seu diário.

- Não...só estou preocupada.

- Avisou seus pais que passará as férias comigo? – ele sorriu.

- Como?

- Imaginei que quisesse pedir permissão a eles. Por isso foi até o Dumbledore. – disse simplesmente.

Ótimo. Era um bom motivo para disfarçar a conversa tensa que teve com o diretor.

- Você tem certeza de que não é um mentollis? – ela sorriu, aproximando-se dele e pousando uma das mãos em seu ombro.

- Absoluta, mennya liublie. Já lhe disse que, se fosse um mentollis, certas coisas seriam diferentes. – seus olhos brilharam uma suave luz vermelha.

- Nem me atrevo a perguntar o que.

- Fiquei contente que o Malfoy tenha defendido você por mim. – ele disse, sem ouvir uma palavra que ela tinha dito. – Quanto ao Hutter, ele não vai mais nos incomodar.

- O que quer dizer com isso? – estremeceu.

- Nós não estaremos aqui nas férias, não é? – desviou-se agilmente. – Portanto estaremos livres dele.

- Hmmm, eu não ligo para o que ele diz, ou o que ele faz.

- É claro que não. Você é boa de mais para se importar com esse tipo de coisa. Agora...- ele parou, beijando-a de leve. – Está pronta para partirmos?

- Claro. – disse animada.

- Ficaremos em uma estalagem, perto da cidadezinha onde meu pai mora. – disse Tom. – Chegaremos tarde, pelas minhas contas, então iremos encontra-lo só amanhã.

- Ansioso para conhecê-lo, finalmente? – ela sorriu, enlaçando seu corpo no dele.

- Extremamente, minha querida. Você não imagina o quanto. – disse, iniciando um novo beijo.

* * *

Hermione e Tom despediram-se de seus amigos. Ela, com abraços apertados e ele com simples apertos de mãos. Hermione sorriu docemente para Abraxas, que lhe acenou a cabeça como se fosse uma rainha.

Uma Lady das Trevas, pensou ironicamente. Era o que estava parecendo.

- Eu lhe disse que iria acontecer, Hermione querida. – acusou Rebeca, rindo deliciosamente.

- Como...você sabe, sua menina malvada? – a outra riu a expressão levada de Rebeca.

- Está escrito nos seus olhos. Mas isto – apontou o anel que delineava-lhe o dedo. – foi uma grande surpresa.

- Nem me diga. Surpreendeu-me mais do que qualquer outro.

- Espero que sejam felizes. Muito felizes, alías. Vocês são perfeitos um para o outro.

- Sério? – Hermione gargalhou.

- Sim. Ambos são inteligentíssimos, se destacam em tudo, são lindos, são adorados, são venerados... – ela citou. – Teria vários outros caracteres para dizer-lhe, mas sinto que seu namo...noivo está me olhando com um jeito assassino. – riu. – Bom, boas férias para você, senhora Riddle!

- Tchau Rebeca. – virou-se para Tom. – Já vamos embora?

- Sim.

- Não vejo motivos para esperarmos mais, então. – pegou a mão do outro, que também continha um anel. – Não me lembro de tê-lo posto aqui. – disse para Tom.

- Ele ainda não tem valor. – Riddle riu. – Você não pediu para o meu pai.

- E nem vou pedir! Essa é sua função, não minha.

- Pois creio que terá que responder por ele, Srta. , ou melhor, Sra. Riddle. – deu uma piscadinha para Rebeca, que riu dos dois. – Vamos embora.

Embarcaram ainda cedo, antes do almoço. Tom tentara aparatar assim que saíram de Hogwarts, sem sucesso algum. Parecia que o lugar em que Tom Riddle Senior morava era completamente desprovido de intervenções mágicas, o que desagradou muito o filho.

A moça, por sua vez, estava adorando. Apesar dos buracos que a carruagem passava por cima, a paisagem que delineava a estrada era simplesmente encantadora. Os montes estavam secos, o que contrastava com as árvores que cercava, tão verdinhas como as roupas do tenso rapaz do seu lado.

Tom mal se mexia. Às vezes trocava de posição, outras acariciava a menina, lia, fechava rispidamente o livro, comentava algo sobre a escola.

Em nenhum momento falou sobre anel, matar, ódio, raiva, ou mesmo comentou sobre o pai e os avós. Estava completamente desligado dos fatos.

Hermione planejava, silenciosa, como deveria agir caso Tom realmente decidisse matar seu pai e seus avós. Não sabia o que fazer, pois, mesmo conhecendo-o bem, sabia que ele seria capaz de machuca-la se, por acaso, interrompesse algum plano maligno que ele traçara.

- No que está pensando? – perguntou Tom, arrancando-a de seu transe.

- No futuro. – ela olhou para a aliança.

- Você é muito jovem para pensar nisso, não acha?

- E você tem a minha idade, então pare de tentar ser o mais velho. – ela enrijeceu.

- Desculpe-me. – riu Tom. – Não pretendia chateá-la, só queria me distrair um pouco. Andar em meios trouxas me deixa transtornado.

- Por que não olha a paisagem do lado de fora? – questionou a menina, observando-o ternamente.

- Não me importa como seja lá fora. Tenho tudo o que quero. Aqui. Dentro. – sorriu.

Hermione se perdia com frequência nos sorrisos de Tom.

- Sobre o futuro... – ele interrompeu quando ela ia começar a falar. – eu acho melhor você parar de pensar nele.

- Por quê?

- Ora, querida, deveria saber acima de tudo que o futuro nos engana. Quem diria que estaríamos aqui, juntos, em busca de uma família que eu sequer sonhava que existia?

Hermione sorriu.

- Não poderia imaginar isso, nunquinha.

- Eu muito menos. – completou Tom. – Aliás, o futuro pertence à nós. Não há motivo para pensar nele quando o temos em nossas mãos.

- Acredita mesmo nisso, não é?

- É claro que sim! – Tom ajeitou-se no desconfortável banco da carruagem. – Tenho motivos de sobra para acreditar que nós fazemos nosso caminho. Não existe esse negócio de destino, Hermione. Nós traçamos nossos objetivos.

- E quais são seus objetivos agora? – arriscou a pergunta.

Tom, simplesmente, olhou-a nos olhos e a contemplou assustada.

- Eis que não sei. Deixo por conta do destino, talvez.

Hermione, confusa, não retrucou. Contentou-se a olhar o dia ir embora, pela pequena janela, e rezar para que o destino fosse favorável a ela.

Agora, mais do que nunca, ela precisava confiar em si mesma...e confiar em sua missão.


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Notas finais do capítulo

ELIZA, ELIZA, ELIZA! Que fic que é essa, menina?!
Pessoal, acompanhem: http://fanfiction.nyah.com.br/historia/111081/Por_Outro_Lado...
não irão se arrepender! Amantes de Tom Riddle, só curtindo! *---*
Estou simplesmente apaixonada...e morrendo de pena da Sophie. :( Mas fazer o que, a personalidade Riddle sempre fala mais alto.
E aí, gostaram? Mereço reviewslindos? ♥3 PS; alguém perguntou no meu email se tinha algum video de piano postado no youtube... bem, pra quem tiver interesse ... http://www.youtube.com/user/SissiStrakovinch?feature=mhum Tem videoszinhos cantando e tocando, nhaaaaa. :~ Divirtam-se aí também. Se quiserem pedir músicas, podem pedir, sou uma pessoa legal :D