Além do Destino escrita por AnaBonagamba


Capítulo 12
Atentamente.


Notas iniciais do capítulo

Para todos os meus amorezinhos que comentaram e aqueles que não comentaram, afinal, estão todos me acompanhando e me ajudando a cada momento!
Espero que este capítulo não deixe ninguém frustada, afinal, ele não tem o Tom... ):
Tcham tcham tcham tcham! Então cá está mais um, novinho em folha, quentinho pra vocês! Devorem-no logo!
Um beijo e até a próxima! (em breve, hahaha)



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- Professor Dumbledore! – disse Hermione, cheia de afobação. – Eu preciso voltar! Tom está entrando de férias e vai procurar o pai!

- Srta., não se preocupe. – disse o diretor estendendo a mão para levantá-la do chão. – Você voltará a tempo de passar as férias com o Sr. Riddle, agora... – ele a olhou. – Sente-se e me conte tudo.

Hermione contou para Dumbledore tudo o que ocorreu em sua visita ao passado. Destacou a conversa com Rebeca e a magia mentollis, o que impressionou o velho diretor.

- Fico surpreso que tanta informação tenha sido absorvida em poucos meses. – disse ele. – Eis que me foi muito útil.

- Senhor...eu estou...

- Apaixonada por Tom Riddle, eu sei. – Dumbledore riu. – Não se preocupe, isso não é um crime, afinal, ele ainda não é o maior assassino em série da história da magia, é só um garoto.

- Mas, professor, tenho medo de que minhas ações prejudiquem, bem, o senhor sabe... o futuro e todas aquelas outras coisas. – disse a menina, cheia de receio.

- Querida, não se preocupe com isso. Fico agradecido por ter aceitado a missão e não me arrependo. – ajeitou os óculos meia-lua no nariz e observou-a atentamente. – A Srta. teve a capacidade de agir normalmente e se adaptar à nova vida mais rapidamente do que eu pensei.

- Esse não foi meu maior problema, senhor. Tom, por exemplo, é muito incomum. Ele não tem a personalidade do Lor das Trevas.

- Sei que não, mas não se engane! – ele a repreendeu. – Tom Riddle, mesmo tão jovem, já tinha várias características de Lord Voldemort em seu ser... – meditou. – Acredito que a Srta. não conseguiu vê-las no momento em que se focou em outros pontos.

- Me desculpe, senhor. Não irá se repetir. – ela disse sinceramente.

- Olhe, Srta. Granger, você me surpreende cada vez mais. Tome. – entregou a ela um folhetim de jornal. – Leia.

LORD VOLDEMORT DESISTE DE TOMAR O MINISTÉRIO.

Pessoal autorizado diz que reforços não serão mais necessários.

- Mas... o que é isso? – perguntou a confusa menina.

- Um dos resultados de sua estadia no passado. – Dumbledore sorriu. - Parece Voldemort está mudando, aos poucos.

- Voldemort está...mudando?

- Sim. Sabe, como a própria Srta. pode perceber pelo seu nível de inteligência, a magia temporallium é uma magia restrita e extremamente poderosa, uma vez que você vive na época em que está.

“Um vira-tempo muito bom te mandaria para 30 anos atrás. – respondeu Tom. – Um temporallium pode ir para quando quiser. Aliás, com um vira-tempo, você não pode ser visto, senão haverá consequências severas. Com temporallium, você pode viver na outra época.”

- Mais poderoso que qualquer vira-tempo. – disse a menina. – Capaz de alterar diretamente o futuro.

- Sim, mas temos que ser cautelosos! – disse Dumbledore. – Está tarde, Hermione, deve ir.

- Professor, como ficou o tempo aqui? – perguntou ela. – O senhor me disse na mensagem que não pode trazer-me mais cedo...

- E realmente não pude. – Bem, temos algumas horas antes do dia amanhecer no passado e Tom partir para Little Hangleton. – Vá para o seu quarto, o dia aqui está apenas começando. Tem alguns minutos para o café.

- Sim, professor.

- Aconselho a Srta. a continuar lendo o diário de Tom. – disse piscando levemente para ela. – Seria bem interessante saber um pouquinho sobre o “futuro-passado”.

- É exatamente isso que vou fazer. – disse ela com um sorriso. – Deverei receber uma mensagem sua, diretor, quando for a hora?

- Sim, receberá por um dos membros da AD. – ele riu. – A propósito, belo vestido, Srta. Granger. Nos vemos em breve.

- Obrigada, diretor.

Hermione saiu da sala dos segredos convicta e bem disposta. Estaria de volta ao passado em poucos minutos e todos os problemas estariam resolvidos.

Entrando em seu quarto, tirou o belíssimo vestido e vestiu-se com o uniforme comum. Procurou pelo diário, encontrando-o em baixo da cama, o mesmo lugar que o havia deixado antes de partir.

- Foram meses, Tom. – sussurrou ela para si mesma. – Mas aqui foram apenas horas!

Diário de Tom Servolo Riddle, início das férias.

Parece que as coisas estão melhorando. Minhas notas estão excelentes e meus planos estão caminhando como planejei.

Somente ela, ela é o problema. Pois, quando estou ao lado dela, perco-me realmente de todas as minhas lições e tudo que demorei anos para aprimorar: frieza. Não consigo deixar de beijá-la, de abraçá-la, de mostrar para ela que eu a quero e a adoro. Não consigo gritar com ela, não consigo mandar nela. É algo mais forte que eu e isso me perturba.

Avery diz que estou apaixonado. Imagine! O grande Lord Voldemort jamais amará. Não sou capaz de amar, é um sentimento complexamente “humano”. Somente os fracos amam, e eu não sou fraco.

Passar com ela essas férias foi a melhor coisa que poderia ter pensado. Por alguns dias resolvi me desligar de todos os problemas que me perturbavam, dos planos que me dedicava, e todas as pessoas que deixei me esperando. Nada me importa enquanto ela estiver sorrindo. Tem vezes que pego-a olhando minha aliança, abobalhada, como se aquilo representasse todo meu querer por ela.

Mais que deseja-la, eu a odeio. Odeio por me fazer deseja-la.

- Minha aliança! – exasperou-se Hermione, olhando sua mão direita. – Eu não estou com minha aliança!

Ela me ama, eu tenho certeza. Isso não é bom para ela, nem é bom para mim. Não posso me livrar dela, porque a quero. Mas não posso amá-la, então sempre estaremos em conflito. Ela é pura, bondosa, e eu sou mal e cruel. Jamais poderia mostrar a minha jurada as coisas que planejo, as coisas que anseio.

Ela me odiaria e eu me odiaria por fazê-la me odiar.

Mesmo vivendo na mentira, neste momento, estou bem. Na realidade, nunca me senti assim. Nunca mais me sentirei assim.

- Tom...Tom eu... – sussurrou ela, limpando as lágrimas.

- Hermione? – chamou Ron do outro lado do quarto. – Você está aí? Posso entrar?

- Rony, er, entre! – disse ela, levantando-se da cama e chutando para longe o diário.

- Você ‘tá bem? – perguntou ele, enlaçando sua cintura.

- Sim. – disse ela, libertando-se das mãos do rapaz. – Estou muito bem.

- O que houve? Por que está me evitando?

- Não é nada, Ron. Acho que acordei muito mal humorada. – ela riu. – Podemos discutir depois? Preciso tomar meu café.

- Se você quer assim. – Ron fechou a porta, fazendo um estrondoso barulho.

- Desculpe, Ron. – sussurrou ela, abrindo a porta e saindo para o café.

                                        * * *

- Oi Mione! – disse Gina, alegre. – Como foi sua aula com a Sibila?

- Como vão minhas tarefas? – interrompeu um risonho Harry, sentando-se na frente da amiga.

- Minha aula foi muito interessante e suas tarefas vão bem, obrigada. – Hermione sorriu. Estava com saudades dos amigos.

- Vejam, vejam! – anunciou Dimas. – Parece que Você-sabe-quem liberou os Comensais do ministério!

- Isso é estranho...- comentou Harry olhando para Draco, que estava cabisbaixo e silencioso. – Para mim, isso é só um truque.

- Ou não. – disse Mione, lendo o restante da reportagem. – Talvez Você-Sabe-Quem tomou um pouco de juízo e lembrou-se que Dumbledore pode influenciar o ministério quando quiser.

- Voldemort não tem medo do que Dumbledore pode fazer. – cismou Harry. – Ele teme o próprio Dumbledore, e você sabe disso.

- Hermione. – chamou Ron. – Onde conseguiu esse colar?

Ai Meu Merlin.

- Era da minha mãe, ou melhor, é. – disse a menina, se levantando amedrontada e escondendo o colar de Mérope em suas roupas. – Ela me enviou ontem de noite, no correio noturno. Disse que traria boa sorte. Já vou indo.

E saiu.

- Ela está estranha. – comentou Gina.

- Você não faz ideia. – disse Ron. – Hoje eu fui até seu quarto particular, ia convidá-la para o próximo baile e ela me ignorou.

- Como assim te ignorou? – perguntou Harry, abraçando as costas de Gina.

- Eu a abracei e ela se afastou de mim. – disse tristemente.

- Sinto muito, irmãozinho. – disse Gina. – Eu vou falar com ela, quando puder.

“Como o colar conseguiu vir comigo, tal como o vestido, e a aliança não?” questionou-se mentalmente.

- Hermione. – chamou Collin. – O professor Dumbledore me disse para entregar isto a você. – e lhe entregou um bilhete dobrado.

- Obrigada, Collin. – mas o menino ficou onde estava. – O que quer, sim?

- Ah, eu pensei, bem, em chama-la para o próximo baile. – disse corado.

- Oh, Collin, me desculpe, mas não estarei aqui. – disse ela alisando a bochecha rosada do garoto. – Obrigada pelo convite.

- Ma...ma...ma...gina! – disse ele sorrindo, envergonhado pelo toque dela. – Até mais! – e saiu correndo infantilmente.

“Bom dia, Srta. Aposto que não me esperava tão cedo. Bem, como fizeste seu social nesta manhã, tomei a liberdade de cancelar suas aulas no dia de hoje com a desculpa de que Sibila iria lhe dar a resposta sobre o curso avançado de reviravolta. Preparei algumas memórias para nos ajudar com o resto da missão. Bem, sabe onde me encontrar. Os segredos não se escondem em salas, mas as salas se escondem em segredos.”

- Lá vamos nós, mais uma vez. – disse ela animada, pensando que em breve estaria com Tom outra vez.

Hermione caminhou rapidamente até a sala de Dumbledore, dizendo um breve tchau à Gina e à Harry que passeavam antes das aulas de poções. Murmurou a senha para a gárgula e adentrou o ambiente.

- Professor Dumbledore? – chamou. Não havia ninguém ali. - Os segredos não se escondem em salas, mas as salas se escondem em segredos.

Novamente a sensação horrível de cair de um penhasco foi sentida pela menina. Em poucos minutos já estava dentro da sala dos segredos.

- Oh, vejo que não teve muitas dificuldades. – disse Alvo, se aproximando. – Como foi sua manhã?

- Estranha. – respondeu. – Meus amigos estão um tanto desconfiados.

- É claro que estão, a Srta. mudou. – ele a observou. – Veja, aqui estão algumas coisas que a Srta. deve estar atenta quando voltar.

Dumbledore entregou o diário nas mãos de Hermione. O diário que, na verdade, era uma parte da alma de Voldemort.

- Deve se lembrar disto também. – lhe mostrou um anel negro, com uma pedra quebrada no meio. – Pertencia ao avô materno de Voldemort. Ele obteve essa horcrux quando matou o pai.

- Por que deveria estar atenta a esses objetos? – questionou surpresa.

- Eu infelizmente não sei em que período da história Tom Servolo Riddle obteve esta. – indicou o diário. – Mas sei bem quando fez esta outra. – mostrou o anel. – Quero que a Srta. descubra se Tom, com 16 anos ainda, já tinha no diário parte de sua alma.

- Eu o farei, senhor.

- E quanto ao anel, - Dumbledore ajeitou os óclinhos nos olhos e observou atentamente o anel. – Temo que ele será bastante visto por você nessas férias que passará com ele.

- Senhor... se Tom se apaixonar por mim, se ele me amar... – disse calmamente. – Voldemort certamente se lembraria disso.

- É um ponto de vista bastante arriscado, uma vez que Lord Voldemort a conhece, Srta. Granger. Sabe que a Srta. é aliada a mim e ao Sr. Potter.

- Nesse caso, não estou mexendo diretamente com ele, não é? – continuou.

- Não. Nunca lhe disse que estava mexendo com Lord Voldemort. – repreendeu Dumbledore, compreendendo o ponto de vista da menina. – O nosso foco é e sempre será Tom Riddle.

- Mas Tom Riddle é Lord Voldemort. – ela disse, ainda não entendendo.

- Sim, no nosso atual presente. – explicou Dumbledore. – Para o tempo que a Srta. está indo, Tom Riddle é apenas Tom Riddle, um garoto órfão, inteligente e bonito.

- Então Lord Voldemort não irá se lembrar se eu o marcar, quando jovem, profundamente?

- Se a Srta. for capaz, talvez. – Dumbledore sorriu.

- Senhor, não há nenhuma forma de...Voldemort influir no seu eu passado, há?

- Srta. Granger, é claro que não! É como se a Srta. tentasse de alguma maneira dizer para seu eu bebê que não deveria acordar seus pais de madrugada. O futuro pode ser atrasado, mas o passado sempre continuará parado! Ele não existe. – concluiu Dumbledore.

- Então eu e Tom jamais poderíamos ficar juntos, não é? – perguntou tristemente.

- Srta. Granger, eu acredito em destino, porém há coisas que vão além do destino, querida. – Alvo virou-se e trouxe consigo outro porta-retratos. – Veja.

Nesta foto, Tom estava sério, frio e letal. Seus olhos possuíam um leve tom avermelhado nas laterais, mas o interior continuava delineado de um cinza lindo e diferente. Estava de pé, no meio de Slughorn e outro professor de pose expoente, e aparentava ser mais velho do que ela estava acostumada.

- Quando foi isso aqui? – perguntou para Dumbledore.

- No dia da formatura do sétimo ano. – disse. – Slughorn insistiu para que tirasse uma foto com ele, afinal, achava que Tom seria o mais novo membro do ministério.

- Tom queria ser professor, na verdade. – ela riu, olhando a foto se mover.

- Como sabe disso? – questionou Dumbledore.

- Bem...ele me disse que...queria dar aulas aqui. – explicou. – Queria ser professor de Defesa contra a Arte das Trevas.

- E o que a Srta. disse?

- Que tinha pena dos alunos, senhor. – ela riu. – Mas que ele realmente tinha talento para ensinar. Ele persistiu comigo na prova teórica do ministério!

- Não creio que a Srta. teve de fazê-la! – Dumbledore riu também. – Perdoe-me por isso.

- Tudo bem, professor.

- Estamos no horário. – disse Dumbledore. – A Srta. está pronta?

- Sim, estou. Oh, mas antes... posso ficar com isso? – indicou a foto que se remexia no vidro.

- Assim que estiver de volta ela estará no seu quarto, sobre a sua cama. – ele riu. – Boa sorte, REVIRAVOLTA.

E, por uma terceira vez, tudo ficou escuro ao redor de Hermione.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e fiquem anciosos pelo próximo! Um grande beijo e até amanhã com mais um espisódio de ALÉM DO DESTINO / drama.
PS: Para eliza_walls que está escrevendo POR OUTRO LADO (Tom/Sophie), seja boazinha como eu e escreva mais, querida! Amei a sua fic e vou comentar muito pra te deixar feliz!